quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Na última edição do Notalatina eu denunciei o misterioso desaparecimento do Coronel Silvino Bustillos, suspeito de ter sido seqüestrado logo após ter votado no domingo 31 de outubro em Caracas. Houve rumores e muita especulação em torno do caso, tendo sido inclusive divulgado extra-oficialmente que ele sofrera torturas e, em decorrência disso, havia falecido.



Hoje eu tive notícias de que ele encontra-se vivo e que estava na cidade de Valencia, muito embora ainda não tenha falado com ninguém ou mesmo tenha sido visto até o momento. Graças a Deus se for verdade mas, a “quem” interessaria este tipo de “brincadeira”? Terá sido uma trampa armada pelo Regime chavista para pôr em descrédito a já fragilizada oposição? Quem plantou a notícia de que o coronel Bustillos havia sido torturado até a morte e que os seqüestradores não sabiam o que fazer com o corpo? São muitas as interrogações, ainda sem resposta, mas não posso crer que pessoas sérias como Alejandro Peña Esclusa e outras tantas de valor do Bloco Democrático se prestassem à conivência de uma farsa grotesca como essa... Só me resta aguardar novas informações.



E nos informes de hoje o assunto fica todo por conta da Ilha-Cárcere e os frutos de sua “maravilhosa” Revolução Permanente. A primeira conta o calvário de um sindicalista preso na “Primavera Negra”, sendo torturado física e psicologicamente desde março do ano passado, quando foi encarcerado e sentenciado há desumanos 20 anos de privação da liberdade.



A segunda nota é sobre um grupo de balseros sobreviventes de mais uma aventura no mar dos tubarões e que, graças à generosidade de um barco pesqueiro hondurenho, que os salvou de um provável naufrágio, encontram-se em Honduras onde pediram asilo político. Não canso de expôr para os que tecem loas àquele maldito carrasco e seu desumano regime que, se aquilo lá fosse realmente a mais feliz e saudável forma de vida, não havia tanta gente se arriscando desse modo estúpido; simplesmente juntava alguns trocados, tomava um avião ou navio e ia procurar ser feliz onde bem lhe desse na telha.



E, finalmente, a notícia mais “curiosa”, apesar de dramátiaca, diz respeito a mais uma das falácias dessa maldita revolução: o sistema de saúde cubano. O tema tratado é sobre o avanço alarmante dos soropositivos para o HIV, que teve seus primeiros casos (pasmem!) com o regresso dos guerrilheiros que foram lutar em Angola. Além de virem muitos mutilados de uma guerra estúpida e completamente desprovida de sentido e razão, ainda trouxeram a AIDS para disseminar na ilha.



Bem, por hoje é só. Fiquem com Deus e até a próxima!



SINDICALISTA INDEPENDENTE CONDENADO, CONFINADO COM RÉUS COMUNS



HAVANA, CUBA – Depois de mais de 60 dias em cela de castigo na prisão Kilo 8 da província de Pinar del Río, o sindicalista independente Nelson Moline Espino, condenado a 20 anos de privação de liberdade, foi transferido a um destacamento com presos comuns do cárcere Kilo 5 ½ na mesma província, informaram parentes do dissidente.



“Porque não se submete às ordens dos militares e porque além disso não se alimenta com a comida da prisão, o tiveram mais de 60 dias em cela de castigo e agora, embora não esteja em solitária, o devolvem com presos comuns, apesar de ser um preso político e de consciência, reconhecido pela Anistia Internacional”, disse à Lux-Info-Press, Kirenia Guerra Lugo, a esposa do sindicalista.



“Quando a Segurança do Estado o prendeu em março de 2003, meu esposo pesava 90 k. e agora apenas ultrapassa os 58 k. e meio, depois que o tiraram da cela de castigo na prisão Kilo 8”, afirmou. “Ele estava muito magro e pálido. Se continuar baixando o peso, não sei o que vai acontecer com ele”, acrescentou.



Detido em 20 de março de 2003 e condenado a 20 anos de prisão em julgamento sumaríssimo em abril do mesmo ano, junto a 74 opositores, dissidentes e jornalistas independentes, o Presidente da Confederação dos Trabalhadores Democráticos de Cuba (CTDC) Nelson Moline Espino de 40 anos de idade, foi vítima de roubo de suas propriedades no cárcere, agressões físicas e de ameaças de morte por parte dos presos comuns, durante o tempo detido nos cárceres do regime de Fidel Castro.



Por sua atitude contestatária na prisão foi internado em cela de castigo por mais de 60 dias, sem levar em conta sua categoria penitenciária – que o governo cubano não reconhece - e seu estado de saúde, apesar dos chamados e das advertências de sua família. Apesar dos pedidos de liberdade, de dezenas de organizações internacionais de direitos humanos e dos direitos e interesses dos trabalhadores do mundo, a administração da chamada “Ilha Comunista” mantém encarcerados e condenados a sete Sindicalistas Independentes, junto a mais de trezentos presos políticos e de consciência nas prisões de Cuba. Do total dos sancionados, só a um - Carmelo Días Fernández - lhe concederam a Liberdade Extra Penal por motivos de saúde, que se encontra sob o amparo de sua família.



