

Neste novo blog serão publicadas não só informações e vídeos mas também artigos escritos por analistas sérios e que conhecem bem do que falam, como o meu amigo Cel Luis Alberto Villamarín Pulido, do Exército colombiano, e que me deu a honra de aceitar ser meu parceiro nesta empreitada.
O tema de hoje não aborda uma questão especificamente latino-americana mas tem tudo a ver conosco. Trata-se de uma série de sete vídeos, com duração média de 9 minutos cada, de uma palestra oferecida na Summit University de Los Angeles pelo ex-agente do KGB Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman (nome adotado depois da deserção), para uma platéia bastante numerosa como se pode ver nos vídeos. Bezmenov já é conhecido de muitos de nós, por causa da entrevista que concedeu em 1983 e que pode ser revista (ou vista) no site do Farol da Democracia Representativa.
Nesta palestra, bastante didática e coroada pelo seu bom humor, também oferecida em 1983, ele explica uma das principais funções do KGB que, longe de centrar-se no campo da espionagem – que abrangia apenas 15% de suas funções – ocupava-se do esquema da subversão nos países-alvo da extinta URSS. Esse processo, que foi idealizado para dar seus frutos após 20 anos, obedecia a etapas rigorosas e consistia em desmoralizar, dominar e destruir esses países através de seu sistema religioso, político, econômico, da ordem e da lei, da cultura, de suas tradições. Os subversores eram na maioria das vezes pessoas que vinham para intercâmbio como estudantes, atores, diplomatas, jornalistas que levavam anos estudando na Universidade Patrice Lumumba – como muitos brasileiros que hoje ocupam cargos no governo brasileiro, e nós sabemos quem são - e depois retornavam a seus países para cumprir a missão.
O processo se dava de forma lenta e gradual, de modo a que os novos conceitos fossem sendo introduzidos de modo imperceptível e só aconteciam se o país a ser subvertido aceitasse esta condição. (Leiam este artigo e compreendam como a coisa funciona criminosamente). É fácil ver como aqui na América Latina este processo “prosperou” como em nenhum outro, pois nunca tivemos um país com governantes suficientemente fortes para dizer “não, muito obrigado; sua oferta não me interessa”, e lutassem para que seus valores, religião, leis permanecessem intactos. Observem, por exemplo, que os países de ditadura totalitária não permitem que seus cidadãos tenham acesso a informações vindas de fora, porque isto iria subverter a ordem interna de seu regime, como ocorre ainda hoje em Cuba, Coréia do Norte, China comunista, etc.
Esta palestra é na verdade uma aula magna de valor inestimável, embora nos chegue um tanto tardia pois já concluímos todas estas etapas, mas não só vale a pena ouvi-la com muita atenção como deve ser divulgada amplamente. Na audição desta segunda-feira do “True Outspeake”, Olavo faz uma análise muito boa sobre estes vídeos e pode ser ouvida clicando no banner ao lado. A palestra é toda em inglês mas também há legendas em português, um trabalho primoroso de David Balparda Carvalho, que pode-se obter clicando num triângulo na barra inferior direita e em seguida num retângulo acima deste.
Não vou me alongar mais porque a palestra dispensa comentários. Peço apenas que façam um paralelo com o que este homem diz – e ele foi um agente desta transformação, enquanto jornalista do Novostia Press – e o que vivenciamos hoje no Brasil e em todo o continente latino-americano, sobretudo com a ditadura da mídia, toda ela prestimosa subversora. Ouçam e meditem sobre cada palavra dita porque, talvez, ainda tenhamos alguma chance de sobrevivência se levarmos isto a sério. E, notem, este homem fez estas denúncias há 26 anos e hoje os subversores colhem seus frutos abundantes, conforme ele mesmo afirmou ser o tempo aproximado para a consecução plena da estratégia.
Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro