domingo, 18 de dezembro de 2005


E hoje aconteceu mais uma eleição presidencial na América Latina, desta vez na tumultuada e inconstante Bolívia. O candidato preferencial, segundo as pesquisas de opinião era o cocalero Evo Morales, com 48% das inteções de voto. Ainda não tive confirmação do resultado, que só deve ser divulgado amanhã, mas não tenho qualquer dúvida de que o candidato de Lula e do Foro de São Paulo sairá vitorioso e explico porquê.


Nas eleições de 2002 Morales, apesar do apoio explícito nas deliberações do Foro de São Paulo, perdeu para Gonzalo Sánchez de Lozada mas prometeu que iria inviabilizar o governo e não iria deixar barato. E não deixou mesmo. Através das “redes” infernizou o país de ponta a ponta, com manifestações de rua (nada espontâneas), agitações, quebra-quebra, invasões, depredações, enfim, todas essas “atividades lúdicas” tão conhecidas nossas. Lozada renunciou e assumiu seu vice, Carlos Mesa que, de igual modo, não teve condições de concluir o mandato, por excesso de pressão destas turbas renunciando em junho deste ano. Nas manifestações de rua inúmeros agentes do G-2 cubano “ajudavam” a quebradeira e a desmoralização do governo Mesa e continuou pressionando a administração do incapaz governo de Eduardo Rodríguez.


Agora Morales retorna, com o apoio explícito do “Eixo do Mal” (Lula + Chávez + Kirchner + Fidel), além dos outros comunistas latino-americanos Tabaré Vazquez, do Uruguai, o candidato fracassado nas últimas eleições de El Salvador, Shafik Handal, do futuro candidato da Nicarágua, o sandinista Daniel Ortega, além de Mandela, Zapatero, da ditadura da China e da França.


Dentre seus projetos de governo está, em primeira instância, convocar uma Assembléia Constituinte, como fez seu kamarada Chávez, a fim de mudar a constituição vigente. Segundo duas próprias palavras, “Vamos terminar com o Estado colonial através de uma Assembléia Constituinte (para reformar a Constituição) que vai refundar a Bolívia. Isso significa que no Colégio Militar não podem ingressar apenas mestiços, mas também indígenas. Eles poderão ser oficiais. Na Justiça, no Supremo Tribunal, também queremos indígenas. Queremos mudar a forma como é servido o povo, viver para o povo. Viver para a política e não da política. E todos os recursos naturais devem estar em mãos do Estado, precisamos ter sócios e não donos ou patrões”.

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Embora negue sempre, seu modelo de governo é o “bolivariano” e Hugo Chávez e Fidel Castro são seus ídolos, tendo participado, inclusive, de um programa “Alô! Presidente” realizado em Havana, onde consolidou-se o “compromisso” de levá-lo ao Poder. Comenta-se que Evo Morales recebeu financiamento da Venezuela e de Cuba para a sua campanha eleitoral. Não se conseguiu provar (como aqui, com o PT) mas não duvido, considerando que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) é membro do Foro de São Paulo.


Mas, que importância pode ter para o Brasil, além das reservas de gás natural, a eleição de um indígena para a presidência da República de um país vizinho, o mais pobre da América do Sul? A importância é que o cerco comunista vai-se fechando cada vez mais e transformando a América Latina no sonho do Abutre do Caribe (talvez mesmo antes dele desinfectar Cuba com sua definitiva ausência), proferido na reunião de criação do Foro de São Paulo, em 1990, de “recuperar na América Latina o que perdeu-se no Leste Europeu”.


E não foi por outra razão que Lula mostrou-se tão feliz com esta possibilidade, pois a idéia de que a América Latina seria um só país, sem fronteiras, unidos no mesmo ideal comunista de um bloco que possa fazer frente ao “Imperialismo” parece cada dia estar mais próxima. Senão, vejamos: Kirchner, na Argentina; Brasil, com Lula; Bolívia, com Evo Morales; Uruguai, com Tabaré Vazquez; Venezuela com Chávez (por enquanto, o líder substituto de Fidel, até sabe-se lá quando). Restam o Chile que decidirá no próximo ano o 2º turno mas tudo indica que a candidata socialista, Michelle Bachelet, sairá vitoriosa; a Colômbia que ainda permanece uma incógnita e no Caribe, Daniel Ortega já se lançou candidato na Nicarágua.


Enfim, é esperar para ver o resultado dos pacientes e incansáveis esforços do Foro de São Paulo, esta organização narco-comuno-terrorista que só existe nas cabeças de “malucos paranóicos” como o escritor, filósofo e jornalista Olavo de Carvalho; do site Midia Sem Máscara, mais especificamente dos articulistas Heitor De Paola e Carlos Ilich Santos Azambuja e desta atrevida escriba que há anos vem batendo na mesma tecla do Foro de São Paulo e do perigo que se nos avizinhava com a ascenção do PT ao poder do nosso país. Fora deste círculo, jamais se viu aqui no Brasil qualquer denúncia ou referência a esta organização criminosa tal como ela é, nos jornais e na mídia em geral.


Comentários: G. Salgueiro

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