quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Várias vezes eu referi a dificuldade que tenho na hora de selecionar o que vou publicar em cada edição do Notalatina, em primeiro lugar, pela quantidade exorbitante de denúncias que recebo diariamente, dando conta das violações que são cometidas contra seres humanos, sobretudo em Cuba, bem como ver dentre essas informações aquelas mais graves mas também as que sei, com certeza absoluta, que em nenhum outro informativo desse país será visto e menos ainda denunciado.


A seleção de hoje é dolorosa, pois fala do sofrimento, maus tratos, abuso de poder contra idosos e inválidos. É impressionante a quantidade de pessoas em Cuba portadoras de doenças graves, o que por si só derruba a tese canalha dos logros da revolução que são repetidos à exaustão, sendo o principal deles a “excelência à saúde do povo”, dada “gratuitamente”.


Apenas a primeira nota traz uma boa notícia: dois enfermeiros cubanos conseguiram se libertar do “paraíso”, se utilizando da auto-exploração da mão-de-obra semi-escrava oferecida pelo tirano Castro a países exploradores dos “frutos da revolução”. Que estes dois possam usufruir plenamente da liberdade conquistada duramente, pois esta não tem preço!


Há ainda uma nota mostrando os mais novos métodos da inteligência cubana, para tentar arrancar informações dos cidadãos opositores. Mas, deram com os burros n'água, pois a oposição não é idiota como eles pensam... Ainda bem.


E por hoje é só. Na próxima edição prometo falar um pouco da conturbada Venezuela e das associações espúrias que estão sendo costuradas pelo deslumbrado tiranete diabólico Chávez. E o nosso governo também está incluído, até a medula, nesses “pactos”. Não sei se ainda há tempo de uma virada nessa situação mas o Brasil está conscientemente embarcando numa canoa abarrotada de furos e nós, o povo, é que está pagando desde já, o preço da estupidez comunista. Que Deus ainda tenha alguma reserva de misericórdia para nos oferecer porque nós vamos precisar e muito!


Fiquem com Deus e até a próxima!


OUTRA ENFERMEIRA APROVEITA CONTRATO ESTRANGEIRO COM CASTRO PARA PEDIR ASILO POLÍTICO


Janet Eva Perez Sardiñas sabia que nunca poderia escapar do regime castrista, por ser enfermeira graduada. O governo só permite a saída definitiva de seus profissionais, em troca de muitos milhares de dólares. Sua única possibilidade era formar parte dos profissionais que o governo cubano aluga a diversos países do mundo e, uma vez fora dali, cuidar de romper os laços com o regime.


Sua oportunidade chegou, quando lhe pediram que se incorporasse ao contingente alugado ao governo de Trinidad e Tobago, para que trabalhasse no Hospital Geral de Puerto España.


Perez Sardiñas formava parte de um grupo de 50 enfermeiras e 10 médicos alugados a Trinidad, para trabalhar em diferentes lugares da ilha. A contratação de profissionais com o governo de Castro é de grande ajuda ao orçamento de vários governos, devido ao baixo custo dos mesmos.


Sabe-se que a enfermeira Perez Sardiñas chegou em Miami usando documentos falsificados em Trinidad e Tobago, de acordo com o embaixador de Cuba neste país, Felix Raúl Rojas. Outro enfermeiro do mesmo grupo, Alberto Perez Sierra, casou-se com uma cidadã de trinidad e também pediu asilo na ilha.


Fonte: www.lavozdecubalibre.com


BARBÁRIE EM CUBA COMUNISTA


Outro dos selvagens atropelos que sofrem os cubanos diariamente. Desta vez, na 3ª Unidade da Polícia Nacional Revolucionária situada na Rua Colón e Nazareno e Síndico, Stª Clara 50100, na Cuba Comunista.


No passado dia 3 de fevereiro de 2005, Guillermo Fariñas Hernández foi detido e levado à 3ª Unidade da Polícia Nacional Revolucionária (PNR). Fariñas é inválido e se locomove em uma cadeira de rodas, que não deixaram levar com ele ao ser detido.


Ao chegar na 3ª Unidade da PNR, o cidadão Fariñas teve que entrar arrastando-se. Ao vê-lo, o Tenenete Coronel Carlos Morales disse aos esbirros ali presentes: “Vejam, assim estão os que defendem os Direitos Humanos: arrastando-se! São todos uns arrastados!”, ao que o cidadão Fariñas contestou: “Arrastado é você. Eu estou assim como conseqüência de haver passado 14 meses em greve de fome em um cárcere, por defender meu direito de pensar e dizer o que penso, coisa que você não se atreve a fazer!”


Ao escutar isto, o Tenente Corone Carlos Morales ordenou a seus esbirros: “Algemem-no! Que vamos botar esse negro de merda para dentro a patadas, antes que venha a Segurança porque depois não podemos fazê-lo”. E se cumpriu a ordem do Tenente Coronel Morales.


Apesar de ser inválido, indefeso, atirado ao chão e algemado, o botaram para dentro a patadas. Onze subalternos do Tenente Coronel Morales golpearam selvagemente Fariñas, provocando-lhe feridas na cabeça e outros golpes.


Levado ao hospital posteriormente, tiveram que fazer-lhe 8 suturas em uma das feridas e 4 suturas em outra, além de sofrer outras contusões. Entre os que participaram do espancamento em Fariñas estão o Tenente Coronel Carlos Morales, o Capitão Rúben Toyos, o policial com número 25979 em seu crachá e oito membros mais da Delegacia de Polícia, cujos nomes não foi possível conseguir.


Denunciamos este crime cometido contra o cidadão Fariñas e exigimos que este selvagem atropelo não fique impune.


Informou Mayra Enríquez


Fonte: www.payolibre.com


OFICIAIS DA SEGURANÇA DO ESTADO SE FAZEM PASSAR POR FUNCIONÁRIOS NORTE-AMERICANOS


SANTIAGO DE CUBA, 15 de fevereiro - Juan Carlos Garcell, repórter de nossa agência APLO na zona norte de nossa região oriental, foi visitado de surpresa por uns funcionários que disseram vir do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana.


Apesar de sua tentativa de fazerem passar-se por funcionários norte-americanos, Garcell pode identificar um deles, por ser um conhecido oficial da Segurança do Estado, segundo informou por telefone. Durante sua visita, os prováveis funcionários indagaram sobre o destino dos supostos dinheiros que, segundo eles, Juan Carlos recebia para que fosse entregue aos presos políticos e demais membros da oposição.


O acontecido com Juan Carlos Garcell põe em evidência a última estratégia dos membros da inteligência cubana e seu modus operandi. Há apenas alguns dias, um oficial da Segurança do Estado me advertiu de que logo eu receberia a visita de alguns funcionários da SINA, que estavam percorrendo o país e entrevistando-se com os opositores.


Informou Guillermo Espinosa, APLO – www.cubanet.org


ATROPELAM ANCIÃOS EM PLACETAS


PLACETAS, 15 de fevereiro – Um forte operativo policial, no qual não faltou o atropelo físico contra vários anciãos, aconteceu no passado 12 de fevereiro no boulevar principal do município vilacerenho Placetas.


Forças conjuntas de para-militares e policiais vestidos de civil arremeteram contra uma dezena de pessoas de idade avançada que vendiam artigos artesanais na 2ª do Oeste, entre a Estrada Central e a 1ª do Sul.


Cerca de uns vinte agentes repressivos confiscaram as mercadorias e o dinheiro dos comerciantes e lhes impuseram multas caríssimas. Dois dos reprimidos que, por razões óbvias, não permitiram que seus nomes fossem divulgados, forneceram alguns dados de interesse sobre o acontecido.


Os dois são aposentados. O de menos idade tem 64 anos, padece de cardiopatia isquêmica e sua pensão chega a 110 pesos. Mora com dois familiares doentes, aos quais ajuda economicamente. A polícia o acusou por convicção, já que não o surpreendeu na venda de “chavitos” ou pesos convertíveis que substituíram o dólar. Embora não lhe tivessem imposto multa, lhe confiscaram todo o dinheiro que trazia: 15 “chavitos” e mais de cem pesos.


Quando o levaram ao centro policial mais próximo, um dos policiais civis – jovem e de constituição robusta – o empurrou, ao ponto que teve de apoiar-se em uma coluna para não cair no chão.


O outro cidadão tem 72 anos e sofre de bronquiestasia crônica e de hipertensão arterial. Sua pensão é de 120 pesos, que não são suficientes para manter-se. Além disso, tem a seu encargo uma inválida, como conseqüência de diabetes melitus que padece. Os agentes repressivos lhe tomaram quatro reistências de fogão e 215 pesos. Também lhe impuseram uma multa de 40 pesos.


Informou: María Elena Alpízar Ariosa, Grupo Decoro - www.cubanet.org


Estas informações foram transmitidas por telefone, uma vez que o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano acesso privado à Internet. CubaNet não reclama exclusividade de seus colaboradores e autoriza a reprodução deste material, sempre que se lhe reconheça como fonte.


