terça-feira, 11 de abril de 2006


O Notalatina de hoje presta uma homengem às vítimas barbaramente assassinadas dos 11 de abril: de 2002, pelas milícias chavistas e polícia política na Venezuela do ditador Chávez e de 2003, pela tibieza do mega-assassino do Caribe, Fidel Castro, crimes até hoje IMPUNES.


Apesar das hipócritas declarações do “ex”-terrorista Jesse Chacón e do deliqüente Chávez, a respeito dos últimos 5 assassinatos que chocaram não só a Venezuela mas o mundo, de que “os culpados fossem localizados e punidos”, ontem esta mesma Justiça (que se assemelha muito à nossa, pelos conchavos e apadrinhamentos de criminosos e não pela defesa do cidadão de bem) “inocentou” por falta de provas os assassinos da senhora Maritza Ron, ocorrido em agosto de 2004, deixando a todos que tomaram conhecimento a perplexidade e a certeza de que esses novos governos comunistas perderam completamente o “pudor” em cometer crimes e acobertar aqueles cometidos por sua gente, pois a certeza da impunidade lhes faculta este comportamento.

Encontraram os “autores” do seqüestro, tortura e assassinato dos irmãos Faddoul e de seu motorista Mario Rivas, entretanto, as famílias dos acusados e eles próprios afirmam que “se entregaram depois que a polícia invadiu suas residências à cata de provas, os intimidaram e ameaçaram”, mas eles são inocentes, tanto que antes de se entregarem passaram pela Polícia Técnica para fazer exame de corpo de delito, para provar que estavam sãos, temendo torturas ou maus tratos por parte da Polícia.


Os exemplos que o Brasil tem dado nesse sentido, com as absolvições descaradamente sem-vergonha de parlamentares ladrões, cínicos e mentirosos, são uma mostra ainda muito pequena do que vem ocorrendo na Venezuela e que o nosso des-governo tem como modelo. Tudo sob a poderosa batuta do maldito Foro de São Paulo que muita gente boa, aqui no Brasil, “não agüenta mais ouvir falar”; só eu, o Olavo e uma meia dúzia de “malucos” do Mídia Sem Máscara, of course!


Mas, dentro desta homenagem que presto aos assassinados pelas ditaduras comunistas de Cuba e Venezuela nos 11 de abril, trago um artigo em memória dos três jovens cubanos fuzilados após serem apreendidos numa lancha que “seqüestraram” pacificamente, tentando fugir do “paraíso caribenho”. Lembro bem das reportagens havidas na época e da perplexidade de duas jovens turistas francesas que, chorando, relatavam que os rapazes não molestaram ninguém e que Fidel Castro lhes havia prometido que “não faria qualquer mal aos ‘seqüestradores’”; no mesmo dia, todos foram sumariamente fuzilados, sem julgamento e suas famílias sequer tiveram o direito de saber onde foram sepultados, para levar-lhes flores e fazer uma prece. O abjeto monstro do Caribe chamou o caso de “os três negrinhos terroristas”, como se eles não fossem seres humanos com identidades próprias, com famílias, sonhos e esperanças, e tudo o que desejavam era liberdade.


Na próxima edição falo a respeito de um vídeo feito em Cuba, que seria divulgado hoje, mas preferi aproveitar esta data para prestar homenagem aos assassinados do dia 11 de abril. A foto é dos assassinados na Venezuela; gostaria de ter publicado a dos três jovens cubanos mas as que recebi eram um tanto escuras e não dava para ver seus rostos com nitidez. Fiquem com Deus e até a próxima!



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Oração para os mortos de Abril
Ramón Colás



(Em memória de Bárbaro Castillo, Lorenzo Castillo e Jorge Luís Martínez Isaac, fuzilados em 11 de abril de 2003, por ordens de Fidel Castro)

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Eram três jovens negros como as noites de apagões. Haviam vivido sob vigilância e golpes. Fome e prisões. Na confusão de uma cidade gigante que os engasgava como roedores nocivos, sem espaço preciso na urbe. Eram chocantes ao estrangeiro e perigosos ao policial. Inadaptados aos CDR. Descarrilados para UJC. Inimigos do povo, para o Partido. Bandoleiros sem salário, para os vizinhos.


Eles não eram o reflexo do “homem novo” e poucas vezes foram à praça. Preferiam a algaravia das ruas e a cobertura pálida de Havana Velha ou os rincões perversos do solar e das longas filas de uma cervejaria. Talvez, o mau cheiro dos esgotos perfurados na esquina do bairro ou uma xícara de café misturado com ervas


Porém, tinham o sonho de ser livres do horror e do cativeiro. Da intriga e do medo, da adulação e do cansaço. Desejavam renunciar ao coro e desceram os bancos de areia em silêncio acumpliciados com o mar, o bom tempo e um barco. Ocuparam a praia e a baía. Tomaram o rumo de suas mortes ansiando cruzar o golfo e alcançar a outra borda para secar sua sede na areia, caminhar sem temer a polícia e mudar suas vidas no trabalho. Seriam heróis deles mesmos. Novos navegantes no século dos computadores. Comandantes do mar e da bitácula. Aventureiros do trópico e da desgraça.


No caminho sonhavam em enviar dólares a suas mães. Cartas aos amigos. Presentes às noivas. Blasfêmias ao tirano e aos cúmplices do bairro. Fotos em restaurantes famosos e praias livres do sul da Flórida ou de seus carros do ano (quem sabe...).


Porém, o infortúnio flagrou seus sonhos. A lancha, doutrinada a navegar suas poucas milhas consumiu o combustível na pior hora. Tinha que regressar e regressaram. Já estavam ditadas suas condenações. Em 11 de abril de 2003 lhes descarregaram rajadas curtas de fuzis AK em seus peitos púberes, cobrindo de sangue a cor ébano de seus corpos jovens.


Morriam para evitar uma guerra com os Estados Unidos, disse o Comandante e o ratificava em poucas horas o chanceler. Morreram por ditamem de palácio e suas mortes eram as partes do pastel que mereciam, segundo palavras do próprio ditador que se reuniu com eles antes de linchá-los.


A mãe de Bárbaro Castillo, de apenas 21 anos de idade, chorava enlouquecida pelas ruas de Francisco Guayabal, sua cidade natal, e gritava com dor: “Fidel assassino!” até perder a voz. As autoridades do partido da zona lhe fecharam as portas e lhe chamavam de “louca”. Os amigos colocaram uma foto do rapaz e choraram durante vinte e quatro horas, enquanto os mestiços de Castro vigiavam a casa e sua pobreza.


Também a mãe de Lorenzo Copello, uma negra obesa e cansada, mostrou seu desconsolo, negando a acreditar que seu filho houvesse morrido nas mãos de uma revolução na qual havia acreditado. Este crime contra três inocentes, incluindo o seu rebento, lhe permitiu conhecer a natureza assassina do castrismo e o disse mil vezes arrependida: “Maldito Fidel, assassino, és tu quem mereces morrer”!


Que horror! Que crime! Onde estavam os amigos da vida? Esses, que nas tribunas de Havana carcomem nosso idioma com palavras de ordem a favor do homem e de um mundo melhor? Que pena! Certo, “trata-se de três negrinhos condenados pela fúria do velho tirano”. “Nosso amigo”. “Meu amigo”. “Calemos agora”. “Façamos silêncio”, disseram Lucio Walker e García Marquez. Também Benedetti e Galeano. A esquerda mundial militante e frustrada. José Saramago, o escritor ganhador de um Nobel, comoveu-se no princípio com a condenação, mas depois se retratou, como uma donzela temerosa do castigo certo que viria do regime de Havana.


Que horror! Que crime! E o silêncio cúmplice de sempre, sepultou três jovens em uma fossa até hoje desconhecida pelas famílias, enquanto o mundo continua igual. Se estes mortos fossem vítimas de Pinochet, seria outra coisa. A imprensa mundial o destacaria em suas manchetes e as condenações ao tirano seriam em massa. Castro, este “ditador cômodo”, pode assassinar que depois é aplaudido. Afundar navios com crianças em seu interior e ser absolvido do julgamento dos povos. Derrubar aviões civis em pleno vôo e depois ser considerado inocente.


Que horror! Que crime!!!


CAMPANHA CUBANA PELA LIBERDADE DOS PRISIONEIROS POLÍTICOS


Fonte: http://www.payolibre.com/


Comentários e tradução: G. Salgueiro


quinta-feira, 6 de abril de 2006



A Venezuela amanheceu ontem em luto e dor, após a descoberta dos corpos dos três irmãos da família Faddoul, John, Kevin e Jason e do seu motorista Miguel Rivas, assassinados após 40 dias de seqüestro por supostos policiais. Eram pouco mais que crianças com 17, 13 e 12 anos de idade, um dos quais paralítico.


Segundo informações, os corpos foram encontrados alinhados um ao lado do outro (conforme foto) e apresentavam disparos na nuca e zona occipital; seus rostos estavam desfigurados. O que permitiu a identificação foi o uniforme escolar, do Colégio Nossa Senhora del Valle, que eles usavam e para onde se dirigiam quando foram seqüestrados.


O que teria motivado tão bárbaro e hediondo crime é algo que não encontro resposta, tampouco o próprio povo venezuelano. Entretanto, este não é um fato novo, isolado, por mais chocante que seja aos olhos das pessoas normais e de bem. Basta que para isso se observem as cifras macabras de assassinatos na Venezuela depois que se instalou no poder um ditador comunista, com passado de crimes e impunidades e que conta no seu ministério com indivíduos cujo passado é marcado por atos de terrorismo, crimes de assassinato, todos, absolutamente todos, impunes.


Acrescente-se a isso que este regime castro-chavista vem ao longo destes 7 anos formando suas “milícias bolivarianas”, composta pela escória de delinqüentes pagos pelo povo para agir contra aqueles que estejam “desconformes” com a “revolução bonita”.


Ontem, no fim da tarde, houve manifestações de pesar e desagravo pelo trágico ocorrido, em vários locais e, como sempre ocorre nessas manifestações legitimas contra o governo, suas milícias macabras, os carapaicas, os tupamaros, os agentes da DISIP ou qualquer outro bando de malfeitores desses pagos com o dinheiro do povo, resolveu impedir que um repórter fotográfico do jornal Últimas Notícias, Jorge Aguirre, registrasse a manifestação. Um homem numa moto tentou parar o carro da redação disparando vários tiros, conforme explica o motorista: “Ele não estava de uniforme mas me mandou parar à direita e disse: ‘é a autoridade’. Eu me neguei a parar e continuei; o vi me seguindo, quando cruzou para a auto-pista passou e começou a disparar”.


Os disparos atingiram a porta traseira do carro e quando Aguirre, que ia no lado do carona, desceu, o homem da moto disparou a queima-roupa. Mesmo caído no chão, Aguirre pôde resgistrar o seu assassino fugindo. O repórter fotográfico foi socorrido mas não resistiu e faleceu. Segundo a descrição dada pelo motorista do jornal, a arma usada no crime foi uma pistola calibre 9 mm, ‘parecia’ policial porque estava numa moto 250, sem placas, usava jaqueta preta, capacete azul e óculos escuros.


Na semana passada houve outro assassinato brutal, também atribuído a homens da DISIP. Fillipo Sindoni, um ítalo-venezuelano proprietário do jornal El Aragüeño e da rede de televisão TVS foi seqüestrado, torturado e assassinado. O quê estas pessoas fizeram para merecer tamanha bestialidade? O sr. Sindoni era proprietário de meios de comunicação contrário ao regime; o fotógrafo, um inconveniente abelhudo que registrava manifestações anti-revolucionárias; Miguel Rivas, queima de arquivo mas, e as crianças Faddoul? Me parte o coração imaginar o sofrimento infligido a estas crianças, bem como o sofrimento de uma mãe ver seus três filhos serem seqüestrados de uma vez e violentamente assassinados, depois de 40 dias de cativeiro.


Há quase cinco anos estudo e acompanho esse processo de expansão do comunismo na América Latina e, apesar das críticas, piadas e agressões que tenho recebido por me preocupar com o que ocorre com os nossos vizinhos, em vez de olhar para o nosso próprio quintal, cada vez mais me convenço de que tudo o que temos visto em termos de desumanização, violência, crimes hediondos, desestruturação dos valores morais e religiosos, extorções, expropriações, invasões e depredações, são fruto de uma maquiavélica orquestração do maldito Foro de São Paulo com o único objetivo de expandir e fortalecer o Comunismo no mundo.


Não é possível dissociar os crimes cometidos em Cuba, de toda a espécie, com o que vem ocorrendo na Venezuela desde que Chávez assumiu o poder, em 1999, ou o que temos assistido aqui no Brasil desde que o PT tornou-se o Partido-Estado. A criminalidade aumentou exponencialmente (bem como a defesa dos criminosos, não das vítimas) e agora já sem qualquer pudor; aí está o caso do assassinato do prefeito Celso Daniel e suas prováveis 8 vítimas. Compra-se consciências, “elimina-se da foto”, no bom e velho estilo stalinista, todo aquele que se atravessar no caminho dessas revoluções; perseguem-se Militares (e aqui incluo Chile, Bolívia, Equador mas sobretudo a Argentina), desmoralizam e planejam desmontar as FFAA. Em seu lugar, criam-se “milícias”, formadas por desordeiros sedentos de sangue, armados e sem qualquer resquício de peso na consciência porque lhes falta moral ou caráter.


O que restará de nossos países se se confirmarem as re-eleições de Lula e Chávez, e a eleição de Ollanta Humala (que já afirmou que “não permitirá” Cecilia Flores governar caso ela vença as eleições de domingo próximo, no Peru) e de Daniel Ortega, na Nicarágua? Será a consagração de Fidel Castro e seu Foro de São Paulo, agremiação comuno-narco-terrorista que vem há 16 anos trabalhando para reinstalar e fortalecer o comunismo na América Latina e está conseguindo, pois já possuem governantes comunistas: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Uruguai, Venezuela, Equador, as FARC e o ELN dominando tudo na Colômbia e Cuba, como epicentro do controle total das ações coordenadas entre estes países.


Mas, apesar de muita gente fechar os olhos para esta realidade – Foro de São Paulo – e tentar minimizar seu grau de malignidade e influência, vou continuar batendo nesta mesma tecla. Sei que não vou esclarecer os crimes sem punição da Venezuela, tampouco os daqui do Brasil mas não vou parar de denunciar a fonte, a raiz de todo este mal que se abateu sobre nosso continente.


E para encerrar a edição de hoje transcrevo um artigo que se assemelha à nossa realidade, para que sirva de reflexão para nós brasileiros, da jornalista Patricia Poleo, hoje exilada nos Estados Unidos, alguém que conhece e experimentou na carne o que é a perseguição comuno-chavista, que sofreu ameaça de morte e teve seu guarda-costas assassinado barbaramente. À mãe dos irmãos Faddoul, srª Gladys Diab, minha mais emocionada solidariedade e preces; aos jovenzinhos, colhidos no frescor de sua juventude, que Deus os cubra com Seu manto protetor e permita que seus assassinos paguem por tanta hediondez. Às famílias do fotógrafo Jorge Aguirre e do motorista da família Faddoul, Miguel Rivas meus sentimentos; que a Providência Divina os receba com amor e conforte os que ficaram.


