terça-feira, 3 de dezembro de 2002

Poucas notícias nos chegam da situação da Venezuela e do XI Foro de São Paulo. No país vizinho muito alvoroço nas ruas, mas nenhum acontecimento mais relevante. As informações são contraditórias e cada lado afirma que teve maioria em seu intento. O delinqüente Chávez continua com aquele ar de campeão imbatível levando a vida como se nada estivesse acontecendo, em sua vida e em seu país; já anunciou sua vinda ao Brasil entre quinta e sexta-feira dessa semana, para um encontro em Brasília com os países membros do paciente terminal Mercosul.



E enquanto isso, o Sr. da Silva já aterrisou no Chile, onde fez um discurso nos mesmos moldes daqueles dos tempos de campanha, onde destaco um trecho que reflete toda a incoerência entre palavras e ações:

”Não há plena cidadania se os seres humanos estão separados por brutais desigualdades econômicas e sociais. A miséria que faz de dezenas de milhões de homens e mulheres verdadeiros párias não pode ser tolerada.

E mais adiante:

Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força”.(O discurso completo pode ser encontrado no site do PT www.pt.org.br)



Apesar disso, continua idolatrando o mais sanguinário de todos os ditadores que o mundo já conheceu, o senil psicopata infra-humano Fidel Castro, e onde as tais desigualdades sociais que levam à miséria absoluta, são as mais gritantes. E mesmo sendo frequentador assíduo da ilha-cárcere, ele nunca enxergou isso e não enxergou porque concorda com a escravização e tortura daqueles que são contra o seu ídolo e seu regime genocida.



Mas, dando sequência, o Notalatina apresenta um artigo de Myles Kantor em que ele reafirma e denuncia as relações cúmplices e fraternas (se é que dois demônios podem saber o que significa esse termo) entre Fidel Castro e Saddan Hussein, e o ódio que eles nutrem e alimentam fartamente contra os judeus, numa tradução generosa do meu amigo Heitor De Paola.



O EIXO BAGHDAD-HAVANA DE ÓDIO AOS JUDEUS



Por Myles Kantor

FrontPageMagazine.com - 5 de novembro de 2002



O mais leal e sólido aliado de Saddam Hussein está a 90 milhas da costa Americana e seu nome é Fidel Castro. No final da década de 80, o cirurgião ortopédico cubano Rodrigo Alvarez Cambras removeu um tumor letal das costas de Hussein. Cambras - que coincidentemente é o chefe da Associação de Amizade Cubano-Iraquiana – foi generosamente recompensado por Saddam e doou todo o dinheiro para Castro, recebendo uma mansão em Miramar, área nobre de Havana. Cambras visitou Baghdad em julho para levar uma mensagem de Castro a Saddam. O déspota cubano, no poder há 43 anos, expressou “a solidariedade de Cuba” a Hussein e cumprimentou-o pelo 34º aniversário do golpe do Partido Ba’ath, socialista, no Iraque.



Castro e Saddam têm similaridades óbvias. Ambos escravizam seus países, promovem terrorismo e detestam os EUA. Mas um outro traço os une: o ódio aos Judeus, manifestado particularmente contra a pátria dos mesmos, Israel. A hostilidade de Saddam é infame. Ele é o homem que atacou Israel com 39 mísseis Scud em 1991. É o homem que manda cheques para as famílias dos homens-bomba que massacram civis israelenses. De forma bem característica afirmou em 28 de setembro: “.....atacando o Iraque a administração americana está agindo em benefício do Sionismo, que vem matando o heróico povo da Palestina, destruindo sua propriedade, assassinando suas crianças, e tentando impor sua dominação no mundo todo”.



E o que pensa Castro de Israel? Em junho último, em Havana, Castro comandou uma passeata de aproximadamente 10.000 pessoas para protestar contra o “genocídio” levado a cabo por Israel. O movimento culminou com uma semana de atividades de “solidariedade à Palestina” organizada pelo regime. Um estudante que estava presente declarou: “Exigimos o fim do genocídio contra nossos irmãos Árabes. Vida longa ao heróico povo Palestino! Vida longa aos povos Árabes que lutam contra o imperialismo! Socialismo ou morte!” Em setembro, na “Conferência Mundial contra o Racismo”, em Durban, África do Sul, Castro referiu-se ao “continuado genocídio contra o povo Palestino". No último mês de março, durante um discurso televisionado em Havana, ele referiu-se aos “brutais e revoltantes massacres efetuados pelo Estado de Israel....contra o povo da Palestina”. Da mesma forma os meios de comunicação cubanos descrevem regularmente Israel como um regime nazista. (Um dos livros anti-Israel recentemente publicados em Cuba é intitulado “Sionismo: o Fascismo da Estrela de David”). A Rádio Rebelde fala “dos Judeus que agora praticam genocídio contra os Palestinos” (3/9/01); o Jornal Granma International mostra manchetes como “Sharon anuncia a continuação do holocausto Palestino” (9/4/02); “Cruzada de Washington e Tel Aviv contra o povo Árabe” (21/8/02), e “Continua o genocídio de Israel contra o povo Palestino”. (30/8/02)



O anti-Sionismo de Saddam e Fidel freqüentemente leva a tentativas conjuntas de mostrar a ilegitimidade do Estado de Israel. Por exemplo, em 1991 ambos os países votaram contra a anulação da resolução da ONU que equacionava Sionismo com racismo. (Cuba e Iraque apresentaram em conjunto esta resolução em 1975). A Agência de Notícias do Iraque publicou que, quando da visita de Cambras para o aniversário de Saddam em abril, quando o último “condenou os crimes Sionistas contra nosso povo na Palestina”, Cambras descreveu-os como “crimes nazistas... pediu ao mundo e seus governos que tomassem atitudes decisivas contra os crimes dos agressores Sionistas”.



Como Saddam, Fidel há muito tempo apóia agressões contra Israel. Desde o envio de milhares de tropas para ajudar a Síria na Guerra do Yom Kippur em 1973, até o atual treinamento de terroristas Palestinos, Castro está na vanguarda da violência anti-Sionista. (O mais notório terrorista treinado em Cuba foi Illich Ramirez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal) Mais de 90% dos Judeus cubanos fugiram desde a revolução comunista e aqueles que permanecem não conseguem vencer a barreira de maledicências contra Israel. Se eles criticam Castro ou sua política externa podem ser acusados de “crimes” como “desrespeito” e “propaganda inimiga”. O Judeu cubano Tony Fune observou “que não temos liberdade de falar, nem liberdade de imprensa, nem de viajar, nem de escolher a educação nossos filhos. E acho que isto não está certo”. A Liga de Anti-Difamação, auto denominada “a maior organização mundial que combate o anti-Semitismo”, nunca publicou uma linha sequer sobre nossa situação. A B’nai B’rith, “a mais conhecida organização judaica de direitos humanos”, ignora a sistemática violação dos direitos humanos dos Judeus em Cuba. De fato, a B’nai B’rith planeja visitar Cuba em dezembro, levando dinheiro para um arqui-inimigo da pátria Judaica. O Presidente Bush fala sobre a mudança de regime no Iraque. O parceiro terrorista de Saddam, em Havana, merece o mesmo, e os Judeus cativos em Cuba merecem a solidariedade de seus irmãos em liberdade.



Myles Kantor é colunista do FrontPageMagazine.com e Diretor do Centro para a

Liberdade de Emigração
, uma organização de direitos humanos dedicada à abolição da escravidão estatal. Seu e-mail address é kantor@FreeEmigration.com



Tradução: Heitor De Paola



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