sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Haverá fraude em 15 de fevereiro












De hoje até o próximo domingo o Notalatina vai ficar em estado de alerta, em decorrência do referendo na Venezuela, do mesmo modo que ficou no de 2 de dezembro de 2007. O que apresento hoje é uma síntese dos últimos acontecimentos naquele país, com a aproximação da data do inconstitucional e ilegal Referendo que Chávez impôs à nação e que ocorrerá no próximo domingo.

Antes, porém, quero registrar aqui minha alegria e solidariedade aos dois atletas cubanos, Aguelmis Rojas e seu treinador Rafael Díaz, que conseguiram escapar da ditadura castro-comunista da Ilha-Cárcere. Os atletas cubanos fugiram da delegação ontem em Maldonado, Uruguai, onde estavam desde 16 de janeiro participando de um programa de cooperação e intercâmbio entre o Uruguai e Cuba Deportes. Eles deveriam participar de uma aula aberta a treinadores e atletas uruguaios mas não compareceram, e depois soube-se que sumiram com todos os pertences e desligaram os celulares, impedindo uma possível localização. Só espero que eles consigam asilo político e não sejam deportados como faz o Brasil, com quem apenas quer o direito à liberdade.

Bem, desde que Chávez assumiu o poder da Venezuela, há 10 anos, ele foi progressivamente tirando a máscara e mostrando sua aversão a qualquer tipo de religião. Os ataques à Igreja Católica foram sistemáticos, tendo inclusive agredido o Cardeal Dom Rosalio Castillo Lara chamando-o de “diabo de batina” e permitindo que seus bandos de delinqüentes atacassem a Nunciatura Apostólica, as igrejas e os fiéis cristãos incontáveis vezes, conforme relato que apresentei há pouco aqui mesmo neste blog.

Suas alianças com o ditador iraniano Mahmud Ahmadinejad, e o livre trânsito de iranianos na Venezuela através de um vôo diário Teerã-Caracas, fortaleceram este ódio aos judeus até ao ponto de fazer declarações anti-semitas e permitir ataques violentos de seus bandos armados a escolas, clubes e finalmente à principal sinagoga, onde o templo foi profanado e seus artefatos sagrados barbaramente violados.

A poucos dias da consulta eleitoral e vendo que as pesquisas sérias davam a vitória ao NÃO, Chávez resolveu mudar o tom da prosa. Há duas semanas mais ou menos ele mandou atacar os estudantes que se manifestavam contra o referendo e vociferava contra comunidade judaica venezuelana. Há dois dias, entretanto, encontrou os “culpados” pelo ataque à sinagoga e mandou enquadrá-los “na forma da lei”. Isto me lembrou o comportamento do PT no julgamento do Comandante Daniel, vulgo “Zé Dirceu”. Naquela ocasião era interessante que ele fosse punido para aparentar isenção e transparência no trato da questão, e assim se fez.

Agora é Chávez quem age do mesmo modo. Para melhorar sua imagem perante o mundo e temendo a grande derrota domingo, (que se Deus quiser, virá!), o delinqüente de Miraflores através do seu governo deteve 11 pessoas, dentre elas 5 policiais metropolitanos, uma detetive da CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas), um funcionário da Polícia de Caracas e quatro civis, os quais provavelmente estariam envolvidos no vandalismo da sinagoga em 30 de janeiro. Chávez precisava que algumas vítimas se imolassem no altar do sacrifício em nome da causa, e encontrou. Ele também prometeu “endurecer e encontrar os culpados” pelo ataque à Nunciatura Apostólica, utilizando assim, a velha estratégia das tesouras.

