sábado, 1 de agosto de 2009

O batom na cueca de Chávez e Correa

Depois de quase um mês sem atualização, o Notalatina vai aos poucos se normalizando e voltando às suas atividades. Foram muitos atropelos, conforme citei na última edição, mas também porque troquei de equipamento e precisava me adaptar ao novo, melhor, mais ágil e muito, muito mais moderno mas com outro sistema operacional o que demandou um certo “estágio probatório”. Muita coisa aconteceu nesse meio tempo e estive atenta a tudo, embora angustiadamente impossibilitada de fazer minhas análises e expor tudo o que me chegava de informações palpitantes.

É claro que a situação de Honduras continua a mais “quente” e ainda é muito delicada, sobretudo pelas ameaças de Zelaya com o apoio de Chávez e Ortega, seus irmãos siameses do momento. Entretanto, como não foi possível atualizar as informações em tempo hábil, insisto que visitem diariamente o site do meu amigo Heitor De Paola , pois não há em toda a rede nenhum mais atualizado – com duas atualizações diárias - e com informações sérias e de fontes confiáveis. Leiam, por exemplo, seu último Editorial , que primor de análise!

Então, deixo ao Heitor a tarefa de bem informar sobre a situação de Honduras e volto ao tema ao qual me dedico há 10 anos e que também tem movimentado muito nosso hemisfério: as FARC. A imprensa brasileira (me refiro não só a jornais mas a revistas e blogs) tem falado sobre as últimas notícias em relação a este bando narco-terrorista e seus sócios, Chávez e Correa. Entretanto, combater este bando de delinqüentes como eles mesmos fazem, divulgando inverdades, não é algo que mereça elogios ou respeito. Não vou citar nomes para não ser indelicada, tampouco atirar “fogo amigo”, mas li ontem um comentário acerca dos lança-foguetes em poder das FARC, vendidos (ou cedidos) por Chávez, como tendo sido comprados da fabrica sueca por ele. Isto não é verdade; estes artefatos bélicos foram comprados pelas Forças Armadas da Venezuela em 1988, portanto, há 21 anos, quando Chávez ainda não era presidente.

Nesta edição de hoje o Notalatina apresenta alguns vídeos interessantes e muito importantes para se compreender o que desde a inauguração deste blog eu insisto em denunciar: FARC, Foro de São Paulo, Lula, Chávez, Correa, os Castro, Ortega e Morales, são todos peças de uma mesmíssima engrenagem, cujo principal objetivo é implantar o falido, miserável e genocida regime comunista em nosso continente.

Por exemplo, vocês lembram daquela passeata a favor da liberação da maconha, em que o terrorista e assassino ministro Carlos Minc saiu à frente do bando em defesa aberta à droga? Pois bem, agora assistam este vídeo das FARC e digam se encontram algum sentido ou relação na defesa do ministro:


Como o tema é FARC, não posso deixar de abordar dois assuntos que envolvem este bando e, claro, Correa e Chávez, tudo vindo à tona com a força da verdade, desde o começo de julho. Quando foram apreendidos os computadores de Raúl Reyes (doravante apenas “RR”), os mais comprometidos – Chávez e Correa – se apressaram em desqualificar não só o conteúdo como a existência dos próprios equipamentos que, para estes delinqüentes, nunca existiram e foram “plantados” por Uribe. A auditoria da Interpol para eles não significava nada e nenhum valor possuía.

Quem quiser refrescar a memória a respeito das provas do envolvimento de Correa com as FARC, inclusive o “empréstimo” de 300 mil dólares para financiar sua campanha presidencial, procure nos arquivos do Notalatina de março a maio do ano passado, especialmente esta edição de 9 de março que está tudo lá revelado, inclusive os incontáveis comunicados do Governo da Colômbia ao Equador, informando e pedindo satisfação sobre guerrilheiros em território equatoriano, solenemente ignorados.

Então, apareceu o vídeo em que Jorge Briceño, cognome “Mono Jojoy”, um dos membros do Secretariado Maior Geral das FARC fala à guerrilheirada; dentre outras coisas anuncia a morte de Marulanda e comunica que as FARC deram dinheiro para a campanha do “kamarada” Correa. Este vídeo foi apreendido da guerrilheira Adela Pérez, cognome “Camila” há aproximadamente três meses e, periciado pela Interpol, foi dado como autêntico. Em uma entrevista concedida à revista “Semana”, a guerrilheira desmobilizada das FARC de cognome “Karina”, confirma a autenticidade pois, sendo uma comandante (de frente), conhecia sobejamente a voz do terrorista. Vejam o que ela diz ao ser perguntada se aquilo poderia ser uma montagem ou se era autêntico:

“Isso para mim, para mim não é uma montagem. Qualquer um sabe que é a voz do Mono Jojoy. E qualquer um sabe que o Secretariado faz esse tipo de comentários aos guerrilheiros. Os comandantes de frente não o fazem. Porém, os do Secretariado sim. Iván Márquez, Iván Rios o faziam”. Agora os convido a assistirem o vídeo, esta versão exibida pela revista “Semana” que é mais completo; nele pode-se ver uma infinidade de guerrilheiros sentados no chão no meio da mata, enquanto Jojoy lê o comunicado de um laptop. O vídeo original tem 1 hora de gravação e foi editado para apresentar apenas as partes mais importantes do comunicado, publicado dia 18 de julho. Este, a imprensa brasileira não mostrou.


Como não é possível tapar o sol com a peneira pois a autenticidade já havia sido confirmada pela Interpol, o ministro equatoriano da Política, Ricardo Patiño, disse que “as FARC podem ter entregado dinheiro a gente que lhes enganou fazendo-se passar como próximo da campanha do presidente Rafael Correa”. Esta gente é patética e acredita que o mundo inteiro é feito de retardados mentais! Então o moleque Correa, novamente flagrado com as calças na mão, “exigiu” que as FARC se pronunciassem e dissessem quando e a “quem” entregaram o tal dinheiro. Como bons companheiros, as FARC não negaram apoio. Vejam o que diz o ponto 4 do comunicado do Secretariado Geral:

4. “Como uma nova cortina de fumaça e procurando agredir o senhor presidente do Equador, Rafael Correa, Washington e Bogotá manipularam um vídeo das FARC tirando de seu contexto o documento. Negamos taxativamente haver entregado dinheiro a nenhuma campanha eleitoral de nenhum país vizinho”.

Vejam bem: como não têm como desacontecer fatos e portanto provar que não fizeram o que realmente fizeram, esta gente parte para o ataque numa formidável desconversa. Aproveitando a expressão usada por eles mesmos, tanto as FARC, como Correa e Chávez usam a implantação das bases americanas na Colômbia como cortina de fumaça para não ter que apresentar as contra-provas das denúncias de seus envolvimentos com as FARC que estão aparecendo a cada dia.

Com relação a Chávez a coisa se complica um pouco mais porque agora apareceram as provas materiais de que ele fornece armas e artefatos bélicos às FARC. Observem que, quando foram descobertos os e-mails dos computadores de RR, havia incontáveis provas de que o general Hugo Carvajal negociava armas diretamente do Forte Tiuna com guerrilheiros das FARC dentro desse quartel que é também a sede do Ministério da Defesa. Leiam (ou releiam) esta edição do Notalatina do ano passado em que apresento denúncias gravíssimas a respeito deste delinqüente fardado. Na ocasião foi, obviamente, negado de pés juntos mas uma coisa é negar verbalmente, outra é provar. E a prova veio agora contra a mentira de um Chávez ridiculamente ofendido.