Traduções: G. Salgueiro

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

O Notalatina está saindo hoje com um pouco de atraso porque eu estava assistindo a votação na Câmara para a presidência daquela Casa mas acabei desistindo; o processo era lento e ainda falta muito para acabar. Curiosamente, nunca se viu tantos parlamentares sentados no plenário, comportadíssimos e esperando pacientemente sua vez de “pagar” pelas beneces recebidas em troca dos mais espúrios conchavos. Um horror e uma indignidade ímpares!


E considerando este atraso, hoje trago apenas duas notas importantes sobre as relações perigosas entre o “mini-eixo” Brasil-Cuba-Venezuela-Argentina, numa carta escrita pelo incansável guerreiro e patriota venezuelano, Alejandro Peña Esclusa de quem tenho a honra de privar da amizade, ao Conselho de Segurança da ONU, alertando para o perigo que corre não só a sua Venezuela, como toda a América Latina. A outra nota, mais ou menos no mesmo “tom”, é uma análise da situação latino-americana que me vem através do La Voz de Cuba Libre.


Hoje o Supremo Apedeuta Lula está na Venezuela e já assinou acordos da ordem dos 300 milhões de dólares, segundo pude escutar na “Voz do Brasil”. A maioria do povo brasileiro não sabe ou não quer crêr no perigo que estamos enfrentando com esses acordos, uma vez que tudo vem delineado de Cuba, sob a orientação do velho e decadente assassino-em-chefe Fidel. Se as pessoas parassem um pouquinho só para refletir e fazer uma retrospectiva, veriam quantos passos já demos na direção do castro-comunismo. Mas, é mais fácil fazer como o avestruz e enfiar a cabeça na terra, com a clássica afirmação que eu mesma tantas vezes ouvi quando, beirando o desespero, tentava alertar as pessoas do perigo que corríamos: “não quero saber de política” ou “eu odeio política e esse assunto não me interessa”.


Bem, certa vez um guerreiro militar, amigo muito querido, me disse uma frase que é comum na vida castrense e nunca mais ela me saiu da cabeça e aproveito para deixá-la aqui, como despedida e como alerta a todos: “O preço da Liberdade é a eterna vigilância”.


Na próxima edição voltaremos a falar dos horrores de Cuba. É preciso denunciar SEMPRE, pelo povo cubano e por nós, que ainda poderemos nos ver em situação similar. Que nos sirva o exemplo da Venezuela de hoje...


Fiquem com Deus e até a próxima!


CARTA AO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU ENVIADA POR ALEJANDRO PEÑA ESCLUSA


Caracas, 14 de fevereiro de 2005


Senhores,
Membros do Conselho de SegurançaOrganização das Nações Unidas
Avenida 125 com rua 38Nova York


Dirijo-me aos senhores com caráter de urgência, para exortá-los a tomar medidas com a finalidade de evitar um conflito armado na América Latina. Os fatos são os seguintes:


Carreira armamentista: O Governo da Venezuela acordou com o Governo da Rússia a compra de cem mil fuzis Kalashnikov AK-47, aviões de combate MIG-29 e helicópteros de ataque, e com o Governo do Brasil, aviões de caça da empresa EMBRAER. A quantidade de fuzis contratada excede amplamente as necessidades tradicionais da Força Armada Nacional venezuelana.


Aliança militar com Cuba: Em 30 de janeiro passado, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre – Brasil, o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou um tratado de assistência militar recíproca entre Cuba e Venezuela. O regime cubano é catalogado como terrorista por muitas nações do mundo.


Vínculos com a guerrilha colombiana: Segundo informou um cabo da AP, datado em Montevidéu de 30 de maio de 1995, Hugo Chávez se inscreveu no Foro de São Paulo (www.forosaopaulo.org), organização que inclui entre seus membros às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupos considerados mundialmente como terroristas. A vinculação entre Chávez e as guerrilhas colombianas, através do Foro de São Paulo, foi confirmada publicamente pelo dirigente guerrilheiro Pablo Beltrán, em 17 de novembro de 1999.


Conflito injustificado com a Colômbia: Em janeiro deste ano, a atitude de Hugo Chávez afundou a Venezuela e a Colômbia na pior crise diplomática e comercial desde agosto de 1987. O detonante da crise foi a captura em território venezuelano de um dos terroristas mais procurados do mundo, Rodrigo Granda, chanceler das FARC.


