O Notalatina hoje traz apenas dois artigos da jornalista venezuelana Eleonora Bruzual, destemida guerreira com quem muito me identifico, sobretudo pelo estilo vigoroso e claro que só é posssível a quem não tem rabo preso ou papas na língua.
A eleição destes dois artigos de uma mesma autora, deveu-se a que ambos se conectam e fazem conexão com o que estamos vivendo, de certo modo, aqui também no Brasil. Afinal, a sintonia entre o Eixo do Mal – Cuba, Brasil e Venezuela - e as determinações do Foro de São Paulo já não são mais possíveis disfarçar e esses artigos sintetizam tal pensamento com clareza.
Lá na Venezuela o “processo” está mais avançado do que aqui no Brasil e é isso que a Eleonora nos mostra em seu primeiro artigo, datado do dia 17 de novembro, onde denuncia a perseguição que estão sofrendo os militares que não comungam com o regime castro-chavista, estendendo-se agora também aos familiares destes.
Desde que este elemento peçonhento assumiu o poder da Venezuela e mais particularmente depois da mega-fraude de 15 de agosto que o mundo inteiro ratificou, já há perto de 100 presos políticos – civis e militares -, jornalistas perseguidos, ameaçados e exilados, como é o caso do cubano-venezuelano Robert Alonso. Além disso, a Lei da Mordaça que aqui ainda não foi oficializada, lá está a um passo de entrar em vigor.
O bufão presidente Chávez tem, atualmente, maioria no Congresso, fez 90 % dos novos prefeitos e governadores e tem quase todos os Magistrados dos Tribunais em suas mãos, tendo substituído alguns por eleitos seus.
Vocês vêem alguma diferença entre eles e nós? A questão é apenas de velocidade: lá mais rápido, aqui cozinhando em banho-maria mas seguindo uma mesma e única receita. Na Conferência dos Ministros da Defesa das Américas que encerrou-se hoje, em Quito, o vice-presidente e atual Ministro da Defesa do Brasil segue à risca a cartilha, afrontando, sem nenhum pudor, o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfield. Preferiu formar um bloco com a Argentina e o Chile, sendo depois apoiado pelo Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela e México. Para quem pensa que isto foi bom, ou “aconteceu” durante as discussões do encontro, eu digo que foi tão “casual” quanto as “manifestaçõs expontâneas” que ocorreram um dia antes das eleições na Espanha, dando vitória a mais um castro-comunista, Zapatero.
Ocorre que há um projeto já em andamento, da criação de um “Exército” com esses países comunistas do Sul, sob o comando do delinqüente Chávez. Posicionar-se contra os Estados Unidos continua sendo uma enorme burrice, pois estamos apenas nos aliando aos piores do mundo e com apoio em material bélico, treinamento, armamento pesado e mísseis nucleares, vindos de Cuba, Rússia e China. Esse arroubo de “soberania nacional” e “auto-determinação dos povos”, tão cantado em verso e prosa pelos dicionários sinistros, só vale quando diz respeito aos americanos; para os demais países comunistas, significa “união entre países irmãos”, contra “o colosso imperialista”.
O segundo artigo fala sobre a morte por atentado a bomba, que vitimou um procurador venezuelano e cuja autoria permanece em suspense. Naturalmente que a militância chavista já saiu em campo, rápido como quem rouba, e acusa os revolucionários anti-chavistas de terem praticado o crime; malgrado esta acusação leviana e infundada, nada de concreto foi apurado ainda. A Venezuela anda cheia de situações misteriosas e, por isso, o recado que eu deixo, como reflexão para o final de semana, é aquela mensagem dita por Cristo aos seus Apóstolos: “Vigiai e orai porque a hora está próxima”. Temos que estar com os olhos bastante abertos, o espírito vigilante e o pensamento voltado para Deus.
Até a próxima e um bom fim-de-semana!
A esposa do General Enrique Medina Gómez, Gloria Fernández de Medina, denuncia perseguição contra ela e sua família
Eleonora Bruzual
No espaço Trinchera que a Rádio Mambí, 710 AM do Circuito UNIVISION de Miami transmite diariamente, Eleonora Bruzual entrevistou com exclusividade nesta segunda-feira, a esposa do General do Exército venezuelano Enrique Medina Gómez, a Srª Gloria Fernández de Medina Gómez. Esta mulher venezuelana, esta mãe venezuelana, denunciou a perseguição policial à qual está sendo submetida.
Gloria Fernández de Medina explicou como foi arranjada a casa de alguns amigos que lhe deram alojamento, já que pelas dolorosas circunstâncias que vive a Venezuela sob um regime despótico que não consegue mais esconder seu caráter repressivo, seu esposo, o General Medina Gómez fugiu, perseguido pelos que cuidam de esmagar toda a oposição e toda a dissidência política, seus filhos – para preservar suas vidas e integridade – estão fora da Venezuela, e ela nem sequer possui uma casa onde possa viver tranqüilamente.
É importante lembrar que o General Medina Gómez foi um dos Chefes militares que liderou a insurgência de altos oficiais e soldados venezeulanos, que sem armas e utilizando o direito constitucional de rebelar-se, foram à praça Altamira de Caracas naquele 22 de outubro de 2002 e mostraram ao país e ao mundo, o terrível destino que correrá a Venezuela em mãos de um militar golpista que traiu o seu Exército, o seu país, violou a Constituição, traiu o povo venezuelano e enalteceu uma invasão estrangeira liderada pelo tirano Fidel Castro.
Agora, Gloria Fernández de Medina é perseguida, acossada, ameaçam e arremetem contra os amigos que podem ajudá-la. Chávez copia as táticas de seu mestre e comandante Castro e busca impôr à Venezuela esse mesmo medo que leva os cubanos que permanecem nesse inferno que é a ilha escrava, a converter-se em traidores, em “dedos-duros” de seus próprios familiares, em esbirros de seus próprios amigos e vizinhos. Esta invasão à casa onde a esposa do General Medina Gómez estava, é a “Mensagem a García” a ameaça direta. Se ajudas os opositores, os dissidentes, te invadimos, te perseguimos, te acossamos...!
Nesta sexta-feira 12 de novembro, simultâneo a esta transgressão executado pela Direção de Inteligência Militar, eles mesmos invadiram a casa – ainda em construção – da família Medina Gómez e levaram todos os pertences do General Enrique Medina Gómez: sua roupa, seus uniformes militares, suas condecorações, seu Bastão de Comando, seus álbuns de fotos de família. Nessa sexta-feira 12 de novembro, a violência oficial, a “Revolução bonita” mordia a pele e a alma de uma mulher venezuelana, de uma mãe venezuelana, da esposa de um General do Exército Venezuelano que serviu a sua pátria com entrega e honesidade por mais de 30 anos de impecável carreira militar.
Hoje é Gloria Medina a que soma-se à lista de fustigados, de perseguidos, de acossados de um regime totalitário, de um regime que busca perpetrar no poder um militar golpista, exponente perfeito do tirano bananero, do farsante de esquerda que com o discurso desgastado da justiça social, da igualdade e do “Homem novo” vem a erigir-se em rei de uma gleba. O dono de um povo escravo e aterrado.
Hoje ela engrossa a longa lista de vítimas de um regime que matou a democracia e a liberdade na Venezuela. A imprensa ainda pode denunciar esta transgressão, esta violação dos Direitos Humanos de Gloria Fernández Medina, de seu esposo, o General Medina Gómez, de seus filhos, de seus amigos... Quanto falta para que o horrendo silêncio que a Lei da Mordaça imporá, impeça os jornalistas venezuelanos de informar os desmandos de um regime totalitário para que o mundo conheça estes crimes e este vandalismo oficial?
Fonte: www.getiuno.com
A colheita do ódio floresce... Cuidado, venezuelanos! Hoje, mais do que nunca a Liberdade e os Direitos Humanos estão ameaçados!
Por Eleonora Bruzual
Hoje a Venezuela amanhece com uma pavorosa sensação: a cultura da morte e do ódio nos apanhou. Cultura de ódio e morte semeada por um regime que desde que chegou ao poder, tanto pela boca de seu caudilho como pela do resto dos figurões que o acompanham, não tem feito mais que propagar um discurso de ódio, de ressentmento e de barbárie.
Ontem à noite em um muito estranho acontecimento marcadamente terrorista, foi assassinado o Procurador Danilo Anderson, esse que apesar de haver sido um funcionário inscrito na área ambiental, erigiu-se em uma espécie de Torquemada do regime, um caçador de bruxas sempre ativo na hora de perseguir e acossar os opositores de um projeto marcadamente totalitário, onde a intolerância e a repressão são o estilo imperante.
O Ministro do Interior e Justiça, Jesse Chacón sai a condenar o fato desde a ameaça e a velada acusação irresponsável. Um fato que impõe ser visto com olhar frio, já que é prática recorrente dos déspotas sacrificar a seus mesmos colaboradores, se com isso conseguem o clima perfeito para desatar a “Solução final” contra seus adversários. Fala o ministro do Interior e Justiça Jesse Chacón, esse tenente que tão bem conhece de atos violentos e sangrentos, esse que há quase doze anos, em 27 de novembro de 1992 irrompeu na Venezolana de Televisión a sangue e fogo matando inocentes.
