segunda-feira, 22 de novembro de 2004

O Notalatina abre a semana com três notícias sobre Cuba e um comentário sobre a suspeitíssima e misteriosa morte do Procurador Danilo Anderson, em um atentado em que seu carro explodiu, no final da semana passada na Venezuela.



Há mais de três anos venho falando sobre o que ocorre em Cuba e mais recentemente na Venezuela, para ver se abria os olhos das pessoas acerca do que pretendiam os governos brasileiros, primeiro com FHC em seus dois mandatos e em seguida com “seu” Lula, cujo caminho foi gentilmente aplainado pelo mandatário anterior.



Nesses mais de três anos venho alertando para o processo de cubanização que se ia estabelecendo insidiosamente no Brasil e tudo o que consegui foi colarem-me vários rótulos, bem simpáticos e inteligentes, como “apátrida”, “internacionalista”, “entreguista”, “agente da CIA”, pediram que eu “voltasse a ser brasileira” e, finalmente, perguntaram-me se eu “tinha negócios em Cuba”. A estupidez desta gente é tão atroz que não percebem a incoerência desta última afirmativa pois, se em Cuba tudo é do abutre e eu não faço outra coisa a não ser combater os crimes que ele comete há 45 anos, como então eu poderia “ter negócios na Ilha” se não fosse em algum conchavo com ele? Fazem-me rir, mas enchem-me de uma profunda tristeza – quase depressão -, pois é esta mesma ignorância basilar que está nos levando ao precipício celeremente.



Se alguém quiser se dar ao trabalho de fazer um levantamento de dados, por simples que seja, não terá muita dificuldade em perceber as mudanças que já se operam e que são divulgadas sem nenhum pudor ou constrangimento através dos meios de comunicação. São os “acordos comerciais”, as “dívidas perdoadas”, as “doações milionárias” a fundo perdido, os “acordos de cooperação em educação e saúde” e hoje foi divulgado o projeto de “controle da Internet” que o Brasil e a China apresentaram à ONU, a mais infame das organizações do governo mundial. Esse “controle” já existe me Cuba e, de tão semelhante, não sei a quem pertence a autoria, se a Cuba ou China.



Aqui, como em Cuba e Venezuela, os projetos são sincronizados, obedecendo um cronograma estabelcido pelo maldito Foro de São Paulo dos não menos malditos Fidel e Lula. A América Latina sangra e pede socorro! Enquanto isso, feito avestruzes, os nacionalistas, proto-comunistas e comunistas assumidos “fingem” que meus apelos são um amontoado de bobagens de uma “iancófila apátrida” e que o “mal” não está aqui bem ao nosso lado, mas mais ao norte, especialmente nas mãos de Bush.



Pobre Brasil que está se oferecendo à imolação docilmente sem qualquer reação, enquanto seus algozes divertem-se e festejam o sucesso de seus planos com a gentil cooperação da população amestrada... Mas estamos apenas no começo; quem tem olhos para ver que veja e ore a Deus, pois que esta terra sangra e agoniza.



Fiquem com Deus e até a próxima, enquanto a censura não chega e me permite ainda uma vez mais pregar no deserto.



OUTROS SETE ETARRAS ESTARIAM NA ILHA DE FORMA CLANDESTINA



Oito membros da ETA estão em Cuba em situação legal e outros sete de forma clandestina. Madri pedirá à Havana que não dê cobertura aos membros da organização terrorista.



Oito membros da organização terrorista basca ETA residem em Cuba em situação legal, segundo “últimos informes” que cita nesta última sexta-feira o diário espanhol ABC. Alguns deles têm “prósperos negócios de exportação”. O rotativo afirma que o regime cubano “tem sido condescendente com os etarras que elegiam Cuba para enganar a Justiça” espanhola, porém desde alguns anos freou “para evitar que a Ilha converta-se no substituto do ‘santuário francês’”.



