Por motivos alheios à minha vontade o Notalatina ficou sem atualização num momento crucial para a Venezuela, onde a brava oposição mostrou para quê existe e qual o seu papel na derrocada do castro-chavismo comunista instalado em sua pátria.
Os “opinólogos”, “achólogos” e “palpiteiros de plantão” brasileiros, donde se incluem jornalistas profissionais de toda a mídia, articulistas, “formadores de opinião” e políticos em geral, viram na retirada em massa das candidaturas dos partidos opositores, e no índice de abstenção dos eleitores um ato de covardia, uma atitude “infantilóide” mas, o que nenhum desses sábios se deu conta, ou procurou se informar, é que o número de abstenção, que beirou os 80%, foi uma espécie de termômetro para o delinqüente bananero Chávez, no que concerne às eleições presidenciais do ano que vem.
Durante o período que antecedeu o domingo 4 de dezembro Chávez anunciava contar com 10 milhões de votos, o que lhe daria a maioria na Assembléia Nacional mas pela vontade popular, legitima e democraticamente constituída. Ele ficou com 100% na AN mas com uma situação absolutamente instável, pois restou comprovado que apenas uns 20 e poucos por cento (algo em torno dos 2 milhões, apenas) votou, dentre os quais a maioria pertencente ao funcionalismo público que o fez obrigado e sob pressão, no mais puro e legítimo estilo cubano.
Como comprovou-se dias antes que as tais máquinas eletrônicas conhecidas como “caza huellas” (caça digitais) eram fraudulentas e que era possível saber exatamente em “quem” o eleitor votou, a oposição denunciou amplamente e retirou suas candidaturas, invocando o artigo 350 da Constituição. Com isso o CNE ficou desmoralizado perante a OEA, observadores da União Européia, observadores do próprio CNE e da população venezuelana que, desde o Referendo Revocatório de 2004 denunciava ter havido fraude, arquitetada pelo próprio governo.
É curioso notar a reação de Chávez aos relatórios apresentados pela OEA e outros órgãos que participaram como obeservadores deste último pleito e que confirmaram a legitimidade e transparência das eleições, inclusive ratificando o direito dos partidos se retirarem em bloco. Quando estas mesmas instituições estrangeiras deram seu aval positivo ao RR de agosto do ano passado, que permitiu que ele permanecesse no cargo até as próximas eleições, como houvera fraude a seu favor, Chávez apressou-se em berrar mundo afora que a oposição tinha que se render perante o relatório de tais autoridades, embora, naquela ocasião mesma, tenha sido provado inúmeras fraudes grosseiras (como pessoas já falecidas que votaram, outras com até 5 cédulas de identidade ou eleitorais, cubanos e colombianos com títulos de eleitor falsos, como se fossem venezuelanos além de, o mais grave, as manipulações das máquinas caza huellas).
Agora, como o resultado lhe foi desfavorável e sua mega-fraude foi desmascarada e denunciada, Hugo Chávez Frías entra em pânico e desqualifica estas mesmas instituições que antes ratificaram sua permanência por mais dois anos no poder.
Em novembro do ano passado, Chávez afirmou que “a abstenção seria uma gigantesca derrota política para nosso movimento” e, embora tente disfarçar seus medos denunciando “complôs” e “conspirações”, ele sabe que está perdendo terreno, ele sabe que as FAN já não estão incondicionalmente ao seu lado e, temendo um “golpe”, jamais dorme no mesmo lugar todas as noite. Em absoluto desespero, o bufão delinqüente chegou a vociferar: “ Povo traidor! Depois de tudo o que fiz por eles!”. E o G-2 cubano, onde estava, afinal???
Mas, parece que tais informações jamais chegam às nossas redações e se chegam, são jogadas no fundo das gavetas como manda o manual de desinformação jornalístico da esquerda mundial. Aliás, as notícias mais relevantes e que apontam para o fracasso deste ser abjeto não são divulgadas nos conhecidos jornalões brasileiros porque ao povo está proibido saber a verdade; sempre.
Fiquem com Deus, tenham um ótimo início de semana e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro
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