segunda-feira, 7 de outubro de 2002

O candidato do PT, servo fiel e obediente ao senhor seu amo o tirano do Caribe, pregou durante toda a sua campanha eleitoral duas propostas auto-contraditórias: que iria acabar com a fome no Brasil e que seguiria o modelo de saúde e políticas públicas cubanos. E por que há contradição nessas duas afirmações? Primeiro, porque é impossível “acabar” com a fome, seja no Brasil ou em qualquer outro país do mundo. Segundo, porque se ele pretende conseguir essa façanha, espelhando-se no modelo cubano, o resultado será esse da matéria que o Notalatina apresenta hoje. Esse candidato mostra-se muito indignado com a fome que atinge milhões de brasileiros, no entanto, o que ocorre em Cuba serve de modelo, segundo ele, não só para o Brasil, como para toda a Humanidade.



Outra notícia que o Notalatina traz hoje diz respeito a um movimento que está surgindo em Cuba, em prol da liberação dos presos políticos. Como na ilha impera a lei da mordaça, e os desobedientes pagam com a perda da liberdade ao desrespeitá-la, esse fato reveste-se de uma importância extraordinária para aqueles que sem nenhum crime ou julgamento, (conforme foi denunciado aqui, ontem) encontram-se encarcerados nas masmorras da ilha-cárcere.



BATIDA POLICIAL CONTRA OS “BUZOS” DE DEPÓSITOS DE LIXO EM HAVANA



HAVANA, 27 de setembro (Victor M. Dominguez, Lux Info Press – www.cubanet.org) – Forças combinadas da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e do Departamento Técnico de Investigações (DTI), prenderam na semana passada mais de 300 pessoas que ingeriam alimentos recolhidos nos depósitos de lixo dos hotéis localizados na capital do país e na província Havana.



As pessoas que costumam ingerir alimentos dos recipientes onde se jogam os resíduos, são chamadas “buzos” em Cuba.*



Uma fonte confiável assegurou que a operação se justificou com o descobrimento, entre as centenas de detidos, de 15 indivíduos que eram perseguidos por diversos delitos.



O presidente da organização ecológica NATURPAZ, Osmani García, declarou ao Grupo Decoro que a operação policial começou na capital e se estendeu aos municípios havaneros Güines, Alquizar e Güira de Melena.



A precária situação econômica da maioria da população cubana que se evidencia no baixo poder aquisitivo (o salário prometido mensal não ultrapassa os 240 pesos cubanos – 9,23 dólares no câmbio vigente) e a redução dos alimentos e produtos básicos que se vendem racionados na Libreta de Abastecimento, para serem vendidos por dólares, são as causas principais do aumento de pessoas dedicadas a “mergulhar” nos depósitos de lixo.



Todavia, as autoridades não proporcionam assistência social aos “buzos”; apenas lhes aplicam medidas policiais.



”A maior parte dos que se dedicam a comer resíduos nos recipientes de lixo são casos sociais, pessoas que ultrapassam os 60 anos e se encontram desamparadas”, concluiu a fonte,



*”Buzos” significa literalmente gatuno, mergulhador, ave de rapina. Talvez pela similaridade da função com as designações gramaticais, sejam assim rotulados os “catadores de lixo alimentar” cubanos (N.T.).



INICIAM EM HAVANA JORNADA PELA LIBERDADE DOS PRESOS POLÍTICOS



HAVANA, 1 de outubro (Juan Carlos Linares, Cuba-Verdad – www.cubanet.org) – Ativistas do Movimento 24 de Fevereiro começaram na cidade de Havana uma jornada pela liberdade dos presos políticos cubanos, a qual se estenderá até o próximo dia 10 de outubro, segundo informou à Cuba-Verdad, uma porta-voz desse agremiação opositora ao governo de Fidel Castro.



A jornada inclui jejuns, vigílias e tem lugar no Centro de Informação da citada organização, situada na rua C 8216, entre Segunda e Terceira, Reparto Dolores, município de San Miguel del Padrón.



A diretora do Centro de Informação, Mayelín Cadeño Constantín, disse: “O objetivo desta jornada é promover uma ação nacional e internacional, no sentido de conseguir a liberação incondicional de todos os presos políticos cubanos”.



Dez ativistas inauguraram a jornada, porém espera-se que o número de participantes aumente nos próximos dias, na medida em que a atividade seja divulgada no universo opositor da ilha.



”Outros atos previstos para serem realizados durante a jornada são cine-debates, sobre temas relacionados com o presídio político em Cuba, e conferências que abordarão os direitos humanos como assunto central”, anunciou Cedeño.



Estas informações foram transmitidas por telefone, já que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano o acesso privado à Internet.



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