Jesse Chacón advertiu que utilizará todos os recursos necessários para conseguir esclarecer o acontecimento no menor tempo possível, sublinhando que na Venezuela não se pode dar cabimento ao terrorismo, e essa declaração saída de um regime protetor de Vladimiro Montesinos, da narco-guerrilha colombiana, de terroristas islâmicos, de grupos etarras, no mínimo causa riso...
Seria bom que Jesse Chacón metesse na cabeça suas próprias palavras: “na Venezuela o terrorismo não tem cabimento”, ele que conhece melhor que ninguém as ações de verdadeiro terrorismo de Estado que este regime implementou contra seus adversários.
Um país inteiro se pergunta: Como é que um funcionário dedicado exclusivamente à perseguição e ao acosso dos adversários do regime podia andar só, às 11 da noite, conduzindo sua caminhoneta, quando um dos estilos destes revolucionários é o desdobramento grotesco de guarda-costas e esbirros? Como Danilo Anderson, que gozava de proteção policial 24 horas, decidiu justamente deixar-se só?
É muito confuso este assunto! Agora quando se está por impor a Lei da Mordaça que sepultará nosso direito de informar em liberdade, quando morre a imprensa livre na Venezuela... É muito confuso este atentado com explosivos que só utilizam e possuem as Forças Militares e Policiais do país. Já os violentos do oficialismo estão clamando por sangue; querem cabeças.
Tudo faz com que a desconfiança e a dúvida se espalhem... Não é nada novo que os déspotas sacrificam seus colaboradores se com a morte de um deles podem justificar a eliminação de toda a oposição e toda a dissidência. Não digo que seja assim neste caso estranho, porém há que levantar-se todas as possibilidades, sobretudo quando já se está vendo a mobilização de hordas violentas oficialistas pedindo vingança, acusando os Meios de Comunicação, acusando os Prefeitos opositores, agredindo.
Hugo Chávez, José Vicente Rangel, Isaías Rodríguez, Jesse Chacón, grupo de violentos e ressentidos que pretende reeditar a tragédia cubana em terra venezuelana, eles que trouxeram violência e morte a um país onde jamais existiu o crime político, onde os adversários se combatiam com palavras e idéias, mas nunca com morte e violência. Chávez com seu discurso diário de ódio e violência trouxe um estilo divergente que está destruindo a Venezuela, frente aos olhos distraídos de alguns países que só querem petróleo presenteado ou barato, e cujas palavras em defesa da liberdade e da democracia não são mais que expressões vazias.
É muito cedo ainda para fazer mais conjeturas sobre um ato de violência e morte que, como digo, me dispara a dúvida e me faz refugiar-me nessa velha máxima popular que aconselha: “pensa mal e acertarás!”
Morre Danilo Anderson e Hugo Chávez suspende sua participação na XIV Cúpula Iberoamericana de Chefes de Estado, que celebra-se hoje em San José da Costa Rica e onde a Castro caíram as farsas e as histerias e não pôde impor suas grotescas pretensões intervencionistas. Chávez suspende o que sem dúvida já não lhe seria um cenário amável, depois que a União Européia não se curva ante a indigna e vergonhosa posição de José Luis Rodríguez Zapatero, buscando absolver e mimar o sanguinário tirano Fidel Castro e seu quase meio século de tirania bestial. Chávez e Castro não se sentem seguros em cenários que evidentemente não controlam. Chávez e Castro, emblemas da cultura do despotismo, da imposição tirânica e do terror como prática de governo.
Danilo Anderson morre em um atentado de todos censurável, condenável, inaceitável. O castro-chavismo semeou ódio e violência em um país amável, o castro-chavismo vandálico quis impor para seu benefício o ressentimento e o rancor irracional; de um regime tão profundamente anti-democrático pode-se esperar qualquer coisa...
Um ato terrorista ensombrece mais o perigoso cenário venezuelano. Quando há mais de um ano, nas instalações da Rádio Mambí de Miami buscava um slogan, uma frase que sustentasse este comentário diário através dos noticiários estelares de uma emissora de audiência massiva, não só na Flórida senão em todo o Caribe e América Central, escolhi dizer: “Trincheira: de uma terra que pressagia fogo...”, nunca como hoje essa frase se faz mais e mais certa! Os violentos de sempre, os da impunidade oficial falam de paz, eles que semearam a morte e o terror. Eles já condenam e acusam. É tragicômica essa postura além de falsa. A quem favorece este ato de morte? Pensemos, cabeça fria...
Só peço a meu Deus que não nos abandone!
Fonte: www.gentiuno.com
Traduções: G. Salgueiro
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