segunda-feira, 4 de julho de 2005

O assunto que trago ao conhecimento dos leitores do Notalatina hoje, é sobre a brutalidade desenfreada e os crimes encomendados que vêm desgraçando a Venezuela, sob o chicote do cínico ditador Chávez, cópia mal parida do seu homônimo cubano. Mas, antes disso, quero também denunciar a hipocrisia reinante nas redações dos jornais que se dizem “independentes”, apenas como mais uma palavra de ordem (ou uma novilíngua que muda o significado real que a palavra possui) que deve ser repetida até que a massa ignara creia ser a mais pura e casta verdade.


A prova disso foi-nos revelada hoje, com a informação de que o Filósofo, Jornalista e Escritor Olavo de Carvalho fora demitido do jornal O Globo que, segundo descaradamente afirmou o agora execrado Comissário Daniel, “eles controlavam” (“eles”, leia-se, o ParTido-Estado). Olavo era a única voz dissonante no reino do “Pravda tupinikin”, bem como o único que há anos denuncia a criminosa organização castro-lulista-terrorista Foro de São Paulo.


Não por coincidência, hoje se encerra o XII Encontro e aniversário de 15 anos da criminosa organização, 15 anos de ocultações e negações de sua existência que, agora, finalmente “aparece” mas com a rósea capa de uma inofensiva “reunião de partidos de esquerda preocupados com o futuro da América Latina e Caribe”. Coincidência, ou não, a Lei da Mordaça foi também, hoje, reativada com esta demissão mas, graças a Deus, não vai ser o Diário Oficial petista – O Globo - que irá calar a voz deste bravo guerreiro.


Para aqueles que ainda não crêem que estamos em vivendo em uma republiqueta socialista, aí está o recado claro e nítido. Ao mestre e amigo Olavo, minha solidariedade; ao jornal O Globo, meu mais veemente repúdio e desprezo por sua atitude covarde, servil, abjeta.



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E na 2ª feira da semana passada, na Venezuela, o horror e a matança indiscriminada fizeram vítimas de uma brutalidade ímpar, 4 jovens estudantes universitários desarmados, indefesos, contra um bando de 15 criminosos do governo chavista armados até os dentes. O relato que recebi é tão contundente que parece um filme de terror, por isso, prefiro transcrevê-lo. E quem está por trás disso tudo é a DIM, (Direção de Inteligência Militar da Polícia Política de Chávez) que recebe apoio e ordens diretas do G-2 cubano.


E para encerrar este bárbaro acontecimento, segue uma carta do Ten Cel da Guarda Nacional Humberto Quintero Aguilar, que (pasmem!!!) está preso como um animal, sofrendo todo tipo de torturas e privações, por ter sido o autor da captura e prisão do terrorista das FARC Rodrigo Granda Escobar, que deixou o delinqüente Chávez furioso na ocasião, talvez, porque tenha arapalhado seus acordos com tal organização crimonosa.


Infelizmente o espaço é pequeno para tanta informação mas há muito mais coisas pavorosas acontecendo nos conchavos entre Venezuela, Brasil, Cuba, Argentina, enfim, o Eixo do Mal. Mas aqui no Brasil as pessoas só estão preocupadas com os escândalos de corrupção, de falta de ética e “decoro parlamentar”, com o “mensalão” e com quem se vendeu a quem. Não vêem que, mais do que o dinheiro e a degradação moral dos nossos políticos, a degradação do país se dá de modo quase irreversível através da infiltração do comuno-terrorismo que esses dinheiros financiam. Bem, por hoje é só. Fiquem com Deus e até a próxima!


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ASSIM ASSASSINARAM OS ESTUDANTES – “A ORDEM É TRÊS MORTOS”


Elizabeth preferia sempre que a deixassem em alguma estação do Metrô, porém na noite da última segunda-feira Leonardo, encomendando ao amuleto de sua pele, insistiu em evá-la: “Vamos que aos negros não nos roubam”. Tinha sido um dia de espremer os neurônios em uma prova parcial de Física que marcava o início de uma semana de exames, com a conclusão em Matemáticas no sábado.


Algum limite recostado no infinito ou, talvez, uma integral impossível, consumia os pensamentos dos garotos quando à altura do Bloco 1, no bairro Kennedy da freguesia de Macarao, um encapuzado com arma longa em riste lhes impediu a passagem: ! “Acelera, negro, que vão nos atacar”. O Corsa cor de areia rodou 200 metros mais até um posto policial, que sem dar ordem de parada alguma, solta uma rajada de tiros que fere Elizabeth na perna. Havia começado a morte.


“Elizabeth, estás bem? Elizabeth, estás ferida?”, foi a primeira coisa que escutaram os vizinhos, resguardados em suas casas. Eram 11:30 pm. “Então aparecemos para ver o que se passava e vimos três rapazes e uma moça junto ao carro. Estavam nervosos, corriam de um lado para outro e pediam aos gritos uma ambulância; ela lhes dizia que estava ferida na perna, que não podia se baixar. Não eram daqui porém se via que eram saudáveis, uns garotinhos”, relata uma vizinha que observou de frente a cena e pede para não revelar seu nome.


Não reconheceram que a que chamavam Elizabeth era “La Niña”. “Por aqui todo mundo a chama assim. Se tivéssemos sabido que era a filha de Rosa, com certeza saíamos e de imediato nos matavam também”, continua a vizinha. Ao que parece, Elizabeth chamou sua mãe pelo celular e esta saiu para socorrê-la, sem saber que sua filha estava ferida. Quando chega até o carro, os garotos lhe dizem o que aconteceu e Rosa, entre gritos, lhes pede que vão até sua casa, no fim do beco, para chamar uma ambulância por telefone. Leonardo, o motorista, ficou com a mãe e as garotas enconstados no carro enquanto Eric e Edgar corriam para a residência.


“Justo nesse momento chegaram os encapuzados. Eram uns 15. Vinham a pé, com armas longas, pareciam guerrilheiros e sem dar aviso começaram a disparar”. Uma parte do grupo policial chegou até o carro e três seguiram para o beco, disparando. “Os rapazes lhes diziam que eram estudantes, que acabavam de prestar exame e que vinham trazer uma colega, porém nada; os agarraram e não lhes permitiram mostrar as identidades. ‘Calem-se, ratos!’, era a única coisa que diziam”, relata outra vizinha, que vive na diagonal da casa de Rosa.


Segundo os testemunhos recolhidos no local, Eric e Edgar ficaram presos no pátio interno onde acabava o beco, sem opor nenhuma resistência. Os agentes os jogaram no chão, lhes ataram as mãos e lhes deram golpes de pontapés. “Se enfureceram com eles. O branquinho magro, que depois soubemos que se chamava Eric, dizia: ‘estou vivo, estou vivo’, e perguntava a Edgar se ele estava ali. Ele foi o que levou mais golpes, porém também o que mais resistiu”, conta a filha da vizinha, que observou tudo agachada desde a janela de sua casa.


O corpo de Eric Montenegro – 20 anos, 55 kg., estudante do terceiro semestre de Engenharia de Sistemas da Universidade Santa María, fanático por computadores e quem chamavam de brincadeira “Mister Burns, por seu físico parecido com o chefe de Homero Simpson – deu entrada no necrotério de Bello Monte com 10 perfurações de bala no corpo. Eric – recordavam ontem ao meio-dia seus companheiros em seu velório na capela V do Cemitério do Oeste – era tão magro que seguia uma dieta especial de carbohidratos para ganhar peso.


Entre o início do tiroteio e a morte dos rapazes, os vizinhos locais calculam que devem ter passado 15 minutos. No princípio não podiam saber quantas eram as vítimas, porém um diálogo lhes confirmou em parte:


- Há dois mortos e um ferido - disse uma voz.


- Três mortos - respondeu outra, do comando.


- Não, porém um está ferido - corrigiu a primeira


- Te disse que são três. Essa era o ordem. Três mortos e ponto.


A noite apenas começava...


Chegaram mais policiais – “eram mais de 50” -, todos da DIM e do CICPC, trancaram as ruas e entraram em algumas residências. Em uma das casas do beco, em frente aonde morreram Eric e Edgar, entraram três funcionários, um muito alto e corpulento com gorro ninja, arma longa e jaqueta da DIM, outro do CICPC com a cabeça raspada e uma mulher vestida de verde-oliva, com calças com bolsos dos lados, cabelo negro e liso preso em um rabo de cavalo e cara gorda.


“Nos lançaram no chão de nossa própria casa, a mim que estou recém-operada da coluna, a minha filha que está grávida e a meu genro. Nos perguntavam insistentemente o quê havíamos visto, e a mulher nos dizia que não nos movêssemos porque não responderiam se se lhes escapasse um tiro”. Por isso é que insistiam em reservar seus nomes...


