O Notalatina fecha a semana com três informes, dois dos quais envolvem Brasil, Venezuela e Argentina, e o terceiro sobre negociações feitas ontem com os “capos” da AUC, os para-militares de extrema-direita colombianos, tão delinqüentes e violentos quanto as FARC.
A primeira nota, a mais grave de todas e muito preocupante, nos informa de uma “organização” intitulada UNIÃO DO SUL ou “BRP” que existe extra-oficialmente e que reúne o Brasil, a Venezuela, a Argentina e Cuba, que o informe SEPRIN já havia denunciado há vários meses e que NINGUÉM parece estar interessado em saber, ou divulgar. Pelo menos, aqui no Brasil, eu não vi em lugar nenhum dos noticiários ou órgãos de comunicação alguém se reportando a isso. Mas é claro, o respeitável público deve ser cirurgicamente poupado de ser informados de coisas dessa natureza pois, quanto mais ignorante dos fatos tramados pelas esquerdas, mais dócil se torna na condução ao matadouro que nos preparam.
Infelizmente, não posso dispor aqui da foto em que mostra uma enorme faixa com as caras dos quatro ditadores, oops!, “dirigentes” desses países e que foi utilizada na Argentina em uma manifestação de rua, protagonizada pelos famosos arruaceiros denominados “Piqueteros”, com a complacência do Montonero presidente Kirchner e as bênçãos da bruxa velha e terrorista Hebe de Bonafini, criadora das “Mães da Praça de Maio”. NÃO DEIXEM DE LER ESTA NOTA!
A segunda nota fala do encontro dos presidentes do Mercosul, encerrado ontem na Argentina e a inclusão do México e Venezuela que foi aprovada mas ainda carece da conclusão das formalizações legais, para que possam tornar-se membros de fato. E, finalmente, a última nota nos reporta a uma tentativa de “acordo de paz” entre as AUC e o governo da Colômbia, em uma negociação tensa, posto que havia dois “capos” do narco-tráfico usando nomes falsos.
Bem, como hoje é sexta-feira, deixo-os com estas informações inéditas sobre como anda nossa América Latina para reflexão, e na segunda estamos de novo nesta cruzada de fazer o que deveria caber à imprensa, se ela inteira não estivesse rendida e vendida ao Comunismo Mundial. Podemos apresentar alguma edição extraordinária se, neste fim de semana, algum fato muito relevante nos chegar ao conhecimento. Fiquem com Deus e até a semana que vem!
O QUE É A “UNIÃO DO SUL” OU BRP?
É uma aliança estratégica entre Venezuela, Brasil, Argentina e Cuba que implica, desde a propaganda, uma estruturação política que incluiria uma mudança ideológica, primeiro nos centro militares-policiais, para manifestar-se no resto do povo a partir de um processo de vários anos.
Isto foi reconhecido pelo próprio Chávez. Sabemos, porque a mulher de Bonasso transmite os atos de Fidel Castro no Canal 7 (ATC); querem fazer uma “Al Jazeera” Sulamericana.
No Brasil, a união é com a TV Comunitária que conta hoje com mais de sessenta estações nas grandes cidades do país. Provavelmente a TV-Paraná Educativa se integrará com um sinal que alcança toda a América Latina e o sul dos Estados Unidos. Da Argentina, paricipará o Canal 7 (estatal), da Venezuela o Canal 8 e o novo canal cultural estatal Vive TV, e no Caribe a Televisão Cubana. É uma aliança estratégica entre Venezula, Brasil, Argentina e Cuba. Isto também foi reconhecido por Chávez.
Existe um plano insurgente na América Latina ou é um avanço do “Neo-comunismo”?
Há vários pontos que nos têm chamado a atenção e estes têm a ver com “o ataque sistemático às Forças Armadas e de Segurança”, a dissolução das estruturas de comando e, por sua vez, a infiltração ideológica em sua formação. O fechamento ou desmantelamento das escolas de Inteligência; a proibição de utilizar a Inteligência sobre grupos políticos, mesmo que sejam suspeitos de estarem vinculados ao terrorismo...
Claro, você pensará que isto não passa de “delírio”. De modo nenhum, a idéia subjaz nos fatos, o que mostramos são fatos, não meras palavras e isto é que é grave. Sabemos que os fundos que a Argentina pagará pelo Banco de Fuel Oil vão financiar, em parte, a grupos como os Centros Bolivarianos, organizações como Patria Libre e a Universidade, ou centro de doutrinação das Mães da Praça de Maio, assim como a coordenação entre os centros Bolivarianos e os Piqueteros, etc.
Temos alguns informes de que o ex-combatente e agora embaixador “Fredy Balzan” reuniu-se com estes grupo e percorreu as vilas. Balzan é um combatente do Partido Comunista. Foi guerrilheiro nos anos 60-70, integrou-se ao Sandinismo e foi embaixador na Nicarágua. Esta profunda influência no presidente, com operadores como Kunkel, Bonasso, Alberto Fernández ou Verbitsky, mostram a tendência de uma nova aliança estratégica.
Informes, próximos ao Mossad, no ano passado, advertiam um avanço de Fidel Castro através do avanço das relações com a Venezuela. Há alguns meses publicamos um informe da CIA, o qual marcava, certamente, o avanço desta estrutura política. É verdade que os Estados Unidos, por sua política mundial do petróleo, buscaram a queda de Chávez e isto foi denunciado. Não obstante, o giro e sua aliança pró-comunista e ainda apesar de que ele é mais “peronista” do que a gente crê, marca como um sentido inimigo.
Os centros Bolivarianos, que naquele momento contaram em suas filas com os Carapintadas ou a direita Peronista Nacionalista, distanciaram-se das estruturas, para serem substituídas pela ideologia nitidamente marxista.
Fonte: www.seprin.com
MÉXICO E VENEZUELA APROXIMAM-SE DO MERCOSUL
Por Damian Wroclavsky, em Puerto Igauzu, para El Nuevo Herald
A XXVI Cúpula de presidentes do Mercosul encerrou-se ontem, com a promessa de que a Venezuela e o México serão em curto prazo sócios no pleno do bloco, enquanto que um conflito comercial entre a Argentina e o Brasil deixou a descoberto os problemas da união aduaneira. “Aceitamos a incorporação do México no Mercosul, que se concretizará uma vez concluído o respectivo acordo de livre comércio” com o bloco, disse o presidente argentino Néstor Kirchner, ao encerrar a cúpula.
O México não terá voto nem possibilidade de apresentar menções ou projetos políticos, institucionais ou comerciais. A decisão do Mercosul contrastou com a tentativa do presidente Vicente Fox de converter-se em sócio no pleno do bloco, antes de ter um acordo de livre comércio assinado.
Junto a Argentina e Brasil, o Paraguai e o Uruguai são o coração do bloco. Chile, Bolívia e Peru, por sua parte, já são membros não plenos, o que implica que possuem preferências comerciais no intercâmbio com os membros, porém não compartilham as tarifa externas comuns.
Fox disse, por sua vez, que “juntos (México e Mercosul) podemos estabelecer as bases de uma sólida e verdadeira integração latino-americana. O México está convencido de que hoje a integração é a chave para conseguir que a América Latina e o Caribe se insiram exitosamente no mundo globalizado”.
Kirchner também saudou a chegada da Venezuela como Estado associado, que só “se efetivará quando o acordo de livre comércio se protocolize na ALADI (Associação Latino-americana de Integração)”. A Venezuela disporá dos mesmo direitos e restrições que o México.
Para o presidente venezuelano Hugo Chávez, todavia, implica que não há volta atrás: “Nós podemos dizer que a Venezuela já está no Mercosul”, disse Chávez. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, por sua parte, assinalou que a intenção do bloco é que ambos os convênios avancem o mais rápido possível, enquanto que funcionários de distintos países coincidiram em que o ingresso do México poderia converter-se no nexo do bloco com os Estados Unidos.
A agenda do próximo semestre, com a presidência do Brasil, abordará políticas energéticas e de infra-estrutura comuns e a obtenção do financiamento para levá-las a cabo. Os sete chefes de Estado que chegaram à cidade nortenha argentina de Puerto Iguazu, respaldaram o trabalho da comissão de representantes permanentes do bloco, que começou suas funções em princípios deste ano e está dirigida pelo ex-presidente argentino Eduardo Duhalde.
O trabalho da comissão está alinhada com o desejo dos mandatários de dotar de mais instituições o bloco e coordenar suas economias, uma dívida que acompanha o Mercosul desde sua criação há 13 anos. Essas duas tarefas, segundo os mandatários, tornaria mais difícil que os desequilíbrios macro-econômicos concluam em conflitos comerciais. Essa falta de coordenação ficou exposta novamente pela disputa entre Argentina e Brasil, que estourou quando o governo de Kirchner anunciou há dois dias do início da cúpula, travas ao ingresso de eletrodomésticos brasileiros em seu país.
Embora funcionários de ambos os países tenham trocado gestos de paz, a resolução do conflito dependerá das negociações em nível ministerial e empresarial, que serão feitos nos próximos 15 dias. Este novo capítulo de curto-circuitos entre a primeira e a terceira economia da América Latina, ficou refletido em uma frase de Kirchner: “o principal capital que devemos acumular é a confiança”.
Fonte: El Nuevo Herald
COLÔMBIA TEM A PRIMEIRA REUNIÃO COM OS “PARAS”
Por Alexander Martinez, da AFP em Bogotá
O governo colombiano e os para-militares reuniram-se ontem, pela primeira vez, após a abertura das negociações de paz em 1º de julho, em meio a uma polêmica pela presença de dois supostos capos do narcotráfico entre os delegados destes últimos.
Ao encontro, na aldeia de Santa Fé de Ralito (a 750 km. ao norte de Bogotá), assistem o alto comissário para a paz, Luis Carlos Restrepo e os membros do Estado Maior das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), encabeçados por Salvatore Mancuso, disse um porta-voz governamental à AFP. Também estava presenta o argentino Sergio Caramagna, chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que verifica o processo de paz, o qual busca desmobilizar uns 20.000 combatentes antes que finalize o ano de 2005.
A entrevista havia sido programada inicialmente para a terça-feira, porém foi acordada para ontem sem que transcendessem detalhes dessa decisão. Santa Fé de Ralito é o epicentro da chamada Zona de Situação, um enclave de 368 km², criado pelo governo por um período prorrogável de seis meses para facilitar os diálogos, e onde concentra-se o alto comando das AUC com 400 de seus homens.
Uma das principais expectativas do encontro é combinar uma agenda de negociação, depois que as partes apresentaram suas respectivas propostas sobre o tema durante a abertura, segundo o porta-voz oficial. Versões extra-oficiais assinalaram que na reunião também seriam discutidos o aperfeiçoamento do cessar fogo declarado pelas AUC, em dezembro de 2002, e a possível criação de outras zonas de concentração. Tais áreas se localizariam nas regiões de Magdalena Medio, o sul de Bolívar e as Planícies Orientais, onde as AUC têm forte presença, indicou-se.
A entrevista ocorre em meio à polêmica por denúncias sobre a presença de supostos capos do narco-tráfico na equipe negociadora dos para-militares. Um informe do diário El Tiempo assinalou no domingo que os comandantes Pablo Mejía e Gabriel Galindo, presentes na instalação do diálogo, seriam na realidade Víctor Manuel Mejía Múnera e Francisco Javier Zuluaga Lindo, dois poderosos narco-traficantes pedidos em extradição pelos Estados Unidos.
Sobre este particular, o presidente Alvaro Uribe disse na quarta-feira que “em todos os grupos armados, desafortunadamente, há essa mescla maldita do narco-tráfico”, e garantiu que não haverá impunidade no diálogo com as AUC, tal como exigem a Igreja Católica e organismos internacionais de direitos humanos. Por seu turno, o ministro do Interior e Justiça, Sabas Pretelt, advertiu que “não vai permitir que se utilize o processo como uma máscara”.
Fonte: El Nuevo Herald
Traduções: G. Salgueiro