terça-feira, 11 de maio de 2010

General venezuelano mostra que ainda há homens que honram a farda e o juramento que fizeram!

O Notalatina hoje volta a falar na situação gravíssima que atravessa a Venezuela e seu processo já descarado de cubanização, apresentando comentários acerca do que disse o ditador Raúl Castro quando esteve em meados de abril naquele país e, associado a isto, um vídeo apresentado no programa “Maria Elvira Live” em que aparecem Chávez e Castro, quando este declara já não ver mais diferenças entre Cuba e Venezuela.

Em seguida a isto, traduzo o pronunciamento de um general venezuelano que está sendo julgado por ter-se recusado a gritar “Pátria, Socialismo ou morte. Venceremos!” e fazer duras críticas à invasão de cubanos nas Forças Armadas e a este chavão guevariano. A respeito das denúncias dele, encerro esta edição com um vídeo que mostra o treinamento das milícias chavistas por agentes cubanos.

Segundo informou o jornal “El Nuevo Herald” de Miami, Raúl Castro afirmou que “Cuba e Venezuela a cada dia são mais a mesma coisa”. Quer dizer, ele confirma o que os venezuelanos têm sentido na carne com a invasão de milhares de agentes cubanos em sua pátria, em todos os setores da vida civil e militar, além das “expropriações” – que antes eram restritas aos grandes empresários e agora é a qualquer comerciante pequeno -, a falta de alimentos e remédios, a violência e absoluta falta de segurança, o lixo e a miséria se acumulando nas ruas e finalmente, a falta de água e energia num país que se gaba de ser o quinto maior produtor de petróleo do mundo.

Neste pronunciamento, diz o ditador hereditário: “Vou embora muito satisfeito porque se consolidam e avançam as relações com nossos irmãos venezuelanos. A cada dia somos mais a mesma coisa”, disse em sua despedida de Caracas, quando esteve presente às comemorações do Bicentenário, onde houve um desfile militar duramente criticado, uma vez que desfilaram tropas cubanas, russas e coreanas que NADA têm a ver com uma data comemorativa à independência da Venezuela do jugo espanhol.

Chávez havia estado no princípio do mês em Havana confabulando com os irmãos Castro a respeito de convênios da ALBA e disse, na saída de Raúl, que ficou em Caracas alguns dias, que ele foi cumprir “uma visita de trabalho, uma visita oficial, para continuar alimentando e conformando a unidade”. Para quem ainda lembra da carta de Fidel a Chávez, que o Notalatina publicou com exclusividade e depois foi fartamente fraudada e distribuída pela rede, precisa dizer mais?

Bem, vejam agora nos primeiros 20 segundos desse vídeo que trata da repressão em Cuba, numa série intitulada feito pela jornalista cubana residente em Miami, Maria Elvira, em seu programa que foi ao ar no dia 21 de abril. Ali vocês podem ver o ditador Raúl dizendo essas palavras que citei acima.



(Los rostros de la represión – 2ª Parte – “Maria Elvira Live)

Agora leiam quanta dignidade e honradez deste militar, o Senhor General Ángel Omar Vivas Perdomo, perante o Tribunal Militar, que lhe abriu um processo acusando-o dos “delitos militares” como insubordinação, desobediência e falta de decoro, por se opor ao lema cubano-guevarista “Pátria, Socialismo ou Morte. Venceremos!”, imposto por Chávez às Forças Armadas. Sua defesa – ou acusação aos verdadeiros traidores da Pátria – ocorreu no último 28 de abril.

“Bom-dia cidadão juiz e membros do Tribunal.

Entendendo que a causa de minha presença neste tribunal, nesta audiência e neste dia, é minha posição de rechaço e minhas ações por via legal contra o lema estrangeiro “Pátria, Socialismo ou Morte. Venceremos” imposto à Força Armada Nacional Venezuelana, em violação à nossa Constituição e demais leis e regulamentos militares vigentes até a presente data.

