domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições venezuelanas - Primeiro boletim



Sob um calor de 34º os venezuelanos acudiram em mais de 70% para votar por um novo presidente, o que mostra que as pessoas querem uma mudança, que não agüentam mais a ditadura castro-chavista, a miséria, a fome, a violência que sofrem há 14 anos.

Este é o primeiro boletim que o Notalatina apresenta dessas eleições que vão mudar da água para o vinho a situação na América Latina de um modo geral e do continente sul-americano em particular. As eleições acabaram há pouco, e enquanto o CNE ainda não apresenta os primeiros resultados das apurações, informo alguns fatos que ocorrem durante o dia. Embora houvesse medo de violência por parte das milícias chavistas, graças a Deus isto não ocorreu, embora houvesse sim, muita tentativa de intimidação e ameaças de indivíduos motorizados armados que passavam ao lado das longas filas gritando: “Chávez está te olhando, Chávez está te olhando!”.

Denúncias de fraude não podiam faltar. Uma moça denunciou via Twitter: Sou membro de mesa do Colégio Nacional de Zulia e antes de começar o processo, quero denunciar aqui: a máquina tinha 1.700 votos carregados”. De um jornalista de Noticias Caracol, informou-se que há cédulas de pessoas que hoje teriam 180 anos que estão habilitadas para votar na Venezuela.

Em dois países do outro lado do mundo já se sabe o resultado das votações: no Japão, Capriles teve 276 votos, enquanto Chávez obteve apenas 32. E na Austrália, Capriles teve 992 votos enquanto Chávez teve 0.

As quatro pesquisas independentes contratadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos dão a Capriles mais de UM MILHÃO DE VOTOS ACIMA de Chávez. A Fundação Interamericana pela Democracia dá a Henrique Capriles uma vantagem, em nível nacional, de 1 milhão e 300 mil votos sobre Chávez. Vale salientar que esta fundação acertou TODAS as pesquisas realizadas naqueles países onde se respeita a vontade do eleitor, desde o México até a Argentina. A consultora Varianza estima uma vitória de Capriles em torno de 51,3% contra 48,06 de Chávez.

Outra informação dá conta de que Chávez fechou a fronteira com a Venezuela a partir das 4:30 da manhã, o que impediria que eleitores venezuelanos que moram em cidades limítrofes a votar, porque, segundo se informou, são pessoas que tiveram que deixar seu país por perseguição do regime e, evidentemente, não iam votar em Chávez.

No exterior estão habilitados a votar 110.495 venezuelanos residentes em 88 países. Desses, 36.915 registrados nos Estados Unidos que deveriam votar nos 8 consulados habilitados. O maior problema ocorreu com o consulado de New Orleans, que recebe os votantes deste estado e os que votavam em Miami, uma vez que este consulado foi fechado por exigência dos Estados Unidos após um escândalo com a consulesa, que foi expulsa do país. Estou acompanhando ao vivo, de modo que muitas coisas que assisto apenas posso reportar. Um rapaz se queixava de que vieram 3 ônibus de New Orleans, que levaram 18 horas de viagem e quando chegaram não os quiseram deixar entrar. Eram, seguramente, maioria de eleitores de Capriles.

Depois de votarem, Capriles e Chávez fizeram declarações mais ou menos no mesmo tom. Capriles disse que “a primeira pessoa a quem chamarei após conhecer os resultados é Chávez”, e Chávez disse “serei um dos primeiros a reconhecer os resultados”. Faço questão de publicar o vídeo com esta declaração porque recordo que estas foram as mesmas palavras que ele disse com relação ao referendo para decidir a reforma constitucional, e que ao ver-se fragorosamente derrotado, ficou furioso e não aceitou, levando o CNE a fraudar os resultados deixando uma margem muito pequena, de modo que a perda não fosse tão vergonhosa. Diante do resultado, Chávez disse: “Esta foi uma vitória de merda!”.

Vejam a declaração dele no vídeo abaixo que faço questão de deixar registrado. A apuração começou mas ainda não temos resultados. Eu sempre afirmei que Capriles não é o candidato ideal, mas é o que de melhor que se apresenta no momento para derrotar Chávez e sua nefasta ditadura comandada desde Cuba, pela mão de ferro dos ditadores Castro. Por isso torço por ele. E torço para que não haja nenhum ato de terrorismo, conforme prometem seus fiéis aliados do Bairro 23 de Janeiro. Esse é o primeiro boletim mas o Notalatina está atento e vai seguir informando até o resultado final.

Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários: G. Salgueiro

Um comentário:

Euclides disse...

Olá Graça! Parabéns pelas reportagens. Você é a única pessoa confiável para sabermos o que está acontecendo ao nosso redor. Estou fazendo visitas constantes para saber os resultados. Oremos, Graça! Essa corja vai cair e será envergonhada como nunca foi até hoje. Estou com você aqui e torcendo pelos nossos hermanos venezuelanos!
Mande notícias de Don Alejandro.
Abração!