Na via principal, os policiais mandavam calar a mãe de Elizabeth, que suplicava assistência médica para sua filha. Um pouco mais tarde chegou um carro e levaram as moças, e cerca de 1:30 am., uma caminhoneta quatro portas pick-up, cor azul metálico, sem placas, dessas “bem bonitas e grandonas” que proliferam agora pelas ruas, veio pegar os cadáveres. “Tiraram dois do beco e o terceiro (Leonardo), o recolheram aqui em frente da casa. Os lançaram como uns cachorros dentro do fosso”


O que se seguiu depois foi uma “operação limpeza e semeadura” que se estendeu até às 5 da manhã. Todos os cartuchos de balas foram retirados e os que ficaram encrustados nas paredes das casas foram retirados a martelaços. “Já temos três pistolas e falta uma”, escutavam os vizinhos, e das janelas puderam ver quando tiravam as fotos das armas. Os corpos já não estavam. “Pela manhã só encontramos os charcos de sangue”


E como chegaram, se foram, sem aviso nem explicações. Porém houve um descuido: “Cacete, nos metemos numa tremenda roubada. Porra, nos fodemos! Estamos empacotados”, se lhes escapou.


***


Após receber este relato dramático, veio outro dando conta de que uma das moças havia morrido, sendo confirmado em seguida por outra pessoa. Entretanto, no Canal 8 o também criminoso de longa ficha policial, mas membro do governo ditatorial chavista, Jesse Chacon, alegava que “os mortos não foram assassinados mas foi um suicídio coletivo”! Cínicos! E os outros tantos assassinados desde que este ser abjeto se adonou do governo da Venezuela, na Praça Francia de Altamira, os jovens soldados queimados vivos no Forte Mara, por duas ocasiões e outros tantos que não tomamos conhecimento? É este regime criminoso que, junto com o da China e Cuba comunistas, o governo brasileiro adota como modelo. Leiam agora o desabafo-denúncia do Ten Cel Humberto Quintero Aguilar.


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“O desagradável e por demais aborrecido assassinato dos três jovens estudantes da Universidade Santa María, pelas mãos de funcionários do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (CICPC) e da Direção de Inteligência Militar (DIM), sob a condução do Major do Exército José Baldomero Peña Carrillo, põe a descoberto, uma vez mais, a permanente e constante violação dos Direitos Humanos e a existência na lei e na estrutura, mas não em suas funções, de um poder imoral, ineficiente, incapaz, onde se denunciam torturas, maltratos, humilhações e afrontas à dinidade humana e até assassinatos, e não se ativam as organizações do Estado para esclarecer e estabelecer as responsabilidades.


Aos que puderem ler a presente lhe digo que foi o Major do Exército José Baldomero Peña Carrillo, o mesmo que no dia 14 de janeiro do presente ano, cumprindo ordens superiores, me tirou dos calabouços da DIM e me entregou a funcionários do CICPC, os quais me transferiram a um imóvel proporcionando-me torturas e tratamentos humilhantes, valendo-se do meu estado de indefensibilidade (ALGEMADO) em plena violação dos Direitos Humanos e do Estado de Direito, obrigando-me a realizar, forçosamente, uma vídeo-gravação onde expressava o que eles queriam que o público soubesse e não o que na realidade ocorreu em torno da captura do Criminoso e Terrorista Rodrigo Granda Escobar. Oxalá não suceda o mesmo a este Major.


Oxalá onde te encontres não te retirem o relógio e te tranquem em um quarto escuro de 2 metros por 2 metros, com uma janelinha de 35 x 35 cm., por onde entrava a escassa iluminação, para só ter noção do tempo em razão do fornecimento das três refeições diárias.


Oxalá não te dê sede e não possas mitigá-la porque a água encontra-se no final do corredor e tu te encontres trancado. Oxalá que quando te dê vontade de ir no banheiro à noite, tenhas disponível um banheiro para tuas necessidades e este não se encontre no fim do corredor e tu te encontres preso.


Oxalá a visita de teus familiares não se limite a escassos cinso minutos e somente tua esposa, em um quarto com espelhos onde se viole a tua intimidade, oxalá te dêem acesso a livros, jornais, rádio e televisão. Oxalá encontres no banheiro simples espelho para poder barbear-se. Oxalá te permitam mais de uma toalha, porque uma só devido a umidade não seca de um dia para outro.


Oxalá tenhas cama e não um colchão de borracha de espuma sem travesseiros e cobertas com que aplacar o frio, pois estava jogado ao chão por demais úmido e oxalá tu não passes pelo tratamento que tu me deste, a mim e a meus homens, integrantes da G.A.E.S. número 1, quando estivemos detidos na DIM.


Por último, não sou eu o que te julga mas ao contrário, te desejo um tratamento adequado e de acordo com o respeito aos Direitos Humanos, que todos os cidadãos merecemos”.


Ten Cel da Guarda Nacional HUMBERTO QUINTERO AGUILAR


Traduções e comentários: G. Salgueiro

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