O Notalatina volta a informar as últimas notícias vindas da Venezuela. Hoje, além de divulgar como andam as negociações, trazemos também um “manifesto” do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), em solidariedade ao movimento chavista e, claro, culpando os Estados Unidos pela situação atual com a mesma velha e carcomida alegação de que são os americanos que pretendem desestabilizar o país. Essa gente ou é cega, ou burra, ou portadora de uma má-fé imensurável, ou tudo isso junto.
MOVIMENTO SEM TERRA DO BRASIL SOLIDARIZA-SE COM A “REVOLUÇÃO BOLIVARIANA”
Confirmando-se, mais uma vez, a manipulação da Internacional Socialista. O Movimento dos Sem Terra, do Brasil; As Mães da Praça de Maio, da Argentina; os Macheteiros, de Porto Rico; as Organizações Mapuche, Tupamaros, Zapatistas, etc., se pronunciam continuamente a favor das tiranias como a de Castro, os aspirantes a tiranos como Chávez, assim como os terroristas ETA, IRA e todos os demais ao redor do mundo, incluindo
O MST se solidarizou hoje com a “revolução” que apregoa o chefe de Estado, Hugo Chávez, e denunciou que uma elite “inescrupulosa” e os Estados Unidos estão propiciando um golpe de Estado nesse país.
O movimento conhecido por suas siglas MST, divulgou uma nota na qual assinalou que ”os acontecimentos evidenciam a incapacidade da elite venezuelana para aceitar mudanças sociais, políticas e econômicas, por menores que sejam, em benefício dos pobres e excluídos”.
Fazendo suas, as palavras de Chávez, o MST disse que ”essa elite quer manter a qualquer preço seus privilégios e não duvida em usar de todos os instrumentos que possui na intenção de destituir um governo legitimamente eleito pela imensa maioria do povo”. (Situação e discurso igual ao que o PT e sua militância aguerrida dizia, antes de chegar ao poder. Notalatina)
A mensagem do MST, um velho aliado do socialista Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual pertence o presidente eleito do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, foi divulgada quando na Venezuela a greve geral convocada pela oposição chegou ao seu nono dia, e afetava com força especial a estratégica indústria petroleira.
Em alusão às distintas eleições ganhas por Chávez ou seus partidários nos últimos quatro anos, o MST lembrou que ”nunca na história da Venezuela um governo consultou tantas vezes o seu povo, mediante plebiscitos ou comícios”.
Coincidindo com Chávez, a nota afirma que a oposição venezuelana ”não respeita a Constituição, manipula inescrupulosamente a informação através de um monopólio midiático, utiliza falsas organizações de trabalhadores, sacrifica vidas humanas e busca, a qualquer custo, um golpe de Estado”.
O MST acusou o governo dos Estados Unidos de estar por trás das intenções “desestabilizadoras” na Venezuela, com o objetivo de “passar a controlar o acesso ao petróleo” desse país sul-americano, um dos principais abastecedores do mundo.
”A história de nosso continente está repleta de exemplos e de tragédias resultantes da política imperial dos Estados Unidos”, acrescenta a nota.
Os camponeses sem terra advertiram, além disso, que ”o que está se passando na Venezuela pode repetir-se na Bolívia, Brasil ou Equador, que votaram contra o neo-liberalismo, contra os interesses das multinacionais americanas e contra a ALCA”, pela Área de Livre Comércio das Américas, promovida por Washington.
Fonte: Efe/www.el-nacional.com
JOÃO DE GOVEIA
Especial para La Voz de Cuba Libre – por Rafael Coutin
João de Goveia, um português de 39 anos (naturalizado venezuelano) é até agora o principal implicado na matança de civis na Praça França, em Altamira (Caracas). Este indivíduo apresenta todo um rosário de estranhos aspectos em sua vida. Antes de tudo, chama a atenção que em um país onde os emigrantes portugueses são uma colônia florescente, dedicados principalmente ao comércio, exista um indivíduo como este de profissão supostamente: TAXISTA.
Parece que este personagem que vive há 22 anos na Venezuela não tenha encontrado melhor residência que um hotel, abrigo temporário que geralmente é usado por pessoas em trânsito no país. Estas residências são bastante caras para uma pessoa de classe média, como é sem dúvida o negócio de taxista, mas que parece prover a João de fundos suficientes para pagar um lugar confortável para viver...
Nos chegaram informes de que o sr. Goveia dirigia um taxi moderno, não desses velhos transportes que constituem três quartas partes do serviço de taxis na Veenzuela, onde João havia conseguido um taxi subvencionado pelo governo, através de um programa que existe para ajudar os taxistas, porém que as filas de espera são muito maiores do que as disponibilidades.
Porém, não termina aqui a sorte deste estranho “emigrante”, que aparentemente foi vítima da malandragem comum e roubaram seu veículo. Para qualquer venezuelano no negócio, isto teria significado o final de sua carreira, porém, ah!, sorte louca do lusitano, no dia seguinte o governo venezuelano, em um gesto inusitado lhe substituiu o taxi roubado!
Por alguma estranha causa paranormal, o supracitado foi captado por uma câmera de vídeo quando caminhava ao lado do líder das hordas oficialistas; o prefeito do município de Libertador, Freddy Bernal, é bem sabido de todos que tem um denso cordão de segurança em torno de si, de maneira que João, inadvertidamente pode aproximar-se sem que nenhum dos numerosos guarda-costas pudessem notá-lo e, o mais estranho é que, segundo o presidente venezuelano em defesa pública do réu, explicou que Goveia se encontrava, nesse momento em... Portugal!
Há demasiadas coincidências, a mais humilhante é um informe de que a oposição venezuelana obteve de mãos amigas no estrangeiro, onde se identifica João de Goveia como um ativista e ligado ao... IRA! Que tal? Parece que tudo o que foi dito anteriormente é pura coincidência, tanto quanto o segundo estrangeiro implicado neste assunto; Frank Pieterzs é de nacionalidade inglesa! Coincidências?
Rafael Coutin é co-editor de La Voz de Cuba Libre e Chefe do Birô de Notícias em Miami.
EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS NA VENEZUELA AUTORIZA A SAÍDA DE PESSOAL NÃO-ESSENCIAL
O Departamento de Estado norte-americano autorizou nesta terça-feira a saída de sua embaixada em Caracas de todos os empregados não-essenciais que desejem sair da Venezuela, por causa do recrudescimento da crise.
A chancelaria emitiu uma nova advertência aos cidadãos americanos que residem na Venezuela, ou têm planos de viajar para esse país, sobre “a deterioração da situação política e de segurança”.
O “travel warning” do Departamento de Estado também “alertou” os norte-americanos sobre sua decisão de autorizar “a partida voluntária de familiares elegíveis e pessoal não de emergência da embaixada na Venezuela”. Aos cidadãos estadunidenses recomendou-se “adiar todas as viagens à Venezuela neste momento ”e àqueles que já se encontram no país caribenho, foi solicitado “urgir” em “considerar a partida”. O novo aviso do Departamento de Estado substitui o emitido apenas na última sexta-feira.
ANÁLISE
Governo se apoia na Força Armada
Alfredo Rojas – El Universal
Miraflores ontem parecia o despacho de um poder que não sofre uma greve. O Governo não duvida que exerce o comando supremo da Força Armada, e considera que a CTV, Fedecâmaras e a Coordenadoria Democrática dominam os meios de comunicação, porém não a instituição armada, cujo controle mantém Chavez no poder. O chefe do Estado não viajou ontem à Aragua ao ato da Aviação militar. Ficou em um encontro com os generais Jorge García Carneiro, Eugênio Gutiérrez Ramos e Jesús Villegas Solarte.
O Governo manobra para controlar a emergência na PDVSA, porém estima que a greve não o afeta politicamente, nem obriga Chávez a abandonar seu cargo, e que pode aguentar até dois meses com esta circunstância, inclusive percebe que na inatividade dos bancos e do comércio afeta o público da oposição, e não os partidários do Governo. O Executico sabe – e sente – que a greve chegou a PDVSA e que o ataque foi duro, porém vê que que a emergência é econômica e não política, e que não é uma circunstância que ponha o Governo contra a parede, para aceitar uma convocação eleitoral em alguns meses. O ex-Ministro do Interior e Justiça, Ramón Rodrígeuz Chacín, e o ex-diretor da DISIP, Eliézer Otaiza, que é assessor da Contrainteligência da Casa Militar, são os que mais se vêem em Miraflores.
Fontes de confiança, segundo foi descrito por WQBA 1140 em Miami, revelaram a esta emissora que na madrugada de hoje, quarta-feira, o Alto Comando conjunto das Forças Armadas Nacionais da Venezuela, pediu a renúncia do Presidente Hugo Chávez; se esta não se produziu de imediato foi, aparentemente, pelas pressões dos talibãs do regime chavista, principalmente Diosdado Cabello e José Vicente Rangel. Até esta hora em que se produz esta notícia, Caracas amanhece sacudida por uma parada continuada e crescente, que abarca 90% da atividade nacional, a sociedade civil marcha nas ruas pedindo em voz forte a renúncia de Chávez, enquanto que a crise alcança o que parece ser o pináculo, pela retirada do pessoal não-essencial da Embaixada dos Estados Unidos e um ultimatum que provavelmente foi dado pele Secretário da OEA, César Gaviria, estabelecendo a data de hoje como limite para chegar a um acordo. Se esta tarde não se chegar a ele, o secretário Gaviria partirá amanhã para Washngton.
Dada a gravidade esses eventos, muitos estimam que a saída do presidente Chávez nas próximas horas é iminente.
De Miami, para La Voz de Cuba Libre, Rafael Coutin, Birô de Notícias Miami.
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