Com relação à marcha que levou 600.000 pessoas pacificamente às ruas de Caracas para dizer-lhe um rotundo NÃO, Chávez insiste na velha máxima leninista de “acuse-os do que você faz”, voltou a carregar contra o bando “La Piedrita” acusando-os de agir violentamente “como a oposição” e ordenando a prisão do líder deste bando, Valentín Santana. Vejam o que ele diz: “Chamei o Procurador Geral para que tome medidas; essa pessoa deve ser detida porque é um delito ameaçar alguém. O Estado atuará; que assumam sua responsabilidade e as conseqüências de seus atos. Este senhor é um criminoso, não um revolucionário”. Mas estas duas coisas não são sinônimas? Parece piada que ele esteja falando assim de alguém a quem ele mesmo treinou e armou até os dentes. É patético ouvi-lo dizer isto quando esta é a prática rotineira dos seus bandos de delinqüentes, como a fulana Lina Ron que lidera o “La Piedrita”, uma deputada ordinária e vulgar que mais parece uma prostituta de beira de cais, em seus gestos, atitudes e aparência. Mas Chávez é, antes de tudo, um grande bocudo covardão; quando vê o cerco se apertar pede clemência, bate na lona e entra em surto psicótico.

Vejam só o que ocorreu nos bastidores de Miraflores, enviado por um informante plantado dentro do governo; a “ira” dele contra Lina Ron não vai passar disso, pois é apenas cortina de fumaça para iludir os incautos, principalmente da mídia internacional. Não é que Chávez não concorde com os crimes; o problema é que eles não podem ser cometidos agora, antes do referendo. Diz o informante:

“Chávez havia aceitado o golpe na Sinagoga israelense em Caracas, porém só com bombas lacrimogêneas durante o ato religioso. Seu ministro talibã El Assaime instruiu a Comandante Lina Ron para isto, que estava histérica como uma cadela no cio com seus terroristas e não cumpriu a ordem como foi dada. Ela ordenou a violação e entrada na sinagoga com violência e vingança contra os judeus. Foi repreendida por Chávez e encontra-se agora de orelha murcha com os seus malandros do 23 de janeiro até nova ordem.

Chávez ordenou à DISIP (polícia política) que liquidasse os terroristas de La Piedrita ou Tupamaros se os surpreendessem atacando objetivos sem seu consentimento antes de 16 de fevereiro.

A DISIP está organizando grupos de comando que serão identificados com partidos de oposição, para simular ataques urbanos e acusar e imputar a líderes de oposição depois de 15 de fevereiro, considerando a possível derrota do referendo para a emenda constitucional. Busca mais anarquia para aliviar sua covardia.

A chave é que as pessoas não tenham medo pelo que vem, pois isto é o que Chávez busca e teme não consegui-lo. [Os chavistas] aborrecem os universitários e reconhecem que contra eles não poderão, se se mantêm unidos e na rua, já que são apreciados dentro da Força Armada, em níveis médios e baixos. Se o medo desaparecer, estão ferrados. Cão que ladra não morde, já sabes”.

E a fraude já está rolando solta com a conivência do próprio CNE. Como das outras vezes, pessoas com duzentos anos vão votar – em Chávez, naturalmente! – e outras que são onipresentes, pois votam no mesmo dia, com a mesma cara porém com nomes e endereços diferentes, estarão lá “exercendo seu direito à cidadania bolivariana” de referendar o ditador. Vejam estas cédulas de identidade. A cara é a mesma, porém os dados não. São “milagres” que só acontecem na Venezuela e em breve aqui em Pindorama também...

E para concluir a edição de hoje, o Notalatina apresenta com exclusividade uma entrevista que Alejandro Peña Esclusa concedeu ao repórter Rafael Dominguez no programa “Foro País”, numa TV salvadorenha, onde ele afirma que “haverá fraude em 15 de fevereiro. Está dividida em 3 partes e com a clareza que lhe é peculiar, Alejandro explica todo o processo de ilegalidade desse novo referendo, cuja nação já rechaçou em 2007, como se dará a fraude e o que poderá acontecer com a vitória do oficialismo. Não deixem de assistir: Parte 1, Parte 2 e Parte 3.

Amanhã tem mais. Fiquem com Deus!

Traduções e comentários: G. Salgueiro

Um comentário:

Eduardo disse...

Graça, será que você me autoriza a reproduzir no meu blog os seus artigos?