quinta-feira, 8 de julho de 2004

Ultimamente tenho recebido muito mais denúncias sobre os abusos e crimes cometidos nas masmorras da Ilha-Cárcere do que antes. Obviamente que não posso congratular-me com esse barbarismo mas de certo modo me agrada recebê-las porque demonstra que, mesmo com toda a repressão, de algum modo a brava resistência cubana está conseguindo furar o cerco e enviar para o mundo o que se passa ali.



Não é retórica vazia mas sinto uma dor real a cada denúncia dessas que recebo e fico pensando como seria mais produtivo se eu dispusesse de um outro blog, dedicado só aos presos políticos, como o tem o querido amigo Pablo, do site Payo Libre que tantas vezes indiquei aqui. Infelizmente, não disponho de tempo suficiente para administrar dois blogs (fora meus outros compromissos), me restando apenas selecionar, à medida em que me vão chegando, aquelas denúncias mais gritantes, como a que editei ontem.



Hoje o Notalatina apresenta duas denúncias dessas gravíssimas. Contrastando com a realidade do povo cubano, o senil comunista Oscar Niemayer ao ser agraciado com o título de “professor honoris causa” pela Universidade Central de Las Villas, de Cuba, disse na Universidade Federal Fluminense estas palavras: “ Cuba é um exemplo para a América Latina e Fidel é o nosso líder. Ele é quem nos ensina que quando a vida se degrada e a esperança foge do coração dos homens, só a revolução". De fato, a vida daquele povo já está degradada há miseráveis 45 anos, sob o tacão do abjeto monstro que este velho calhorda, cínico, egoísta e perverso desde as entranhas elogia e está assim, graças à maldita “Revolução”. Por isso não me canso nem temo repetir até a exaustão: FORA COMUNISTAS ASSASSINOS!



Além dessas duas denúncias das masmorras cubanas há duas outras sobre a Venezuela e a simbiose entre os dois ditadores, Chávez e Fidel, a primeira dando conta do número de “médicos” cubanos no projeto Barrio Adentro que apresenta uma contradição auto-evidente ou a revelação da quantidade de agentes e espiões infiltrados na Venezuela. A outra, nos fala de uma fita de vídeo gravada em Cuba, em 1994, quando da visita de Chávez a Fidel, onde ele faz declarações “muito interessantes”. Todas as notas aqui reveladas são inéditas e vocês não verão jamais, em qualquer órgão da nossa imprensa. Fiquem com Deus e até amanhã, com notícias sobre os três países que mais preocupam no momento: Venezuela, Cuba e Argentina. Como diz um amigo muito querido, “tudo se conecta” e o Brasil está simbioticamente conectado a estas nações, muito mais do que imagina “nossa vã filosofia”.



NOTA DE LA VOZ DE CUBA LIBRE:Esta notícia nos lembra os 20.000 mortos durante a ditadura de Fulgencio Batista em Cuba que tanto alvoroço a direção comunista cubana em 1959, com o objetivo de dramatizar os abusos dessa ditadura e poder justificar o novo terror que tinham planejado implantar, denunciava. Se olharmos as cifras dadas pelo Sr. Chávez quanto à consultas médicas, vemos que levaram a cabo 30 milhões. Isto quer dizer que os médicos de “Barrio Adentro” viram 166.000 pacientes por dia, se se considera que trabalharam 7 dias da semana durante 6 meses (30m/180 dias). Agora bem, um número excelente de pacientes por dia em qualquer consultório POR MÉDICO, é de 40 e, portanto, deve haver 4.166 MÉDICOS na Venezuela.



Não há dúvida de que Cuba enviou seus melhores médicos (poder ver 40 pacientes por dia) e em boa quantidade: 4.166 deles.



Estas cifras são similares em todas as supostas estatísticas médicas em Cuba. Por isso, sempre há que recordar que os avanços no campo da saúde foram um dos “GRANDES LOGROS DA REVOLUÇÃO CUBANA”.



ATENDIDOS 45 MILHÕES DE PACIENTES ENTRE JANEIRO E JUNHO. SEM A MISSÃO “BARRIO ADENTRO”, 280 PESSOAS MORRERIAM POR SEMANA

De Havana - Por Pastor Batista e Franklin Reyes, enviados especiais do Granma Internacional



VENEZUELA - Especial reconhecimento o alcançado pela Missão Bairro Adentro e ponto para ampliar e consolidar ainda mais essa experiência, devido ao programa. No “Alô, Presidente” de ontem (05.07) dirigido, como sempre, pelo primeiro mandatário venezuelano, em diálogo direto com rádio-ouvintes e telespectadores nacionais e do exterior.



Em apenas um ano, esta Missão adquiriu dimensões verdadeiramente monumentais, disse Chávez e pôs como exemplo que só neste primeiro semestre de 2004, os médicos e enfermeiras do Bairro Adentro atenderam 45.641.000 casos, dentre os quais se sobressai quase 30 milhões de consultas de Médicas, 5.8 milhões de Enfermagem e outros 9.9 milhões em Medicina Natural e Tradicional.



Cálculos conservadores indicam que para essa mesma atenção, totalmente gratuia no Bairro Adentro, a população haveria tido que pagar uns 900.000 milhões de bolívares em instituições privadas, montante que se elevaria consideravelmente se se incuíssem outros serviços como os de Odontologia e Optometria.



Ao reiterar a gratuidade da população e do Governo venezuelanos à ajuda oferecida pelos médicos, o povo e o Governo de Cuba, Chávez destacou que o mais importante deste programa é a quantidade de vidas que ajuda a salvar e, sobretudo, o trabalho preventivo e educativo que estão desenvolvendo esses especialistas nos bairros e comunidades, para evitar e resistir ao açoite de enfermidades. Se não fosse pelo “Bairro Adentro – assegurou baseado em dados obtidos por diversas vias -, cada semana teriam morrido irremediavelmente umas 280 pessoas (quase 7.000 até hoje), a maioria crianças e idosos.



Por isso, na opinião do líder da Revolução Bolivariana, esta missão “está em condições de competir com qualquer serviço dos países desenvolvidos do mundo, para dar um exemplo de verdadeira democracia” no terreno da saúde.



Assim, segundo anunciou Chávez, com a inauguração ontem de outros 150 consultórios médicos, seguirá a construção de novos módulos em todo o país, com o apoio de prefeitos e governadores, para continuar abrindo o acesso a esses serviços, tanto às classes mais humildes da população como às camadas médias da sociedade, marginalizadas também pelos governos anteriores. (Se hoje ele pode abrir 150 novos postos médicos, por que não o fez antes? Será que as necessidades médicas dessa população mais desassistida só foi notada após a presença dos “médicos” cubanos? G.S.)



Fonte: lavozdecubalibre.com



DIVULGAM DISCURSO SOBRE SUPOSTO PACTO DE CHÁVEZ COM CASTRO



A emissora de Miami, WQBA, 1140 khz, difundiu ontem um discurso pronunciado em Havana, por Hugo Chávez em 1994 no qual supostamente se revelou “o pacto acordado entre Fidel Castro e o atual mandatário venezuelano”.



De acordo com Oscar Haza, diretor de notícias da emissora WQBA 1140, que transmitiu o discurso no qual Chávez disse que tem muito que aprender de revoluções como a cubana, a chinesa, a nicaragüense tratou-se da difusão “de um documento histórico, quase desconhecido”. Haza disse que o áudio transmitido corresponde a uma gravação de vídeo da televisão cubana que divulgou o discurso pronunciado por Chávez em 14 de dezembro de 1994, durante uma breve visita a Cuba, nove meses depois de sair do cárcere e abandonar a milícia, após sua tentativa de golpe de estado em 1992.

Naquela oportunidade, Castro disse em uma alocução na Universidade de Havana que, com a visita do ex tenente-coronel Chávez a Cuba, “produziu-se uma cúpula de idéias bolivarianas e martianas”, em alusão a Simón Bolívar e José Martí. Haza acrescentou que o vídeo é absolutamente desconhecido nos Estados Unidos e que foi transmitido só parcialmente na Venezuela onde, em 1994, foi levado por um jornalista venezuelano.



O jornalista Agustín Acosta, que junto com Haza apresenta o programa em que se difundiu o discurso, disse que o que foi expressado pelo atual presidente venezuelano “confirmam suas análises, de que há cinco anos advertiu sobre quem é Chávez”. Do mesmo modo, Acosta propôs que o vídeo fosse enviado “a todos os congressistas norte-americanos” e aos funcionários de Washington que representarão esse país entre as nações do “Grupo de Amigos da Venezuela”, que busca uma solução à crise generalizada na nação sul-americana.



Fonte: http://www.lavozdecubalibre.com/



CARTA DE UM PRESO POLÍTICO ESQUECIDO NOS CÁRCERES DE CASTRO



Havana, 07 de julho de 2004 - Carta de Norberto Dorta Sánchez, presidente do Partido Liberal Progressista, que se encontra cumprindo pena na prisão de Toledo, em Mariano, Cidade de Havana.



A paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vocês.



Começarei por dizer-lhes que fui preso em 6 de março de 2003, por um suposto delito de violação de domicílio. Me puseram 5 anos de sanção por um delito que não cometi. Primeiro, o lesionado fui eu; por outro lado, como é possível que entrar em meu próprio lar constitua um delito?



Nesse dia, às 4 e 15 da tarde quando regressei à minha casa, me estava esperando um sujeito de nome Rodolfo, que conversava com minha esposa. Ao perguntar quem era o indivíduo de referência, este começou a ofender-me e me disse textualmente que todos os defensores dos direitos humanos eram homossexuais e uns fdp, então lhe expressei que os únicos FILHOS DA PUTA (com maiúsculas) são os comunistas que dirigem o nosso país.



Depois de estar na prisão, soube que foi uma provocação premeditada pela segurança do Estado para encarcerar-me, ato para o qual usaram a Tania, minha ex-esposa, cúmplice da polícia política.



Hoje sou atendido pela segurança da Estado na prisão e me negam meus direitos penitenciários por não claudicar ante as chantagens oficialistas. Pelo antes exposto me negam o mínimo, porque me recuso a participar nas escolas comunistas, não participo dos lemas a favor do regime nem da mesa redonda.



Dirigi várias atividades cívicas na prisão de Valle Grande, promovi a greve de fome de 10 de outubro de 2003. As autoridades prevendo o êxito de minha convocatória, me tiraram em 8 de outubro da prisão Valle Grande para a 1580. Lá ralizei uma greve de fome com o preso político Cándido Terry Carbonell.



Em 16 de dezembro de 2003 me manifestei contra Castro porque padeço de enxaqueca crônica e como meio de tortura me negam os medicamentos que necessito. Em 13 de fevereiro de 2004 me transferiram para a prisão de Toledo, em Marianao, cidade de Havana, quer dizer, em menos de um ano me passaram por 3 campos de concentração nazi, digo, castrista.



Em 23 de abril me enviaram para uma “cela de castigo” por clamar asistência médica. Me coloquei em greve de fome e cinco dias depois me tiraram para o destacamento. Em 8 e 10 de junho deram peixe e picadinho podre. Neste momento estou em crise migranosa total e não me dão a ecofeina, neuralgina e demais fármacos que necessito.



Por favor, ouçam a voz de alguém que clama no deserto! Minha situação física é crítica, minha FÉ na liberdade, indestrutível, porém, necessito que apoiem a meu velho pai que agoniza na pobreza e no sofrimento de ver-me abandonado à minha sorte, nas mãos de criminosos sem escrúpulos.



De vocês,

Seu irmão Norberto Dorta Sánchez,

Presidente do Partido Liberal Progressista
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Dado a Martha Tamargo no dia 5 de julho de 2004, por René Montes de Oca Martija, secretário geraldo PPDHCAS



VIOLENTA TRANSGRESSÃO CONTRA O PRIOSIONEIRO POLÍTICO CUBANO JORGE LUIS GARCÍA PÉRES “ANTÚNEZ” E SUA FAMÍLIA



M.A.R. POR CUBA soma-se à denúncia das violentas transgressões perpetradas por guardas da Prisão Provincial de Ariza na província de Cienfuegos contra Jorge Luis García Pérez “Antúnez”, durante a mais recente visita de seus familiares, de acordo com o comunicado emitido no dia de ontem (06.07) pelo Diretório Democrático Cubano.



Em conversa telefônica com Berta Antúnez na manhã de hoje, a irmã do priosioneiro político cubano nos descreveu o selvagem golpe do qual foi objeto seu irmão e os golpes que receberam, tanto ela, quanto o menino de 9 anos, Yediel Rodríguez Péres, em frente à sua neta de apenas 2 anos de idade que a acompanhavam na visita. Acrescentou que sua neta está traumatizada com a experiência.



Agente da Segurança do Estado apareceram na casa de Berta no dia de hoje, com a intenção de evitar maior propagação ante a opinião pública mundial, sobre o ocorrido, aduzindo que se tratava de um “fato isolado” por parte de alguns guardas dentro da prisão.



O regime castrista demonstra uma vez mais sua natureza repressiva, havendo institucionalizado a violência nas prisões ao longo da ilha e em todo o país.



M.A.R POR CUBA denuncia ante a comunidade internacional estas novas transgressões e reclama a urgente solidariedade de governos, instituições e defensores dos direitos humanos com os prisioneiros políticos cubanos e suas famílias.



Fonte: NetforCuba International - http://www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro



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