quinta-feira, 6 de março de 2014

Histérico, Maduro rompe com o Panamá

Nicolás Maduro: uma simbiose entre Hitler, Stalin, Castro's e Hugo Chávez

Ontem comemorou-se (ou “venerou-se”) 1 ano da anunciada morte de Hugo Chávez na Venezuela e o presidente usurpador, Nicolás Maduro, resolveu fazer um mega-evento. Convidou presidentes dos países aliados à ditadura castro-chavista mas só compareceram o ditador Raúl Castro, de Cuba, o índio cocalero Evo Morales, da Bolívia e o presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse. Sob as suspeitas de que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, havia falecido, há dois dias saiu uma publicação dando conta de que ele tinha ido ao aeroporto receber o novo cardeal de Manágua designado pelo Vaticano, e lá teria brincado com o prelado dizendo que este o havia “ressuscitado” e que estava apressado pois ia a Caracas para os festejos em honra de Chávez. Como ele não apareceu nem foi mencionado no referido evento, começo a pensar que a notícia foi plantada pelo próprio governo para dissipar as especulações. Esta é, portanto, uma informação a se verificar posteriormente.

Num discurso histérico no corredor militar Los Próceres, no oeste de Caracas e onde está a tumba de Chávez, Maduro afirmou blasfemamente que “Chávez é o Cristo Redentor dos povos do sul”. Diante dos presentes e aos berros, declarou o rompimento das relações políticas, diplomáticas e comerciais com o Panamá, por este haver solicitado uma reunião de urgência com Conselho Permanente da OEA para tratar da situação caótica e assassinatos que estão ocorrendo na Venezuela desde o dia 12 de fevereiro. Cabe lembrar que os países pertencentes aos braços do Foro de São Paulo (ALBA, UNASUL, MERCOSUL e CELAC) não vêem o Panamá com bons olhos por não ter um presidente comunista, além de no começo do ano passado o embaixador do Panamá ante a OEA, Guillermo Cochez, ter sido destituído de seu cargo por ter denunciado neste mesmo organismo a ilegalidade das eleições usurpadas por Maduro. Posteriormente, no encontro da CELAC em janeiro deste ano, o Panamá se posicionou contra uma proposta feita por Cuba, de que houvesse uma resolução reconhecendo Chávez como um prócer da integração regional.

Maduro vociferou que Ricardo Martinelli, presidente do Panamá, era um “lacaio rasteiro” e o acusou de conspirar para que a OEA e outros organismos intervenham na Venezuela. Martinelli ficou surpreso com a ofensa e disse que o Panamá “só deseja que esse país irmão encontre a paz e fortaleça sua democracia”, mas evitou polemizar, afinal, estava diante de um sujeito rude, histérico e completamente controlado pelos Castro.

Ao final do discurso em que Maduro espumava e esbravejava, completamente descontrolado e sem a compostura que se espera de um governante de um país, disse: 

“Depois que não se queixem e não venham posar de vítimas porque por vias diplomáticas fizemos saber a opinião soberana do Governo revolucionário da Venezuela”, afirmando que a política internacional da Venezuela é de “união latino-americanista” e “anti-imperialista” e que “nenhum império controle a América Latina e o Caribe”. E concluiu: “Nosso caminho é o sul, nosso caminho é a CELAC, a UNASUL, a ALBA, a independência, a soberania, a paz. Esse é o nosso caminho. Fora a OEA daqui, agora e para sempre!”. Vejam abaixo o vídeo onde Maduro entra em surto em seu discurso aqui, uma vez que o Blogger se recusa a publicar certos vídeos incômodos. Tentei dezenas de vezes e, como no caso sobre a denúncia de que a juíza que sentenciou Leopoldo López agiu sob coação, esse também “não pode” ser publicado.