Na próxima edição do Notalatina vou apresentar, com exclusividade, um vídeo feito em Cuba e que mostra qual a perspectiva de vida futura daquela gente escrava há quase 50 anos. Fiquem com Deus e até a próxima!

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Fatores de Poder


Patricia Poleo


As cifras de mortes violentas são aterradoras e crescem a cada ano desde que Chávez tomou o poder. Seu ministro do Interior e Justiça põe gravata vermelha para ordenar que não se politize o tema, enquanto aproveita a tragédia dos Faddoul para impor uma Polícia Nacional como as recomendou Vladimiro Montesinos.


Escrevo de madrugada, aturdida pela indignação que une a todos os venezuelanos depois de tomar conhecimento do espantoso crime do qual foram vítimas os irmãozinhos Faddoul e seu chofer, o senhor Miguel Rivas.


O cúmulo é a aparição, quase a uma hora da manhã, de Jesse Chacón, ministro do Interior e Justiça, engravatado de vermelho, para ratificar ante o país a identidade dos quatro cadáveres. Chacón não teve a delicadeza de trocar a alegre gravata, cuja cor converteu-se em símbolo político, para pedir (ou ordenar?) ao país a “não politizar o assunto”.


Chacón refere-se ao tema como se não fosse de sua responsabilidade. Falou como se ele não fosse parte de tudo isto: “Queremos trabalhar, unidos, sem diferenças políticas, na solução deste tipo de crime que não é parte da cultura venezuelana, que nos foi exportada (sic), que não a queremos e que a rechaçamos”. E quem foi o grande “exportador” deste tipo de crime que, certamente, não é parte da cultura venezuelana?


A responsabilidade da colombianização da Venezuela é absolutamente de Hugo Chávez. Quem forneceu documento de identidade como venezuelanos a guerrilheiros colombianos e sicários foi o atual governo. Nossas Forças Armadas Nacionais – quando se chamavam assim – souberam manter nos limites os irregulares que sempre pretenderam penetrar nosso erritório. A Força Armada Nacional de Hugo Chávez lhes deu passagem e anuência para atuar.


Neste governo em que oito soldados foram queimados em Fuerte Mara e dois em Cumaná. Sob a égide de Jesse Chacón foram assassinados por efetivos militares e policiais: Evangelina Carrizo, o indigente Juan Carlos Zambrano, arrastado pelos seus genitais antes de ser assassinado. Germán Delgado, escolta do General González González e meu, foi torturado até morrer – segundo determinou o Ministério Público -, pelos efetivos da DISIP José Raga, Franklin Sequera, Ovidio Dávila, Deivis Román, Javier González e Alexis González. Foi a DISIP de Jesse Chacón que deixou escapar o narco-traficante “El Boyaco”. Foi a CICPC de Jesse quem, em vez de preservar uma testemunha supostamente importante, como era Antonio López Castillo, o assassinaram em um suposto enfrentamento rematando-o com um tiro de graça no queixo.


É a DISIP deste ministro a assinalada por tortura a Juan Carlos Sánchez, de assassiná-lo e depois levá-lo a um motel de Baquisimeto onde se simula um enfrentamento.


É durante a gestão de Jesse Chacón e do governo de Hugo Chávez que efetivos adscritos na DIM massacram três estudantes da Universidade Santa Maria. O chefe dos assassinos, major José Baldomero Peña, havia sido denunciado nesta coluna antes do crime. E não aconteceu nada!


Mariítas Ron caiu assassinada na Praça Altamira enquanto Chacón celebrava a trampa do referendum. É na gestão de Jesse Chacón que as mortes nos cárceres venezuelanos alcançam todos os récords, e as cifras de insegurança aumentam a cada dia enlutando um país que permanecia anestesiado.


Recentemente foi assassinado o empresário Felippo Sindoni, que ao que parece lutou com seus raptores até morrer.


Em um país em guerra como o Iraque, as cifras oficiais são estas: Mortos, 18.000; feridos, 50.000; jornalistas mortos, 30. O conflito pedura desde 2003. Desde esse mesmo ano na Venezuela, segundo a UNESCO: Mortos, 22.15 por cada cem mil TODOS OS DIAS. A Venezuela se situa como o primeiro país em mortes por armas de fogo, comparando com 57 países. Desde abril de 2004 estão suspensos os portes de armas das mãos de particulares. Então, quem dispara?


O fornecimento de cifras exatas foi bloqueado na Venezuela desde o ministério de Jesse Chacón, ao fechar-se em janeiro de 2003 a sala de imprensa do CICPC, lugar de onde se centralizava a data em nível nacional. Em janeiro de 2006 o presidente Chávez intimou, segundo declarações públicas, um milhão de venezuelanos armados. Adicionalmente, foram juramentados e armados 2.300.000 reservistas no lapso de um ano, quase a metade dos soldados que operam em território iraquiano.


Na Venezuela há 422.329 menores de 15 anos vagando nas ruas. Entre 2004 e 2005 ocorreram 2.534 manifestações públicas, 74% delas exigindo direitos sociais. Desde 1999 até esta data, há 6.207 processos por corrupção sem resposta no Ministério Público.


Durante os 18 anos da ditadura Pinochet, no Chile, foram assassinadas 3.000 pessoas. Desde 1998 até 2003, segundo cifras oficiais venezuelanas, em fatos violentos. Isto dá uma média anual de 7.843 mortos. Em 2004 salta para 12.000 e em 2005 chega a 13.000. Em 2006 promete superar amplamente essa margem de crescimento.


6.127 venezuelanos morreram em “execuções” extra-judiciais; entre estes chamados “justiçamentos”, 634 mortes foram atribuídos a polícias municipais. Entretanto, Jesse persegue com julgamentos a jornalistas e defende um irmão cuja fortuna é injustificável.


A Venezuela está ardendo em dor e em protestos. A resposta do Governo já assomada no editorial da Venezuelana de Televisão – será a conformação de uma Polícia Nacional, a semente que Vladimiro Montesinos deixou em sua passagem pela Venezuela e que seriu no Peru para perseguir e assassinar em nome da Lei. A centralização do crime em mãos do Reime. Isso e não outra coisa é a Polícia Nacional que agora o regime tirará da cartola.


Fonte: http://www.venezolanosenlinea.com/


Comentários e tradução: G. Salgueiro


sexta-feira, 24 de março de 2006



O Notalatina de hoje presta uma homenagem especial aos Militares barbaramente assassinados pelos terroristas que, na década de 70, pretendiam transformar a bela e culta Argentina em mais um satélite comunista, a exemplo de Cuba.


Hoje faz 30 anos do “golpe militar” na Argentina e numa manobra populista-demagógica, o Montonero Néstor Kirchner, que está presidente, decretou feriado nacional para render homenagens não aos heróis que deram sua vida em defesa da pátria mas aos terroristas que, como ele, queriam implantar o comunismo em sua própria terra natal.


A situação dos Militares naquele país vizinho agravou-se sensivelmente desde que este Montonero alçou o poder da Argentina, uma vez que trouxe para o seu lado velhos kamaradas do bando terrorista do qual foi membro ativo, além de antigos erpianos e piqueteros. Hoje, quem dá as cartas sobre o futuro das FFAA e dos Militares é Horacio Verbitsky, também um Montonero e que praticou vários atos de terrorismo, inclusive no prédio Libertador, onde funciona o Estado Maior do Exército.


O dia 24 de março foi declarado “Dia Nacional da Memória, pela Verdade e a Justiça”, mas se de fato houvesse um compromisso com esta Verdade e com esta Justiça, este Montonero revanchista e delinqüente não teria programado um ato tão afrontoso quanto o de colocar placas com os nomes dos terroristas mortos durante o período da ditadura, ao lado das placas com os nomes dos Militares abatidos já existente dentro das dependências do Estado Maior do Exército.

