O Notalatina traz hoje duas notícias sobre a ilha-cárcere e uma sobre o delinquente mental da Venezuela. O Dr. Castro, com uma nítida síndrome de Pinóquio anuncia ao mundo que vai pagar suas dívidas. A foto da matéria era horripilante: mostrava a cara de um homem acuado e cheio de ódio. Tanto pior para ele; os credores não são bobos e tudo tem um limite. Só na grande taba brasilis é que os exemplos não funcionam; cada vez mais empresários fazem acordos comerciais com esse decrépito senil. Depois não digam que foi por falta de aviso...
Há ainda um artigo do correspondente do jornal “El Nuevo Herald”, Pablo Alfonso em que ele mostra a crueldade da múmia caribenha com relação a opositores do seu criminoso regime e as incoerências resultantes do somatório maldade + senilidade + mentiras. E o delinquente venezuelano quer mudar as leis eleitorais, para tentar bloquear o referendum entregue ao CNE no início da semana passada. A tirania despótica desses loucos parece provir mesmo de um pacto com Satã. Confiram.
O VELHO CONTINENTE QUER SIM, OXIGÊNIO PARA A DISSIDÊNCIA
Pablo Alfonso
A oposição cubana tem sido ameaçada de morte. A ditadura castrista a quer eliminar por asfixia.
”A contra-revolução não tem oxigênio e terá cada vez menos”, afirmou o ditador Fidel Castro ao falar na semana passada ante a Assembléia Nacional do Poder Popular. “Aqui não há oxigênio para a contra-revolução, que tentam alimentar desde fora”, acrescentou.
Essas ameaças de Castro, pronunciadas durante o IX período ordinário de sessões do chamado Parlamento cubano, parecem contradizer alguns critérios que o próprio ditador verteu no mesmo discurso quando afirmou rotundo que “o inimigo está derrotado ideologicamente pela Revolução”.
Ante esta evidente incoerência discursiva do Comandante, não há outro remédio a não ser perguntar: Para que é necessário negar oxigênio a um inimigo que está derrotado ideologicamente?
As ameças, certamente parecem ser a resposta mais contundente de Castro ao Projeto Varela e aos que alimentam a possibilidade de mudanças democráticas pacíficas na ilha, com o ditador ainda vivo.
Todavia, o mais signifcativo é que esta manifesta falta de reconhecimento e respeito à pluralidade de idéias e posições políticas dos cubanos, se produz num momento em que o regime reclama para si esse mesmo respeito e reconhecimento na arena internacional.
Acaba sendo até certo ponto paradoxal, que a ditadura reclame dos governos e organismos internacionais um trato que ela não é capaz de outorgar a seus opositores na ilha.
Enquanto Castro proclama em Havana que não há oxigênio para os opositores, o vice-chanceler cubano Angel Dalmau tratava de reiniciar em Copenhagen o denominado diálogo político com a União Européia (EU). O regime cubano participou nesse econtro – com o que busca beneficiar-se da ajuda econômica européia – enaltecendo o critério de que se respeitem as diferenças políticas.
”Estamos dispostos a receber conselhos na condição de que não venham de encontro ao sistema político e econômico que o povo cubano elegeu por si mesmo”, declarou Dalmau, ao concluir a reunião com a troika européia, e acrescentou: “Cuba e a União Européia têm uma percepção diferente da democracia. Quando a EU diz que quer ver transformações políticas em Cuba que levem ao pluralismo, é que quer mudar nosso sistema político e isso é uma interferência em nosso sistema”, afirmou Dalmau, referindo-se à posição comum sobre Cuba, adotada pela UE desde 1996
O texto dessa posição comum, que se renova desde então a cada seis meses, assinala que a UE “considera que uma plena cooperação com Cuba dependerá das melhoras com respeito aos direitos humanos e as liberdades fundamentais”, e que “na medida em que as autoridades cubanas avancem para a democracia, a UE prestará seu apoio ao processo e estudará o uso adequado dos meios à sua disposição com este fim”.
Certamente nada disso é possível enquanto um Castro enfurecido proclame a morte por asfixia de seus opositores. Por isso, uma vez mais, o encontro de Copenhagen terminou em fracasso e Dalmau voltou para Havana com as mãos vazias.
CASTRO SE LANÇA CONTRA A EUROPA E PROMETE PAGAR TODA A DÍVIDA
HAVANA – Associated Press
Castro assegurou que a ilha pagará até “o último centavo” aos seus credores europeus e latinoamericanos.
Cuba pagará até “o último centavo” a seus provedores europeus e latinoamericanos, alguns dos quais vêm tendo “dificuldades” para cobrar suas vendas a crédito, assegurou o governante cubano Fidel Castro.
Ante os representantes de umas 900 empresas estrangeiras reunidas aqui, Castro tentou sexta-feira acalmar as “inquietações” de seus vendedores habituais, alguns incomodados pelo seu favoritismo para com as companhias norte-americanas, as quais compra a prazo.
”A ilha não se constitui de um grande mercado [porém] é um país que atua com seriedade e boa fé”, indicou Castro no encerramento da Feira Internacional de Havana.
Castro, que falou durante três horas, reconheceu que nos “círculos de opinião” e “diplomáticos” havia desconforto pela demora nos pagamentos e rumores de que Cuba não cumprirá suas obrigações, devido a suas compras reais aos produtores norte-americanos.
Desde janeiro até a presente data, adquiriram-se várias toneladas de comestíveis, sobretudo grãos e carnes congeladas, no valor de quase U$ 200 milhões, abonados no contrato como exigem as leis norteamericanas.
Além disso, 280 firmas na nação vizinha compareceram aqui em setembro para uma exibição de produtos agrícolas, um setor com um potencial de compra de U$ 1.000 milhões.
Castro reconheceu que “há dificuldades [com os pagamentos a] alguns países e empresas no ramo de alimentos. Lhes expressamos nossa disposição em negociar e fazer o que seja necessário para que até o último centavo seja pago”, assegurou Castro, ao indicar que a ilha não cometeria o erro de ter só um provedor de comestíveis.
Castro aproveitou a ocasião para reclamar a seus velhos sócios os excessos, como o pagamento de lucros de até 20% em créditos a médio prazo ou os sobrepreços que se pagam por certos produtos.
”E que haja certa competência, é bom que o diga com franqueza. Conhecemos casos em que compravam mercadorias nos Estados Unidos e nos vendiam mais caras. Casos em que nos amarravam porque não tínhamos alternativas”, manifestou.
Sentados na primeira fila, alguns membros do corpo diplomático credenciados nesta capital, escutaram também as queixas políticas do governante.
”Seria hipócrita de minha parte afirmar que a Europa vem tendo uma atitude consequente com relação à Cuba. Eu digo a verdade porque é meu dever, sem o mais mínimo interesse de me lastimar a ninguém”, afirmou.
Segundo o governante, os governos do Velho Continente fizeram um “pacto de conveniência” com os Estados Unidos sobre a ilha para poder comercializar aqui, porém apoiando as moções contra Havana, em matéria de direitos humanos.
CHÁVEZ PEDE PARA MUDAR A LEI ELEITORAL
Associated Press – CARACAS
O presidente Hugo Chávez pediu à Assembléia Nacional que modifique a Lei do Poder Eleitoral há poucas horas de se esgotar o prazo que tinha para aprová-la, o que muitos venezuelanos qualificam como nova manobra para bloquear o referendum que busca eleições antecipadas na Venezuela.
Chávez devolveu o texto legal à Assembléia na sexta-feira, antes que o Tribunal Supremo de Justiça rechassasse a ação que introduziu e pela qual pretendia que se declarasse inconstiucional uma disposição na nova lei, que contempla a permanência temporal das atuais autoridades eleitorais até que a Assembléia designe os novos diretores.
A ação judicial empreendida pelo presidente Chávez motivou as maiores organizações empresariais e sindicais do país a ameaçarem com uma greve geral indefinida, na quarta-feira, se o governo detivesse a consulta.
Se o tribunal sentenciasse em favor de Chávez, não haveria autoridade disponível para decidir sobre uma petição de dois milhões de assinaturas que exige a realização de um referendum que busca pressionar o governo a ir a uma consulta popular.
Chávez justificou a devolução da lei, argumentando que era necessário que a Assembléia modificasse uma série de artigos que o executivo considera “inaplicáveis”.
Rafael Simón Jiménez, vice-presidente da Assembléia Nacional, reconheceu ontem que o mandatário está em todo o seu direito de “objetar a lei”, porém o que se impõe é que na “Assembléia ratifiquemos o conteúdo da lei e a mandemos de volta ao presidente para que a promulgue” a fim de acelerar a eleição dos diretores do Conselho Nacional Eleitoral.
”Me parece que estas dilações não contribuem ao que o país está demandando, que é, com celeridade e prontidão, eleger um CNE que se constitua em um árbitro confiável e que seja garantia do que todo mundo sabe que está no caminho democrático do pais, que é um processo eleitoral”, indicou.
Fonte: Todas as informações foram retiradas do jornal "El Nuevo Herald"
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