segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Abro o Notalatina de hoje pedindo desculpas pela falta de edição da sexta-feira passada, em decorrência de problemas técnicos ocorridos no site do blog.



Hoje há três notas: uma referente ao misterioso e rumoroso caso do desaparecimento do Coronel Silvino Bustillos, da Venezuela, e duas notas sobre Cuba.



Em relação ao caso do Coronel Bustillos, que eu venho denunciando aqui desde que o fato ocorreu, nada de concreto e confiável aparece. A nota publicada hoje vem do Bloco Democrático do qual ele é um dos diretores. Tanto quanto eles, eu gostaria muito de ver a questão esclarecida porque, em se tratando deste governo castro-comunista do delinqüente Chávez, tudo se pode esperar, até mesmo os pensamentos mais absurdos e supostamente inadmissíveis.



As notas sobre Cuba mostram, uma, a extrema violência por parte de membros servis da ditadura que não admitem, sequer, que as pessoas reúnam-se dentro de suas casas para jejuar e orar, conforme ensinam as Sagradas Escrituras. Para esta “gente”, isto é uma afronta inominável, entretanto, há um sem-número de pessoas aqui na Taba Brasilis que tem a pachorra e a estupidez de dizer que os cubanos vivem nessa miséria e opressão, “porque querem”. Há ainda os adoradores deste tipo de regime, propalado como “democrático” e paradisíaco, só que quem proclama tamanhas sandices não muda-se para lá definitivamente, MESMO que quando vá lá a passeio, seja tratado como “amigo do rei”. Se com esse tratamento vip ainda assim tais elementos não arriscam mudar-se de mala e cuia porque conhecem a escravidão e a negam por conivência com o crime, porque será que pregam para o povo tantas mentiras? Será que o brasileiro é assim tão “ingênuo” ou ignorante que sequer desconfia dos motivos? Não preciso explicar, pois todo mundo sabe...



Bem, e a última nota é a mais interessante e inédita, sobretudo por causa do que chegou aqui no Brasil. Como todos sabemos, a nossa excepcional imprensa tem o hábito de maldosamente inverter os fatos, plantar notícias falsas ou falar um texto e mostrar imagens de outra situação que nada tem a ver com a fala. Pois bem, o jornal “Estado de São Paulo” divulgou uma nota, dando conta de que “50 cubanos decidiram pedir asilo nos Estados Unidos, deixando suas famílias para trás e desafiando o governo de Fidel Castro”. Nada mais falacioso! O Notalatina acompanha esta “novela” desde seu início e hoje desmascara mais esse golpe do velho abutre. Mas não vou dizer nada aqui; leiam a nota que vem do site La Voz de Cuba Libre.



Bom, por hoje é só. Fiquem com Deus e até a próxima!



BLOCO DEMOCRÁTICO RATIFICA AO PAÍS: SILVINO BUSTILLOS NÃO APARECEU



Apesar da guerra de contra-informção que o regime lançou para pretender fazer o desaparecimento do Coronel Silvino Bustillos como uma onda jornalísitica ou um auto-seqüestro, com o fim de despretigiar os Meios de Comunicação e a nossa Organização (Bloco Democrática), a única coisa certa a estas alturas é que o dirigente do BD, Silvino Bustillos, continua desaparecido e a única suposta prova de que se encontre vivo é uma chamada telefônica escutada por um familiar manifestando-lhe: “Estou bem e diga a minha mulher que não continue denunciando porque podem me matar”, sem saber-se as condições em que foi feita a chamada, se foi sob coação ou, inclusive, se foi ao vivo ou foi pré-gravada antes; o que é certo sim, é que desde o domingo 31 de outubro ele está desaparecido, depois que o seguiram comissões de Corpos de Segurança do Estado, afirmou o Diretor de Mídia do BD, Miguel Angel Nieto.



Acrescentou que se for certa a tese da onda jornalística, a mesma a haveria sido montada pelo jornalista Manuel Isidro Molina, que foi o único que manifestou ao país que “Silvino teria sido torturado e morto na DIM”. O BD jamais manifestou tal asseveração e os meios só procederam a dar a lógica cobertura a tão importante notícia. Em tal caso, é o sr. Molina quem teria de explicar o porquê de sua temeridade se esse fosse o caso e, além disso, porque em seguida se aventura sem tampouco havê-lo confirmado que Silvino havia aparecido são e salvo, colocando como informante a um membro do Bloco Democrático, quando a informação foi proporcionada pelo Coronel Hidalgo Valero que Molina sabe muito bem que não pertence ao BG. Não podemos fazer abstração do fato de que Manuel Isidoro Molina é o líder fundador do Chavismo, quando denominava-se “POLO PATRIÓTICO”, com sua organização política que nesse momnto é NRD, “Novo Regime Democrático”. Todas estas casualidades e o fato de que este ataque aos meios se dá precisamente quando se discute na Assembléia Nacional a conhecida Lei Mordaça, todas são coincidências que devem esclarecer-se a fundo e com sinceridade.



Para finalizar, queremos manifestar ao País e aos Meios de Comunicação que o Bloco Democrático atua ajustado ao direito e não se presta, nem se prestará jamais para nenhum tipo de manobra com o fim de ganhar publicidade ou espaço, como o quiseram fazer ver alguns setores, e esse tipo de comportamento o rechaçamos categoriacamente, por ser imoral, pouco ético e inumano, pois ninguém em sã consciência poderia brincar com a vida e a tranqüilidade de famílias honradas do País, como é o caso da família Bustillos, nem muito menos o bom nome e nosso Meio de Comunicação, nem do país em geral. Esta nunca foi nem será a conduta de uma organização como a nossa que não é política e que apenas busca recuperar o Estado de Direito Democrático e de liberdades. Esperamos que este fato seja investigado com suma imparcialidade até suas últimas conseqüências para preservar o prestígio de nossos meios e nosso humilde prestígio ganhado pelo irrefutável fato de haver dito sempre a verdade desde nossa fundação em 3 de fevereiro de 2003 e que hoje nos pretendem cobrar alguns setores, por interesses políticos inconfessáveis.



Fonte: News – Noticias - www.VenezuelaNet.org



TRATAM DE DISSOLVER JEJUM PELOS PRESOS POLÍTICOS

Por Fidel Lorenzo García



Havana – Durante a noite de ontem, 12 de novembro, foi agredida a residência de Esther Germán Valdés, esposa do preso político René Montes de Oca Martija, secretário geral do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba, afiliado à Fundação Andrei Sakarov.



Germán Valdés encontra-se realizando um jejum em favor de seu esposo e de todos os presos políticos de Cuba. Sua residência encontra-se situada na Rua Perla s/n, entre Mayía Rodríguez e vizinha a Havana. Por volta das 10:30 PM, um grupo de aproximadamente umas 50 pessoas, armadas de paus e pedras, gritando palavras de ordem comunistas, arremeteram e cuidaram de derrubar a cerca da casa, na qual além de encontrar-se 8 pessoas realizando o jejum, também contava com crianças em seu interior.



Depois de muito gritar e insultar seus ocupantes, Esther Germán conseguiu falar com o que parecia mais calmo de turba barulhenta, o qual lhe pediu que retirassem os cartazes que pediam ATENÇÃO MÉDICA para René Montes de Oca, LIBERDADE para o mesmo e LIBERDADE PARA TODOS OS PRESOS POÍTICOS CUBANOS. Os principais do tumulto se auto-identificaram como membros do CDR (Comitê de Defesa da Revolução), do Poder Popular e do PCC (Partido Comunista de Cuba).



Decididos a continuar com o jejum, retiraram os cartazes e permaneceram as 8 pessoas só consumindo líquidos, os quais anunciaram que será por tempo indefinido. Os que jejuam são: Ismael Acosta, de 56 anos; Dargis Salgado Gómez de 62, José Reinier Fleitas, de 34, Adrián Medina Acon, de 32, Idalmis Aguilar Osorio, de 33, Santiago Valdeolla Pérez, de 35 anos, Cándido Terry Carbonel, de 46 e a esposa de René, Esther Germán Valdés, de 39 anos.



Do mesmo modo, desde o dia 11 somaram-se ao jejum outras pessoas em San José, onde reside o coordenador do mesmo partido, Luis González Median, na rua 40# 2906 e/n 29 e 33, os quais manifestaram que estarão junto à esposa de René, todos em oração pelos presos políticos.



Esta informação me foi dada por Moisés Leonardo, também jornalista independente e integrante do movimento Corrente Martiana.



CAMPANHA CUBANA PELA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS



Fonte: www.PayoLibre.com



HAVANA NIGHTS CLUB – DESMASCARANDO A FARSA



A empresa castrista “Havana Nights Club” foi criada em 1997 e, segundo Nicole Durr, Diretora da Empresa, havia atuado na Inglaterra, Alemanha, Espanha, Tailândia e Japão, antes de tratar de debutar em las Vegas, em 31 julho do presente ano. Como o debut se produziria depois das regulamentações de 30 de junho contra o governo de Castro, montaram todo um show para cuidar de convencer às autoridade e o público norte-americano de que era uma empresa privada, “que nada tinha a ver com o governo de Castro”. Chegaram a anunciá-lo como “o show que Castro não queria que vocês vissem”. Este tipo de engano não deixou de manter-se na propaganda do espetáculo. La Voz de Cuba Libre e o semanário em inglês Las Vegas Tribune estiveram alertando sobre o complô castrista para ter um show permanente em Las Vegas, fornecendo-lhe divisas. A campanha impediu que durante várias semanas não pudessem atuar, sob pena de piquetear o Cassino onde se apresentariam.



Desde meados de julho, os cinqüenta e tantos membros da empresa não abandonaram Las Vegas. A maioria este vivendo e ensaiando na residência dos alemães Sigfried & Roy, empresários que haviam feito o negócio com o governo de Castro.



Sete dos membros da empresa, junto com a diretora Nicole Durr, viajaram para Berlim, na antiga Alemanha Comunista, para estudar a forma de poder manter o espetáculo funcionando em Las Vegas. Chegaram à conclusão de que a única solução era obtendo a residência, mediante o asilo político. Em Berlim, conseguiram o asilo político através da embaixada norte-americana dessa cidade. Os 44 restantes tratariam de obter tal asilo em Las Vegas, onde se encontravam desde o mês de julho.



De acordo com o planejado pela empresa “Havana Nights Club”, tudo estaria pronto para as atuações começarem amanhã, 16 de novembro, com uma duração temporal de três meses, que esperam estenda-se por vários anos.



Entre os que cuidaram de conseguir a residência mediante o asilo político, encontram-se o administrador da empresa, Ariel Machado, de 33 anos e o diretor musical Puro Hernández. Ao que parece, todo o pessoal executivo que trabalhou durante sete anos enquanto a empresa oficialmente pertencia ao governo de Castro, permanecerá no controle das mesmas, enquanto trabalhe em Las Vegas ou em outras cidades dos Estados Unidos.



Fonte: lavozdecubalibre.com



Traduções: G. Salgueiro





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