Assim é também com relação às FARC e sua mais nova organização, o Movimento Continental Bolivariano (MCB). Em princípios de abril deste ano, enquanto nos preparávamos para o Encontro de UnoAmérica no Rio, comecei a receber ameaças de um dos “Círculos Bolvarianos” existentes no Brasil e três dias antes de viajar, recebi uma ameaça claríssima do “Comando Central do Coletivo de Círculos Bolivarianos do Rio de Janeiro” em forma de “convocatória” à sua militância, para “eliminar fisicamente” Alejandro Peña Esclusa e aos demais palestrantes. Nele constava data, hora e local do primeiro dia do evento, motivo pelo qual tivemos que trocar às pressas sem contudo relatar este fato publicamente; resolvemos a questão que ficou restrita aos organizadores do evento e a Alejandro, obviamente. Faço-o agora, tanto tempo depois, para provar que essas organizações estão muito bem infiltradas no Brasil e são uma ameaça a nós todos, não só aos colombianos e venezuelanos. Para se compreender a gravidade e periculosidade deste novo organismo comuno-terrorista em sua real dimensão, indico a leitura do artigo “O que fazer com o Movimento Continental Bolivariano?” do jornalista franco-colombiano Eduardo Mackenzie, publicado hoje no site de Heitor De Paola.
Duas notícias aparentemente sem conexão, ambas divulgadas na Venezuela em princípios de novembro sem a mais mínima repercussão na imprensa brasileira, põem em evidência – mais uma vez – as ligações de Chávez com o narco-tráfico colombiano. Em fins de setembro, quando houve a cúpula África-América do Sul na Ilha Margarita, Venezuela, Chávez teve um encontro particular com o presidente de Mali, Amadou Toumani Touré, onde mostrou-se particularmente interessado naquele longínquo país africano. Àquela altura ele já havia feito pesquisas e se apresentou ao encontro com um mapa nas mãos, dizendo-se muito interessado nos rios Senegal e Níger, que podem proporcionar boas terras irrigadas para a agricultura.
Chávez se disse interessado por três países da sub-região para fazer deles modelos de exploração de recursos minerais: Mali, Mauritânia e Nigéria, mas preferiu fazer de Mali seu centro de atuação por causa de sua posição geográfica. Dali para projetos de abertura de um banco venezuelano em Mali e a oferta de abrir uma linha de crédito para construção de casas foi um pulo. Conforme se vê na foto, a placa indica: “Presidente da Republica Bolivariana da Venezuela Hugo Chávez Frias. Projeto: Construção de 100 residências sociais”. Consta uma logomarca da “Fundação Missão Habitat”, do “Governo Bolivariano da Venezuela”, “Ministério do Poder Popular para a Defesa”.
A Venezuela tem um déficit habitacional de 2 milhões de casas e Chávez construindo em Mali, um país do qual ninguém fala e muita gente sequer sabe a existência ou onde se localiza. Agora já se está discutindo por lá uma “pequena” modificação na Constituição que permita o presidente se candidatar à reeleição e o CNE até iniciou uma missão de “apoio técnico” a Mali. Estranho, tudo isso, não? Por que tanto interesse em um país paupérrimo, do outro lado do mundo e que praticamente não tem nada a oferecer em troca? Vejam agora os reais motivos de tanta benemerência.
Pouco depois da deposição de Zelaya em Honduras, as Forças Militares começaram a encontrar aviões de pequeno porte abandonados e queimados, de matrícula venezuelana, e que indicavam ter sido incinerados propositalmente depois de esvaziado seu carregamento de drogas. Antes da deposição de Zelaya Chávez facilitava o comércio de droga das FARC à Honduras, daí porque um dos principais motivos da ira dos amigos das FARC com a deposição de Zelaya e a insistência em sua volta ao poder, pois agora as coisas haviam mudado e aquela rota não podia mais existir. Por que vocês acham que Lula e seus comparsas deram tanto apoio a Zelaya, cedendo ilegalmente a nossa embaixada para o criminoso ex-presidente, e até hoje insistem em não reconhecer as eleições legítimas consagradas no domingo 29 de novembro? Porque todos são comparsas no Foro de São Paulo e por isso se apóiam. Ademais, se Lula aceitar as novas condições vividas em Honduras estará, implicitamente, negando seu apoio aos amigos e companheiros “farianos”.
Perdida Honduras, Chávez “descobriu” Mali, acreditando que com a extrema pobreza daquela região, com seus sempre inesgotáveis petrodólares podia comprar tudo, inclusive novas rotas para escoar o tráfico de droga das FARC descarregando diretamente na África. (Antes a droga saía da Colômbia para a Venezuela; de lá, partia para os países da América Central que enviavam para a África e daí para a Europa).
“No dia 5 de novembro foi encontrado um Boing de carga que partiu da Venezuela e aterrissou em uma pista improvisada a 15 km de Gao, ao noroeste de Mali, antes de descarregar a cocaína e outros produtos ilícitos”, disse em Dakar Alexandre Schimidt, responsável regional do Departamento das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC em sua sigla em inglês). A quantidade de droga que este Boing carregava é desconhecida uma vez que não foi encontrada; entretanto, segundo Schimidt, este tipo de avião pode carregar até 10 toneladas de cocaína.
A técnica empregada foi a mesma que se utilizava em Honduras: depois de descarregado, o avião deve ser incinerado para não deixar vestígios da droga ou impressões digitais da tripulação. Preocupado, Schimidt afirma que “o avião foi logo incinerado pelos traficantes para fazer desaparecer qualquer rastro, porém os números de referência foram registrados e se está fazendo uma investigação sobre quem é o proprietário. Não foi encontrado nenhum cadáver no lugar”, o que reforça a tese de que o avião não caiu mas aterrissou e foi propositalmente queimado (ver detalhes nas fotos). Ainda segundo Schimidt, “não se sabe desde quando se faz este tipo de vôo, nem se pode precisar que este foi o primeiro ou o último vôo deste tipo. Porém, isto já pode ser considerado como um novo modo de operar e isso é inquietante porque não há cobertura de radar nesta zona”.
O descobrimento em julho pelas Forças de Segurança, na Guiné, de importantes quantidades de produtos químicos em vários locais de Conakry, prova que tudo está instalado para fabricar heroína a partir do ópio, cocaína pura e êxtase. Nos últimos anos, a droga que circula pela África ocidental, em especial a cocaína, estava nas mãos dos cartéis colombianos que passam
Então, cada vez mais se comprova o envolvimento de Chávez com as FARC, não só oferecendo ou recebendo dinheiros ilícitos mas, sobretudo, colaborando no tráfico de drogas, na lavagem de dinheiro proveniente das “transações comerciais” desses criminosos, além do apoio e guarida aos membros do seu Secretariado. Já está mais do que comprovado que “Iván Márquez” tem escritório em Forte Tiuna, na Venezuela, que antes era usado por Raúl Reyes; que “Rodrigo Granda” tem residência própria com escritura passada em cartório na Venezuela, além de cédula de identidade e registro eleitoral venezuelanos. O que falta, então, para que os políticos brasileiros rechacem definitivamente o ingresso deste ser peçonhento e criminoss no MERCOSUL? Será que já não temos marginais e criminosos bastantes por aqui? As provas abundam a cada dia e só não vê quem não quer ou é conivente com elas!
Na próxima edição volto a falar de Cuba e sua violenta repressão, mas a Cuba que eu conheço, com vídeos de agressão a opositores de verdade que são chocantes. Aguardem! Fiquem com Deus e até a próxima!
Fontes: primature.gov.ml e www.noticias24.com
Comentários e traduções: G. Salgueiro