sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Na reta final, Capriles na cabeça!

Faltando apenas dois dias para as eleições na Venezuela, onde a esperança de terminar com o período de 14 anos de ditadura castro-comunista é crescente entre a população, o Notalatina, que há 10 anos vem denunciando os crimes cometidos por Chávez, não poderia se furtar a trazer mais informações que não são divulgadas pela mídia, nacional e internacional, sempre rendidas aos ditames da esquerda.

Leio em vários jornais da América Latina (porque há anos não leio nada publicado pela imprensa brasileira sobre os países vizinhos, uma vez que mentem, omitem e torcem os fatos) que há um “empate técnico” entre Chávez e Capriles, que no encerramento de campanha havia “um mar de gente a favor de Chávez” mas, como eles sabem que mentem em prol do bolivariano e não mostram nem fotos nem outra prova disso, com muito gosto provo que a mentira tem as pernas bem curtinhas.

Assistam abaixo a um vídeo do último comício de Chávez, onde o canal Globovisión, que fez a cobertura e esta gravação, afirma que Chávez não encheu “nem a metade da Avenida Bolívar”. Por outro lado, a foto do último comício de Capriles que ilustra essa edição, mostra a multidão que o apóia e essa foto tem uma história. Ela foi tirada de um apartamento do Hotel Alba, pela equipe de fotógrafos da Escola de Fotografia Roberto Mata, coordenada por Rodrigo Diamandi, de Liderazgo y Visión, e fotografada por Andrew Cavaleri, Lina Sabbagh, Kathiana Cardona e Hernán Yánez, em resposta à proibição de se tomar fotos aéreas, certamente para não expor o mico-mandante ao vexame de sua meia-dúzia de gatos pingados contra a multidão de Capriles. 

Foto tirada desde o Hotel Alba, pela equipe Andrew Cavaleri, Lina Sabbagh, Kathiana Cardona e Hernán Yánez

Pois bem, essa equipe ousada alugou um apartamento do hotel que pudesse dar uma visão bem ampla da Avenida Bolívar. A gerência do hotel desconfiou, invadiu o quarto e revistou tudo, chegando a pedir que os hóspedes deixassem o hotel. Eles negociaram com o gerente e, escondendo os equipamentos, puderam tirar essa foto histórica. A foto e o vídeo não mentem!
  

A respeito dessas eleições, as notícias veiculadas são gravíssimas pois, como era de se esperar - e ocorre em todas as eleições na Venezuela -, os seguidores de Chávez já informaram que vão “mandar chumbo” se a oposição “não aceitar a vitória de Chávez”. As pesquisas de opinião dão como certa a vitória de Capriles por mais de 7 pontos de vantagem, daí que temo que depois que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciar a derrota de Chávez, suas milícias vão atacar com fúria e muito sangue vai correr. E isto não é especulação da minha parte, mas afirmações feitas pelo chefe dos “Tupamaros”, Alberto “Chino” Carías, em entrevista ao periódico ABC da Espanha. Traduzo parte dessa entrevista para que vocês possam conhecer o que disse este delinqüente que já tem em sua ficha policial mais de 10 assassinatos, todos impunes, acobertados por Chávez.

“O presidente Hugo Chávez disse que reconhecerá os resultados? 

Exatamente, porque Chávez ganhará. Porém, se a oposição desconhece isso e chama as guarimbas a partir das 16:00 horas, vamos enfrentá-las. (Observação minha: na matéria ele afirma que a Guarimba são “focos de violência” mas é exatamente o contrário: é uma resistência pacífica em que as pessoas se concentram nas ruas fechando passagens, SEM O USO DE QUALQUER TIPO DE ARMA OU VIOLÊNCIA).

Como farão? 

Com chumbo. Será um formigueiro. Estamos preparados e bem armados. Vamos em moto, carro ou a pé. E se vemos agitação na rua, colocamos o capuz e tiramos as armas.

O que vocês vão fazer se a autoridade eleitoral declarar Capriles ganhador? 

Passamos à resistência ativa. Ativaremos todas as células para denunciar a extrema direita. Um governo de Capriles teria o povo agitado e mobilizado. Isso Chávez nos ensinou.

Qual é o seu vínculo com o terrorista venezuelano “Carlos” Ilich Ramírez “o Chacal”, preso na França?

Temos contato telefônico.

E seus vínculos com o ETA?

Somos aliados políticos do ETA e das FARC, mas não vou dar mais detalhes pelo mal antecedente que tivemos com o espanhol “El Palestino”, que se infiltrou em nossa organização e gravou nossas atividades com câmera escondida sem dizer que era um jornalista. (Obs. O jornalista espanhol que usa o cognome “Antonio Salas” infiltrou-se não só entre os “Tupamaros” mas também com os “Carapaica” e fez-se amigo de Carlos “o Chacal”, para escrever seu magnífico livro “O Palestino”).

Quem lhes financia”? 

Isso é um segredo militar.

Quantos membros têm os “Tupamaros”?

É um segredo militar. Temos células em toda a Venezuela.

Como você se define? 

Como um guerrilheiro marxista-leninista. Somos vigilantes revolucionários armados. Se houver alguma tentativa de golpe os tiraremos a fogo e chumbo, como o fizemos em abril de 2002”.

Bem, aí estão as declarações de “Chino” Carías e a confissão daquilo que a Venezuela inteira sabe: que foram os sicários de Chávez que promoveram a chacina de Puente Llaguno e da praça Francia de Altamira, que resultou em uma centena de feridos e alguns mortos. Por este crime do qual ninguém esquece, estão apodrecendo na cadeia os que tentaram impedir a barbárie: os delegados de Polícia Vivas, Forero e Simonovis.

Esta edição traz outro fato que não se comenta em nenhum lugar no Brasil, e que revela mais um pouco das atitudes de Chávez quando alguém começa a servir de estorvo a seus planos, embora tenha sido durante anos nada mais que seu capacho. É verdade que o defunto não merecia esse fim, pois sou totalmente contrária a qualquer tipo de tortura e morte como forma de vingança ou queima de arquivo, mas essa é a única maneira que Chávez e seus mentores cubanos conhecem para “eliminar da foto” alguém que pode pôr seus planos em perigo. O fato aconteceu no sábado 09 de setembro e foi cuidadosamente abafado, alegando-se que a vítima “caiu do teto” do Fuerte Tiuna, onde funciona o Ministério da Defesa e servia de residência ao Sargento da Guarda Nacional Antonio José Canchica. Leiam a tradução dessa história macabra, que só teve uma repercussão rasteira na Argentina, pois diz respeito àquela maleta com 800 mil dólares que Chávez deu à Cristina Kirchner para compra de votos de sua re-eleição.

Assassinado o Sargento Técnico de 1ª (GN) Antonio José Canchica

Carlos Arosemena

Antonini e Canchica em Miami

“No sábado passado (09.09), às três horas da manhã, foi assassinado o Sargento Técnico de Primeira (GN) Antonio José Canchica no Fuerte Tiuna. O sargento era Diretor do gabinete do atual Ministro da Defesa, General-em-Chefe (Ex) Henry de Jesús Rangel Silva. Canchica era um expert em inteligência e agente de confiança do ministro Rangel que, quando era Diretor da DISIP (polícia política chavista), o enviou a Miami para tratar de negociar com Antonini Wilson a famosa maleta para a campanha presidencial argentina, capturado por agentes da aduana de Buenos Aires com 800.000 dólares, ilegalmente enviados pelo Presidente Chávez para a campanha eleitoral de Néstor Kirchner e sua mulher Cristina.

Informam-nos que Canchica foi torturado e jogado desde o 4º andar, edifício 8-1 em Fuerte Tiuna. A razão: medo de que ele falasse antes do iminente final do regime castro-comunista na Venezuela. Aparentemente, Canchica sabia muito e clamava que, enquanto seus chefes estavam todos gordos, ricos e poderosos, ele havia arriscado o couro durante as ações dignas de filmes de espionagem, quando escapou em uma lancha rápida desde Miami para não ser capturado pelo FBI e a CIA que estavam em seus calcanhares, e foi recolhido em águas internacionais por uma lancha do G2 cubano e conduzido até a Embaixada venezuelana em Havana.

Canchica, o espião venezuelano em missão oficial com poder para negociar o silêncio de um delito cometido em quatro nações, o James Bond dessa trama, não tinha nem um bolívar para garantir seu futuro. O pobre agente de inteligência tinha que se conformar em viver em uma residência da guarnição alugada no Fuerte Tiuna e com o tanto que sabia sobre as andanças dos narco-generais, considerava que deveria receber sua parte do botim ou se veria obrigado a falar. Mantiveram Canchica por um longo tempo na Embaixada da Venezuela em Cuba, enquanto esfriava o escândalo da maleta argentina de Antonini Wilson.

Este crime forma parte do canibalismo castro-chavista que se desatou nos últimos meses. Dessa maneira, fizeram desaparecer uma testemunha-chave nas aventuras de um General-em-Chefe solicitado por narco-tráfico pelas autoridades norte-americanas. Segundo Pablo Medina, o sargento foi enterrado no cemitério da Guairita no setor 22C N72. “Henry Rangel Silva me disse que estava mandando um homem de sua inteira confiança para me ver, que vão me dar os recibos, o dinheiro, para que eu cale a boca e não fale com ninguém”, explicou Antonini Wilson depois de ter sido detido pelo FBI em 2007.

Recentemente Antonini declarou ante os meios de comunicação que não acreditava na versão do suicídio do Sargento Canchica, fornecida pelo governo do presidente que está de saída. Nestes tempos de escape, quando restam poucos dias ao regime, tudo sai à luz pública. Alguns queimam gabinetes governamentais, outros destroem papéis comprometedores ou transferem propriedades em nome de testas-de-ferro, mas os mais temerosos e com poder, ordenam assassinar testemunhas indesejáveis. É por isso que o Coronel (GN) Eladio Aponte Aponte fugiu para os Estados Unidos para salvar sua vida, já que sua consciência estava a ponto de transbordar por seus crimes cometidos por ordem de Chávez, entre os quais se encontra haver condenado a 30 anos de prisão os delegados e policiais que, cumprindo com o seu dever de defender os cidadãos, salvaram centenas de vidas durante os tiroteios de Puente Llaguno, quando pistoleiros afeitos ao regime massacraram a tiros toda uma população indefesa que marchava pacificamente para Miraflores.

Esse encontro entre Canchica e Antonini, entretanto, ficou imortalizado em um vídeo e umas quantas fotografias. O jornalista do diário venezuelano El Nacional, Javier Mayorca, reportou por Twitter que “faleceu um dos protagonistas centrais do capítulo norte-americano do ‘Caso Antonini’. Trata-se de Antonio José Canchica Gómez, o emissário que o então chefe da Inteligência venezuelana, Henry Rangel Silva enviou aos Estados Unidos. Agora, quase cinco anos depois daquela reunião em Plantation (nos arredores de Fort Lauderdale), ao que parece morreu Canchica”. Segundo o jornalista, o Sargento Técnico de Primeira da Guarda Nacional venezuelana, faleceu aos 41 anos ao cair do teto de uma residência no Fuerte Tiuna. Com o assassinato do Sargento Canchica, encerra-se mais um capítulo do regime de terror castro-comunista encabeçado pelo presidente que vai sair”.

O Notalatina vai ficar atento às eleições da Venezuela e vai informar todos os acontecimentos sobre o evento, além do resultado final. Fiquem com Deus e até a próxima!

Traduções e comentários: G. Salgueiro

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Notalatina entrevista o ex-presidente Álvaro Uribe


"No hay causa perdida" novo livro do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez

Há dois anos o Notalatina recebeu do então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, uma carta de agradecimento pelo trabalho que realizo em defesa da liberdade e democracia na região, sobretudo por denunciar ao mundo os horrores praticados pelos terroristas das FARC em seu país. Apesar de eu haver publicado a carta no original e depois tê-la apresentado com uma foto minha na edição relatando minha primeira visita à Bogotá, muita gente ainda duvidou e escreveu comentários - anônimos, como sempre! - mesquinhos a respeito.

Na semana passada entrei em contato com um amigo - o mesmo que me entregou essa carta - para ver com ele a possibilidade de traduzir o livro que o ex-presidente Uribe estará lançando em meados desse mês, intitulado “No hay causa perdida”, e que ilustra essa edição de hoje. Ele escreveu a Uribe com minha mensagem, e qual não foi a minha surpresa ao ver a resposta: “Dê meu e-mail e telefone a ela para marcarmos uma entrevista”.

Isso foi um sonho que nunca me passou pela cabeça, dado que este grande homem desde que deixou o Governo nunca parou de lutar pelo seu país, vive dando aulas em universidades pelo mundo todo e, evidentemente, tem uma agenda muito apertada. Então lhe escrevi e ele marcou a entrevista para o domingo passado, 30 de setembro, às 3 horas da tarde pelo Skype. Esse acerto foi feito no sábado e, embora estando a par dos últimos acontecimentos em seus mínimos detalhes, escolhi dois temas que poderiam se desdobrar no desenrolar da entrevista: o “acordo de paz” entre o governo Santos e as FARC, e seu novo livro.

Mal consegui dormir e no domingo estava com tudo pronto desde cedo. A espera só aumentava meu nervosismo. Ele estava em Washington e teve um compromisso antes da entrevista. Então, às 4 horas recebo um bilhetinho pelo Skype pedindo desculpas pelo atraso, pois o compromisso havia se estendido mas que ele estava acelerando para não atrasar tanto.

Finalmente, quando estou sentada em frente ao me micro aguardando que ele chegue e diga que podemos começar, toca o telefone do Skype: era ele, já iniciando o vídeo! Eu havia repassado as perguntas zilhões de vezes mas diante do inesperado, o nervosismo se instalou a tal ponto que esqueci de ligar minha câmera...

Muitas das perguntas que eu havia planejado fazer foram deixadas de lado, pois ele estava visivelmente cansado da correria entre mil compromissos, mas do que pudemos conversar valeu muito a pena. O que mais me marcou desse contato com o homem mais notável e amado da Colômbia foi sua extrema simplicidade, gentileza e cordialidade no trato. Eu não falei com um “ex-presidente” nem um político, mas com um homem inteligente, de raciocínio rápido, sereno e com a simplicidade dos que são realmente grandes, sem arrogância, nem empáfia, nem aquele populismo demagógico que estamos acostumados a ver em quem ocupa ou ocupou cargos de grande relevância.

Apesar de ser fluente no espanhol, aquela situação inusitada me deixou tão nervosa que gaguejei em diversas ocasiões, mas peço aos meus leitores que relevem esse deslize pois o que vale mesmo é o que conversamos. Na verdade, percebo agora que não foi uma entrevista mas uma conversa entre duas pessoas que, embora distantes não apenas fisicamente mas sobretudo em importância e responsabilidades, pensam da mesma forma e lutam pelos mesmos ideais, daí ter sido tão agradável.

No final ele me convidou para o lançamento e noite de autógrafos de seu livro em Bogotá que, para minha tristeza, dificilmente irei...

Quero registrar aqui também o imenso apoio que recebi de duas pessoas muito queridas, que sem as quais esta entrevista jamais poderia ser realizada: meu filho Matheus que me ajudou tecnicamente a gravar a entrevista, inclusive instalando um programa novo para melhorar a qualidade do som e imagem, e meu amigo Alex Brum Machado, proprietário do blog Cavaleiro do Templo que, com uma paciência maior do que de costume, editou e publicou o vídeo desta entrevista. As perguntas que não foram feitas ao ex-presidente Uribe não se perderam pois serão feitas em outra entrevista já programada com o Coronel do Exército Colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, meu amigo pessoal e de quem sou tradutora oficial no Brasil.

Desfrutem, pois. Fiquem com Deus e até a próxima!

 

Comentários: G. Salgueiro

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Em magnífica entrevista, Uribe põe na lona o juiz Baltasar Garzón


Foto de arquivo da Agência EFE

Ontem eu assisti a uma entrevista que o ex-presidente Uribe concedeu ao Canal Capital, uma emissora de televisão estatal que atualmente é dirigida pelo jornalista colombiano Hollman Morris. Sobre este nefasto personagem, promotor das FARC não só na Colômbia como no mundo, escrevi em 2009 um artigo acerca dele e de um programa a respeito das FARC sob sua direção que foi exibido no The History Channel, sob o título Guerra psicológica e desinformadores profissionais que vale a pena ler de novo para conhecer em mãos de quem está a Colômbia hoje. 

A entrevista aconteceu no dia 19 último, no programa “Hablemos de paz y derechos humanos” que é graciosamente dirigido pelo ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, aquele que foi julgado e destituído por seus pares por cometer escutas ilegais das vítimas que julgava com seus advogados, e mais uns dinheiros recebidos ilegalmente por cursos que ofereceu nos Estados Unidos. Pois bem, na Colômbia de Santos este elemento perseguidor de militares, que se gaba de haver condenado o General Augusto Pinochet, é hoje uma estrela a dar “consultorias” à já deteriorada justiça colombiana e a meter o bedelho em tudo, no que e no que não é chamado. Agora dirige este programa no canal de televisão estatal, tudo em prol do tal “acordo para a paz” com os terroristas das FARC.

Fique maravilhada com a honestidade, firmeza e lisura com que Uribe respondia às perguntas, algumas bem capciosas, e tive a sensação clara de que ele estava ali para ser crucificado e desmoralizado. Os dois entrevistadores, no entanto, subestimaram o conhecimento e a franqueza que sempre caracterizaram este grande homem e, como diz o ditado, “fui tosquiar as ovelhas e saí tosquiado”. Eu ia mesmo fazer uma edição com o vídeo e comentários a respeito, mas recebi um artigo do meu amigo jornalista e brilhante escritor colombiano que vive há décadas na França, Eduardo Mackenzie, então preferi traduzir e publicar o que ele escreveu, porque endosso cada palavra e assino embaixo, pois eu não teria feito melhor. Desfrutem o texto e assistam a essa entrevista imperdível ao final desta edição. Fiquem com Deus e até a próxima!

Em entrevista, Uribe põe o juiz Garzón na lona

Eduardo Mackenzie

Excelente a entrevista concedida pelo presidente Álvaro Uribe ao ex-juiz Baltasar Garzón e aos comentarista Pedro Medellín, no Canal Capital.

Foi um longo e difícil diálogo, porém cheio de interesses e surpresas. Vale a pena ouvi-lo e anotá-lo com atenção. Aprende-se muito ao ouvir esse intercâmbio. Sobretudo pelo tom de certas perguntas e pela clareza das respostas.

Creio que é a melhor entrevista que o ex-presidente Uribe concedeu em muitos anos, embora tenha sido das mais perigosas. Seus interlocutores não foram além para lhe fazer concessões, senão para acuá-lo. Ambos cometeram um erro de novatos, de aficionados: fazer duas ou três perguntas em uma e acreditar que um entrevistado tão experiente como o ex-mandatário colombiano poderia ser dominado por eles e, sobretudo, ante as câmeras de televisão.

Nenhum tema foi vedado e o “doutor Pedro” e o “doutor Baltasar” puderam interrogar e contra-perguntar. Porém, houve algo mais. Baltasar Garzón, sobretudo ele, pôs na mesa temas que acreditava embaraçosos para Uribe. Se equivocou. Ele esperava acuar o ex-presidente. Ocorreu todo o contrário. Uribe respondeu a tudo e com cifras, detalhes e até com histórias e, além disso, quis ir muito além dessas respostas. Mas foi interrompido. É como se os interlocutores não quisessem que o entrevistado respondesse. Sensação estranha. Curiosa impressão.

Uribe deu os dados precisos a Baltasar Garzón e o convidou a se aprofundar em alguns temas, e a constatar certas situações em alguns estados, onde o ex-juiz espanhol acredita que a coisa está muito tranqüila, como no Cauca, Nariño, Valle, Putumayo, etc. O “doutor Garzón” deu de ombros e disse que ele não ia investigar nada.

Há que reconhecer: os entrevistadores ficaram várias vezes na lona e isso se vê muito claramente no vídeo.

Nessa entrevista foram abordados os temas mais candentes da conjuntura política, como o acordo de Havana entre as FARC e Santos, o aumento da insegurança no país, o grave problema do desaparecimento do foro militar, a camaradagem entre as Bacrim e as FARC, que tornou possível o atentado contra o ex-ministro e jornalista Fernando Londoño Hoyos.

Mas também, graças a Uribe, pôde-se ventilar temas candentes do passado, de grande atualidade hoje, que alguns quiseram esquecer, como os resultados da Segurança Democrática, a desmobilização das AUC (para-militares), o debilitamento do narco-terrorismo, os “falsos positivos”, as interceptações telefônicas ilegais, a diferença filosófica abissal que existe entre a Lei de Justiça e Paz (de Uribe) e o “Marco para a Paz” (de Santos) que abriu uma brecha inconstitucional à Constituição ao permitir que em um futuro próximo narco-traficantes, seqüestradores, extorsionistas e criminosos da pior espécie fiquem em liberdade, e possam participar de política, ser eleitos, e possam até discutir e decidir sobre a construção e o destino histórico do país.

Essa entrevista se converterá muito rapidamente em um verdadeiro documento político, em um instrumento de trabalho para os que querem saber o que está acontecendo realmente na Colômbia de hoje.



 

Comentários e tradução: G. Salgueiro

sábado, 15 de setembro de 2012

Câncer de Chávez e colonização da Venezuela: verdade ou mentira?


Ontem eu recebi uma correspondência de uma amiga venezuelana que faz mudar todo o panorama político das eleições presidenciais que ocorrerão no próximo 7 de outubro na Venezuela. Trata-se de uma carta escrita por um cubano que diz trabalhar no CIMEQ (Centro de Investigaciones Médico Quirúrgicas), o hospital onde Chávez fez suas cirurgias e tratamento contra o câncer, e que por motivos óbvios se identifica apenas com iniciais. Não tenho meios de afirmar que o escrito seja absolutamente fidedigno e conforme os fatos, como tampouco o descarto, como mais uma das tantas versões que se tem dado ao caso. Como o estado de saúde do ditador venezuelano é algo que desde o início prima pelo secretismo e o mistério, e o que mais se noticiou foi histórias controversas, resolvi traduzir tal correspondência apenas como registro, caso venha a se confirmar posteriormente.