Ao tomar conhecimento de tamanha afronta, a senhora Ana Maria Carolina Lucioni*, filha 1º Tenente Oscar Abel Lucioni, (Capitão post-morten) assassinado no portão de sua casa, e que ficou órfã com apenas 1 ano de idade, dirigiu-se ontem ao edifício do Comando do Estado Maior do Exército e lá, com a bandeira da Argentina nas mãos – sua única arma -, solicitou uma audiência com o General Bendini. Ela exigia que se respeitassem os assassinados pelas mãos dos terroristas, dentre os quais se encontrava seu pai, e que não maculassem seus nomes colocando uma placa reverenciando os terroristas junto às dos heróis militares.


Lá ela contou com o apoio da srª Cecilia Pando (e outras senhoras pertencentes à AF y APA - Associação de Familiares e Presos Políticos da Argentina), uma valorosa argentina que notabilizou-se por afrontar Kirchner por ele ter prendido seu esposo, o Major Pando, que revelou ser contra a condução de desmonte e desmoralização que está sendo dada às FFAA. Posteriormente, o Major Pando foi sumariamente posto na Reserva mas dona Cecilia encontrou espaço na mídia para continuar sua luta em defesa das Forças Armadas. No quartel criou-se um alvoroço com a presença daquelas senhoras, houve mobilizações, guardas ficaram em estado de “alerta” como se mulheres pacíficas e desarmadas, tendo apenas sua voz e a determinação de defender seus mártires e heróis, pudessem oferecer qualquer risco de “atentado”. Talvez, pela pacifidade e honradez do ato, coisas que o general Bendini desconhece totalmente, o gesto destas senhoras possa mesmo ser classificado como um atentado: atentado à indignidade, à vergonha, à desonra e ao desrespeito que se pratica hoje contra as FFAA daquele país.


Transcorridas quase duas horas de espera e tensão, Ana Maria foi recebida inicialmente por um sorridente general mas ela insistiu que só falaria com o General Bendini que finalmente a recebeu. Diz Ana Maria: “Fui recebida pelo General Bendini que me explicou que a placa que o governo quer colocar pelo dia 24 de Março, é em repúdio ao golpe de 1976 e que a mesma não será colocada no edifício do Estado Maior, mas no Colégio Militar”. Ela explicou ainda que esteve conversando com ele que lhe falou de épocas passadas e de História, relatando-lhe alguns fatos, porém o que mais a deixaria tranqüila é que se respeitasse a memória de seu pai e que, se acaso colocassem lá uma placa lembrando os subversivos, que ela exigiria a retirada da de seu pai para que possa levá-la e prestar-lhe honras em outro lugar. Não acredito que a palavra dada a esta senhora seja cumprida pois, como se sabe, comunista jamais teve palavra. Fidel Castro, inúmeras vezes, “deu sua palavra” a mães aflitas de que “pouparia” seus filhos do paredón e só esperou que saíssem de sua vista para assassinar sem piedade aqueles que “prometeu” não executar.


Natalia Balbastro, que também esteve presente no quartel, foi vizinha do Tenente Lucioni e, conhecendo sua filha, deu o seguinte depoimento: “Naquela manhã [de 24 de março de 1976], escutaram-se vários disparos e quando me aproximei, vi um jovem com idade entre 17 e 18 anos, de traje cor de areia e cabelo negro, que depois de haver descarregado sua arma automática, correu para um carro e uns homens lhe entregaram uma arma longa, um rifle, creio, não sei bem, e depois voltou onde estava Lucioni que jazia no chão e continuou atirando... depois se dirigiu ao automóvel e se foram. Uma mulher vizinha presenciou o fato, estava grávida e do susto provocado naquele dia, perdeu seu filho”.

Dos combatentes mortos durante o período da ditadura cívico-militar na Argentina, tem-se contabilizado entre militares, policiais, civis (dentre eles 5 crianças inocentes, apenas por serem filhos de militares), jovens e idosos, 711 pessoas, cujos algozes jamais sentaram-se no banco dos réus, ao contrário, Luís Eduardo Duhalde, por exemplo, um “ex” erpiano é o atual secretário de (pasmem, parece aqui no Brasil!) Direitos Humanos! Vale lembrar que este bando terrorista trotskista ERP (Exército Revolucionário Popular) seqüestrou, manteve em cativeiro sob impensáveis torturas por mais de 1 ano e depois assassinou com requintes da mais bárbara crueldade o Coronel Argentino del Valle Larrabure (ver foto da cela em que ficou confinado), um mártir e herói cuja memória estes comuno-terroristas querem profanar.


Para se ter conhecimento de toda a barbárie que agora os terroristas no poder querem “canonizar”, o site Seprin tem um arquivo com documentos raros, fotos, listas de vítimas que merece ser visitado (http://www.seprin.com.ar/portal2/30gcm.htm).


No próximo seguimento uma matéria que informa o que se programou para hoje na Argentina, um verdadeiro atentado contra aqueles que derramaram seu sangue pela Pátria, a começar pela vigília promovida pela terrorista Hebe de Bonafini, criadora da organização terrorista “Mães da Praça de Maio”. Do mesmo modo, já se programa aqui no Brasil eventos comemorativos ao 31 de Março, organizados pelos revanchistas de sempre.


Cabe, portanto, a cada um de nós que combatemos o comunismo no Brasil e na América Latina, não deixarmos os nossos mortos serem vilipendiados ou caírem no esquecimento. NÓS NÃO OS ESQUECEREMOS, JAMAIS!


E para finalizar meus comentários, antes de passar para a matéria, faço um apelo aos amigos para que assinem esta petição em favor da vida do psicólogo e jornalista independente cubano, Guillermo Fariñas, que está em greve de fome há 52 dias, em protesto contra a ditadura que não permite que seus cidadãos “a pé” tenham direito a acessar a Internet, como o faz livremente o mega-assassino Fidel e sua Nomenklatura. Alguns amigos queixaram-se de não ter conseguido abrir o link que leva à petição, por isso recoloco aqui. Tomara que desta vez funcione, pois comigo funcionou e minha assinatura consta lá! http://www.PetitionOnline.com/ py4n287/


Fiquem com Deus, tenham um bom final de semana e até a próxima!


(*) Membro da sociedade civil Argentinos por la Memoria Completa


Buenos Aires, (Télam) – O presidente Néstor Kirchner descerrará na próxima sexta-feira no Edifício Libertador, uma placa recordatória do 24 de março de 1976, ao completar-se nesse dia 30anos do golpe miliatr, ao tempo em que o ato central das organizações políticas e sociais será uma marcha desde o Congresso até a Praça de Maio.


O dia 24 de março, declarado como o “Dia Nacional da Memória, pela Verdade e a Justiça”, e que a partir deste ano será feriado nacional depois da sanção de um polêmico projeto oficial, os argentinos lembrarão o início da ditadura militar que instalou o terrorismo de Estado no país.


Embora fontes oficiais ainda não tenham confirmado o horário em que Kirchner estará no Edifício Libertador, sede do Ministério da Defesa, o Estado Maior Conjunto e o Exército precisaram que assistirão os quatro chefes militares. Desta forma, junto à ministra da Defesa, Nilda Garré (ela mesma uma “ex” terrorista. G.S.), estarão o chefe do Estado Maior Conjunto, brigadeiro Jorge Chevalier; do Exército, general Roberto Bendini; da Armada, almirante Jorge Godoy e da Força Aérea, brigadeiro Eduardo Schiafino.


Este será o ato central do Governo Nacional, enquanto que mais de 100 organizações políticas e sociais que integram o Encontro 30 anos, Memória, Verdade e Justiça” realizarão em 24 de março uma marcha do Congresso à Praça de Maio. (Nota: Observem como em todo o mundo os chamados “movimentos populares”, que não passam de redes comunistas repletas de idiotas úteis e massa de manobra completamente cega e ignorante, organizam mega-marchas e eventos com o único objetivo de encobrir a verdade e “re-inventar” a História a seu bel prazer. E os tontos e ingênuos aderem e repetem a versão, como papagaios de bordel. G. S.)


