terça-feira, 31 de dezembro de 2002

Desde o começo deste ano venho recebendo informes da Venezuela, muitos dos quais falavam de planos terroristas articulados entre Chávez e seu mentor Fidel Castro, inclusive sobre o Eixo do Mal, que envolvia além desses dois personagens, o Sr. Lula da Silva, denunciado posteriormente pelo Dr. Constantine Menges e que foi violentamente atacado aqui no Brasil por toda a imprensa e censurado pelo então candidato Lula, durante o período de campanha. As supostas “difamações” do Dr. Menges confirmam-se agora, com o apoio que o presidente brasileiro vem dando, escancaradamente, ao presidente Chávez.



Diante da atual situação crítica que atravessa esse país, mais e mais suspeitas foram levantadas acerca do envolvimento de cubanos na ofensiva contra os opositores de Chávez. Hoje recebemos um informe, segundo consta no artigo, que agentes da Inteligência venezuelana confirmam e denunciam a presença de agentes secretos e guerrilheiros cubanos na Venezuela, aguardando ordens para agir. O Notalatina publica o artigo tal e qual foi recebido. Se ele é verdadeiro ou não, só o tempo poderá dizer, embora tudo o que está escrito seja bastante convincente .



Ainda nessa edição de hoje publicamos uma análise do Gen. Enrique Medina Gómez que foi adido militar em Washington, numa entrevista exclusiva ao jornal El Nuevo Herald.



A DIREÇÃO GERAL DE INTELIGÊNCIA CUBANA OPERA EM VÁRIAS DAS SEÇÕES DE CONTRA-TERRORISMO E ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA DA DISIP DA VENEZUELA



”Fontes da inteligência informam que experientes guerrilheiros urbanos já foram incorporados às forças dos Círculos Bolivarianos, centenas dos quais têm recebido treinamento em Cuba e na Líbia como “ativistas sociais”. Forças Especiais de Choque, chamadas Tupamaros e Carapaica encontram-se secretamente aquarteladas em casas de segurança em Caracas”



Por Martin Arostegui



De Caracas, VENEZUELA

Insight Magazine



Grupos de Operações Especiais da Direção Geral de Inteligência de Cuba (DGI) encontram-se já posicionados no Porto de La Guaira, de acordo com fontes da armada venezuelana, os quais informam que agentes secretos cubanos utilizam a escola da marinha mercante na localidade.



Segundo fontes consultadas por La Nueva Cuba, o ditador não estaria doente, mas em seu “bunker”, dedicado por inteiro e obsessivamente a dirigir ”A Batalha da Venezuela”.



As fontes reportam que parte de sua missão poderia consistir em estudar a frota mercante de navios petroleiros venezuelanos, como parte da elaboração de um plano de contingência para se preparar para passar o controle de algumas das naus para mãos de um oficial de inteligência venezuelano, treinado nos Estados Unidos. Uma unidade especial de assalto cubana já se deslocou e ocupa os segundo e terceiro andares do Hotel Sheraton em La Guaira, os quais também poderiam tomar parte nos planos para romper a greve e impor uma ditadura terrorista. Durante as semanas anteriores, Chávez deu passos concretos para controlar o Estado Maior do Exército venezuelano, com seus acólitos mais próximos. O General Luis García Carneiro, que se encontrava à frente da Terceira Divisão de Infantaria, com sede em Caracas, e que dirigira a operação de intervenção da polícia metropolitana, converteu-se, de fato, no chefe efetivo do Exército. Possivelmente milhares de terroristas de origem árabe, assim como membros das forças armadas da narco-guerrilha colombiana encontram-se dentro do território venezuelano, sob a proteção da DISIP, a qual já se encontra sob o controle da Direção Geral de Inteligência (DGI) de Cuba, de acordo com informações fornecidas por membros da Inteligência venezuelana.



Diplomatas europeus em Caracas confirmaram que os cubanos estão operando nas seções chave de Contra-terrorismo e Análise de Inteligência da DISIP da Venezuela. De acordo com várias fontes, entre 300 e 400 assessores militares cubanos, coordenados pelo Adido Militar de Havana na Venezuela, o capitão de navio da Sergio Cardona, também têm a seu cargo a direção das forças de elite da Guarda Presidencial e do mais estreito círculo de guarda-costas de Chávez, alguns dos quais não podem sequer, cantar uma palavra do hino nacional da Venezuela.



Fonte: La Voz de Cuba Libre – www.lavozdecubalibre.com



PERIGO DE GUERRA CIVIL NA VENEZUELA



Rui Ferreira – El Nuevo Herald – Caracas



Um general do Exército venezuelano, dissidente do governo do presidente Hugo Chávez, advertiu ontem que vislumbra seriamente a possibilidade de uma guerra civil ante o crescente e aparentemente irreversível processo de radicalização da crise socio-política. “Há três meses não tinha sentido rascunhar dentro de nossos cenários o d guerra civil, porém neste momento sim, há que considerá-lo”, assegurou o Gen. de Divisão Enrique Medina Gómez, ex-adido militar em Washington, em uma entrevista exclusiva com o El Nuevo Herald.



Segundo o alto oficial, que foi demitido de suas funções após a fracassada tentativa de golpe de estado em 11 de abril passado, um desfecho fratricida entre venezuelanos é possível porque em seu país nestes dias estão presentes ”todas as variáveis que concorrem para um estouro de violência tipo guerra civil”.



Medina Gómez explicou que o processo de radicalização está ocorrendo em ambas as partes, porque trata-se de um “jogo de soma zero”, onde tudo se resume a “ganhar ou perder”, sem “meios termos”. ”O governo rdicaliza sua posição para impor sua vontade, porém a oposição está radicalizando a sua para tratar de sair deste governo e evitar que este lhe imponha sua vontade, que para a oposição significa o estabelecimento de um regime de terror, de uma ditadura ao melhor estilo castro-comunista”, disse o alto oficial. Medina Gómez juntou-se aos oficiais rebeldes que ocuparam há 64 dias a central Praça França, no bairro de Altamira, em demanda da renúncia do mandatário.



Em sua opinião, ”a oposição, que já é a grande maioria, está lutando contra algo que é um princípio, e para recuperar um regime de liberdade e democracia”, em um país onde o mandatário ”seqüestrou o poder judiciário, os tribunais deixaram de ser independentes e a separação de poderes um chiste”.



Para conseguí-lo, acrescentou, Chávez também radicalizou seu discurso, e assim ”não há pontos de encontro para conseguir uma saída para a crise política. Na medida em que avança o tempo, com a situação da parada que há, a falta de abastecimento de gasolina e de comestíveis, vamos avançando nesta espiral de violência e então podemos cair no caos”. E mais, ”vamos direto ao caos e à violência. Se não conseguirmos uma saída política, dentro da margem de manobra que ainda existe, se imporá o caos”.



O general, que encontra-se na ativa por um amparo judicial, em que pese a tentativa presidencial de passá-lo para a reserva, afirmou que Chávez ao tratar de impor sua polêmica revolução bolivariana, dividiu a população e pôs a lutar uns contra os outros.



”Um aspecto muito importante que define a radicalização da sociedade é o discurso e as atuações do presidente. Desde o início de seu mandato ele tomou como estilo de fazer política, a confrontação. O Presidente gerou através de suas atuações uma confrontação permanente. O presidente não é um facilitador nem um conciliador; é um confrontador”, disse.



Segundo explica, a todo sinal de dissidência interna Chávez respondeu com o enfrentamento e um exemplo prático deles é a formação de associações “bolivarianas” de governadores ou de municípios, onde congregou mandatários regionais e locais partidários seus, e assim desativou toda a capacidade de enfrentar o governo central.



”Isto não se manifestou somente dentro das Forças Armadas, mas em todas as organizações sociais. No movimento trabalhador, os sindicatos que de alguma maneira expressaram que não eram anti-chavistas, porém expressaram posições contrárias às propostas do governo, o presidente as enfrentou criando organizações de sindicatos de trabalhadores que respondiam aos interesses do governo. Fez o mesmo nas universidades, nos colégios e nas Forças Armadas”, disse.



Assim mesmo enfatiza que “quando os dividem, então já não há meios de cheguem a um acordo e vão estar enfrentados e esse enfrentamento vai-se refletindo de maneira progressiva e, com o tempo, chega até às famílias.



A aparente impunidade com que o mandatário tem podido controlar em certa medida a sociedade, deve-se também, admitiu Medina Gómez, ao fato de que Chávez tem sido exitoso ao controlar o Exército em favor de seu projeto político.



”Do contrário, as Forças Armadas não estariam sendo co-responsáveis pela debacle que há neste momento no país. [Chávez] conforma um grupo duro de pessoas que evidentemente não compartilha dos princípios da profissão militar, mas que está compartilhando princípios revolucionários de adesão a um regime e com uma fidelidade a uma pessoa”, disse.



Fonte: El Nuevo Herald



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