É curioso notar, no entanto, que para quem foi apontado como tendo uma prognóstico sombrio que lhe dava uma sobrevida até as eleições ou no máximo logo após estas, Chávez continue em campanha e no último Encontro do Foro de São Paulo, ocorrido em Caracas, tenha discursado durante 2 horas seguidas, em pé, numa tribuna. É humanamente impossível que uma pessoa com um câncer tão agressivo lhe corroendo as entranhas tenha demonstrado tamanha disposição, sem sequer cambalear ou mostrar fraqueza na voz. Para não enfadar os leitores não publico o vídeo, mas quem tiver paciência (e estômago) pode vê-lo completo no encerramento desse encontro aqui, que tem duração de 3:54:32 h., e Chávez fala a partir de 1:47:03. 

Com relação à mensagem do cubano, vale a pena também lembrar de outra correspondência que recebi, onde se alerta para a mega-fraude que Chávez prepara para estas eleições utilizando os bons ofícios dos irmãos ditadores Castro. Há alguns anos publiquei no Notalatina a informação de que Chávez estava construindo um túnel com cabos submarinos que ligava Venezuela a Cuba e assim, TODAS as comunicações ocorridas na Venezuela seriam vistas - e controladas - pelos Castro. Nessa campanha Chávez vem alardeando que vai ganhar de Capriles por mais de dez milhões de votos e a forma que ele encontrou para conseguir esta cifra, sem que os venezuelanos votem nele, é utilizando esse cabo submarino, segundo comenta-se. 

Acessando o site do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e introduzindo o número da Cédula de Identidade, descobre-se os dados do votante, inclusive seu domicílio completo e a localização de sua mesa de votação. Pois bem, ali pôde-se ver que cidadãos cubanos, residentes e domiciliados em Havana, estão inscritos para votar EM CUBA nas eleições presidenciais da Venezuela. E numa entrevista muito interessante que o analista político venezuelano Eric Eckvall concedeu a Juana Isa, da TV Martí de Miami, o assunto abordado é sobre as máquinas de votação e a possibilidade de fraude que Chávez está preparando. Recomendo que vocês assistam a essa entrevista, onde ele também comenta a respeito desses dez milhões de votos.

O misterioso cubano fala de todas essas coisas no texto que traduzo abaixo e que soam muito verossímeis. Até 7 de outubro há que se atar todos esses cabos, mas em se tratando de comunistas, descobrir suas reais intenções e planos é o mesmo que procurar uma agulha no palheiro. Uma coisa porém é certa e clara: a participação de Chávez no infame “acordo de paz” entre o traidor presidente Juan Manuel Santos e as FARC, tem o objetivo único de reforçar sua campanha eleitoral que despenca a cada semana, e legalizar, oficialmente, a proteção que ele oferece a este bando narco-comuno-terrorista colombiano. Na próxima edição eu volto com este tema escabroso das FARC. Fiquem com Deus e até a próxima!

Assim caminha a violência da campanha eleitoral de Chávez: em Puerto Cabello, seus seguidores encendeiam o carro de som do opositor Capriles, destróem um carro e apedrejam os eleitores de Capriles. Na foto, de Alexis Crespo, pode-se ver um homem com pedras na mão, cujo movimento indica que vai lancá-la

Versão muito próxima da verdade

"Não sei muito bem por que estou fazendo isto. Sou cubano, vivo em Cuba e devo permanecer calado, tenho que permanecer calado. Escrever esta mensagem me custou várias visitas a lugares para alugar máquinas e escrever aos pedacinhos para que não saibam que eu ando nessa coisas. Digo que não sei porquê faço mas creio que sei: porque quero alertar as pessoas incautas que acreditam no comunismo como uma saída para seus problemas. Eu também acreditei. 

Tenho 62 anos e desses, mais de 30 transcorreram limpando chãos e lavando banheiros nos hospitais de Havana sem pensar em um futuro melhor e tratando de me convencer de que estudando e me preparando e gritando palavras de ordem em louvor a ele, minha vida ia mudar para melhor. Não foi e já sei que não será assim. Por algumas coisas que me atrevi a dizer em voz alta, nunca pude deixar de esfregar o chão, apesar de meus títulos e meus estudos.

Porém, de algo me serviu. Serviu para me desentranhar de uma das mentiras mais cruéis da história recente. Uma das quais moveu a maior quantidade de dinheiro e serviu para a maior corrupção que olhos humanos jamais viram: a suposta enfermidade grave do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Trabalho no CIMEQ, um excelente hospital de Havana que está fechado para o tratamento do povo, salvo exceções de gravidade. É o centro onde se disse muitas vezes que Chávez estava sendo tratado. É o centro de “reclusão” dos tempos em que Chávez e Fidel prepararam com detalhes insuspeitos sua infame história

É certo, Hugo Chávez passou várias semanas em uma suíte do CIMEQ à qual NINGUÉM tinha acesso, salvo seu chefe, alguns de seus ministros (os mais achegados) e duas de suas filhas. Nas oportunidades em que sua mãe foi vê-lo, só esteve na suíte menos de 5 minutos e nunca sozinha. Melhor dizendo, a única pessoa que estava lá sozinho era Fidel. Todos os demais, em 90 por cento das vezes, estavam acompanhados pelos esbirros do regime, aqueles cuja fidelidade a toda prova custou milhões de dólares venezuelanos. Porém, de tudo se sabe e se você nunca foi a Havana, você não sabe como é fácil comprar e vender consciências neste país de fome.