Repressão interna: como consta em documentos e testemunhos apresentados antes a Corte de Haia, o Organização dos Estados Americanos, a Sociedade Interamericana de Imprensa e outras importantes instâncias internacionais, os corpos de segurança venezuelanos e os seguidores de Hugo Chávez têm agredido com armas as manifestações pacíficas de opositores do Governo, provocando numerosos mortos e feridos.


Pelo que foi anteriormente exposto, existem dúvidas razoáveis sobre o verdadeiro destino que o governo venezuelano pretende dar a esse material bélico e, inclusive, suspeitas de que parte das armas sejam entregues ao regime cubano, às guerrilhas colombianas e a outros grupos subversivos latino-americanos, e a outra parte usada para reprimir ilegalmente a oposição.


Por estes motivos, lhes sugiro que, em primeiro lugar, solicitem aos governos da Rússia e do Brasil que suspendam temporariamente o envio das armas à Venezuela e, em segundo lugar, convoquem uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a fim de analisar exaustivamente o caso venezuelano. Me atrevo a lhes propor tal curso de ação, porque uma omissão neste assunto pode detonar um conflito na América Latina de proporções inimagináveis.


Fico à disposição para acrescentar mais informação a respeito.


Engº Alejandro Peña Esclusa
Ex-Assessor do Conselho Nacional de Segurança e Defesa


Caracas, Venezuela


CADA VEZ MAIS FORTE O EIXO CUBA-VENEZUELA-BRASIL-ARGENTINA, CONTRA OS ESTADOS UNIDOS


É conhecida a estreita amizade entre Fidel Castro, de Cuba e Hugo Chávez, da Venezuela, do mesmo modo que a forte participação cubana no desenvolvimento socialista venezuelano, e o importante apoio petroleiro da Venezuela à economia da ilha caribenha. A solidez desse mini-eixo no Caribe pode-se medir pelas denúncias de Fidel Castro acerca de eventuais tentativas do governo americano contra Hugo Chávez, ou seja, pela proteção que lhe outorgam os serviços de informação cubanos ao aliado estratégico de Cuba.


Porém, a estratégia de Chávez vai mais além dessa região e forma parte de um plano de integração sul-americana. Assim, tem reforçado, por uma parte, sua economia e sua defesa, mediante importantes acordos com a China e com a Rússia (que lhe vendeu armas, incorrendo em ofensa ao governo de Bush). E, por outra parte, tem realizado igualmente passos transcendentais para estabelecer alianças estratégicas com os governos de Néstor Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva.


Em sua visita à Buenos Aires, por exemplo, o presidente venezuelano assinou acordos petroleiros com a nascente empresa nacional de hidrocarburetos argentina, impulsionou a construção de navios petroleiros em estaleiros estatais desse país, anunciou a compra das 6 mil e 500 estações gasolineiras da anglo-holandeza Shell-Dutch Oil, enquanto trata de vender nos Estados Unidos as CITGO venezuelanas e, prevendo que a revolução bolivariana terá os mesmos resultados para o povo que a castrista, chegou a acordos de intercâmbio de alimentos por petróleo venezuelano.


Agora assinará na segunda-feira (hoje) em Caracas, uma aliança estratégica com o sócio gigante do Mercosul, que incluirá temas de energia, petróleo, gás, agroindústria, ciência e tecnologia, e também a compra de aviões de guerra ao Brasil, a qual completará a aquisição de armas da Rússia.


Este apoio dos dois países do Mercosul ao governo de Caracas o respalda ante Washington e, simultaneamente, desafia este. Do mesmo modo, os acordos militares com o Brasil têm um sentido particular, se se recorda que ambos os países têm interesses comuns na defesa dos recursos hídricos e em biodiversidade da região amazônica. Além disso, o imenso Brasil não só limita-se ao sul com o Uruguai, Paraguai e Argentina, seus sócios no Mercosul, como também ao ocidente com os países andinos, aos quais pertencem tanto a Venezuela como a Colômbia, e ao norte integra a região conflitiva onde, desde Bogotá, os Estados Unidos ameaçam a estabilidade política da Venezuela, e com seu Plano Colômbia aparece como um perigo para a independência de todos os países sul-americanos.


O esforço de Caracas para reforçar o Mercosul, integrando-se à construção do mesmo, inspira-se na idéia de Simón Bolívar de união dos latino-americanos para enfrentar os Estados Unidos.

Fonte: www.lavozdecubalibre.com


Traduções: G. Salgueiro