Faltam poucas horas para iniciar-se a votação sobre a ilícita reforma constitucional na Venezuela. No início da madrugada deste domingo fatal, posso escrever com calma desde meu posto de observação depois de colher informações durante o dia. O desespero de Chávez é nítido e transpira em cada aparição que faz. Pela CNN em Espanhol acompanho, pela primeira vez, uma cobertura limpa, isenta, bem diferente de dezembro do ano passado, quando consagrou-se a maior fraude da história eleitoral da Venezuela, com as bênçãos do manipulado CNE, da cínica OEA, do cripto-comunista Carter e dos observadores – todos comunistas – que referendaram a farsa criminosa.
Este ano o que se prepara não é nada diferente, pois é público e notório que as máquinas “capta huela” não oferecem a mais mínima garantia exigida para uma votação transparente e correta. Além disso, o próprio CNE convalidou cédulas de pessoas mortas há mais de 100 anos e concedeu o REP (Registro Eleitoral Permanente) a cubanos, etarras e terroristas das FARC, com identidades falsas, conforme denunciamos dias atrás.
Na última manifestação pelo “SIM”, ocorrida na sexta-feira 30 de novembro, Chávez encerrou seu discurso gritando: “Não poderão deter o carro da revolução”, referindo-se à certeza do triunfo de seu projeto, malgrado todas as pesquisas tenham dado a vitória do “NÃO”, com uma margem a favor da oposição de pelo menos 15%. Há alguns dias o site “Aporrea” divulgou um escrito patético e primário como sendo de agentes da CIA para o diretor deste órgão nos Estados Unidos, a Casa Branca e a Secretaria de Estado, intitulado “Operación Tenaza” (Operação Torquês – talvez em alusão a “aperto”), cujo embaixador venezuelano – um sujeito com cara misto de bêbado e débil mental – naquele país afirmava, fechando os olhos e balançando a cabeça como uma lagartixa, que o documento era “autêntico”. A porta-voz da Casa Branca, o diretor da CIA e Condoleezza Rice foram a público negar terem recebido ou conhecido tal documento, a não ser pela imprensa, mas a palavra deles não vale e a mentira passou a ser verdade incontestável perante o sub-mundo comunista.
Na tal Operação Tenaza, estabelece-se um plano para desconhecer a vitória do SIM, patrocinado pela CIA e a “oligarquia” venezuelana, que prometem instalar o caos no país sabotando a indústria petroleira (PDVSA), o fornecimento de energia elétrica e de alimentos. Ora, o desabastecimento de alimentos e gêneros de primeira necessidade já existe há mais de 1 ano promovido pelo próprio governo, onde os supermecados estão repletos de prateleiras vazias, como em Cuba, e a rede “Mercal” (do governo) é constantemente sabotada pelos próprios bolivarianos que até carimbam o braço dos consumidores para que não possam comprar mais de uma vez; qualquer semelhança com as “libretas de racionamiento” cubanas é mesmo cópia.
“Se se ativar a Operação Tenaza não sairá uma gota de petróleo para os Estados Unidos”, vocifera um ainda mais descontrolado Chávez, estendendo depois esta ameaça para o resto do mundo. O chefe do “Comando Zamora”, promotor dos eventos chavistas, afirma que quem vota pelo “SIM” está votando por Chávez e quem vota pelo “NÃO” vota por Bush. Chávez conclamou o povo (suas militâncias, bem entendido) a se manter vigilante até o fim das apurações, e ordenou aos comandos das Forças Armadas a “estarem alertas para frustrar os planos do inimigo”. Na sexta-feira, ao término da campanha, Chávez ordenou ao Ministro da Defesa e aos Comandantes da Armada, Exército, Aviação e Guarda Nacional para juntos elaborarem um plano de proteção dos campos petroleiros e refinarias, temendo que os marines americanos os invadam e saiam correndo com tonéis de petróleo na cabeça. Não pode ser outro, o motivo do medo e, mais uma vez confirma-se, com essas atitudes, o “excesso de democracia” deste regime foragido.
Essa tal “Operação Tenaza” me lembra outra operação que expôs Chávez ao ridículo, perante o mundo inteiro, intitulada “Operação Balboa” que, se os leitores quiserem dar algumas gargalhadas confiram neste artigo que escrevi em 2005 intitulado "Que papelão, 'seu' Chávez!". Não menos patético mas mais astucioso é o morto-vivo assassino-em-chefe do Caribe, Fidel Castro, alertar o mundo para a possíbilidade de um magnicídio neste domingo; este alerta também me remeteu a outra situação bem mais antiga, sobre o presidente comunista do Chile, Salvador Allende.
No livro Cuba Nostra, os segredos de Estado de Fidel Castro, o ex-espião cubano, Juan Vives, conta a verdadeira história do assassinato de Allende, praticado por seu guarda-costas, Patricio de la Guardia, por ordens do próprio abutre velho Fidel. E como comunista sempre acusa os outros daquilo que ele é e faz, cairia como uma luva essa campanha plantada anteriormente contra “El Diablo” Bush, as “operações” da CIA e as “oligarquias” venezuelanas para assassinar o psicopata de Miraflores e depois ele mesmo, Fidel, mandar praticar o crime, considerando-se que a guarda pessoal de Chávez é TODA composta por agentes do G2 cubano. Chávez seria o novo mártir que iria substituir Guevara, como vítima e como herói revolucionário. Trago essas lembranças que a serenidade da madrugada me proporcionam, para que fique registrado e se leve em conta, caso esse 2 de dezembro de 2007 seja realmente o último dia de vida do Chapolim de Miraflores.
E durante todo o domingo o Notalatina vai ficar em plantão permanente, informando sobre o que de fato está se passando no referendum na Venezuela. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro
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