Em outubro do ano passado, em uma incursão ao acampamento do guerrilheiro Gener García, cognome “Jhon 40” e chefe da frente 43 das FARC, as Forças de Segurança não conseguiram capturá-lo mas conseguiram uma preciosidade: em uma cova estavam escondidos vários lança-foguetes AT-4 (ver foto). Os militares estranharam o achado mas seu comportamento era justificável, pois se trata de uma das armas de infantaria mais efetivas e letais do mundo, que nem as Forças Armadas possuem. Esse artefato é uma espécie de bazuca de manipulação simples e fácil de transportar, onde um só homem pode dispará-la facilmente e seu poder a torna muito eficaz na destruição de veículos blindados, bunkers ou instalações fortificadas. Vejam abaixo um vídeo institucional da empresa fabricante Saab Bofors Dynamics, da Suécia:


Diante de provas irrefutáveis, o que fizeram Chávez e seu séquito delinqüencial? O chanceler Nicolás Maduro rotulou de “campanha brutal contra o governo de Chávez”, cujo objetivo é justificar as bases norte-americanas na Colômbia, e disse que Uribe “não deveria jogar culpas nos vizinhos nem em estranhos de um conflito que tem seis décadas”. Chávez, por sua vez, rotulou Uribe de “irresponsável”, como se denunciar os maus feitos de alguém fosse mais grave e reprovável do que cometê-los! É a velha tática comunista de sempre inverter o jogo acusando o adversário daquilo que ELE faz.

Então, diante de tão grave “ofensa”, o que faz Chávez? Pede desculpas? Tenta, ao menos com uma mentira bem brasileira dizer que “não sabia”, que “tudo foi feito pelas suas costas”? Não. Acuado, a primeira providência é dizer que “oportunamente” irá responder à Suécia como seus armamentos foram parar em mãos das FARC. Isto para ganhar tempo, enquanto desvia o foco das atenções para as bases militares americanas na Colômbia que, curiosamente, nunca incomodaram nem ofereceram “grave ameaça” a nenhum país vizinho quando estavam instaladas em Manta, Equador. E este mantra circula por todos os membros do Foro de São Paulo, inclusive está sendo questionado pelo “grande líder” dos estúpidos brasileiros, o Sr. Da Silva, que inclusive mandou seu grilo falante – MAG – tomar satisfações sobre tal afronta com o presidente Uribe neste fim de semana.

Com ares de vestal estuprada, Chávez expulsa o embaixador da Colômbia da Venezuela, pela terceira vez, e se justifica assim:


Entretanto, ele mente – mais uma vez – quando acusa Uribe de ser irresponsável e de fazer mais um “show midiático”, pois Maduro foi informado em uma reunião reservada em 2 de julho, pelo chanceler colombiano e, do mesmo modo que Correa, nenhuma providência tomou, tampouco procurou se justificar. No vídeo abaixo, gravado em 29 de julho, o porta-voz do Governo colombiano comunica as medidas que foram tomadas no caso, plenamente justificáveis diante do silêncio omisso de Chávez diante de fato tão grave:


E depois de tantos documentos apresentados, o Notalatina encerra esta edição com mais um vídeo, da entrevista – na verdade, comentários bem fundamentados – que ofereceram o Capitão de Navio da Armada Venezuelana, Bernardo Jurado, e o jornalista colombiano Jaime Florez, à excelente apresentadora cubana Maria Elvira em seu programa “Maria Elvira Live” no último dia 21 de julho. O vídeo começa mostrando uma palestra (ou algo que o valha) de Chávez numa universidade bolivariana. No primeiro momento pensei tratar-se de um quartel; vejam e entendam por que.

Esta é uma entrevista muitíssimo importante porque os dois convidados demonstram claramente que a ofensiva de Chávez só se justifica pelo prejuízo que tanto as FARC como ele vão ter com a rota da droga, pois as bases americanas vão se situar em cidades que nem com muito boa vontade tangenciam a Venezuela, portanto, nenhum perigo podem oferecer ao país. Ambos são profissionais conhecedores do que falam, por isso merecem toda a nossa atenção se quisermos compreender porque tanto alvoroço e resistência por parte das FARC e dos membros do Foro de São Paulo à instalação dessas bases em solo colombiano. O resto é conversa pra boi dormir. Fiquem com Deus e até a próxima!


Comentários e traduções: G. Salgueiro