E considerando que a acusação da qual estou sendo objeto é conseqüência direta disso;

E considerando e, melhor, lembrando, que na tarde da sexta-feira 7 de julho de 1978, na Coberta Principal da Escola Naval da Venezuela, quando me graduei como oficial do Exército, eu fiz um juramento, junto com meus companheiros do Exército, da Armada, da Aviação e da Guarda nacional, de ‘Defender a Pátria e Suas Instituições até perder a vida” [1];

E considerando que ‘o mais santo’ dos deveres militares é o ‘amor à Pátria e o respeito e admiração constantes aos seus libertadores’ e a ninguém mais.

Eu, Ángel Omar Vivas Perdomo, General da República da Venezuela ACUSO:

Acuso aqueles que, desde o poder e pela via de fato o IMPUSERAM; e àqueles que portando sobre seus ombros as mais altas hierarquias da instituição armada e ocupando as mais altas posições de comando, PERMITIRAM que esse lema estrangeiro, cubano, ‘Pátria, Socialismo ou Morte. Venceremos’ penetrasse na Força Armada Nacional, vendo-se nossos oficiais e soldados obrigados a usá-lo, humilhando-se desta forma os estandartes de guerra de nossas unidades, desonrando seus símbolos e lemas, dos quais, muitos deles datam desde nossa guerra de independência, têm o sangue de nossos libertadores e estão carregados de honra e glória militar venezuelana, e que são muitos deles mais antigos do que a República de Cuba mesma, onde este lema, sinônimo de opressão e morte em sua própria terra, foi criado em 5 de março de 1960 pelo ditador Fidel Castro.

Acuso os que me acusam, àqueles que devendo estar do meu lado, defendendo o que estou defendendo hoje, que não é outra coisa que a Constituição, a Instituição e nossos valores pátrios mais sagrados sobre os quais foi fundada nossa nacionalidade, cumprindo o juramento que fizemos todos, inclusive os que nos encontramos nesta audiência vestindo o uniforme militar venezuelano, agora ameaçam a minha liberdade com a intenção de me dobrar. Não conseguirão! Poderão colocar-me preso, poderão me assassinar, em todo caso, terão só o corpo do General Vivas, porém ninguém terá o General Vivas, ninguém conseguirá que este soldado se renda ante interesses estrangeiros ou ante aquelas pessoas que estão entregando a Pátria e rendendo suas armas a esses interesses estrangeiros.

Eu os acuso a todos de traição, os acuso de trair o juramento que fizemos ante Deus e na presença da Bandeira. Espero que algum dia, não muito longe, a Pátria os julgue, como claramente reza o juramento.

Permitam-me finalizar minhas palavras com o lema com o qual nasceu a Venezuela:

MORRA A TIRANIA! VIVA A LIBERDADE! – Generalíssimo Francisco de Miranda, em 2 de fevereiro de 1806.

Muito obrigado cidadão juiz, cidadãos membros do Tribunal e a todos os presentes".

[1] Nessa graduação o acompanhavam os Almirantes revolucionários hoje na reserva: Del Rosario García, Cemeco López, Pérez Montero, Yánez Villegas, Camacho Liendo, Angulo Bustillos, Casañas Arroyo, Moreno Barrera e Pérez Hernández. Será que não prestaram atenção ao que juraram?

Segue o vídeo em que mostra os cubanos treinando as milícias pretorianas de Chávez, que já conta com o expressivo número de mais de 100.000 zumbis, de todas as idades e seguimentos da sociedade, armados até os dentes e dispostos a defender a “revolução bolivariana” cegamente. Observem as palavras de Chávez, completamente ensandecido, louco, rouco e despejando ódio por todos os poros quando diz: “Tomar todo o poder da Venezuela! Absolutamente tudo! Varrer a burguesia de todos os espaços políticos e econômicos!”. Bem, se isto não é também uma ameaça nem tão velada de morte a quem se opõe a ele, não sei o que pode ser. Fiquem com Deus e até a próxima!




(Cuba podería estar entrenando a las Milicias Bolivarianas de Hugo Chávez)

Comentários e traduções: G. Salgueiro

Um comentário:

Arlindo Montenegro disse...

Que informação dolorosa. Minha mente presunçosa, está tomada por uma frase que a humanidade parece não ter ouvido no passado, nem toma conhecimento agora: "Minha alma está triste até a morte".