Com relação às declarações de José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA, de que seria útil que uma delegação mediadora visitasse a Venezuela, Maduro disparou: “Fique quieto, senhor Insulza! Não se meta com quem não o chamou! A Venezuela não solicitou um debate, estaríamos loucos (se solicitássemos), pois este é um organismo moribundo!”. A reunião solicitada pelo Panamá ocorre hoje e o envio de uma delegação é um dos pontos a ser discutidos. A esse respeito, Maduro disparou: “Se conseguirem determinar, a comissão teria que entrar clandestinamente porque na Venezuela não entra nenhuma delegação sem nossa autorização, nem agora nem nunca mais, para nenhum tipo de política intervencionista!”. Quer dizer, está tomando as mesmas medidas que os Castro tomaram em Cuba há décadas, para que não se conheça a miséria institucionalizada, a violência, os crimes e sobretudo a violação sistemática aos direitos fundamentais da pessoa humana.

No programa Panorama Mundial da CNN em Espanhol ontem à noite, a jornalista Patricia Janiot, que foi recentemente vítima da brutalidade policial na Venezuela, entrevistou Arturo Vallarino, embaixador do Panamá ante a OEA, onde ele explicou que seu país nunca proferiu nenhum insulto contra Venezuela ou os funcionários desse país, e que ao solicitar a reunião só estava exercendo um direito como Estado-membro dessa entidade. Ele disse ainda que o Panamá só tem preocupação com a crise na Venezuela e que se através de uma reunião entre chanceleres não se consegue avançar, “estamos abertos para controlar outros mecanismos para que cesse a violência na Venezuela”. Assistam a entrevista abaixo:

 


Em entrevista a Juan Carlos López, nesse mesmo programa, Insulza afirmou entre outras coisas que “nesta crise demonstrou-se que a sociedade venezuelana está dividida em dois lados irreconciliáveis, por isso a OEA chamou ao diálogo”. Como era de se esperar, ele foi vaselinado, escorregadio e “muito diplomático” não só nas declarações como na atitude indolente até agora, quando ele poderia ter intervindo desde o começo invocando a Carta Democrática Interamericana, da qual a Venezuela é signatária. Vejam o que ele disse na entrevista:


  


Bem, mas antes de terminar esta edição, quero fazer uma denúncia que recebi ontem já tarde da noite. Não sei se por conta do chamado veemente que o general Ángel Vivas fez aos militares da ativa dias atrás, mas o fato é que dentro dos quartéis parte da tropa e até militares de alta patente estão se rebelando contra as ordens dos cubanos de reprimir as manifestações. A informação diz que no CORE 2, em Valencia, Carabobo, um general desesperado usa a DIM (Divisão de Inteligência Militar) para tentar controlar a sublevação interna. Já está confirmada a detenção de três coronéis: Coronel Richard Solorzano Barreto G1, coronel Felipe Tovar Bordones G3 e o coronel Elio Malpica G5, e o próprio general Herrera Russo estão fora de si e com muito medo. Estão ocultando toda esta situação e a tropa e oficiais subalternos são os que estão difundindo pela rede, pedindo que se divulgue.

Todas estas informações e outras mais de relevo, serão detalhadas por mim amanhã, no meu programa Observatorio Latino na Radio Vox, às 22:00 h. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro

domingo, 2 de março de 2014

Anonymous Venezuela: verdade aterradora ou desinformação cubana?

Recebi há pouco um vídeo de “Anonymous Venezuela” onde, ao que tudo indica, os hackers dessa organização invadiram o site do PSUV e entraram na conta de Diosdado Cabello, pois é assim que o vídeo começa. Digo “ao que tudo indica” porque não confio 100% nesse grupo, pelo menos nos do Brasil, que já demonstrou muita “informação” plantada e que depois mostrou-se ser falsa. Entretanto, considerando o teor do que é dito, que está em absoluta consonância com a praxis cubana e chavista, resolvi transcrever todas as mensagens apresentadas no vídeo e publico-as aqui já traduzidas.

O original pode ser visto através do próprio vídeo que é apenas um “passeio” pela conta de Cabello, onde as mensagens enviadas a ele vão sendo apresentadas, uma a uma. As pessoas que se dirigem a ele falam como se ao verdadeiro chefe e não assinam, exceto uma mulher chamada “Delcy Rodríguez”.