Correspondentes e colaboradores na ilha da Agência Cubana Independente de Informação e Imprensa Lux-Info-Press, chamam a atenção sobre estes fatos à opnião pública internacional e exortam às instituições e personalidades de boa vontade do mundo, para que intervenham ante o governo da Ilha, a favor dos sindicalistas presos em Cuba.



Reportou de Havana para Puente Informativo Cuba Miami e Net For Cuba Internacional, Gilberto Figueredo Álvarez, correspondente da Agência Cubana Independente de Informação e Imprensa Lux-Info-Press.



Fonte: http://www.puenteinfocubamiami.org/cuba_ultimas2004.htm

NetforCuba Internacional - www.netforcuba.org



CHEGAM A HONDURAS 11 BALSEROS CUBANOS



Com lágrimas nos olhos e cheios de emoção, um grupo de 11 balseros cubanos, entre eles uma mulher, foram resgatados por um barco pesqueiro em frente às costas do município Limón, após sua embarcação ter naufragado em alto mar.



A terrível odisséia que viveram os indocumentados cubanos durante quase duas semanas, em alto mar, converteu-se em alegria ao saber que estavam em território hondurenho. Os náufragos foram resgatados na terça-feira às 10:30 da noite, por um barco pesqueiro capitaneado por Elvin Lobo, que rapidamente os transladou ao município de Limón, onde os moradores e autoridades lhe oefereceram atenção. Na madrugada foram levados às instalações da Polícia Preventiva de Trujillo, onde se lhes deu alojamento e alimentação, e pela manhã foram apresentados ao Departamento Regional de Migração



CAMAGÜEY ESTÁ FICANDO SÓ - O grupo de balseros saiu em 21 de outubro da província de Santa Cruz do Sul de Camagüey, a bordo de uma embarcação construída por eles mesmos com madeira “calafetada” com massa e pintura. A rota era a mesma que utilizam centenas de seus compatriotas: primeiro o Gran Cayman e em seguida Honduras. “Em Cuba fala-se muito deste país, por sua amabilidade e damos graças a Deus por dar-nos a oportunidade de haver chegado; aqui há pessoas lindas pudemos comprovar”, disse muito agradecido um dos balseros



ODISSÉIA - A umas 27 milhas náuticas do porto de saída, o motor da embarcação danificou-se, costuraram uns sacos para fazer uma vela e continuaram sua viagem. “As ondas eram tão fortes que avariou o motor, o combustível e as baterias; só ficamos com um pouco de alimento e água”, disse Ernesto López Ávila, capitão da expedição. Após 11 dias de angústia, o sinal de radio-emissoras hondurenhas lhes deu uma esperança: “nos demos conta de que estávamos no território de Honduras”, disse o carpinteiro Virgilio Cruz.



PROFISSIONAIS - Dentro do grupo chegaram quatro médicos, que estiveram cuidando da saúde do resto dos ocupantes da embarcação. Embora sua especialidade seja anestesiologia, cuidaram de tudo, especialmente para evitar a desidratação. “Nosso país é diferente do de vocês; prefiro mil vezes morrer aqui que regressar a Cuba. Imploramos às autoridades que nos dêem asilo político”, disse o doutor Héctor Naranjo.



O encarregado do Departamento de Migração, Benjamim Rivera, expressou que seria concedido aos balseros um visto de permissão de 30 dias: “poderão fazer o que quiserem, podem ir a qualquer parte do país sem nenhum problema”, explicou.



Fonte: lavozdecubalibre.com



AUMENTA A CIFRA DE CONTAGIADOS COM O HIV



Por Rafael Ferro Salas



PINAR DEL RIO – Em declarações ao periódico GUERRILLERO (semanário oficialista local) o doutor Niel Acosta (chefe do programa de Prevenção e Controle das Enfermidades de Transmissão Sexual), assinalou que aumentaram para 15 os casos de soropositivos no fechamento do mês de outubro. Esta cifra aumenta em nove os casos, em comparação com a mesma data do ano passado.



O doutor Acosta assinalou, além disso, que onze dos contagiados são homens que declararam ter relações com indivíduos do mesmo sexo, uma cifra que se reflete em aumento na província em relação ao resto do país.



O primeiro caso de HIV foi detectado nesta província, em meados do ano de mil novecentos e oitenta, depois do regresso das tropas cubanas de Angola, e atualmente há diagnosticados um total de 255 contagiados. O doutor Acosta declarou que desde que foi detectado o primeiro caso de HIV na província, há um total de 112 falecidos até a data atual e deles, 80% é do sexo masculino.



Nos arredores desta cidade está localizado o sanatório onde são obrigados a recolher-se os pacientes vítimas desta penosa enfermidade, porém muitos escapam de tal centro hospitalar, em conseqüência dos maus tratos e condições médico-sanitárias do lugar.



NOTA:Estatísticas obtidas do jornal governamental GUERRILLERO, em edição de 05 de novembro de 2004.



Fonte: lavozdecubalibre.com



Traduções: G. Salgueiro



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