O Notalatina fala hoje de censura, revanchismo, triação, mentira, perseguição, MORDAÇA. Quero traçar um paralelo entre as neo-ditaduras latino-americanas em curso, de modo especial Argentina e Brasil, que aos olhos do mundo (e aqui mesmo, bem embaixo de nossos narizes) são governados por “democratas”, vistos no máximo como “neo-liberais” (o que quer que esta aberração signifique) ou esquerdistas “moderados”. Pois muito bem, eu vou mostrar quem são esses presidentes de “esquerda moderada” e que tipo de democracia desfrutamos lá e cá.
Desde que assumiram a presidência de seus países Lula, eleito em 2002 e Kirchner em 2003, a História Nacional sobre o período das ditaduras militares ocorridas nas décadas de 60 a 80 no Brasil e 70 a 80 na Argentina, o que já vinha sendo re-escrito começou a tomar corpo, forma e volume. Para tal, foram trazidos de volta dos bueiros e sarjetas todos os “ex” terroristas, guerrilheiros, “manifestantes sociais” e lhes foram oferecidos cargos nos mais altos escalões de poder governamental.
Com poderes, essas criaturas das sombras começaram a perseguição àqueles que sempre se opuseram ao comunismo. Na Argentina, os Militares e seus descendentes vêm sofrendo a mais implacável das perseguições, sendo postos à disposição, presos, mandados para a reserva forçada e a Lei da Anistia, que do mesmo modo que a brasileira “apagava” todos os delitos cometidos por ambos os lados da contenda foi refeita, destituindo o direito de “indulto” concedido aos Militares combatentes, além de transformar os crimes cometidos por estes em “crimes de lesa-humanidade” que jamais prescrevem.
Aos terroristas, ao contrário, além de permanecerem indultados, vêm (como aqui) recebendo gordas indenizações, o epíteto de “mártires” e “heróis”, e o direito de exigir “punição exemplar” para os combatentes da subversão através de julgamentos parciais, com depoimentos falsos e forjados, levando à condenação de penas altíssimas até à prisão perpétua.
Toda esta história macabra nos soa bem familiar, não é? Nas escolas, como aqui, a mentira oficial tem sido repassada por aqueles que pegaram em armas contra seus irmãos e contra a própria Pátria. A cada 24 de março, data de início da ditadura, são apresentadas peças teatrais onde um “militar” muito malvado açoita com um garrote uma pobre velhinha que traz um lenço branco na cabeça, representando as “mães da Praça de Maio”, enfatizando a brutalidade de um fardado contra um ser “indefeso” e “inocente”. Em 16 de setembro a farsa grotesca se repete, numa versão revolucionária de “Chapeuzinho Vermelho”, para relembrar “La noche de los lápices” onde, segundo a versão oficial, relata o “massacre” de inocentes estudantes secundaristas que lutavam por uma simples carteira de estudante, só que nunca revelam que esses “indefesos estudantes” eram militantes da UES, o ramo estudantil do bando terrorista Montoneros do qual faziam parte o presidente Kirchner e sua ministra da Defesa, Nilda Garré, e que esta carteira já havia sido concedida um ano antes, em 1975.
Outra grande mentira difundida por esta escória é sobre a quantidade de mortos e desaparecidos que, segundo eles, somam 30.000 pessoas (inclusive é a informação que se tem e divulga aqui no Brasil) mas que, na realidade, mesmo a CONADEP (Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas) aumentando as cifras, chega a contabilizar 8.960 casos. Até mesmo um dos hierarcas do terrorismo na Argentina, Mario Firmenich, reconhece que a maioria absoluta dos desaparecidos eram terroristas e inclusive muitos deles estão vivos, bem e se sabe seu paradeiro, como os filhos “desaparecidos” de Hebe de Bonafini que moram na França com o pai e todo mundo tem conhecimento disso.