O que aconteceu? Muito simples de explicar: Chávez teve um câncer muito benigno, um tumor na próstata que se atendeu rapidamente e se resolveu. Esse tratamento produziu umas queimaduras na zona inguinal que causaram muitos aborrecimentos, sobretudo porque, por não ter sido um tratamento tradicional, nunca se soube se foi efetivo ou não. Também teve um pequeno problema no osso da bacia (na cabeça do fêmur, exatamente) como conseqüência de um erro médico.

Até aí é verdade. Acreditem vocês ou não. Meu dever é contar. Os analistas políticos do regime cubano, que são os que mandam na Venezuela, e os assessores brasileiros que a Venezuela paga caríssimo para Cuba e Fidel (são os que conseguiram o embarque de “ajuda humanitária” procedente dos Estados Unidos e estão negociando o fim do conveniente embargo), descobriram que na Venezuela a onda de rumores desatada em razão dos primeiros avanços da enfermidade, deixou o povo e o governo da Venezuela muito loucos.

Enquanto isso e para “prevenir problemas”, Chávez recebeu o mesmo tratamento com células-mater (extraídas de soldados venezuelanos que chegavam a Havana de madrugada e em silêncio total) que em seu tempo Fidel também recebeu (da mesma fonte, certamente). O resto fizeram algumas falsas “fontes”: pessoal de inteligência que posava como enfermeiros, médicos, trabalhadores, esposas de militares de alto grau e delatores (todos de mentira), e revelavam a alguns jornalistas, escolhidos pelo G2, as mesmas “notícias” sobre a suposta gravidade. Estes jornalistas, venezuelanos uns e peças-chave do exílio em Miami, outros, publicaram o que acreditavam ser notícias certas sob a assessoria de um médico supostamente venezuelano que exerce sua profissão em uma cidade da Flórida. Este médico é na realidade um personagem da contra-inteligência cubana e venezuelana que recebeu uma importante quantidade de dólares venezuelanos para contribuir com o rumor do câncer terminal. A propósito deste médico, que voltou a aparecer recentemente, ainda lhe restam algumas declarações para dar, devido a um contrato não escrito, pago a preços muito elevados que mantém com o G2 e os órgãos de Inteligência cubana. Isso foi o que sucedeu. Sim, o presidente da Venezuela esteve um pouco doente, passou seu susto mas está 100% recuperado e nada do que dizem é correto.

Aqui faço um parênteses para um comentário: lembro, perfeitamente bem, que ao final das doses de quimioterapia Chávez afirmou que estava 100% curado e, de fato, seu aspecto e disposição demonstravam que ele estava bem, não parecia uma pessoa com câncer e muito menos em estágio terminal como se propagava. Depois, nunca mais ele voltou a dizer que estava curado nem falou da doença. Com relação aos jornalistas, lembro que o renomado Nelson Bocaranda, em seu “Run Runes”, sempre afirmou ter um “contato médico” em Cuba que lhe informava - secretamente e sob riscos - sobre a “real situação” de Chávez. 

O que digo é verdade e me consta. Eu estou dentro do CIMEQ e lá dentro tudo se sabe e tudo se repete. Vocês não imaginam o que é isso. Para que se fez todo esse complô? Muito simples: Chávez e Fidel necessitavam de tempo para negociar três dos grandes acordos de cooperação que se porão em prática quando Chávez ganhar as eleições. Foi uma negociação dura, na qual Chávez tinha coisas a perder e Fidel tinha exigências muito difíceis de cumprir, inclusive para Chávez e Nicolás Maduro, verdadeiro homem de Chávez e delfim do comandante de Havana.

Esses três acordos são: 

1. A dupla nacionalidade de cubanos e venezuelanos. Segundo parece (não posso dizê-lo com segurança), um dos fundamentos da cooperação cubana-venezuelana é a dupla nacionalidade, não só dos habitantes de ambos os países, senão de seus bens e de seus recursos. Embora se poderia ver como Cuba se converterá em uma colônia venezuelana, a verdade é que é o contrário, pois quem impõe condições é Cuba e o Governo venezuelano as acata. Os venezuelanos poderão viajar a Cuba sem passaporte e vice-versa, e o mais importante: os cubanos poderão ir e vir entre Caracas e Havana com mais liberdade do que entre Cienfuegos e Havana. Do mesmo modo, o dinheiro e os bens da Venezuela terão a mesma sorte. Afinar os detalhes dessa perigosa conflagração foi o que demorou o anúncio, aqui em Cuba, das reformas às pesadas leis de imigração que regem há mil anos.

2. O orçamento comum: fiel ao anterior, Cuba e Venezuela discutem a possibilidade de estabelecer uma moeda única, (com o CUC como exemplo) e isso foi uma super trave. A idéia é que a economia de um país seja espelho da outra e alguns assessores venezuelanos desaconselharam isso, pois acreditam que a economia venezuelana é mais forte e poderia ver-se afetada. Fidel não transige e ofereceu retirar seu apoio irrestrito a Chávez, que está tão apaixonado por Fidel que está a ponto de dar as ordem necessárias para que com os aspectos econômicos se proceda a formalização de uma só pátria, espécie de CubaZuela.

3. A reforma migratória venezuelana: é um ponto gélido, pois alguns assessores venezuelanos (pouquíssimos, pois é um plano bastante bem guardado) se opõem. Consiste em repetir as proibições que todos os cubanos têm para sair do país desde há mais de 40 anos, com o objetivo de dizimar a oposição e as classes mais poderosas, primeiras a ir-se do país, no caso em que uma medida deste tipo se imponha e, além disso, dar passagem livre aos negócios do narco-tráfico entre ambos os países, pois se reduziria quase à sua mínima expressão o tráfego aéreo em Caracas e isso facilitaria muito os embarques de droga. A idéia é que, com exceção de Cuba como destino, os venezuelanos residentes na Venezuela não possam ter um passaporte em seu nome e não possam viajar a nenhum destino, a menos que um gabinete especial do Governo os autorize.

Um assunto que quase esqueço: com a dupla nacionalidade os cubanos, 10 milhões de pessoas, poderiam votar na Venezuela. Lembram-se dos 10 milhões de vantagem?

Aí lhes deixo essa informação. São cabos atados em dias de trabalho no CIMEQ e que chegaram até mim ou por ter escutado alguns comentários isolados da boca dos protagonistas, ou porque alguém de nosso grupo de limpadores e enfermeiros comentava, enquanto o Comandante Chávez esteve descansando e trabalhando várias proposições deste tipo com Fidel e mais ninguém. As fotos dele passeando com suas filhas e tudo isso eram montagens cuidadosas. Na realidade, as filhas estavam em outro lugar (uma luxuosa casa de protocolo) levando a grande vida, e vinham ao hospital quando havia oportunidade ou necessidade de foto.

Suponho que se descobrirá. É a mentira mais infame e a ação mais maligna que governante algum tenha jamais posto em prática. E o fez (me consta) guiado por Fidel Castro (a única pessoa a quem Chávez ouve e obedece). O que Castro quer é o dinheiro da Venezuela. O que Chávez quer é uma espécie de Império Caribenho com ele como imperador. Chávez está doente, sim. Mas da cabeça. De megalomania e de poder. Todo o resto, leia-se: o câncer terminal, a irreversibilidade de suas doenças e as intensas dores são mentira. Uma mentira infame muito bem montada pelos incrivelmente bem desenvolvidos, bem pagos e bem substanciados aparatos de inteligência do poder cubano.

Rogo-lhes difundir este e-mail e ter cuidado. Haverá sinais que afirmem o que digo aqui. H.L.A.

Deus abençoe a Venezuela!"

Aí está um relato absolutamente plausível e convincente. Lembro que, logo que surgiram os primeiros boatos do câncer de Chávez e depois a confirmação feita publicamente por ele mesmo, muita gente não acreditou e pensou que se tratava de mais um golpe tramado desde Cuba. O primeiro a levantar essa suspeita foi o jornalista venezuelano Rafael Poleo e eu também pensei o mesmo, considerando a máxima da “combinação de todas as formas de luta”, empregada largamente por todos os regimes comunistas. A mentira, para esta gente, é mercadoria de valor utilitário que é usada sempre e quando “a causa” necessitar, mesmo que se invente uma doença dessa gravidade. Vamos ver se se confirmam essas denúncias tão atrozes mas, espero em Deus, que no dia 7 de outubro este delinqüente seja desmascarado e banido definitivamente do governo da Venezuela e passe o resto de seus malditos dias na prisão, que é lugar de malfeitores, pagando por todos os seus abomináveis crimes.

Tradução e comentários: G. Salgueiro

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

As FARC já mandam na Colômbia!


Prisioneiros políticos vítimas de falsos testemunhos, condenados pela máfia togada que só defende terroristas

Volto a falar sobre a situação da Colômbia porque é gravíssima e não vejo a mídia noticiar nada do que se passa, a não ser, fazer coro com as FARC e seus seguidores. Cada dia que passa as coisas tornam-se mais horrendas, tensas e indignas, e observo que o que se divulga não reflete absolutamente NADA da realidade. A imprensa afirma, feliz, que os colombianos estão aprovando esta aberração e que a popularidade de Santos está subindo depois do anúncio deste “acordo” infame. Nada mais falso!!! Só quem está aprovando são aqueles que se beneficiarão com a impunidade, ou seja, as FARC e seus seguidores como os tais “Colombianos pela Paz”, ONG criada pela porta-voz das FARC “Teodora de Bolívar”, os políticos “ex” terroristas, os “padres” comunistas e a Justiça a serviço dos terroristas de todos os matizes.

Hoje a situação está da seguinte maneira: o ex-juiz Baltazar Garzón terá um programa no Canal Capital, televisão estatal dirigida pelo jornalista das FARC Hollman Morris, com o sugestivo título “Como vão a paz e os direitos humanos?”. Na Espanha esse juiz está suspenso de suas funções após julgamento por escutas ilegais em processos. Desempregado, logo recebeu apoio do traidor Juan Manuel Santos e hoje aparece como “assessor” da OEA na Colômbia sendo mantido com os impostos dos colombianos.

O Promotor Geral da Nação, Eduardo Montealegre (que deveria ser “triste” por seus atos infames) decretou que se suspendam imediatamente as ordens de captura e extradição contra os porta-vozes das FARC que estão “negociando” a tal “paz” e que serão expedidos salvo-condutos para que eles possam sair do país. As FARC JÁ estão mandando na Colômbia conforme desejava Marulanda, tanto é assim, que fizeram um vídeo onde Timochenko diz “chegamos à mesa de diálogos sem rancores nem arrogâncias” seguido de um “rap” debochadíssimo que diz em suas falas (me recuso a chamar aquilo de verso!):

“Vou para Havana desta vez para conversar
o burguês (referindo-se a Uribe) que nos procurava 
não nos pôde derrotar.

Vou para Havana, desta vez para conversar
com aquele que me acusava de mentir sobre a paz.

Vou para Havana, souberam com que emoção
Vou conversar a sorte de minha nação”.

