terça-feira, 12 de novembro de 2002

Antes de editar os informes de hoje, quero registrar aqui minhas desculpas pela ausência de ontem, justificando o motivo. A empresa Cabo Mais que me fornece o acesso cable de conexão, simplesmente retirou-me do ar por 24 horas, sem aviso de qualquer espécie. Ao questionar tal empresa sobre o ocorrido, foi-me alegado, pela enésima vez, bloqueio por falta de pagamento.



Ocorre que essa tem sido uma prática constante dessa empresa, desde setembro, cobrando-me faturas pagas (quase um mês depois de efetuadas) e reiteradas vezes provadas, através de fax e telefonemas que desconheço o destino que tomam, pois voltam a cobrar-me o que efetivamente não devo. Não sei se atribua isso a desorganização empresarial, pura e simples, ou um modo velado e disfarçado de censura, prática que vem sendo adotada (e negada) constantemente sobre quem ousa sair do informativo convencional, do “politicamente correto”. Sou cliente dessa empresa há mais de um ano e, curiosamente, só depois de inaugurado este blog, passei a ter problemas dessa natureza e uma conexão intermitente diariamente.



Após ameaçar ir aos jornais denunciar tal abuso, normalizaram minha conexão; entretanto, isso não os livra de um processo por constrangimento ilegal, cobrança indevida e otras cositas más que a justiça deverá providenciar. Paciência tem limite e a minha acabou. Fica, desta forma, justificado o motivo da ausência de ontem que espero contar com a compreensão de todos.



Hoje havia muitas denúncias sobre a América Latina (Venezuela, Colômbia, Argentina e porque não, Cuba) mas resolvi selecionar duas da ilha-cárcere, que achei mais relevantes. A primeira delas dá conta das alianças entre Cuba e Irã, fato que a imprensa nacional omite sistematicamente, como se isso não oferecesse perigo para a humanidade inteira. A outra mostra a exploração que o tirano do Caribe faz aos estudantes, deixando muito claro o preço (real) pago pelo tão propalado “ensino gratuito” do regime comunista.



A ALIANÇA CUBA/IRÃ



Por Manuel Cereijo



Em fevereiro deste ano, o Ministro iraniano de Ciências, Investigações e Tecnologia, Motafa Mo’in reuniu-se com a Ministra cubana, da mesma pasta, Rosa Elena Simeon, e assinaram um acordo de cooperação entre os dois países que amplia enormemente os tratados bilaterais entre ambas as nações, nos ramos de biotecnologia, cibernética e nanotecnologia.



Os acordos e cooperação entre Cuba e Iran começaram em 1990, depois do grande terremoto desse ano no Irã. Uma aliança conseguida pelo Dr. Miyar Barruecos, conhecido por El Chomi, médico, muito próximo a Castro e com a cooperação dos Drs. cubanos Manuel Limonta e Luis Herrera. Limonta e Herrera foram os principais fundadores da biotecnologia em Cuba.



Desde 1986 Herrera ocupa o cargo de Diretor do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), e Limonta o de Vice-Diretor, até sua destiuição em 1999. Atualmente, mais de 30.000 pessoas trabalham em Cuba no ramo da biotecnologia, em mais de 200 centros e institutos dedicados à investigação biológica.



O CIGB é o maior, com um custo inicial de U$ 150 milhões dólares, com 1.200 empregados, 43.000 metros quadrados de área. Já em 1999 o governo cubano havia investido U$ 1.000 milhões de dólares neste centro. O desenvolvimento comercial destes centros, tanto doméstico como de exportação, tem sido mínimo, comparado a mais de U$ 3.500 milhões de dólares investidos nos mesmos.



Em 1998 Cuba começou a construção de um enorme Centro de Biotecnologia e Engenharia Genética em Teerã, Irã, sob a supervisão de Luis Herrera, que praticamente passava de 9 a 10 meses do ano em Teerã, até a inauguração do Centro em maio de 2001. À inauguração do Centro assistiram Castro e Carlos Lage.



Há que se destacar que o Irã se auto-abastece de medicamentos tendo a maior indústria farmacêutica dessa região, porém foi Cuba que lhe construiu este Centro, o maior no mundo árabe, provendo os equipamentos como fermentadores, purificadores de ar e centrífugas especiais para a fabricação de armas biológicas, que está proibido ao Irã comprar no mercado mundial, que Cuba produz há anos, uma vez que são similares, porém mais especializadas, às usadas nas indústrias de fabricação do licor e do açúcar.



Cuba teve a seu cargo a construção e equipamento completo do Centro, assim como a transferência de tecnologia e treinamento dos engenheiros e cientistas iranianos. Cuba tem dado ao Irã, com este Centro, a tecnologia e os equipamentos para produzir proteína recombinada, assim como o Escherichia coli, a sintetização de proteínas solúveis e insolúveis. Estas tecnologias permitem a fabricação de armas biológicas.



Desde maio de 1997, mais de duzentos engenheiros e cientistas russos e cubanos, dos centros russos de Vector e Obolensk e do Biocen e CIGB de Cuba, reunem-se anualmente em Teerã, Moscou, ou em Havana durante várias semanas, não só compartilhando seminários e conferências, como intercambiando resultados e tecnologias com seus colegas iranianos.



Cuba é o denominador comum entre Irã e Iraque, servindo de ligação entre ambos os países. É indubitável que as alianças Cuba/Iraque e Cuba/Irã são fatos e muito preocupantes para a segurança nacional dos Estados Unidos.



ESTUDANTES DE LOS PALACIOS DEVEM AJUDAR A PAGAR OS GUARDAS DA ESCOLA



Os estudantes que não pagam a cota, recebem um sinal negativo em seus boletins escolares.



PINAR DEL RÍO, 4 de novembro (Víctor Rolando Arroyo, UPECI – www.cubanet.org) – Os estudantes do ensino primário e secundário básico de Los Palacios, devem fazer uma doação de cinquenta centavos mensais, para pagar os guardas dos colégios, ou do contrário serão qualificados de “descumpridores” em seus boletins escolares acumulativos.



Supostamente a entrega do dinheiro para pagar os guardas é voluntária, porém um sinal considerado como “má atitude política” em seu boletim, pode comprometer os futuros estudos superiores do estudante. Desde que a criança começa na escola, se lhe abre um boletim que registra sua atitude política e o acompanhará durante todos os seus anos de estudo e sua vida laborativa.



Desde que o governo iniciou o Programa Audiovisual, que consiste em dotar as escolas de televisores, vídeo-cassetes (VCR) e computadores, incrementou-se o roubo nas instalações do Ministério da Educação (MINED), com o propósito de subtrair tais aparelhos, os quais são muito bem cotados no mercado ilegal ou câmbio negro, devido a que as disposições legais tornam impossível comprá-los legalmente. Portanto, as escolas necessitam de constante vigilância por parte de guardas. Por seu lado, os professores também contribuem com a vigilância das escolas, e devem pagar cinco pesos de seus salários para o salário dos guardas, cuja retribuição o Ministério da educação não assume, alegando que é tarefa dos professores proteger os meios (audio-visuais) entregues. Esta carga econômica é o motivo de que os professores exijam dos menores a cota mensal de 50 centavos, sob pena de manchar o boletim daquele que se negue a isto, com o qualificativo de “má conduta política”. Se nas escolas roubam algum dos recursos audio-visuais, os professores pagarão por isto e ainda perderão a possibilidade de comprar bicicletas, televisores ou planos de férias que o governo lhes oferece periodicamente.



NOTA DE LA VOS DE CUBA LIBRE: Desde a implantação da educação socialista, “o ensino gratuito” era pago só com o trabalho dos estudantes de acordo com sua idade. Os menores de 15 anos em hortas, produtoras de flores e outros trabalhos menores. Os maiores de 15 em todo tipo de trabalho, incluindo, muito especialmente, o corte da cana e a colheita de café. Hoje já têm que pagar o salário dos “security guards”; amanhã, possivelmente a eletricidade, a limpeza, os reparos e finalmente o salário dos mestres.



Fontes: La Voz de Cuba Libre – www.lavozdecubalibre.com e CubaNet – www.cubanet.org



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