O Notalatina de hoje apresenta em três pequenas notas de fatos ocorridos em Cuba, aparentemente isolados e sem conexão entre si, mas que acabam convergindo todos para a mesma raiz, fonte de todo o mal: a intolerâcia da tirania do Poder, com aqueles que ousam dizer não ao regime castro-comunista.
A primeira nota fala de uma criança de 7 anos e com problemas de desnutrição, privada de receber o almoço na escola onde estuda em regime de semi-internato, porque seus pais são opositores ao regime. A segunda, fala de como o povo cubano está chegando ao limite da tolerância e da capacidade de suportar uma escravidão perpetrada há mais de 43 anos. A ilha está se tornando uma imensa panela de pressão que poderá explodir a qualquer momento. A terceira, mais trágica e grave de todas, fala de dois fatos já abordados por mim noutras ocasiões. Um jovem, por não acatar o regime imposto pelo ditador, é levado à força a um hospital psiquiátrico e torturado com eletro-choques durante 2 anos e 8 meses, prática criminosa que tem sido muito comumente utilizada em presos políticos da ilha-cárcere. No meu artigo do Mídia Sem Máscara, nº 2 - "O Paraíso Carcerário", eu falo dessa questão citando o livro "A Política da Psiquiatria na Cuba Revolucionária" , de autoria dos Drs. Charles J. Brown e Armando M. Lago, onde eles denunciam (documentadamente) 31 casos de abusos e torturas praticados em outro hospital psiquiátrico cubano.
Essa tortura a que foi submetido o jovem Yoan, levou-o a outra prática que está se tornando alarmantemente crescente na ilha, que é o suicídio. Nenhuma pessoa mental e espiritualmente sã pode ser complacente ou tolerante com tal ato, mas no caso de Cuba, além de extremamente preocupante, merece nossa piedade e compreensão, por mais que o condenemos. Nem todos têm a têmpera de um Armando Valladares, o preso político que mais tempo permanceu encarcerado e torturado na ilha caribenha.
E ainda há um político, cínico e torpe o suficiente, para afirmar que "Fidel tem a alma 'pura', por não trair os interesses revolucionários do seu povo". Leiam essas notas e tirem suas conclusões acerca da afirmação acima, e que fique bem claro quais são os "interesses" que esse monstro do Caribe defende, na hora de escolher aquele que irá nos governar a partir do ano que vem.
NEGAM ALMOÇO ESCOLAR A FILHO DE ATIVISTA
NUEVA GERONA, 13 de setembro (Carlos Serpa Maceira, UPECI - www.cubanet.org) - Funcionários da escola primária Héctor Pérez Llorca, situada em Nueva Gerona, capital municipal da Isla de La Juventud, negam o almoço escolar ao filho do ativista José Manuel Rivas Medina.
Jossue Rivas Valdéz, de 7 anos, não pode almoçar no refeitório da escola, apesar de ser aluno de semi-internato e de estar sendo tratado de desnutrição por estar abaixo do peso, porque a direção da escola o discrimina pelas idéias políticas de seu pai.
A diretora do estabelecimento manifestou a Rivas Medina que seu filho não tem direito ao almoço escolar, porque ele "é um contra-revolucionário".
Os funcionários cubanos qualificam de contra-revolucionário, qualquer pessoa que não coincida incondicionalmente com todos os aspectos da política do governo de Fidel Castro.
Porém, a discriminação de índole política não se limita apenas ao menino, mas também à sua mãe, Vilma Valdéz González, tendo lhe negado ajuda nos escritórios da Assistência Social de Nueva Gerona, cujos funcionários lhe manifestaram que "se fossem pessoas revolucionárias, se lhes poderia ajudar, porém, esse não é o seu caso".
A família Rivas-Valdés reside na rua 30-A #5714 entre 55 y 57, em Nueva Gerona.
Esta informação foi transmitida por telefone, já que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano acesso privado à Internet.
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CARTAZES ANTI-CASTRISTAS MONOPOLIZARAM A ATENÇÃO DA POLÍCIA
PINAR DEL RÍO, 17 de setembro (Víctor Rolando Arroyo - UPECI - www.cubanet.org)
Durante mais de duas horas, na madrugada do sábado 14, dezenas de pessoas, algumas delas em estado de embriaguês, presenciaram uma tumultuada briga na rua Martí, a mais central da cidade de Pinar del Río.
