É curioso como certos jornais e certos jornalistas são cuidadosos ao se referirem a Cuba ou a qualquer coisa relacionada com a ilha, como por exemplo, seu ditador, que alguns têm a pachorra de chamar de "Presidente".
Numa notícia veiculada ontem pela agência Heuters, sobre a visita "benemérita" do Ministro Celso Láfer à ilha caribenha, havia discretamente no último parágrafo que o Brasil se absteve de votar na resolução que condenava Cuba, na Comissão de Direitos Humanos ocorrida em Genbra, e esclarecia que: "A resolução pede maior empenho do governo de Fidel Castro no cumprimento dos direitos humanos na ilha". Mentira. A resolução era clara: condenava o NÃO CUMPRIMENTO do que está escrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos e sugeria que a ONU enviasse uma delegação anualmente, para inspecionar se a qualidade de vida e liberdade dos cidadãos cubanos havia melhorado.
Na edição de hoje, o Notalatina mostra a que ponto chega a violação a esses direitos humanos, em contraposição ao respeito inabalável que a ditadura devota às vacas e o excessivo respeito que a mídia esquerdista devota àquele que mais viola esses direitos aos cidadãos cubanos. Nada contra as vacas, mas há quem diga que em Cuba, molestar uma vaca, pode gerar problemas mais graves do que na Índia, onde elas são tidas como sagradas. O Notalatina mostra, também hoje, como a mentira faz parte da rotina socialista/comunista. Lá, como aqui, mente-se com a candura de um recém-nascido, mas ninguém quer mostrar isso ao respeitável público.
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS EM CUBA, É CONSIDERADA PROPAGANDA SUBVERSIVA
José Torres Iznaga, de Cuba Free Press. www.cubafreepress.org
A posse de papéis com a Declaração Universal de Direitos Humanos, cópias de notícias sobre Cuba tiradas da Internet e outros documentos similares, provocou a aplicação de uma multa ao opositor pacífico Osmani García Ballart.
Em 29 de agosto de 2002, quando transitava pela rua Belascoain no município Centro Havana, a polícia deteve o opositor García Ballart, Presidente da Associação Ecologista Naturpaz e lhe confiscou a mochila que continha a bibliografia citada. A multa que lhe foi imposta, ascendeu a 470 pesos cubanos*, pelo suposto delito de posse de propaganda inimiga (destaque meu). Segundo alegou o oficial da polícia, a multa está contemplada no artigo 1, da disposição legal 141, da Lei Cubana.
García Ballart disse "que esta detenção, aplicação da multa e confisco da mochila e dos documentos, constitue uma arbitrariedade das autoridades e uma burla à opinião pública internacional e ao povo de Cuba em particular.
* Considerando que 1 dólar equivale a 28 pesos cubanos, e que o salário médio de um cidadão com nível superior não ultrapassa os U$ 27,00, dá para se ter uma idéia do tamanho da multa.
MEMBROS DO MINFAR RECEBRAM ORDENS DE MENTIR DURANTE O CENSO DA POPULAÇÃO
José Antonio Fornaris, Cuba-Verdad
HAVANA, 19 de setembro - www.cubanet.org - Militares da ativa e trabalhadores civis do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR), recebram ordens de negar seu vínculo com essa instituição durante o censo de população e residências que se efetuou recentemente em Cuba.
Vários empregados das Tendas de Recuperação de Divisas, conhecidas popularmente pela sigla TRD, que são trabalhadores civis do MINFAR, declararam à Cuba-Verdad que oficiais da Contra-Inteligência Militar (CIM) os visitaram em seus empregos, para ordenar-lhes que, ao responder a pergunta do censo, referente à vinculação laborativa, dissessem que eles trabalhavam para o Poder Popular (governo local).
"O argumento dos oficiais do CIM é que 'não se pode dar informação ao inimigo", assinalou uma das fontes. Por seu lado, militares que solicitaram o anonimato, confirmaram a esta agência que também haviam recebido a ordem de mentir aos recrutadores do censo de população e moradia. Um destes militares manifestou a um dos oficiais da contra-inteligência sua preocupação em passar por mentiroso, uma vez que sempre o vêem de uniforme, porém este lhe respondeu que "todos os feitores conhecem a orientação".
O censo de população e residências foi feito em todo o país, entre os dias 7 e 16 de setembro. Entre seus objetivos principais figura o de "oferecer cifras atualizadas sobre as principais características demográficas, econômicas e educacionais da população, assim como de suas residências, brindando elementos estatísticos para avaliar a situação do país e formular as políticas sócio-econômicas que se determinem". O primeiro censo que se realizou em Cuba, do qual se têm notícias, foi efetuado em 1774, e estimou que nessa ocasião havia uma população de 171.620 pessoas.
Esta informação foi transmitida por telefone, já que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano o acesso privado à Internet. CubaNet não reclama exclusividade de seus colaboradores, e autoriza a reprodução, sempre que se lhe reconheça como fonte.
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