Ontem o Notalatina apresentou uma matéria falando a respeito do "Vírus do Nilo Ocidental" que vem assumindo proporções epidêmicas nos Estados Unidos. Nessa nota, o ornitólogo cubano Carlos Wotzkow alertava para a possibilidade da epidemia ser proposital e criminosa, uma vez que tendo trabalhado em laboratórios experimentais de bio-tecnologia, enquanto ainda residia em Cuba, tinha conhecimento do que se passava nos bastidores de tais instituições.
Hoje, apresentamos uma entrevista que Carlos Wotzkow deu a Eduardo Prida, ex-oficial do Birô de Investigações Científicas do DAAFAR, onde ele detalha mais o que apenas foi pincelado na nota de ontem.
Como a entrevista é muito extensa, o Notalatina vai apresentá-la em três partes.
Apesar de velho e decadente, o tirano do Caribe ainda dá as cartas e joga suas útimas fichas. Confiram na entrevista.
FIDEL CASTRO: DECANO DO BIOTERRORISMO
Entrevista (resumida) com o ornitólogo Carlos Wotzkow, a Eduardo Prida, ex-oficial do Birô de Investigações Científicas da DAAFAR.
Eduardo Prida (E.P) - O senhor poderia nos explicar qual é a sua
preparação profissional e científica? Onde estudou?
Carlos Wotzkow (C.W) - Minha preparação, como a de qualquer cubano, é
uma formação em termos. Não se pode ser uma pessoa formada integralmente, em
um país onde a formação de seus cidadãos é realizada em função das necessidades
específicas do Estado, e, ademais, onde se dedica 30% do tempo acadêmico em
estudar marxismo-leninismo. Partindo desse pressuposto, posso então
dizer-lhe que sou um técnico veterinário graduado e um biólogo sem diploma
(deixei a carreira no 4º ano, quando saí de minha pátria para a Alemanha),
porém muitos colegas ajudaram a me formar fora de uma sala de aula em Cuba.
A Universidade de Havana, por exemplo, permitia meu ingresso em cursos de
Pós-graduação (sistemática e ecologia) sem eu ser um biólogo egressado da
universidade. Nesse sentido, creio que influíram meus resultados no campo,
minhas publicações em várias revistas de prestígio e, claro, o aval de
muitos colegas e amigos que desejavam meu desenvolvimento e formação
adequada.
E.P - O sr. teve professores estrangeiros em Cuba, ou recebeu alguma
preparação especial no exterior?
C.W - Não tive professores estrangeiros, porém muitíssimos colegas
cubanos e norte-americanos que me ensinaram ao longo de 12 anos como se
devia investigar. Não menciono nomes, por razões óbvias e dentre elas, o
fato de que muitos pensam igual a mim, e ainda tentam ajudar a natureza de
Cuba. No exterior, só estudei depois que saí de Cuba, porém meu interesse na
Suíça ocorreu em estudos sobre o comportamento humano e com fins nitidamente
vinculados à ajuda social. Entre eles, sobre Álcool e Droga, Comportamento
Disfuncional, Ética e Deodontologia, Ecologia e Agressividade Humana.Todos
afiançados por um programa de formação profissional do Swiss Hospitality
Engineering Consultants S.A.
E.P. - Onde e quando começaram as investigações biológicas com fins
militares?
C.W - Quando um projeto começa em Cuba, é algo verdadeiramente
difícil de saber. Por exemplo, a Central Nuclear de Juraguá já estava
planejada desde 1974 mas os cubanos só tomaram conhecimento dela quando
começaram suas obras, e sem que fizessem nenhum tipo de consulta popular
prévia, antes de informar sobre sua localização. No caso das investigações
biológicas, com fins militares foi igual, embora, claro, com a
particularidade de que estas começaram em datas distintas e em diferentes
frentes. O Instituto de Zoologia não foi o único centro que acolheu este
tipo de projeto, porém, muitos outros mais. Partindo desse esclarecimento, pode-se
dizer que em Zoologia começaram em fins de 1980 e acabaram em princípios de
1985.
E.P - O sr. conhece algum tipo de escapamento ou contaminação
biológica ocorrida em Cuba?
C.W. - Dezenas, porém... Como diferenciar quais foram intencionais e
quais com objetivos puramente militares? Como avaliar, por exemplo, a onda
de Aedes aegypti que escapou do laboratório do Dr. Fresneda da escola de
medicina? Qual seria o projeto do Instituto Pedro Kourí (IPK) que
necessitava de tais quantidades de dípteros transmissores de enfermidades
(hematófagos e não hematófagos)? Como catalogar o escapamento de drosophilas
(as bastante conhecidas guasasas, ou moscas das frutas) desse mesmo centro e
a aparição quase que imediata de um surto de conjuntivite hemorrágica, nos
arredores do Reparto Atabey? Se eu digo ao senhor que nos anos em que essa
pandemia se desenvolveu em Cuba (1980-1987) existia no IPK um grupo
comandado pela Drª Alina Llops que estudava os micro-organismos causadores
dessa enfermidade, e que além disso, alí trabalhava um entomólogo chamado
Carlos Bisset, especializando-se em drosophilas, o senhor chegará à mesma
conclusão que eu cheguei, entretanto, ambos seremos acusados de trabalhar
para a CIA, e não só, desde Cuba, como também por alguns crédulos da atual
administração norte-americana. É sabido de todos que as drosophilas são
insetos que pelo grande tamanho de seus genes, são muito usadas em
investigações genéticas (essa será sem nenhuma dúvida a explicação do
governo castrista), porém também é digno de nota que são os melhores
transmissores mecânicos de qualquer enfermidade virótica em que no ar (e as
correntes térmicas) pudessem pô-las em Washington, em apenas algumas
horas.
E.P - Morreu algum cientista ou técnico pelas deficientes medidas de
segurança e higiene no trabalho?
C.W. - O senhor, tanto quanto eu sabe que essas coisas em Cuba são
secretas. O senhor saberá que na aviação, por exemplo, se dava baixa a um
piloto por descobrir-se que ele tinha pé plano, depois de 10 anos de vôo.
Todavia, a realidade era outra e muitas vezes estava relacionada com a
toxicidade que lhe produziam as substâncias que ele devia transportar e/ou
descarregar em pleno vôo, e das quais ele não tinha nenhum conhecimento. Nos
laboratórios cubanos a coisa é mais ou menos parecida. Muitos cientistas
cubanos estão obrigados a trabalhar com perigosos patógenos "in vivo" (em
outros países estes se manipulam de modo atenuado) com o único objetivo de
obter resultados de uma forma rápida e confiável. Na realidade, não conheço
nenhum cientista que tenha morrido por deficiências técnicas, porém como já
lhe expliquei, se isto ocorre, jamais será publicado, jamais se explicaria
mencionando o diagnóstico correto e jamais se produziria por "acidente",
senão por negligência e pressão institucional. Neste caso estava o Team que
em Cuba se dedicava a investigar a Hepatitis (dentro da Escola de Medicina
Girón) e que eram médicos e biólogos aos quais a proximidade (vá se saber
por que) mantinha em um eterno martírio.
Veja amanhã a segunda parte da entrevista, com mais revelações surpreendentes
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