Já no final dizem, com um sorriso na cara, dizem: “Nunca haverá rendição!” e o clip termina com Timochenko repetindo o bordão das FARC: “Juramos vencer e venceremos!”. Precisa mais? Vejam o clip:


 


Enquanto Timochenko dá as cartas e Santos diz aos colombianos que “tenham paciência”, as FARC continuam cometendo seus atos terroristas, emboscando, assassinando militares e civis, inclusive crianças, derrubando aquedutos e torres de transmissão de energia que deixam cidades inteiras às escuras, plantando minas e dizendo o quê, como, quando e onde o governo deve obedecer-lhes, e no tal “acordo” avisam que não vão cessar os ataques. A revolta entre os colombianos de bem - que são maioria -, ao contrário do que afirma a mídia brasileira, é imensa! Hoje a associação de militares da reserva ativa, ACORE, enviou um documento ao Governo solicitando participação na mesa de negociações de pelo menos três militares - que representem as três Forças - mais três do Ministério da Defesa. Para o general Jaime Ruiz as Forças Armadas são inegociáveis! E eles estão cobertos de razão, porque uma das primeiras coisas que as FARC vão fazer é acabar com o Tribunal Militar e perseguir ainda mais os militares que já estão presos injustamente sob acusações falsas, conforme venho denunciando ao longo desses dois últimos anos. 

Além disso, o general Jaime Ruiz teme que os guerrilheiros, agora anistiados de todos os seus crimes, conformarão as novas milícias substituindo os militares como já ocorre na Venezuela. E não era esse o sonho antigo das FARC, do Foro de São Paulo e do Bloco Regional de Poder Militar que denuncio desde 2008?

O ex-presidente Uribe vem sendo duramente atacado por denunciar que este “acordo” é um crime que se comete contra a Colômbia e os colombianos, e hoje, numa entrevista que ofereceu ao canal Caracol, ele referiu este “processo de paz” como “uma bofetada na democracia”. E diz, dentre outras coisas, que Santos perdeu dois anos de seu governo apenas se aproximando dos terroristas para tentar um diálogo, abandonando completamente a plataforma que o elegeu de dar continuidade à segurança do país. Assistam a essa entrevista magnífica aqui, pois por um problema técnico o código não pôde ser inserido.

E para que não reste nenhuma dúvida sobre o que afirma Uribe, traduzo abaixo parte de uma publicação do blog “Colombia grande y libre” onde eles denunciam que essas conversações vêm sendo feitas em Cuba desde 6 de outubro de 2011, cujo acordo já foi assinado desde 7 de março de 2012, tudo pelas costas do Congresso e do povo colombiano!

“Não há nada que negociar, TUDO já foi entregue por Santos às FARC, com a assinatura de umas capitulações vergonhosas, pelas costas do país e em segredo, sob a vigilância de dois governos comunistas.

Cumprimos o dever patriótico de denunciar a assinatura dos acordos de ‘paz’ em Havana por parte de Juan Manuel Santos, Luciano Marín Arango, cognome “Iván Márquez” e Timoleón Jimenez, cognome “Timochenko” em 7 de março de 2012 em Havana, Cuba, como conclusão final das mesas de negociação e diálogo que se instalaram em segredo e pelas costas do país na mesma cidade, em 6 de outubro de 2011, lideradas pelo Alto Comissionado em Segurança e Alto Comissionado para a Paz, Sergio Jaramillo Caro. Foram garantidores e testemunhas desse acordo os presidentes da Venezuela e de Cuba, Hugo Chávez Frías e Raúl Castro. Os governos da Noruega e da Venezuela desempenharam os papéis de financiadores e de logística de tais mesas de negociação.

Colocamos isto para conhecimento da opinião pública, com a finalidade de que o povo colombiano se pronuncie contra um acordo que não foi autorizado pelo Congresso da Colômbia, nem pela Constituinte Primária. Não podemos confiar em Santos com o engano de que apenas vai instalar as mesas de conversações. É uma farsa bem montada para nos fazer crer que as FARC cederam, porém a verdade é que tudo foi concedido nas mesas de capitulações, mal chamadas de conversações. 

Deixamos o seguinte documento como constância histórica e para sua avaliação, amigo colombiano. Evitemos que o futuro de nossos filhos e não sabemos de quantas gerações mais, seja hipotecado ao comunismo internacional, pela assinatura infame de um traidor e covarde, o presidente liberal Juan Manuel Santos”.

Traduzi apenas o começo da publicação e o restante vocês podem ler aqui. É estarrecedor o que Santos está tramando contra seu próprio povo, apenas para satisfazer sua vaidade pessoal desmedida e doentia de re-eleição ou Prêmio Nobel da Paz, sem levar em consideração que deu às FARC um status de Estado dentro do próprio Estado Colombiano, uma vez que as reconhece como um “interlocutor” legítimo com o qual se possa negociar. Isto é crime de lesa-pátria e é como TRAIDOR que ele será lembrado pela história!

É este o cotidiano da Colômbia: ataques terroristas sem cessar contra civis indefesos, enquanto falam de "paz". E são esses monstros que muito em breve vão governar o país. Santos, você é um monstro abjeto igual às FARC!

Cabe lembrar, ainda, que nesse acordo não se falou uma só palavra nas milhares de vítimas seqüestradas, nem na entrega de armas, nem no fim do narco-tráfico. Só as FARC deram as cartas. As fotos que ilustram esta edição de hoje mostram a situação real da Colômbia: os presos-políticos que não cometeram NENHUM crime, encarcerados injustamente, muitos condenados a penas que equivalem a prisão perpétua. E a outra, chocante, mostra um atentado ocorrido em 27 de agosto último, quando este maldito “acordo” já havia sido assinado! É o destino de todo o nosso continente que está em jogo, portanto, não fechem os olhos a esta realidade dramática, porque se as FARC chegarem mesmo ao poder político na Colômbia, será o fim de todos nós. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro