Acabou-se o mistério. Pelo menos o que dava como certo que Chávez havia morrido em Cuba hoje.
No início da tarde recebi de um amigo a seguinte nota: “Fontes confidenciais confirmaram a morte do presidente da República Bolivariana da Venezuela. A causa foi um AVC. Entretanto, não divulgaram a informação e se concentraram no caso de El Rodeo para evitar perguntas sobre onde está o presidente. É uma perfeita cortina de fumaça, enquanto se organiza como ficará o país através de uma tomada de posse violenta e sem consultas. Divulgue esta mensagem para poder obter a verdade”.
Então eu divulguei para meus contatos, sobretudo cubanos e venezuelanos para ver se alguém tinha informação concreta a respeito, sobretudo porque o próprio Fidel Castro teve sua morte noticiada centenas de vezes e continua vivo, infernizando o mundo. Então, no início da noite me chegaram algumas informações que nem afirmam nem desmentem, mas que parecem esclarecer o que, a meu ver, não passou de um equívoco. Se intencional ou não, não sei.
O venezuelano ilustre que morreu em Cuba foi o Controlador Geral da República, Clodosbaldo Russián (na foto), em decorrência de um AVC isquêmico ocorrido em 22 de abril passado. Em maio ele foi transferido para Havana e, apesar da “excelência” da medicina cubana, ele teve complicações renais que o levou ao óbito. Esta informação foi oficialmente divulgada e a encontrei em Noticia al Día.
De Chávez, entretanto, não se sabe nada concreto. Há muitos boatos e especulações, dentre eles que Chávez já voltou ao país e está escondido no 9º andar do Hospital Militar; que ele tem uma bactéria, foi operado e se recupera favoravelmente; que levou um tiro; que tem uma infecção muito forte; e que não tem nada mas apenas está escondido no Hospital Militar esperando a poeira sentar.
Mas há também informações - ou especulações - de que em decorrência de sua perda de popularidade, estão divulgando falsas notícias para que ele faça uma entrada “triunfal” para o desfile de 5 de julho, como um ressuscitado, um guerreiro sobrevivente e recuperar a popularidade perdida.
Bem, a verdade é que fatos muito graves ocorreram do fim de maio até agora, e Chávez estava em uma encruzilhada. Primeiro foram as críticas do governo americano em relação à petroleira venezuelana, PDVSA, que gerou protestos furibundos do governo e líderes do partido dominante, o PSUV. Depois, na sexta-feira 10 de junho, quando Chávez já estava em Cuba, ocorreu um apagão em decorrência de uma falha nos transformadores da subestação de El Tablazo (Zulia) deixando sem luz os estados Táchira, Mérida, Trujillo e partes de Barinas. Chávez, evidentemente, acusou a “oposição golpista” de estar por trás dessa falhas elétricas.
E, finalmente, no sábado 11, aconteceu uma grande rebelião na penitenciária “El Rodeo I”, estendendo-se depois para o complexo II, deixando um saldo de 21 mortos, segundo a versão oficial (que podem ser muitos mais). O impressionante deste fato foi não só o tiroteio por parte da Guarda Nacional mas a quantidade de armamentos pesados em poder dos detentos, dentre eles pistolas, sub-metralhadoras HK, UZI, granadas fragmentárias, escopetas de repetição, além de drogas, muitas drogas.
O advogado especialista em Direitos Humanos, Carlos Nieto, afirmou enfaticamente que as armas e drogas que entram livremente nas penitenciárias são introduzidas por funcionários do Ministério de Interior e Justiça e da Guarda Nacional (GN). Ele afirmou isso baseado em que todas pessoas que vão visitar seus parentes sofrem uma revista rigorosa e, convenhamos, como alguém pode “esconder” uma FAL, uma metralhadora - mesmo que desmontada - ou granada nas roupas íntimas, sem que se perceba na revista onde praticamente se fica despido? Nieto acusa ainda os excessos cometidos pela GN, inclusive contra os jornalistas que cobriam o evento, sendo confirmado pela jornalista Adriana Rivera, do jornal El Nacional, que relatou pelo Twitter: “Jamais havia escrito uma nota deitada no chão por medo dos disparos. O tiroteio em El Rodeo é impressionante. A Guarda Nacional Bolivariana tomou os bairros vizinhos”.
Segundo fontes oficiais, os mortos chegaram a 21 |
Bem, e nós sabemos que quem manda nos quartéis, nas penitenciárias e em toda a vida nacional venezuelana são os cubanos e as FARC. Então, nada mais providencial do que armar os detentos - que não têm nada a preder - e criar um tumulto de grandes proporções como esses de El Rodeo I e II, para distrair a população sobre os fracassos de seu ditador, enquanto ele recicla os planos com seus amos Castro. Por ora, não creio que este tirano psicopata e grosseirão tenha morrido mas, quando isto ocorrer, o Notalatina dará a notícia com pompa e circunstância. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários e traduções: G. Salgueiro
3 comentários:
Todas as considerações estão corretas.
Ele não está morto, porque são dias demais para que se tenha escondido tanto.
Quem nos dera se morto esta praga estivesse.
Ele e a meia dúzia de celerados analfabetos de pai e mãe.
Que dera fosse o pilantra do Chávez! Mas o que é dele está guardado; neste e no outro mundo...
José Lorêdo de Souza Filho
Esse imbecil do Chavez não fará falta nenhuma ao mundo se estiver morto. Que vá logo para o inferno e dê a mão para Fidel levando-o junto. As Américas não precisam de crápulas como eles para ficar nos incomodando.
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