As forças da polícia não se apresentaram no lugar dos fatos, porque se encontravam ocupadas buscando, há apenas 300 metros da "briga" coletiva, os autores de vários cartazes onde se fazia patente o repúdio ao regime castrista.
A intensa operação policial desenvolvida, abarcava desde o Palácio da Justiça Provincial até um centro comercial próximo. Nestes lugares públicos foram colocados os "temíveis" cartazes, nos quais se podia ler: "Abaixo Fidel Castro" e "Abaixo o comunismo". Os agentes da polícia com brocha ou pincel na mão, se encarregavam de raspar ou repintar os cartazes.
Há anos que não apareciam num local tão central da cidade, cartazes condenatórios do regime, o que dá mostras - segundo os próprios vizinhos do lugar - de que a situação interna está esquentando novamente.
No dia seguinte à briga pública e aos cartazes, agentes policiais com cães treinados percorriam infrutiferamente a área, em busca de suspeitos.
Os cidadãos que têm que suportar quase que diariamente as constantes pelejas de rua, entre os clientes bêbados dos bares e centros noturnos, não encontram explicação para a atitude da polícia: eles nunca aparecem nestes momentos difíceis de agitação pública, porém se mobilizam exageradamente ante a aparição de um cartaz anti-governamental.
Esta informação foi transmitida por telefone, já que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano acesso privado à Internet.
O TERRORISTA SISTEMA DO AUTOCRATA FIDEL CASTRO, CEIFA OUTRA VIDA
Por Ferdinando Castro de Lardiller
(Guantánamo, Cuba) - O jovem Yoan Sánchez Piconto, de 23 anos de idade, morador da rua San Lino, nº 262, com 7 e 8 Norte na cidade de Guantánamo, decidiu pôr fim a sua vida, sob pressão do Departamento da Segurança do Estado (DSE).
Este jovem, por ser nobre e respeitoso, é muito querido por seus amigos e vizinhos, e sem nenhum tipo de antecedentes delituosos, foi repatriado em 8 ocasiões da base naval norte-americana em Guatánamo, onde buscava refúgio político por sua diferença de opinião com o regime.
O Tenente-coronel Aramís Creach, chefe de Operações do DSE, em escancarada violação dos Direitos Humanos, decidiu internar o jovem no hospital psiquiátrico "Luis Ramírez López", no dia 13 de setembro de 1999, quando contava com apenas 20 anos.
Em tal hospital, com o objetivo de mudar seu estado psíquico normal, este jovem recebeu contínuos eletro-choques e torturas psicológicas, por um período de 2 anos e oito meses, até ser liberado no dia 6 de junho do ano em curso.
No dia 29 de julho de 2002, o jovem Sánchez Piconto tentou novamente asilar-se na base militar, de onde foi devolvido no dia 8 de agosto e entregue na fronteira às forças conjuntas do DSE e Tropas da Guarda de Fronteiras.
Desse lugar, tais forças conjuntas o conduziram à sede do DSE, onde permanceu umas 40 horas até ser trasladado, amarrado, novamente ao referido hospital donde o tiveram nesse estado até o dia 15 de agosto, data em que o próprio Tenenete-coronel Aramís Creach, em companhia do Capitão Ricardo Lamorut e um tal de Nápolis, o trasladaram em um camburão do DSE para o hospital psiquiátrico "San Luis de Jagua", centro militar que serve de prisão para assassinos, doentes mentais de alta periculosidade e estupradores.
No dia 16 de agosto, às 3 da tarde, este jovem, cansado de tanta tortura, decidiu pôr fim à vida.
Este corrupto Coronel, que realizou assédios sexuais em detentas, é o culpado de que este jovem, indefeso diante de um terrorista e diabólico aparato repressivo, pusesse fim a tão curta vida. Sobre este Coronel cairá todo o peso da Justiça de Deus e dos homens.
De Guantánamo, Ferdinando Castro de Lardiller, Delegado do PD-30-N
"Frank País". Dado a Martha Tamargo no dia 18 de setembro de 2002.
Fonte: - www.lavozdecubalibre.com"
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