A marcha começará às 17 horas e terá como eixos convocantes: “A Memória, a Verdade e a Justiça”; “Anti-Imperialismo”; “Não à impunidade de ontem e de hoje”, informou um comunicado.


Do Encontro, que tentou unificar os atos do dia 24 participam, entre outros, Avós da Praça de Maio; Assembléia Permanente pelos Direitos Humanos; Associação de Ex Detidos-Desaparecidos; CORREPI; Familiares de Desaparecidos e Detidos por Razões Políticas; H.I.J.O.S (de distintas regionais); Liga Argentina pelos Direitos do Homem; Mães da Praça de Maio-Linha Fundadora; Memória Ativa; Movimento Ecumênico pelos Direitos Humanos e SERPAJ.


Também participam bandos piqueteros, partidos políticos, centros de estudantes secundários e universitários, grêmios docentes, associações de bairros, ex-combatentes das Malvinas, comissões gremiais internas.


Por outro lado, o chanceler Jorge Taiana e o Secretário de Direitos Humanos, Eduardo Luis Duhalde, percorrerão nesse dia as instalações da Escola de Mecânica da Armada (ESMA), onde funcionou o emblemático centro clandestino de detenção e se instalará o Museu da Memória

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Por sua vez, a Secretaria de Cultura realizará um concerto no Estaleiro Rio Santiago em homenagem a 50 trabalhadores desaparecidos e a partir de 23 de março, uma mostra no Palácio de Belas Artes.


Nota: Esta matéria foi veiculada pelo Seprin mas não foi de sua autoria, posto que eles jamais defenderam terroristas, como apresenta-se nitidamente nesta matéria.


Observem que todo o movimento e manifestações visam apenas deificar os “jovens idealistas” mortos ou desaparecidos, “vítimas da maldita ditadura”, que a maioria dos manifestantes sequer viveram na carne o pesadelo que foram aqueles anos de terror, provocado não pelas FFAA mas, tal como aqui no Brasil, terroristas sanguinários e desapiedados que mataram, seqüestraram, roubaram, torturaram e justiçaram seus próprios kamaradas.


É impossível não fazer um paralelo ao que se viveu hoje na Argentina com o que teremos que aturar (e já aturamos anos a fio) no nosso 31 de Março, onde apenas estas organizações deformadoras da Verdade Histórica encontram espaço, eco, público e mídia a seu lado. Isto precisa acabar e a VERDADE tem que ser contada sem enfeites nem meias-palavras, sob pena de macularmos nossos verdadeiros mártires em suas sagas dolorosas em prol da libertação de nossa Pátria do maldito comunismo. G.S.


Fonte: www.seprin.com


Notas e tradução: G. Salgueiro

sábado, 18 de março de 2006


O Notalatina de hoje é especialmente dedicado às vozes silenciadas “na marra” em Cuba e Venezuela. E o motivo desta escolha é que hoje, 18 de março de 2006, faz 3 anos daquilo que ficou conhecido como a “Primavera Negra de Cuba”, quando o tirano mega-assassino do Caribe, Fidel Castro, resolveu silenciar as vozes de 75 pessoas, entre elas jornalistas, bibliotecários, sindicalistas, médicos, economistas, ativistas de direitos humanos, entre outros, que se opunham pacificamente ao seu regime genocida, brutal, desumano e ditatorial há malditos 47 anos.


Hoje também se inicia em Quito, no Peru, a “reunião de meio de ano” da Sociedade Interamericana de Imprensa, cujo tema principal é a liberdade de imprensa que vem sendo vergonhosamente confiscada, sobretudo na Venezuela pós-ditadura castro-chavista. A Venezuela está representada por David Natera Febres, editor do jornal “Correo del Caroni”, recentemente eleito vice-presidente para a Liberdade de Imprensa pela Sociedade Interamericana de Imprensa. O próprio David vem sofrendo perseguições por parte da mal disfarçada ditadura castro-chavista e não poderia ser melhor representante dessas vozes em tão importante evento.


Mas o regime de Chávez nega, do mesmo modo que se nega em Cuba, que haja qualquer tipo de repressão aos jornalistas e comunicadores e que isto é coisa “orquestrada desde a máfia de Miami” e dos defensores do governo Bush. Entretanto, o que dizer da jornalista Patricia Poleo, hoje exilada nos Estados Unidos para escapar de vários processos que a condenavam por desmascarar e denunciar implacavelmente os crimes cometidos pelo regime, sobretudo o escândalo (ainda sem condenação dos verdadeiros responsáveis) pelo assassinato do procurador Danilo Anderson e do seu próprio guarda-costas (sim, ela pecisava, pois vivia sob ameaça de morte)?


Patricia foi a primeira perseguida e há poucas semanas, precisamente no dia 08 de março, o jornalista Gustavo Azócar Alcalá, 15 minutos após terminar seu programa de televisão “Café con Azócar” no estado de Táchira, foi preso (o primeiro dentre outros que lhe seguirão) sem qualquer formalização de culpa ou julgamento. O motivo da prisão, dito por ele a El Nuevo Herald, foi “estão me prendendo simplesmente porque estou dizendo a verdade”, através de uma ligação do celular dado por sua esposa, já na cela da prisão, e por isso a ligação era em voz baixa e entrecortada, aproveitando os descuidos dos guardas.


Nesse programa Azócar dava a conhecer, ao vivo, documentos sensíveis que demonstravam graves delitos cometidos por um dos mais importantes juízes da região: o oitavo juiz de controle, Jorge Ochoa, nascido na Colômbia, nacionalizado venezuelano e nomeado em 2001, havia apresentado documentos de estudo falsificados quando fez prova ante o Tribunal Supremo de Justiça para obter o importante cargo no sistema judiciário venezuelano. Além disso, Azócar apresentou um informe do Departamento de Segurança (DAS) da Colômbia, no qual detalhava-se que Ochoa se outorgava estudos de pós-graduação em Direito na Universidade Externado de Colombia e na Universidade Libre de Colombia, os quais NUNCA realizou.


Esse juiz desempenhou um papel crucial para encarcerar mais de uma dúzia de dirigentes locais da oposição, por sua participação nos acontecimentos de 11 de abril de 2002, quando o governador do estado de Táchira, Ronald Blanco La Cruz foi deposto temporariamente do seu cargo, do mesmo modo que Chávez. Azócar explicava deste modo que sua detenção era uma “passagem de fatura do governador Blanco La Cruz, porque o juiz Ochoa é seu protegido”. Azócar afirma que este “é um julgamento político e há demasiada ingerência do governo no poder judiciário tachirense”. Não parece que ele se refere ao Brasil e a situação nauseante, patética e vergonhosa que o país tem vivido desde que se instalaram as tais CPI, cujas águas tornam-se cada dia mais turvas mas não levam nenhum dos marginais à prisão?


Do mesmo modo, estão sendo perseguidas e com incontáveis acusações de “delitos graves”, todos pelas mesmas razões – tirar a máscara do regime e expor sua podridão repleta de crimes de toda ordem, do mesmo modo que estamos vendo com o PT, aqui no Brasil -, as jornalistas Marianella Salazar e Ibéyize Pacheco, duas bravas guerreiras que afirmaram que nada disso serve como ameaça para calar suas vozes ou fazê-las aoelharem-se perante o títere de Fidel Castro, Hugo Chávez.


Além de Marianella, Ibéyise, Patricia e Azócar, acabo de saber pela minha amiga a jornalista Eleonora Buzual que estão sendo perseguidos: Gabriela Matute, insultada pelo prefeito da capital Juan Barreto; Laureano Márquez, Teodoro Petkoff e o diário “Tal Cual”, (ajuizado por causa de um artigo humorístico); Marsha Lee González, repórter do diário “El Luchador” do estado de Bolívar, vítima das ameaças por parte de funcionários do regime; Milagros Márquez de Telecaribe; Marlene Piña, de Notitarde; Daniel Herrera de NC Televisión; José Gregório Jaén e Rómulo Gómez, também de Telecaribe, golpeados uns, e mantidos presos e despojados de seu material informativo outros, ao serem agredidos na Universidade de Carabobo por um grupo auto-identificado com o oficialismo; as jornalistas Luclenys Silva, da televisão CMT e María Alejandra Salas, de Venevisión, golpeadas por um dos escoltas do Procurador Geral da República. E ainda os jornalistas Manuel Roca, José Brito, Héctor Cordero e Angel Morillo, que estão sendo perseguidos pelo governador do estado de Anzoátegui, Tarek William.


Amigos, depois de lerem essa lista, só de jornalistas e comunicadores de mídia, presos e preseguidos (todos casos recentes, porque há muitos que foram assassinados e que o regime afirma ter sido por problemas com o “narcotráfico”), é possível suportar que o senhor presidente do Brasil, do alto de sua mais abjeta estupidez e conivência criminosa tenha a cara de pau de afirmar, perante o mundo, que “a Venezuela é um dos países mais livres e democráticos do mundo!”, mais até do que os Estados Unidos?


A farsa criminosa desta gente tem que acabar, tem que ser denunciada porque não falta muito para sermos nós também, brasileiros, os que vamos engrossar esse cordão tétrico, horripilante, indigno, de perder a liberdade de falar, de se expressar como um indivíduo livre, de denunciar esses crimes e abusos contra a pessoa humana que vem sendo perpetrado pelos comunistas impunemente.


E para concluir a edição de hoje, transcrevo a carta escrita pelo psicólogo e jornalista independente, meu colega de profissão, Guillermo Fariñas, aos irmãos da oposição. Fariñas está morrendo, em conseqüência de uma greve de fome e sede iniciada em 31 de janeiro, em protesto contra a proibição do uso de Internet pelo povo “a pé” daquela ilha-cárcere. No início da maldita revolução, houve um jovem, Pedro Luís Boitel que teve atitude semelhante dentro da masmorra La Cabana vindo a falecer, depois de 54 dias sem ingerir qualquer tipo de alimento líquido ou sólido. Boitel protestava por sua ilegítima prisão e o regime deixou que ele morresse sem qualquer tipo de assistência. Temo pela vida deste bravo neo-mártire, pois se depender deste maldito degenerado Castro, Fariñas irá a óbito sim.


Hoje, em vários países do mundo, esta data que entrou para a história como a maior vergonha, afronta e desrespeito à dignidade humana, conhecida como a “Primavera Negra de Cuba”, está sendo lembrada com manifestações em frente às Embaixadas de Cuba onde se pede a liberdade incondicional de todos os presos políticos e de consciência que já ultrapassa a casa dos 300, fora os inúmeros desconhecidos de que não se tem registro. Uno-me às manifestações em espírito, solidária com a dor dos injustamente condenados a até 28 anos de cárcere e aos seus familiares, amordaçados e sem ter com quem contar dentro da ilha para fazer justiça aos seus entes queridos e inocentes.


Fiquem com Deus e até a próxima!


Carta de Guillermo Fariñas aos irmãos da oposição


Santa Clara, 14 de março de 2006.


Meus queridos irmãos e irmãs de oposição ao regime totalitário que desde há pouco mais de 47 anos oprime a minha nação, a ilha de Cuba, vocês podem encontrar-se no exílio, nas prisões deste arquipélago ou aparentemente em liberdade nas ruas cubanas.


Quero mediante estas letras demonstrar minha comoção por toda uma grande série de documentos com chamados e petições para que eu abandone minha Greve de Fome e de Sede, para que seja instalada uma conexão direta da rede informática de Internet em minha casa, desde o passado 31 de janeiro deste mesmo ano.


Todavia, e apesar de minha satisfação porque o necessário humanismo está presente em vocês, meus irmãos de idéias e lutas, para conseguir a única democracia autêntica que pode existir neste mundo em que vivemos, tenho que respeitosamente rechaçar suas petições para que salve a minha vida.


Considero que minha pessoa, como jejuante, representa publicamente ante a opinião internacional, a toda a oposição pacífica e cívica, ao sistema político do Dr. Fidel Castro Ruz e devemos demonstrar aos que me reprimem, em conjunto com vocês, que um dissidente cubano é capaz de oferecer sua mesmíssima vida pelo que pensa, luta e sacrifica dia após dia, as coisas mais queridas para todo ser humano, seus familiares mais próximos e queridos.


Com esta greve ou jejum de alimentos sólidos creio que desminto a deteriorada acusação dos que nos oprimem em nossa própria terra, de que somos “Mercenários” a serviço de uma potência estrangeira. Com minha abstinência de nutrientes estamos demonstrado ao ditador cubano e seus seguidores que nenhum “mercenário” morre por algo que não seja dinheiro, enquanto eu e qualquer um de vocês estamos decididos a entregar até nossa vida por ideais.


Penso que o melhor que pode ocorrer como desfecho ao meu protesto cívico seja o desenlace final de minha noticiada morte, pois constituiria um desmentido muito prático às mentiras e calúnias castristas contra seus opositores.


Meus irmãos e irmãs, obrigado por sua humanitária preocupação pela minha vida e tenho esperanças de que saibam me compreender, embora não estejamos de acordo quanto ao aspecto de levar minha greve de fome e sede até às últimas conseqüências, ou não.


Por favor, peço-lhes desculpas em nome do futuro da Pátria por negar-me a cumprir ou aceitar seus conselhos, pelo qual minha greve continua até meu falecimento.


Sem mais, pela Liberdade e Democracia em Cuba.


Licenciado em Psicologia, Guillermo Fariñas Hernández


PS. Escrito da cama nº 1 da Sala de Terapia Intensiva do Hospital Universitário “Arnaldo Milián Castro”, Cidade de Santa Clara, província de Villa Clara, Cuba.


Fonte: PayoLibre


Tradução e comentários: G. Salgueiro

segunda-feira, 13 de março de 2006


O Notalatina ficou sem atualização por dois meses e tanto, em decorrência de vários fatores que me impossibilitaram de prosseguir com as denúncias que venho fazendo desde agosto de 2002, quando criei este blog. Assunto não faltou, especialmente na Cuba e Venezuela comunistas em especial e na América Latina de um modo geral.


Retomo hoje, com indignação contida, para não perder as estribeiras, pois é uma denúncia grave tendo em conta o tamanho da ousadia, perversão de caráter e desrespeito ao trabalho alheio. Refiro-me à agência informativa do regime cubano, Prensa Latina, um canal a serviço do PCC e de seu ditador vitalício, o mega-assassino Fidel Castro, o ser mais abjeto sobrevivente do século XX, cuja decrepitude física é proporcional à sua deterioração de caráter e malignidade.


Há 10 anos foi criado na Venezuela um site intitulado “Mujeres del Tercer Milenio”, que trazia artigos e comentários da brava jornalista Eleonora Bruzual e outros da mesma escol de guerreiros e que, posteriormente, foi absorvido pelo site “Gentiuno.com”. Os temas sempre primaram pela luta contra as tiranias comunistas, trazendo denúncias relativas a abusos sofridos pelos povos sob o jugo de ditadores desalmados e sanguinários como o Abutre do Caribe e o próprio Chávez, seu substituto em potencial.


Pois bem. Descobrimos agora que Prensa Latina USURPOU, ROUBOU sem qualquer constrangimento o nome “Mujeres del Tercer Milenio” e o colocou em seu site como se fosse legítimo dono da marca, com o intuito canalha, bem típico de comunistas sem escrúpulos nem moral alguma, de confundir o público que, ao acessar o link, em vez de abrir-se a página venezuelana, abre-se a cubana. O teor é totalmente contrário àquele abordado na Venezuela, claro, gravitando em torno da “emancipação da mulher”, do aborto e toda essa xaropada feminista/comunista.


Colo abaixo o link e a desfaçatez do anúncio, para que vocês possam conferir. Para pessoas que sabem e prezam o que é RESPEITO isto é mais uma prova da delinqüência comunista que, sem a menor cerimônia se apropria indevidamente das coisas do alheio, por incompetência, inveja, falta de caráter, de ética e de moral!


Que não se enganem os leitores do LEGÍTIMO Mujeres del Tercer Milenio, pois esta farsa mambembe já está sendo investigada e os bravos jornalistas que lá escrevem, NÃO MUDARAM SUA POSTURA NEM CONDUÇÃO IDEOLÓGICA. Eles, os legítimos, continuam os mesmos combatentes do castro-comunismo disseminado na América Latina e podem ser lidos em http://www.gentiuno.com/. Este lixo produzido pelo porta-voz castrista “Prensa LatRina” não é, nem pode jamais ser considerado “jornalismo”, pois além de divulgar mentiras adocicadas sobre o maldito regime criminoso e escravagista da Ilha, agora figura também como plagiador, falsificador, ladrão barato e incompetente.


Para os leitores brasileiros que provavelmente não estão entendendo o tamanho da minha indignação, esclareço que é por ver que atitudes como esta podem ser copiadas aqui no Brasil também, por esta escória porca e imoral que hoje domina todos os quadrantes do nosso país, como têm-se compravado inúmeras denúncias que tenho feito aqui há 3 anos e meio, como uma louca que grita nua na praça, que foram escarnecidas na ocasião e hoje são práticas recorrentes e já comprovadas e publicadas em jornal.


Aliás, há uma petista estúpida e ignorante que, logo após a criação do Mídia Sem Máscara, um site de altíssimo nível intelectual de corte liberal-conservador e anti-comunista por excelência, que criou um blog até com a logomarca inicial, onde ela copiava os artigos publicados nesse site e modificava o conteúdo, reescrevendo-os naquela linguagem “pura”, “bela”, “pacífica” e “generosa” dos comunas. Mas a infeliz era tão primária e a fraude tão grosseira e crassa, que nem valeu a pena tenta desmascarar, pois os leitores do Mídia Sem Máscara não precisaram se esforçar muito para perceber que se tratava de uma criatura idiota roída pela invejosa e incompetência de não poder criar nada semelhante. Assim é, pois, o caso do site cubano.


Onde há dedo de comunista metido, não há ética, nem moral, nem respeito pelas coisa alheias, nem tampouco pela dignidade e pela vida do ser humano. Vou morrer repetindo e denunciando, nem que isto me custe a cabeça, pois os exemplos são claros e estão aí para aqueles que quiserem ver. Eu estou tentando fazer a minha parte, enquanto me deixam falar.


Amanhã devo fazer nova edição, pois material grave, urgente e inédito para tal há fartamente. Fiquem com Deus e até a próxima!


Anuncio del servicio especial Mujeres del Tercer Milenio MUJERES DEL TERCER MILENIO


PRENSA LATINA transmite su Servicio Especial MUJERES DEL TERCER MILENIO del domingo 26 de febrero de 2006, en colaboración con la Agencia de Comunicación e Información de la Mujer A. C. (CIMAC), de México.


Esta Sección se difunde todos los domingos, con valiosos materiales sobre la situación de la mujer en el mundo, su lucha por la emancipación, la conquista de sus plenos derechos desde el punto de vista social y el reconocimiento de sus propios valores.


Puedes verlo pulsando http://www.prensa-latina.org/article.asp?ID=%7bF4D18C26-6AF0-48E0-BA5E-87EBA7D23F60%7d&language=ES


Comentários: G. Salgueiro

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005


Hoje é praticamente o último dia útil do ano de 2005 e o Notalatina não poderia furtar-se a encerrá-lo sem algumas reflexões sobre o que houve de mais relevante. No plano pessoal foi um ano bastante tenso e difícil, o que ocasionou atualizações esporádicas deste canal de denúncias sobre os crimes e abusos cometidos contra seres humanos inocentes e quase sempre indefesos, da nossa sofrida América Latina, por mais que eu desejasse escrever e denunciar diariamente pois material não faltou.


Fazendo uma breve retrospectiva, o que de pior aconteceu foi o avanço do comunismo neste lado do hemisfério pois, aqui no Brasil, apesar dos esperneios e fingimento de moralidade das CPIs, saiu Severino Cavalcanti da presidência da Câmara e foi comprado um sob medida para ocupar o lugar, o comunista Aldo Rebelo; todos os escândalos envolvendo o PT e/ou seus parlamentares, assessores, aspones e dirigentes de alguma coisa, envolvidos com vários tipos de crime, passam muito bem, obrigado, enquanto o povão enguliu sua indignação a seco e continua passando fome.


O Comandante Daniel foi “cassado” mas ri da nossa cara em Paris, que é trés chic, ao lado de Paulo Coelho e Fernando Morais, com 100 mil no bolso como adiantamento pelo livro de sua biografia, fazendo tim-tim com champagne fracês pois quem gosta de pobreza é “intelectual de esquerda” e ele é apenas um pseudo-guerrilheiro cubano-brasileiro. E enquanto isso, Bob Jeff foi punido por ser um menino muito mau comportado e linguarudo, ganhando além da cassação o troféu “bode expiatório do ano”, e tudo continua como dantes no quartel do Abrantes.


Em Cuba, o abominável dinossauro obteve muitas vitórias, pois o mundo de forma abjeta, cúmplice e servil ainda se curva em rapapés perante um monstro criminoso e tirano de um povo por malditos 47 anos, como é Fidel Castro. E quanto mais poder o mundo lhe oferece, mais ele tortura seus “súditos”, como o caso das Damas de Branco que foram agraciadas com o “Prêmio Andrei Sakarov à Liberdade de Consciência” e não obtiveram “permissão” para viajar e recebê-lo pessoalmente; as perseguições sistemáticas e prisões arbitrárias àqueles que se opõem à sua criminosa ideologia; a indiferença ante o padecimento pela fome e miséria que vive o seu povo; ou ainda aos tratos desumanos infligidos aos presos políticos, enfim, Cuba é uma chaga aberta que sangra continuamente e mereceria um blog só para efetuar essas denúncias. Oxalá, no próximo ano eu crie outro com essa finalidade, sim.


Mas o ganhador do pêmio “Vergonha do Ano” é mesmo a Venezuela, na pessoa do bufão abjeto e golpista Hugo Chávez, que conseguiu se superar em fraudes, crimes de assassinatos, prisões e perseguições a opositores, sejam civis ou militares, conforme eu tantas vezes denunciei aqui. Hoje, o que impera é a Lei da Mordaça, sobretudo à imprensa e aos Militares que são barbaramente punidos, até com prisão e torturas, por teimarem em honrar a farda e o juramento um dia feito de defender a Pátria, se necessário com a própria vida.


E a Bolívia, através do maldito Foro de São Paulo, finalmente conseguiu emplacar o comunista líder cocalero Evo Morales como presidente da República, para gaúdio de toda a comunalha pertencente à criminosa organização internacional e países comuno-socialistas dos quatro cantos do mundo. Foi este o saldo de 2005 e que, só se quisermos tapar o sol com a peneira, não admitiremos que o grande vitorioso foi mesmo o Movimento Comunista Internacional, de modo particular o da América Latina.


O ano que em poucos dias se iniciará é, portanto, sombrio e tenso, especialmente no Brasil onde teremos novas eleições presidenciais. E nesta última edição do ano, o Notalatina presta sua mais incondicional solidariedade a todos os presos políticos e de consciência, a todos os amordaçados pela infâmia dos castradores de liberdade, a todos os que lutam e denunciam sem trégua em toda a América Latina (mesmo com o risco de serem calados à força, eles também) mantidos reféns de tiranos psicopatas como Chávez, Kirchner, Fidel. Que Deus nos ilumine a todos, nos dê coragem e força para continuar nesta luta inglória.


E minha homenagem vai em forma de prece, uma bela “Oração de Ano Novo” cujo autor desconheço e que recebi de vários amigos (todos irmanados nos mesmos ideais e Fé) venezuelanos e cubanos, que com muito gosto traduzi para vocês. Assim, cada um que a ler, estará orando por si e por todos.


Feliz Ano Novo com muita Fé, Esperança e com as bênçãos de Deus sobre nossas Pátrias! Até 2006!

***


“ORAÇÃO DE ANO NOVO”


Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
Teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao terminar este ano quero dar-Te graças por tudo aquilo que recebi de Ti.


Graças pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol,
pela alegria e pela dor,
por quanto foi possível e pelo que não pôde ser.


Te ofereço tudo o que fiz neste ano,
o trabalho que pude realizar e as coisas que passaram por minhas mãos
e o que com elas pude construir.


Te apresento às pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os mais próximos a mim e os que estão mais distantes,
os que me deram sua mão e aqueles aos quais pude ajudar,
com os quais compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.


Porém também, Senhor, hoje quero pedir-Te perdão,
perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e pelo amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
e perdão por viver sem entusiasmo.


Perdão também pela oração que pouco a pouco fui adiando
e que só agora venho apresentar-Te.
Por todos os meus esquecimentos, descuidos e silêncios,
novamente Te peço perdão.


Nos próximos dias iniciaremos um novo ano
e detenho minha vida ante o novo calendário ainda sem estrear,
e Te apresento estes dias que só Tu sabes se chegarei a vivê-los.


Hoje Te peço para mim e para os meus a Paz e a Alegria,
a Força e a Prudência, a Clareza e a Sabedoria.


Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a todas as partes um coração cheio de compreensão e paz.


Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meu lábios a palavras mentirosas,
egoístas, mordazes ou ferinas.


Em troca, abre meu ser a tudo o que é bom,
que meu espírito se encha só de bênçãos e as derrame à minha passagem.


Cumula-me de bondade e de alegria para que,
tantos quantos convivem comigo ou se aproximem de mim,
encontrem em minha vida um pouquinho de Ti.


Dá-nos um ano feliz e ensina-nos a repartir a felicidade. Amén!


Comentários e tradução: G. Salgueiro

domingo, 18 de dezembro de 2005


E hoje aconteceu mais uma eleição presidencial na América Latina, desta vez na tumultuada e inconstante Bolívia. O candidato preferencial, segundo as pesquisas de opinião era o cocalero Evo Morales, com 48% das inteções de voto. Ainda não tive confirmação do resultado, que só deve ser divulgado amanhã, mas não tenho qualquer dúvida de que o candidato de Lula e do Foro de São Paulo sairá vitorioso e explico porquê.


Nas eleições de 2002 Morales, apesar do apoio explícito nas deliberações do Foro de São Paulo, perdeu para Gonzalo Sánchez de Lozada mas prometeu que iria inviabilizar o governo e não iria deixar barato. E não deixou mesmo. Através das “redes” infernizou o país de ponta a ponta, com manifestações de rua (nada espontâneas), agitações, quebra-quebra, invasões, depredações, enfim, todas essas “atividades lúdicas” tão conhecidas nossas. Lozada renunciou e assumiu seu vice, Carlos Mesa que, de igual modo, não teve condições de concluir o mandato, por excesso de pressão destas turbas renunciando em junho deste ano. Nas manifestações de rua inúmeros agentes do G-2 cubano “ajudavam” a quebradeira e a desmoralização do governo Mesa e continuou pressionando a administração do incapaz governo de Eduardo Rodríguez.


Agora Morales retorna, com o apoio explícito do “Eixo do Mal” (Lula + Chávez + Kirchner + Fidel), além dos outros comunistas latino-americanos Tabaré Vazquez, do Uruguai, o candidato fracassado nas últimas eleições de El Salvador, Shafik Handal, do futuro candidato da Nicarágua, o sandinista Daniel Ortega, além de Mandela, Zapatero, da ditadura da China e da França.


Dentre seus projetos de governo está, em primeira instância, convocar uma Assembléia Constituinte, como fez seu kamarada Chávez, a fim de mudar a constituição vigente. Segundo duas próprias palavras, “Vamos terminar com o Estado colonial através de uma Assembléia Constituinte (para reformar a Constituição) que vai refundar a Bolívia. Isso significa que no Colégio Militar não podem ingressar apenas mestiços, mas também indígenas. Eles poderão ser oficiais. Na Justiça, no Supremo Tribunal, também queremos indígenas. Queremos mudar a forma como é servido o povo, viver para o povo. Viver para a política e não da política. E todos os recursos naturais devem estar em mãos do Estado, precisamos ter sócios e não donos ou patrões”.

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Embora negue sempre, seu modelo de governo é o “bolivariano” e Hugo Chávez e Fidel Castro são seus ídolos, tendo participado, inclusive, de um programa “Alô! Presidente” realizado em Havana, onde consolidou-se o “compromisso” de levá-lo ao Poder. Comenta-se que Evo Morales recebeu financiamento da Venezuela e de Cuba para a sua campanha eleitoral. Não se conseguiu provar (como aqui, com o PT) mas não duvido, considerando que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) é membro do Foro de São Paulo.


Mas, que importância pode ter para o Brasil, além das reservas de gás natural, a eleição de um indígena para a presidência da República de um país vizinho, o mais pobre da América do Sul? A importância é que o cerco comunista vai-se fechando cada vez mais e transformando a América Latina no sonho do Abutre do Caribe (talvez mesmo antes dele desinfectar Cuba com sua definitiva ausência), proferido na reunião de criação do Foro de São Paulo, em 1990, de “recuperar na América Latina o que perdeu-se no Leste Europeu”.


E não foi por outra razão que Lula mostrou-se tão feliz com esta possibilidade, pois a idéia de que a América Latina seria um só país, sem fronteiras, unidos no mesmo ideal comunista de um bloco que possa fazer frente ao “Imperialismo” parece cada dia estar mais próxima. Senão, vejamos: Kirchner, na Argentina; Brasil, com Lula; Bolívia, com Evo Morales; Uruguai, com Tabaré Vazquez; Venezuela com Chávez (por enquanto, o líder substituto de Fidel, até sabe-se lá quando). Restam o Chile que decidirá no próximo ano o 2º turno mas tudo indica que a candidata socialista, Michelle Bachelet, sairá vitoriosa; a Colômbia que ainda permanece uma incógnita e no Caribe, Daniel Ortega já se lançou candidato na Nicarágua.


Enfim, é esperar para ver o resultado dos pacientes e incansáveis esforços do Foro de São Paulo, esta organização narco-comuno-terrorista que só existe nas cabeças de “malucos paranóicos” como o escritor, filósofo e jornalista Olavo de Carvalho; do site Midia Sem Máscara, mais especificamente dos articulistas Heitor De Paola e Carlos Ilich Santos Azambuja e desta atrevida escriba que há anos vem batendo na mesma tecla do Foro de São Paulo e do perigo que se nos avizinhava com a ascenção do PT ao poder do nosso país. Fora deste círculo, jamais se viu aqui no Brasil qualquer denúncia ou referência a esta organização criminosa tal como ela é, nos jornais e na mídia em geral.


Comentários: G. Salgueiro