Mas, e os mortos pelas mãos dos terroristas e suas famílias vítimas da sanha assassina dos “jovens idealistas”, quem fala deles? Quem lembra ou se importa com o que aconteceu com o Cel Larrabure, o Cap (GM) Lucioni, o Capitão Viola e tantos outros dignos combatentes e suas famílias destroçadas com a dor da violenta e brutal perda? Quem quer saber dos 1.501 assassinados pelo terrorismo comunista?
A diferença entre os familiares das vítimas argentinas e os familiares dos brasileiros é que os argentinos, mesmo com toda a repressão que vêm sofrendo se reúnem, reverenciam seus mortos, criaram organizações e sites onde estão escrevendo a VERDADEIRA HISTÓRIA para que os jovens que não viveram aquele período não sejam enganados e intoxicados pelo ódio às Forças Armadas que, longe de serem os vilões, lutaram e deram seu sangue para que a Argentina não se transformasse em mais um satélite de Cuba ou da extinta União Soviética.
Mas, coragem apenas não é suficiente, quando o inimigo é organizado, tem poder e meios (legais e ilegais) de reprimir, para impedir que a mentira seja desmascarada. Um dos grupos mais atuantes que inclusive tem provocado a ira do governo Montonero é o ”Argentinos por la Memoria Completa”, composto por familiares de Militares e vítimas do terrorismo, tendo à frente da organização as srªs Karina Mujica, Cecilia Pando, Ana Lucioni dentre outros.
Este valoroso grupo tem promovido comemorações em datas significativas com grande repercussão no país, instituíram o dia 5 de outubro como o “dia dos caídos na luta contra a subversão” que reuniu mais de 10 mil pessoas na Praça San Martín, conforme se vê nas fotos, e tinha um site na Internet. Eu disse “tinha”, porque há cerca de 20 dias o governo resolveu cancelar o domínio da entidade sem qualquer aviso prévio. É a lei da mordaça calando as bocas inconvenientes que falam aquilo que eles desejam ocultar e ver sepultado junto com suas vítimas.
Este fato, entretanto, provocou reações na imprensa e na população que não comunga do ideário marxista e que exige respeito à liberdade de expressão. O Editor do site argentino “La Historia Paralela”, Sigfredo Durán, publicou uma nota na edição de 13 de novembro que transcrevo abaixo, no original, e que vocês podem clicar aqui para acessar a página e deixar sua opinião:
Se han dado el gusto y ”Argentinos por la Memoria Completa” ya no está en Internet. El Ministerio de Relaciones Exteriores, dependencia en la que a Rafael Bielsa le debe quedar algún amigo, canceló el dominio de www.memoriacompleta.com.ar, hace 20 días y sin previo aviso.
"Contamos con una democracia imperfecta o existen dejos de autoritarismo", es momento que se dejen de usar los eufemismos, en Argentina hay un gobierno que no tiene la más mínima aproximación a la democracia y que ha instalado como política de estado el despotismo, conculcando leyes, violando la Constitución Nacional y no respetando los derechos más elementales, como es el de expresión.
La instauración del pensamiento único no tolera otras voces y mucho menos aquellas que recuerdan un pasado vergonzoso de quienes hoy ocupan estamentos del poder, provocando el ensañamiento desde la máquina de propaganda oficial contra un sitio de Internet que luchaba contra la tergiversación de la Historia, la que hoy es subvertida y cambiada para convertir en héroes a delincuentes terroristas.
Podrán seguir violando la ley, podrán seguir prohibiendo sitios, pero no podrán acallar todas las voces que seguirán proclamando la verdad, inclusive las de sus propias conciencias.
Sigfredo Durán - Editor de La Historia Paralela
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Na Argentina existem hoje várias organizações que estão seriamente empenhadas em restaurar a verdadeira história e reverenciar seus legítimos heróis, coisa que sinto muita falta aqui no Brasil que, bem ao contrário dos argentinos, não sabemos onde vivem, quem são e dificilmente conseguiríamos reunir estas pessoas para um simples encontro como eu mesma tentei meses atrás sem qualquer sucesso. Estes são alguns dos grupos que tenho conhecimento de suas atividades nessa cruzada heróica: “Jovenes por la Verdad” (que publica uma revista intitulada “B1 – “Vitamina para la memoria”), “Familiares de Víctimas del Terrorismo” (FAVITE), “Asociación de Familiares y Amigos de Presos Políticos” (AFYAPP), além dos sites e blogs “La década del 70”, “Fotolog de Argentino Larrabure” e “Verdad Histórica” que os convido a visitá-los.
Mas, e aqui no Brasil, como estamos nós nesse processo de censura, mordaça, perseguição revanchista? Bem, todos já tomaram conhecimento da perseguição que vem sofrendo o Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, oficial da reserva do Exército Brasileiro que comandava o DOI-SP na década de 70, por uma família de terroristas cuja história verdadeira contei na edição passada. O que esta gente pretende é algo muitas vezes mais sórdido e grave, pois eles afirmam que não querem indenizações ou condenação do Cel Ustra (e eu acredito) mas uma “reparação moral”, que lhe coloque a pecha de “torturador” oficialmente.
O que parece que ninguém ainda se deu conta é que, se o juiz der ganho de causa aos terroristas, isto cria jurisprudência e todos eles vão entrar na Justiça para pedir o mesmo contra todos os combatentes vivos, criando-se oficialmente uma nova categoria profissional: “torturador”! Depois, vão querer alterar a Lei da Anistia que já funciona em mão única, beneficiando apenas os terroristas, e transformar os crimes cometidos, mesmo que tenham sido em combate, em “crimes de lesa-humanidade” como já vigora na Argentina, dando-lhes o direito de abrir processo contra os Militares que participaram da repressão à subversão. Perceberam a gravidade do caso?
E aqueles que denunciam esses abusos da neo-ditadura petista são intimidados através de ameaças de processo, como foi o caso do site Mídia Sem Máscara recentemente, pelo deputado e advogado dos novos milionários terroristas “indenizados”, Luiz Eduardo Greenhalgh, o que prova que eles sabem que nós sabemos a verdade e não a versão deles, e denunciá-la é incômodo e deve ser silenciada a qualquer preço.
Estes fatos podem, a princípio, parecer casos isolados ou “coincidências” mas não são; são ações coordenadas desde o Foro de São Paulo, do Diálogo Interamericano e do Bloco Regional de Poder Popular, cujo único objetivo é “reescrever” a História destruindo completamente os FATOS que atestam a maldade intrínseca do comunismo e colocar aqueles que o cambateram e combatem como pessoas desalmadas, gananciosas e despóticas que devem ser eliminadas para dar lugar ao modelo comuno-socialismo falsamente difundido como o bem supremo e igualitário dos pobres e oprimidos do planeta.
Não sei até quando este blog vai existir, não porque eu pretenda me calar mas porque os órgãos repressores estão a pleno vapor. O que ocorreu na Argentina com o site “Argentinos por la Memoria Completa” não foi novidade nem me parece que vá ser o último. Aqui no Brasil vários blogs já foram retirados do ar, à força da arbitrariedade, desde que o governo do comunista Lula se encastelou no poder e agora, com o respaldo de 58% dos eleitores e a proposta de regular o acesso à Internet, a sanha ditatorial vai se exacerbar. Não tenham ilusões.
E o Notalatina fica por aqui, podendo voltar a qualquer momento em edição extraordinária, pois hoje estão acontecendo muitas coisas escabrosas mas habilmente ocultadas do povo, em toda a América Latina e deixo uma frase do grande filósofo Aristóteles que serve para nos animar o espírito nestes dias cinzentos: “Não basta somente dizer a verdade, mas convém mostrar a causa da falsidade”. Este é o papel de cada um de nós combatentes pela VERDADE Histórica de nossas Pátrias. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro