Ontem não foi possível editar o Notalatina e hoje, mesmo sendo sábado, seguem algumas notícias interessantes porém não “bombásticas”.
Ontem iniciou-se o “Reparo” na Venezuela, uma tentativa de recoletar as assinaturas dos eleitores que pedem um Referendum Revocatório e que, através de muita trampa, o governo conseguiu anular na primeira vez, em fevereiro, uma quantia tão expressiva que as consideradas válidas não foram suficientes para autenticar o desejo da população. Dessa vez os eleitores terão 3 dias para “firmar”.
Até o momento as coisas estão ocorrendo de modo inquietantemente calmas, o que me fez lembrar que no mar, muitas vezes, uma excessiva calmaria é prenúncio de uma violenta tempestade. Tomara que eu esteja enganada mas a brava jornalista venezuelana, minha amiga guerreira Eleonora Bruzual, também não tem bons pressentimentos. Em se tratando de um governo totalmente monitorado por Cuba e assistido diretamente por agentes castro-comunistas, nada de bom se pode esperar...
Nesta edição de hoje trazemos ainda duas notas sobre as FARC, o bando terrorista mais antigo da América Latina que há 40 anos destrói vidas humanas da forma mais bárbara e hedionda que se possa imaginar. O que nos causa muita vergonha, decepção e espanto é que, apesar desse histórico banhado de sangue e infelicidade, aqui no Brasil comemorou-se os 40 anos deste terrorismo; o convescote tinha mesmo que ser na USP... Aliás, é bom lembrar também que o Ministro Palocci, quando ainda prefeito de Ribeirão Preto, criou uma instituição denominada Comitê de Apoio e Solidariedade às FARC. Alguém lembra disso? E depois, ainda querem negar as estreitas ligações e alianças do Estado petista (sim, porque agora partido político e Estado se fundiram em uma só coisa, como na antiga Rússia) com tais bandos criminosos, todos membros do “Foro de São Paulo”...
Voltamos na próxima semana ou, se acontecer algo bastante relevante, em edição extraordinária. Tenham todos um excelente domingo, apesar do delicioso friozinho do sul que, se Deus quiser, muito em breve estarei também experimentando.
Comando Ayacucho: Oposição sairá derrotada
Caracas - O coordenadores do Comando Ayacucho e secretário geral da organização política “Podemos”, Ismael García, assegurou nesta sexta-feira no Palácio Federal Legislativo que as jornadas de reparos se desenvolveriam com toda a normalidade e convidou os setores da oposição a reconhecer de forma democrática e pacífica os resultados do processo.
“Nós vamos ganhar este (...) estamos plenamente convencidos de que não teremos nenhum tipo de problema que nos faça pensar o contrário”, sublinhou. Argumentou que todos os cálculos e consultas sobre os reparos convocados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) assim o determinam. “Queremos dizer novamente à oposição que os vamos derrotá-los democraticamente”, reiterou García.
O parlamentar oficialista convocou os setores da oposição a reconhecerem de forma democrática e pacífica os resultados destas jornadas de reparos, “tal como o faremos à força da mudança”, resumiu Venpres.
Não obstante, referiu que “alguns golpistas dentro da oposição vão tratar de perturbar o processo, porém não conseguirão seu propósito”.
Fonte: www.eluniversal.com
Eleonora Bruzual: “O gorila deve ser e parecer”
O mandante, mentiroso e bravateiro falou de multidões nos centros de reparos para o oficialismo, desmentindo o representante da OEA, Fernando Jaramillo, que desde Zulia declarou a pouca assistência aos mesmos. O gorila atacou a opositores e a observadores internacionais e, para fazê-lo, crendo no que seguramente recomendam o turco Tarek, Abel Prieto que agora vive metido aqui dando-se a grande vida e Luis Britto que tanta lástima e vergonha alheia causa, se enrolou com as citações... Hugo, o ridículo, esse que manda anotar nomes de livros, autores e pensadores para soltá-los como se de suas leituras e de seus estudos completos os tivesse tirado, ameaçou com uma “Intelectualada” a nacionais e internacionais se, com os seus atos, põem em dúvida a imparcialidade do reparo.
Crendo-se um grande citador, apelou para aquela conhecida expressão acerca da qual a mulher de César não só deve ser honesta, como também tem que parecê-lo, só que Huguito, por não tê-la clara, titubeou, para terminar dizendo “que a mulher de César não só deve ser rainha, como parecê-lo...”
E para a quantidade imensa de venezuelanos que conhecemos muito bem texto da frase sobre a mulher de Caio Júlio César e também a anedota narrada por Plutarco, em sua “Vida de Júlio César”, a versão livre do inefável tropeiro, lembra melhor a velha máxima venezuelana que assinala: “o que vai saber o burro sobre pasta de dentes!”
Portanto, brincarei com a frase para dizer que um gorila militar bananeiro deve parecê-lo e além disso sê-lo... Senão, não é de respeito. Um gorila monta farsas, barracas e esconde assassinatos, roubos, traições à Pátria, queima soldados em celas de castigo, privação da liberdade a seus adversários políticos. Um gorila bem gorila se jacta de seus “milicianos da revolução”, de seus pistoleiros mata-velhos, elevados à categoria de heróis do processo.
Um gorila como este que ostentamos tem a sua María Egilda e a seu Rafael Hidalgo entre outros porcos que desde a conselheiria da Embaixada de Cuba, cuida dos interesses do Chulo Jinetero, comandante desta “roubolução”. O gorila cuida para que esqueçamos os mortos, os presos, os torturados, os queimados, os desterrados, os perseguidos, os famintos.
Um gorila como Chávez parece e é!
Fonte: www.gentiuno.com
“A Colômbia comemora 40 anos de tortura”, diz o presidente Alvaro Uribe, no aniversário das FARC
“O que o mundo tem que fazer é acompanhar-nos e chamar o verdugo (as FARC) por seu nome: verdugo e torturador do povo colombiano”, expressou.
Uribe falou sobre os 40 anos da guerrilha, desde San José de Apartadó (Antioquia), povoado que sofreu no último fim de semana um atentado terrorista contra uma discoteca, na qual morreram oito pessoas.
Uribe tem feito da luta contra a guerrilha seu programa principal de governo, após os fracassados diálogos de paz que por três anos empreendeu o então presidente Andrés Pastrana. “Hoje o que devemos celebrar é o avanço de nossas instituições. Pela primeira vez nestes 40 anos, o verdugo tem algumas instituições, com toda a determinação, enfrentando-o”, assinalou Uribe.
As FARC têm como mito fundante a operação militar contra Marquetalia, que chegou a este povoado do sudoeste da Colômbia em 27 de maio de 1964. Na área existia um conclave comunista de guerrilheiros que se haviam desmobilizado em finais dos anos 50, encabeçados por Manuel Marulanda, “Tirofijo”, até hoje o chefe deste bando.
No mundo da guerra fria havia preocupação pelo avanço do comunismo. O exército entrou na região com 1.200 homens. Marulanda e sua meia centena de combatentes romperam o cerco e, 40 anos depois, contam com 15.000 guerrilheiros espalhados por todo o país, acusados de serem um dos principais violadores dos direitos humanos.
Uribe afirmou que a Colômbia é o país mais desafiado pelo terrorismo; na guerra interna colombiana, morrem a cada ano ao menos 4.000 pessoas.
Fonte: www.elnacional.com.co
As FARC insistem em que, se forem liberados guerrilheiros por acordo humanitário, seujam entregues na Colômbia
Além disso, ratificam sua exigência de uma zona desmilitarizada para efetuar a troca pelos seqüestrados, segundo seu porta-voz Raúl Reyes.
O ex negociador de paz das FARC respondeu a uma entrevista à agência AFP e afirmou que a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e o resto de políticos e militares em poder do grupo guerrilheiro encontram-se “bem de saúde”, embora “animicamente estejam mal”.
“A senhora Ingrid Betancourt e demais prisioneiros de guerra em poder das FARC (...) estão bem de saúde, embora animicamente estejam mal pela intransigência e evidente ausência de interesse expressado pelo governo, em concretizar a permuta que ponha fim a seu prolongado cativeiro”, afirmou em uma mensagem enviada por correio eletrônico pelo número dois dessa guerrilha.
O chefe rebelde assegurou que as FARC “estão dispostas a deixar em liberdade a todas as pessoas retidas com fins permutáveis”, porém em troca de que o governo deixe em liberdade “a totalidade de guerrilheiros” que se encontram encarcerados.
Reyes reiterou as exigências do grupo insurgente para levar a cabo o acordo humanitário. O dirigente guerrilheiro recordou que as FARC nomearam desde o ano passado como seus negociadores, Fabián Ramírez, Carlos Antonio Lozada e Felipe Rincón.
“Em segundo lugar, nos mesmos lugares onde sejam entregues os prisioneiros do governo receberemos nossos guerrilheiros, aqui na Colômbia, obviamente”, afirmou Reyes.
O chefe guerrilheiro reiterou assim o rechaço das FARC – expressado à AFP em uma entrevista em princípios de março passado – a um recente oferecimento do governo francês para receber os rebeldes que saiam da prisão no marco do acordo humanitário, como o pretendia o governo colombiano.
O governo de Alvaro Uribe e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) se acusam mutuamente de não ter vontade de concluir o intercâmbio humanitário, embora publicamente tenham manifestado sua disposição em firmá-lo.
O acordo tem estado emperrado, tanto por razões de fundo como de forma. As FARC oferecem permutar só uns 20 políticos – inclusive Betancourt –, 47 militares e policiais e três americanos, por rebeldes encarcerados.
Por sua parte, o governo pediu 1.600 reféns das FARC e propõe que os guerrilheiros libertados sejam recebidos em outro país – que poderia ser a França – e não aceita nenhum tipo de desmilitarização.
Porém, há umas duas semanas o alto comissário de paz, Luis Carlos Restrepo, manifestou a disposição do governo de chegar a um acordo com as FARC, mediante um procedimento simples e que, inclusive, considera a possibilidade de que não sejam necessariamente libertados simultaneamente todos os reféns.
Fonte: www.elnacional.com.co
Traduções: G. Salgueiro