sexta-feira, 9 de março de 2007












Esta edição deveria ter saído ontem, Dia Internacional da Mulher, estatuído por comunistas, mas por problemas técnicos não foi possível. Escolhi especialmente esta data para falar das mentiras que são marca registrada desta ideologia que faz promessas que sabe que não irá cumprir jamais. Comunista mente como LEI e com uma desenvoltura e naturalidade tão grandes que convencem os incautos, os pouco esclarecidos e os idiotas úteis como se fosse a verdade mais pura e cristalina.


No dia 28 de fevereiro passado o embaixador de Cuba no Brasil, sr. Pedro Núñez Mosquera, escreveu uma carta ao Jornal do Brasil condenando uma matéria que fora publicada por este periódico desvelando os horrores daquele cobiçado “paraíso terrestre caribenho”. Tal como uma velha prostituta que depois de usufruir do enésimo cliente o acusa de tê-la desvirginado, o sr. Mosqueira, todo ofendidinho, ensina o que a repórter não sabe sobre seu país. Diz ele num dos trechos mais comoventes da carta que transcrevo sem correção: “O que Cuba não tem, são meninos pedindo esmolas nas ruas, para poder viver malmente. O que Cuba não tem, são meninos obrigados a fazer trabalho infantil, as vezes em condições de escravidão, para poder ajudar no sustento familiar. O que Cuba não tem, são meninos que morrem de doenças curáveis; nem meninos que não podem assistir às escolas; nem pessoas analfabetas; nem famintos, nem mães e pais desesperados pela miséria e as condições infra-humanas que se vêem obrigados a suportar cada dia. (...) O que Cuba tem é muita dignidade e inteireza. (...) O que Cuba tem, é uma população que vive com dignidade. (...)”.


Confesso que quase chorei. Mas não foi com esta cartinha hipócrita e encomendada deste agente do G2 disfarçado de embaixador. O que me deu um aperto na garganta foi o relato que transcrevo abaixo, que retrata com fidelidade essa “inteireza e dignidade” com que vivem os cubanos, sobretudo os que não fazem parte da Nomenklatura. Por isso essa história deveria ter sido divulgada ontem, para mostrar o respeito que os comunistas fingem ter pelas mulheres, quando inventaram a tal comemoração.


Eu sei que muita gente vai me acusar de só reclamar das misérias alheias e esquecer das nossas, como há anos venho escutando como um velho disco de vinil rachado. Nós temos muita miséria, muitas crianças nas ruas, muitos velhos desamparados e muitos pedintes mas NUNCA fizemos uma revolução com a promessa de acabar com a pobreza, NUNCA expusemos outdoor aunciando ao mundo que não tínhamos crianças vivendo nas ruas. NUNCA nos gabamos de oferecer a todos os nossos velhos um final de vida com dignidade como faz, há malditos 48 anos, o regime mais genocida da América Latina e sua criminosa “Revolución”.


Além do texto pungente, as fotos que exibo nesta edição falam mais do que qualquer discurso, pró ou contra; elas revelam tudo o que a mídia e os governos cúmplices com este regime abjeto e criminoso escondem sobre a situação do povo escravizado da maior Ilha-Cárcere do planeta. Se quiserem ver mais fotos chocantes sobre a REAL situação desta gente sem futuro e sem esperança enquanto reinar a ditadura do feudo Castro, acessem o site NetforCuba da minha amiga Lou Pagani e vejam como é tratado o legítimo dono da terra, o cubano, e o turista, que enche os cofres da “famiglia” de euros e dólares.


E hoje se encerra a visita do presidente Bush ao Brasil, marcada por estúpidas manifestações, violentas e agressivas como sempre, onde o mais simples que dizem as faixas e cartazes é “Bush assassino”, “Fora Bush!”. Nunca vi nem meia dúzia de gatos pingados fazendo semelhante manifestação quando vêm ao país assassinos como Fidel ou seu aprendiz Chávez. Ultimamente venho sendo acometida de um surto de vergonha desta gente, que é minha, porque em vez de trabalhar duro, se inspirar e fazer alianças com quem é grande e pode nos fazer crescer, esta gente cega, burra e invejosa aplaude feito macaco de circo as piores figuras que o mundo já teve e sonha com um retorno à era pré-colombiana como “forma ideal de vida”. Mas tudo com muita infra-estrutura capitalista, que ninguém é bobo! Ah!, chega por hoje.


Se quiserem colaborar com o desmonte desta farsa monumental, divulguem para seus amigos e contatos. Fiquem com Deus e até a próxima.


Comentários e tradução: G. Salgueiro


Fonte: http://www.versioninternet.net/dxd_netforcuba/espanol/News-SP/2007/Feb/Noticia1685.htm


Mãe dorme no parque com suas filhas pequenas


Por Jaime Leygonier


Sob a chuvinha invernal, os bancos de granito do parque Santos Suárez, em Havana, servem de leito para Rosa Bárbara Soberón Urrutia, paciente psiquiátrica, e para suas filhas pequenas Lázara Dayamí Font Morejón, de 7 anos de idade, também com problemas psiquiátricos e Edith Dalia Font Soberón, de 5 anos, com problemas cardiácos.


Em conseqüência dessas condições, a pequena Edith contraiu uma bronco-pneumonia e teve que ser hospitalizada em 8 de fevereiro no Hospital Materno Infantil, antigo Hijas de Galicia, 2º andar, leito 12, segundo informou um sem-teto.


Rosa Soberón afirma que vive na rua há 7 anos. Quando sua mãe morreu, Rosa Bárbara ficou 2 meses internada em uma unidade psiquiátrica; quando saiu, a família a impediu de voltar a entrar em sua casa, em Macedonia 262, entre Bella Vista e Resguardo, no bairro havanero de El Cerro. Sete anos dormindo em funerárias, hospitais, parques, depósitos de lixo, até que a expulsam as autoridades ou os perigos de ataques de outros sem-teto.


Durante vários anos dormiu com sua filha Lázara Dayamí no depósito de lixo de Vía Blanca e Durege, seu centro de trabalho. E ela põe as meninas como testemunhas: Onde tu dormias, Lazarita? E Lazarita responde sorrindo: “No caminhão de lixo”. A mais nova criou-se na casa de uma avó. Onde tu dormias, Edith? “Dormia com minha avozinha, porém minha avozinha se foi para o céu há 7 dias, porque não comia”. E agora? “Agora durmo no banco do parque”.


A condição psiquiátrica de Rosa Soberón não a impede de trabalhar; ela é empregada de “Serviços Comunais”, como varredora de rua e limpa o parque Santos Suárez onde dorme com suas filhinhas. Seu salário é de $ 375 (pesos cubanos); o salário de muitos médicos é $ 390, porém em Cuba nem os médicos nem os varredores podem viver de seus salários. Nem muito menos na rua com duas meninas.


Nenhum salário permite alugar uma residência e o arrendamento de casas é ilegal em Cuba. Compartilhar o parque com alcoólatras sem-teto é a única coisa que está ao alcance de Rosa Bárbara.


Esta mãe afirma que procura insistentemente todas as autoridades e nenhuma soluciona seu problema: cartas e gestões com Vilma Espín, esposa de Raúl Castro, o Conselho de Estado, o Poder Popular, diretores do Insitituto da Residência, Seguridade Social, Direção de Albergues, mas só recebe evasivas ou o silêncio como resposta.


Recentemente os policiais a detiveram, por pernoitar em um edifício em escombros do Hospital Diez de Octubre – antiga Clínica Dependiente -, primeiro ameaçando-a na Unidade Policial, depois eles alimentaram as meninas, porém não houve solução. Rosa Soberón afirma que o Capitão Lázaro, chefe policial do Conselho do bairro, a ameaçou em prendê-la por delito de periculosidade social e que uma funcionária municipal lhe disse: “Não me interessa teu problema enquanto mantenhas o parque limpo”. (A sensibilidade desses comunistas é algo realmente digno de nota... G.S.).


Quem escreve este texto telefonou no dia 6 fevereiro para o Departamento de Atenção à População do Conselho de Estado. A funcionária que me atendeu disse: “Não atendemos esse tipo de assuntos; é coisa do Poder Popular e de Moradia”. Pórem, a mãe disse que já foi a essas instâncias várias vezes e que não a ajudam. Existe propaganda política de que em Cuba nenhuma criança dorme na rua, disse-lhe. “Não temos nada a ver com esses casos, meu amor; isso é do Poder Popular e de Moradia, meu carinho”.


No Poder Popular Provincial da Cidade de Havana dei os dados à funcionária no dia 6 de fevereiro e ela me disse que a interessada deve averiguar seu número de matrícula e vir aqui amanhã ou qualquer dia em horário de expediente. Tem ‘amanhã’ quem dorme em um parque? Sabe fazer petições? No dia 8 internaram Edith por causa da bronco-penumonia.


Rosa não só não lembra seu número de matrícula como teme ir resolver isso, porque se falta ao trabalho acredita que a expulsarão. No dia 7 me disse assustada que alguém havia telefonado para o seu trabalho perguntando por ela e verificando se ainda dormia no parque com suas duas meninas. Receberá ajuda ou castigo?


No dia 8 telefonei à Assembléia Nacional do Poder Popular. Me atendeu uma funcionária atolada de trabalho chamada Nálvara. Ao perguntar os dados das desamparadas insistiu para saber se foi a mãe quem havia se aproximado de mim ou eu dela – informação desnecessária para ajudá-la, porém útil para estabelecer a culpabilidade política por haver falado com um jornalista dos direitos humanos.


Rosa sonha com um quartinho em um albergue, esses armazéns estatais de desditosos sem-teto que os consideram um inferno por suas condições infra-humanas. Rosa sonha com mais. A menina mais velha é interna na Escola para transtornos de conduta Carlos Manuel de Céspedes, em El Chico, fora de Havana e a menor cursa o pré-escolar na escola primária Fructuoso Rodríguez, no Cerro; não lhe deram o internato por sua pouca idade.


Fins-de-semana e férias significam o fim dos magros almoços escolares e dormir na intempérie e em perigo, no banco do parque ou na lixeira. Se ao menos a avozinha não tivesse ido para o céu por não comer e algum funcionário tivesse escutado ou visto, Edith não estaria internada.


Rosa diz que o pai da menina mais velha está morto e o da menor preso e com AIDS. Agora a acompanha e protege outro sem-teto, Julio Jesús Chile Barcinde, desempregado que no dia que Rosa recebe o salário exige dinheiro para beber. O resto da família as rechaça e não têm obrigação legal. Rosa Bárbara Soberón afirma ser sobrinha de Francisco Soberón, Presidente do Banco Nacional de Cuba, um dos arquitetos da miséria dos cubanos pela leonina taxa de câmbio do peso.


A propaganda de Castro sempre afirmou que em Cuba jamais voltaria a existir indigência, nem mães nem crianças sem-teto, graças à sua revolução. Em 1953, preso, Castro prometeu em seu folheto “A história me absolverá”: “Um governo revolucionário resolverá o problema da moradia, financiando a construção de residências em escala nunca vista. (...) A cada família sua própria casa ou apartamento. Há pedra suficiente e braços de sobra para fazer para cada família cubana uma residência decorosa”.


Chuvas de verão... Porém, um cartaz divulgado recentemente até em outdoors, mostra uma rosa sobre um banco de parque. Seu texto assegura: “No mundo milhões de crianças dormem na rua. Nenhuma é cubana”. Entretanto, em Cuba muitos cubanos não contabilizam; não existem. Uma multidão de organizações estatais e o exército de trabalhadores sociais improvisado com pompa e circunstância por Castro não vêem isto; são revolucionários para espionar a vida de todos, porém não vêem os desamparados cujo número aumenta e para os quais o Estado é incapaz de cumprir com seus deveres de uma sociedade justa.


Pedi às funcionárias que escrevessem um final feliz para este artigo, porém as tragédias são tantas, a vontade estatal de escondê-las longe do público é tão firme – especialmente desse público estrangeiro de ingênuos de esquerda que repetem que em Cuba existe uma sociedade justa e solidária – e o pecado de falar com os dos dieitos humanos é tão imperdoável...


Educada no paternalismo estatal, Rosa Bárbara Soberón Urrutia afirma: “Se Fidel não estivesse doente, se tivesse lido minhas cartas já teria resolvido nosso problema, porque Fidel é bom, porém para os funcionários não lhes importamos nada, só pensam em roubar e construir casas, e vender materiais de construção e apartamentos. Qualquer dia eu resolvo meu problema pegando minhas meninas e jogando-me com elas debaixo das rodas de um caminhão”.


Notem como a lavagem cerebral comunista é igual em qualquer lugar. Fidel é bom; maus são seus funcionários, do mesmo modo que Lula, para o povão brasileiro, é bom; maus são seus assessores e funcionários. Lamentavelmente, esta gente não tem alcance para compreender que é a estes personagens malignos que devem sua miséria, pois eles são os cabeças e mentores de tudo. G. Salgueiro



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