Segundo o ABC, os etarras que estão em situação legal em Cuba são Jesús Abrisqueta, José Miguel Arrugaeta, Elena Bárcenas (aliás, Tigreza), José Ignacio Echarte, Amaya Eguiguren, Luciano Eizaguirre, José Ignacio Rodríguez e José Ángel Urtiaga.



Clandestinos poderiam estar Agustín Azcárate, Francisco Javier Pérez Lecue, José María Salegui, Miguel Ángel Apalategui (aliás, Apala) e Eusebio Arzalluz (Paticorto). Nesta sexta-feira, o chanceler espanhol Miguel Ángel Moratinos, disse que pedirá ao ministro cubano de Exteriores, Felipe Pérez Roque, que Havana não ofereça “nenhum tipo de cobertura” aos membros da ETA ou a qualquer outro inimigo da paz e da concórdia, informou EFE.



Moratinos e Pérez Roque encontram-se em San José da Costa Rica, por motivo da XIV Cúpula Iberoamericana

Informou de Madri, netforcubahispania@hotmail.com



Fonte: NetforCuba International http://www.netforcuba.org



DANILO ANDERSON: O MÁRTIR NECESSÁRIO



Por Irene Calcaño



Que Deus me perdoe, porém não creio... Sinto muito, porém não creio. Agora entendo porquê soltaram Enrique Capriles. Imagino Fidel dizendo a seu servo: “Ouve-me, melhor soltar o ‘bonequinho’ este, que a coisa da fraude está nos pondo em maus lençóis e o mundo vai se dar conta de que fizemos trapaça”. “Porém, Fidel, se o solto o converto em herói”. “Fique tranqüilo tu, que isso eu arrumo depois”... Naquela ocasião, ninguém entendeu porque o Tenente Coronel se arriscou a que se erigisse um líder capaz de ganhar as eleições, ninguém sabia que o plano era enlamear seu nome implicando-o em um assassinato que não “deixara dúvidas” de sua intervenção, nem sequer o pobre Danilo Anderson.



Não sei muito de segurança, porém com a avalanche terrorista, tenho entendido que há certas regras que se devem seguir. Depois de um atentado desta natureza, não se interditaram as zonas adjacentes até que se comprovasse que não existem mais explosivos no entorno? Não é certo que, como se sabe que os terroristas atuam ativando explosões em cadeia, só pessoal especializado é autorizado a permanecer no local do acontecimento? Que fazia lá, José Vicente Rangel? Também queria morrer como um herói... é tão “valente” que não tinha medo, ou será que sabia de algo que os demais não sabemos? Assim foram chegando outros líderes do Oficialismo, sem medo e assim foi convocada uma vigília, pondo em perigo a vida de outros inocentes, expondo-os a novas explosões, a mais mortes, ou será que eles sabiam que essa era a única bomba que ia explodir?.



Não é demasiado conveniente que este ato de terrorismo da “Oposição” ocorra justo com a nomeação de Condoleezza Rice? Que suceda justo dias antes da iminente Cúpula à qual ia assistir o “E que” Presidente, e que o “Senhor” este suspenda sua presença para que chegue ao mundo inteiro a notícia de que ele não foi por causa de “um atentado da oposição”?



Me pergunto se os mártires do Onze de Abril, ou as vítimas do atentado do Senhor Goveia em Altamira eram menos Heróis que Danilo Anderson... Devem ser, porque nenhum foi velado em câmara ardente na Assembléia, não foram chamados heróis e nenhum oficialista que desempenhe altos cargos fez ato de presença para oferecer seus respeitos, como fez hoje Enrique Capriles Radonsky, ao apresentar-se no necrotério com o fim de manifestar sua preocupação, como todo homem educado, decente, público, sensível e que não teme nada.



O melhor negócio que Fidel fez em toda a sua história, foi deixar Che Guevara abandonado para que o matassem. Com isto, se deu conta de que, um militante de “sua” causa, por mais querido que seja, mais prescindível se torna e sua morte mais necessária, porque morto, obtém um mártir. Uma vez que aprendeu que um amigo vale mais “assassinado” no momento adequado, começou a matá-los ele mesmo... Preparem-se os oficialistas emblemáticos e que viva o Che Anderson! Isto é o que se consegue quando se frauda um país e ninguém crê.



Fonte: News – Noticias www.VenezuelaNet.org



HOSPITALIZADO PRISIONEIRO POLÍTICO



Por Ernesto Roque Cintero – UPECI



Havana – “Está muito delicado de saúde”, assinalou a esposa do prisioneiro político Raúl Arencibia Fajardo, membro do movimento pró-direitos humanos “24 de fevereiro”, depois de uma visita realizada a seu cônjuge no hospital da Prisão Combinado del Este, onde fora internado desde o início da tarde de 15 de novembro. “A transferência da prisão 1580 para o Combinado del Este foi repentina, pude inteirar-me por um familiar de outro preso político. Quando me apresentei no Combinado del Este me permitiram vê-lo pelo espaço de duas horas. Tem muita dor de cabeça, está muito magro e as febres de 40 graus não o abandonam”, relatou à UPECI, Olga Ibarra de Echeverria.



Pelo que relatou Echeverria, os médicos lhe disseram que iriam realizar um checkup médico geral em Raúl Arencibia. “Os médicos me disseram que não me preocupasse que ele estava em boas mãos e que o peso corporal que havia perdido na outra prisão, ali ele o recuperaria”. “Recebi um tratamento muito amável por parte dos médicos – comentou -. Agora onde se encontra hospitalizado pode-se dizer que tem outras condições muito melhores, pelo menos o banheiro tem as condições higiênicas necessárias”.



Até o momento de redigir esta informação, se desconheciam os resultados de um Raio-X que lhe realizaram nos dois pulmões dias atrás. Arencibia Fajardo cumpre uma sanção de três anos de privação de liberdade, pelos prováveis delitos de “desacato, desordem pública e resistência” e poderia ser reconhecido no fim do ano, segundo tomou-se conhecimento, como prisioneiro de consciência, status que a Anistia Internacional outorga a réus cujos delitos sejam de consciência, sem exercer violência alguma.



CAMPANHA CUBANA PELA LIBERDADE DOS PRISIONEIROS POLÍTICOS



Fonte: www.PayoLibre.com



ATACADO E FERIDO OPOSITOR PACÍFICO



Havana – Julia Cecilia Delgado, presidenta em funções do Partido Liberal Democrático de Cuba (PLDC), denuncia de Havana que Aris Vidal Guimenez, do município Manzanillo, na cidade de Granma e membro do PLDC foi agredido com uma arma branca por um informante da Segurança do Estado, provocando-lhe feridas em várias partes do corpo.



Aris Vidal encontrava-se dormindo em sua casa quando o agressor, Roberto Pollán Puebla, vizinho de Peral Benitez, nº 166 em Manzanillo e que, ao que parece, encontrava-se bêbado, começou desde a rua a gritar-lhe que era um “contra-revolucionário”. Ante tais gritos e atraído por sua curiosidade infantil, o filho de Aris Vidal de oito anos de idade – Aris Daniel – saiu à cerca e foi golpeado covardemente na cabeça pelo senhor Pollán Puebla. Quando Aris Vidal acudiu para defender seu pequeno filho, foi apunhalado pelo agressor.



O opositor pacífico foi transferido urgentemente ao hospital com ferimentos na cabeça, na bochecha esquerda e no peito. Segundo o cirurgião que atendeu a Aris Vidal, a arma esteve próxima a interceptar-lhe o coração.



Roberto Pollán Puebla, após várias horas de detenção, foi liberado e se desconhece se será julgado por agredir e atentar contra a vida de uma pessoa sem motivo algum.



Esta informação foi recebida por Sergio Hernández, porta-voz do PLDC no exterior.



CAMPANHA CUBANA PELA LIBERDADE DOS PRISIONEIROS POLÍTICOS



Fonte: www.PayoLibre.com



Traduções: G. Salgueiro