É muito preocupante o que dizem e propõem nas mensagens, pois há coisas tais como: a militância dos coletivos está insatisfeita com o dinheiro que está recebendo pelo “serviço”, o que prova que não há espontaneidade nas manifestações governamentais e que o governo “paga” a matadores profissionais para destruir a resistência. Impedir que jornalistas contrários a eles apareçam na mídia e tentar comprá-los, torturar ou “inutilizar” Leopoldo López, infiltrar mais “avispas” e tirar os chefes dos coletivos de cena, contatos das FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) com as FARC e participação destas nas manifestações de rua, e numa mensagem encriptada, ao que tudo indica entre dois cubanos conhecidos que só indico no texto, propõem assassinar Maduro.

Segundo alguém que parece pertencer ao “Anonymous Venezuela”, este vídeo é 100% confiável porque é difícil configurar um servidor zimbra, dá trabalho; quase ninguém conhece a interface gráfica (desenho) que esse servidor de correios do PSUV tinha, exceto uns poucos do grupo; ninguém conhece os e-mails que o servidor havia criado, entre eles o de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello e outros; as coisas que os e-mails dizem são prova do que está acontecendo atualmente no país, etc. As mensagens são quase todas mal escritas, não respeitando pontuação, acentuação ou letras maiúsculas mas traduzo corretamente, procurando manter o mais exato possível o que foi dito, inclusive com os palavrões. As notas nos parênteses são minhas, para facilitar a compreensão.

Então, sem mais delongas, vamos à transcrição traduzida, que vocês podem conferir no original em espanhol no vídeo que segue abaixo.




“Resumo todo o contato.
Não nos interessa ter um coletivo inútil, a FANB ainda se encontra inutilizada. Lembra o propósito desde o começo, FARC e FANB comem juntos e defendem a revolução juntos, não lhes permitiremos mobilizações falsas. Já contactei as FARC, infiltraremos alguns locais, (pois) nos interessa desprestigiar esses sarnentos (a resistência).
A Leopoldo torturá-lo ou inutilizá-lo é o melhor. Seria bom um vídeo fazendo um chamado à paz, o aborrecimento com Raúl (Castro) se nos torna difícil; é por isso que devemos fazer uma mudança nos planos: ou mudamos a estratégia ou nos fodem, camarada. O fornecimento a Cuba não podemos eliminá-lo, tu sabes porquê. Solucionemos já, não podemos deixar continuar crescendo este peido”.

“Camarada
Te informo que estamos tendo inconvenientes com os coletivos, há um grupo forte que exige uma melhora econômica porque a coisa está irritando. Atualmente estão recebendo 2.000 por jornada. Exigem um aumento para continuar. Já falei com o coletivo uma melhora adicional de 1.000 mas não posso acessar sem sua respectiva ordem, camarada.
Por outro lado, lhe informo que já me comuniquei com alguns camaradas de peso, e eles farão a mobilização se lhes outorgam um contrato por 25 milhões das verdes (dólares).
Considero tirar os coletivos locais e trazer coletivos estrangeiros (piqueteros argentinos? Black Block brasileiros?). Os locais se cansaram e provavelmente se coloquem contra nós. O senhor diz, camarada.
PS: Brevidade, camarada”.

“Porra, camarada, temos que solucionar o negócio com a galinha desplumada, (pois) está chamando as pessoas para a rua, caralho! Temos que tirá-lo do jogo já! Ou o matamos ou o metemos preso mas esse tipo não pode continuar lá. (Referem-se ao vidente Reinaldo dos Santos, que não para de dizer que a resistência não pode desistir da Guarimba?)
Camarada, solução, solução, amanhã é tarde”.

"Meu camarada e amigo, lhe informo que em Zulia temos tudo sob controle, não se preocupe, aqui temos bom apoio. Os esquálidos (como pejorativamente Chávez apelidou a oposição) tentam nos dobrar mas a obrigação do trabalho aqui é necessária. Enviarei bandos armados para realizar saques locais. O objetivo é que as pessoas se vejam na necessidade de sair para comprar comida e não tenham tempo de protestar.
Qualquer novidade lhe informo.
Um abraço, compatriota”.

“Compatriota, entendo sua angústia pela informação que se está difundindo por distintos meios de comunicação. Estamos tentando comprar alguns jornalistas para controlar a ameaça yankee, e o que não aceite, simplesmente será eliminado das emissoras a cabo. São as ordens que me indicou, camarada.
Por outro lado, as cifras são devastadoras, estamos fazendo o possível para controlar todo este lixo midiático, mas as gravações e fotos de aficcionados nos estão atirando o trabalho pelas bordas. Têm que exigir aos comandos que tirem as câmeras sob qualquer condição, do contrário estamos fodidos.
Também há setores exigindo que se informe o controle de fornecimento alimentar. Temos evadido qualquer quantidade de perguntas, do resto tudo bem, jornalista que se revele vai para fora.
Lhe informo que também necessitamos de um controle mas exaustivo no uso do serviço de internet. O filtro geral está sendo interceptado por alguns usuários e portanto desviam tal filtro. Necessitamos mais pessoal nas instalações de inteligência. Por favor, necessitamos apoio aqui, camarada.
Seguimos suas ordens, camarada.
Delcy”

"Chefe, a inteligência foi realizada. Há muitas novidades. Interceptamos comunicações entre ra.cas (Raúl Castro?) e ram.va (Ramiro Valdés?). Aqui em ha.ban@ há um plano distinto desinformando a nação. O objetivo é uma estocada de traição.
As avispas infiltradas nos grupos começaram uma deserção para se unir com um grupo de cub-an.os. Não podemos das muita informação de todo o movimento. Você conhece a filtração. Juntarei a conversação encriptada, já sabes com quem tratar esta informação. 
É urgente a eliminação dos coletivos, já não são confiáveis, podemos continuar controlando alguns, muitos deles são ignorantes, porém devemos eliminar os líderes”.

(Segue a mensagem encriptada entre 1 - ra.cas, e 2 - ram.va, que posteriormente foi apresentada desencriptada).

“Estamos esperando suas ordens, camarada, a reunião é urgente, os coletivos já estão armados mas necessitamos que se limitem os meios de comunicação no estado para poder atacar, espero seu telefonema”.

“Envio-lhe um cordial e grande abraço, meu camarada e compatriota. A seguinte mensagem é para lhe informar que não pudemos adiantar os pedidos solicitados. O recomendável é limitar de algum modo a compra de produtos, já que a demanda de solicitações ativas no Brasil, Argentina, Nicarágua entre outros, é muito alta. Para realizar um fornecimento imediato pedem uma muito alta quantidade de dinheiro, pelo que vejo conveniente uma melhora no convênio a favor deles, ou esperamos até que nos enviem os produtos (Que produtos são esses, armas?). As conversações já foram realizadas mas não podem adiantar nenhum procedimento.
(Isso) É tudo, camarada, espero sua informação”.

Desencriptação - 1. ra.cas (Raúl Castro) - 2. ram.va (Ramiro Valdés)

1. Necessitamos uma mobilização forte.

2. Mobilizaremos as avispas e o coletivo contra os principais objetivos de preocupação.

1. A idéia é que ni-co.las não saiba o que sucede, já não é confiável, o homem perdeu o controle.

1. Necessito que me mantenhas informado de todos os movimentos, contactarei um amigo e tentarei convencê-lo de que faça uma mobilização, assassine ma.dur.o e se implante Cabello.

1. Organiza os coletivos e tira os mais duros, oferece-lhes um bom dinheiro que solucionamos isto. Mantém-me informado.

2. Sim, senhor, mas lembre que ao tirar este do jogo acalmamos a situação, mas as pessoas não vão querer Cabello lá.

1. Este é difícil de controlar; lembra porquê não o designamos à missão.

1. Esse homem gosta de dinheiro, encarrega-te disso. O compramos depois metemos um militante cubano, mas temos que infiltrá-los. Me mantenha informado. Cambio e fora (desligo).

Bem, as transcrições estão aí. Verdade aterradora ou desinformação cubana plantada de propósito? Que os Castro são frios o bastante para mandar matar mesmo o melhor amigo se este começar a atrapalhar seus planos, não é novidade, pois o General Arnaldo Ochoa é o caso mais patente disso. Entretanto, eles também são mestres em desinformação, e contra-espionagem, portanto, a pergunta continua no ar. Leiam e julguem por si mesmos. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro