quinta-feira, 31 de outubro de 2002

O Notalaina faz hoje duas denúncias graves sobre Cuba. A primeira delas é em relação à Saúde, que o ditador faz questão de alardear ao mundo sua excelência e a segunda, revela uma face cruel, que é a exploração do trabalho infantil, em condições inumanas.



Isso é um alerta para as pessoas que ainda acreditam nas histórias contadas pelos adoradores da ilha do Dr. Castro, pois o que acontece de fato com os cubanos escravizados lá, jornal nenhum revela, petista nenhum admite, ou melhor, todos fazem questão de omitir e mentir, descaradamente. De fato, há muitas coisas boas na ilha, entretanto, seus habitantes e legítimos donos não têm o direito de usufruir de quase nada, posto serem alí, apenas escravos.



É notável perceber a gritaria e o esperneio de certas correntes políticas e de ONGs brasileiras, no tocante ao trabalho infantil tão veementemente condenado, entretanto, a ilha-cárcere faz isso e muito pior, porque é oficial e obrigatório para todos, e no entanto, ninguém se atreve a criticar ou denunciar. Devia haver um pouco mais de coerência...



HAVANA 30 de outubro – (Serviço Especial)



Os hospitais em que se atende a população civil carecem de medicamentos, instrumental cirúrgico e inclusive roupa limpa para as camas dos hospitalizados. Jornalistas independentes nos informaram de casos em que os familiares dos pacientes têm que levar lençol, travesseiros, balde para água e sabonete. Esse é o quadro geral em todos os hospitais da ilha, com exceção, é claro, dos hospitais que pertecem ao Turismo de Saúde para estrangeiros, em troca de dólares.



A Agricultura está em uma situação tal que, como informamos várias vezes, os hotéis têm que importar as frutas tropicais que os turistas pedem, da República Dominicana e os legumes frescos para as saladas, na República do México.



Todavia, o jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba informa hoje que acabam de assinar um acordo de colaboração com o Governo de Antigua e Barbuda, para a construção de um hospital, assim como para ajuda na agricultura.



Disse o Granma:



”Marta Lomas, ministra para o Investimento Estrangeiro e a Colaboração Econômica e Colin Murdoch, secretário permanente do Ministério de Relçaões Esteriores e embaixador de Antigua e Barbuda em Cuba, assinaram a ata com os acordos de cooperação estabelecidos durante a IV Sessão da Comissão Mista Intergovernamental.



Em breves declarações à imprensa, Lomas assinalou que durante dois dias se passou em revista todos os temas vinculados às áreas de colaboração, e se acordou o programa de trabalho para os próximos anos.



Continuaremos trabalhando nos temas de saúde, vinculado com a conclusão de um novo hospital em Antigua e Barbuda, e reativar a cooperação na área da agricultura.



Também referiu a Ministra que durante a reunião foram revisados os temas multilaterais e os acordos de CARICOM, os trabalhos do grupo ACP.



Nesse sentido, destacou o trabalho da brigada médica cubana em Barbuda. ‘É um trabalho importante e temos pedido uma extenção para que os médicos continuem sua labuta em nosso país’, enfatizou”



Fonte: www.lavozdecubalibre.com



GOVERNO OBRIGA MENORES DE IDADE A TRABALHAR



Não entregam roupa nem sapatos a menores que recolhem café em Holguín



HOLGUÍN, 29 de outubro (Juan Carlos Garcell, APLO – www.cubanet.org) – Mais de dois mil menores de idade que estudam nas escolas situadas nos municípios de Sagua de Tánamo, Frank País, Moa e Holguín, na província de mesmo nome, deverão trabalhar na safra cafeeira sem sapatos e roupa de trabalho. Desde setembro já há alunos que recolhem café como parte da chamada “escola de campo”, que obriga os estudantes a trabalhar entre 30 a 45 dias em diversas tarefas agrícolas. Durante esse tempo, os estudantes são colocados em albergues com precárias condições, longe de suas casas. Segundo testemunhos de alguns pais desses alunos, que pediram para não serem identificados, funcionários da Direção Municipal de Educação de Holguín reuniram-se com eles, nas diferentes escolas da região, para informar-lhes que não podiam fornecer aos menores nem roupa, nem sapatos, nem chapéu, nem outros meios necessários para desempenhar esse trabalho agrícola.



Além disso, os funcionários advertiram aos desgostosos pais que tampouco podiam providenciar os veículos para que visitem seus filhos e lhes levem alimentos para suplementar a escassa alimentação que recebem nos albergues, como tinham feito em anos anteriores, porque não têm combustível suficiente para isso.



Segundo os representantes do governo local, os estudantes são a força mais produtiva da safra cafeeira. Muitos dos pais assinalaram que seus filhos assistem as aulas com sapatos furados porque os baixos salários que eles recebem não lhes permitem comprar sapatos nas tendas dolarizadas, ou que vendem em pesos porém a preços muito altos. Todavia, nenhum pai se negou a mandar seu filho à “escola de campo” porque se o menor não participa dessa etapa de trabalhos agrícolas, não poderá ascender a estudos superiores.*



*Vale salientar aqui, que a maioria dessas crianças que são encaminhadas para essa “escola de campo” são filhos de opositores ao regime, e são mandadas como represália pelo comportamento “rebelde” de seus pais. Qualquer semelhança com campo de concentração, onde havia trabalhos forçados, não é mera coincidência, mas fonte de inspiração e concordância com o sistema. (Notalatina)



Esta informação foi transmitida por telefone, já que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano acesso privado à Internet.



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Fonte: www.cubanet.org



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