quinta-feira, 26 de setembro de 2002

O Notalatina traz hoje duas notícias da Venezuela, que mostram o “espírito democrático” do seu governante Hugo Chávez. A primeira, fala de como foi dispersada uma manifestação pacífica, na verdade, a tentativa de uma vigília para protestar contra novos decretos criados por Chávez. O modo de reprimir venezuelano, cada dia fica mais semelhante ao cubano...



A segunda nota é a respeito da utilização do petróleo venezuelano como financiador do terrorismo internacional. Confiram.



DISPERSAM À FORÇA UMA VIGÍLIA EM CARACAS



Fabiola Sachez – AP – Caracas - Postado em 21.09.2002



A Guarda Nacional usou granadas de gases lacrimogênios para dispersar ontem centenas de manifestantes opositores que pacificamente realizavam uma vigília em frente à sede da estatal Petróleos de Venezuela, em protesto contra o presidente Hugo Chávez.



Dezenas de guardas, sem provocação alguma, lançaram profusamente granadas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes, os quais insistiam em permanecer em frente à sede da petroleira venezuelana, desde que o governo mobilizou, bem cedo da manhã, tropas e tanques a uma base aérea militar do leste de Caracas, forçando-os a mudar o lugar original da concentração de seu protesto.



A imprensa local e testemunhas informaram que dezenas de pessoas receberam cuidados médicos, devido a contusões e sintomas de asfixia provocados pelos gases lançados pelos militares.



O grupo opositor denominado Força Solidária havia convocado ontem uma vigília em frente à base aérea Generalíssimo Francisco de Miranda, uma das nove áreas da capital venezuelana declaradas esta semana como “zonas de segurança” pelo governo.



Intimidados pela excessiva presença militar, os manifestantes se deslocaram até as proximidades da sede da estatal Petróleos Venezuela, situada em uma próspera zona residencial do leste de Caracas, com a intenção de realizar ali sua vigília.



Porém, inesperdamente, também nesse lugar foram deslocadas tropas portando equipamentos anti-motins, para evitar a concentração da oposição, alegando um dos militares a cargo da operação, em declarações à cadeia de televisão Globovisión, que os manifestantes estavam dentro da zona de segurança.



Quinta-feira entrou em vigor um decreto que estabelece como zonas de segurança as guranições militares da capital, a residência presidencial e as emissora s de rádio e televisão oficiais. O trânsito nessa zonas agora é restrito, mas não ficaram claros no decreto os limites do perímetro de segurança.



Líderes opositores acusam o governo de tentar sufocar a dissidência. Chávez disse que não permitirá uma repetição dos sucessos que em 11 de abril provocaram sua breve saída do poder.



Chávez foi restituído no cargo dois dias depois, em meio a manifestações pedindo seu retorno, e a rebeldia de militares que rechaçaram o governo provisório.



Fonte: www.lavozdecubalibre.com



O PETRÓLEO VENEZUELANO ESTÁ SENDO UTILIZADO PARA FINANCIAR ATIVIDADES TERRORISTAS INTERNACIONAIS



Unión Rádio – 23 de setembro de 2002



Alejandro Terán, presidente da Associação de Advogados Litigantes da Venezuela, ampliou nesta segunda o conteúdo da querela contra o presidente Hugo Chávez, pelo Convênio Petróleo com Cuba, apresentada por essa associação em 26 de junho passado.



Desta vez solicitam o ajuizamento do atual presidente da Petróleos de Venezuela (PDVSA) Alí Rodríguez Araque, e do vice-ministro Rafael Ramírez, por serem “operadores imediatos” no despacho que se fez na semana passada com destino à ilha.



Ante o fato de que ogoverno cubano “não pagou a dívida”, Terán revelou a existência de uma suposta carta de intenção assinada com PDVSA, assim como a obtenção de “provas suficientes” para demonstrar ante os tribunais internacionais, “que o petróleo que está saindo da Venezuela, vai financiar atividades terroristas e guerrilheiras, tanto do governo da Colômbia, como em outras organizações internacionais”.



Com isto, disse, a Venezuela estaria envolvida “indiretamente” com atividades terroristas, se bem que “o presidente Chávez tem vinculações muito sérias com a guerrilha colombiana”, na opinião de Terán. As provas serão apresentadas ante o Tribunal Internacional da Corte de Roma, “porque é onde compete”.



Fonte: www.lavozdecubalibre.com



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