Há vários anos eu venho alertando sobre o perigo de nos transformarmos numa imensa Cuba continental, como é desejo do abutre do Caribe, Fidel, mesmo sendo por isso rotulada com as piadinhas mais sórdidas e infames, além da pecha de “agente da CIA” e do pedido para que “voltasse a ser brasileira” (como se, por me ocupar da situação desesperada de outros povos, que antevia ser nosso futuro, eu tivesse deixado de sê-lo), por me dedicar a denunciar o que ocorre com aqueles pobres cubanos “a pé”, escravizados desde o ventre de suas mães. Me diziam que “o problema dos cubanos é deles” e, “se eu fosse mesmo brasileira” que “me ocupasse dos problemas dos brasileiros”, como se não houvesse uma ligação estreitíssima entre uma situação e outra.
De Cuba, passei a denunciar também o que vem acontecendo com outros países da América Latina, como os nossos vizinhos Venezuela, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador, todos hoje rezando pela mesma cartilha medonha do Foro de São Paulo e do Comunismo Internacional. Os presidentes destes países, hoje comunistas, são todos fruto das deliberações do maldito Foro de São Paulo. Muitos dos que antes me detratavam ou escarneciam pela preocupação com as denúncias que fazia, hoje (com anos de atraso) parecem estar finalmente exergando o que eu queria alertar com tais denúncias. Que Deus não permita que cheguemos lá, na “chavização” ou “cubanização” do Brasil mas ainda corremos este risco, sim e muito.
O Notalatina hoje fala outra vez de Cuba e de uma nova onda de prisões ilegais e fortíssima repressão ocorridas desde o dia 14 do mês em curso até ontem, contabilizando já mais de 20 opositores nos cárceres, além de uma outra quantidade incalculável que está sendo mantida refém, em suas próprias casas, sob a vigilância cerrada dos malditos CDRs e BRR (Brigada de Resposta Rápida).
Se quisermos saber qual o motivo real, justo e legal para isto não vamos encontrá-los em lugar nenhum mas, para o abutre sedento de sangue e ódio, o assassino-em-chefe Fidel, fazer greve de fome em praça pública, por exemplo, é motivo bastante para rotular como “desordem pública” e custar ao “desordeiro” anos de prisão, torturas e humilhações.
Outros opositores pacíficos que resolveram juntar-se em solidariedade aos grevistas pela crueldade e desumanidade imposta pelo regime (e que relatarei em seguida), foram também detidos. Ficaram alguns dias desaparecidos, sem que seus familiares tivessem qualquer notícia de seus paradeiros, porém, hoje já se sabe que estão “acomodados confortavelmente” em diversos presídios da Ilha.
E enquanto estas ações criminosas são praticadas à larga na ilha-cárcere, onde a vida privada de cada cidadão é controlada milimetricamente pelo maldito regime castro-comunista, o mundo não toma conhecimento, não chora nem reclama por esta gente pacífica, ordeira e digna aprisionada feito cães sarnentos. Chora, esbraveja, faz grandes manifestações e deitam laudas e mais laudas nos jornais pedindo o fim da base americana de Guantánamo, como se ali se praticassem as torturas e os crimes mais hediondos contra inocentes e indefesos... terroristas!
Pois que o mundo conheça agora o regime odiento e criminoso que “seu” Chico Buarque, “seu” Niemayer, o pseudo-frei Betto e todos os integrantes deste governo comunista canalha, corrupto e desprezível que nós temos hoje no Brasil, tanto defendem como “modelo” para ser copiado aqui na nossa Pátria.
Fiquem com Deus, tenham um ótimo início de semana e até a próxima!
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DOIS OPOSITORES CUBANOS EM GREVE DE FOME NA VIA PÚBLICA
Havana, 13 de julho – Os promotores da Corrente Martiana, Moisés Leonardo Rodríguez Valdés e Roberto de Jesús Guerra Pérez, encontram-se em greve de fome nas imediações do Conselho de Estado, em um parque muito próximo ao Ministério de Comunicações na capital cubana.
Este ativistas de direitos humanos tomaram esta decisão depois de serem multados em $ 200 pesos cubanos, cada um, por viverem ilegalmente na casa da senhora Marta Martínez Barrinat, segundo as autoridades cubanas; a própria dona da casa que aprova a presença destes inquilinos, recebeu uma multa de $ 1.500 pesos cubanos.
A situação de ambos os opositores é complexa, já que não têm onde viver e o governo cubano não lhes permite que continuem morando em tal residência, pelo que optaram por realizar este protesto cívico até receber uma solução para seu problema.
No lugar onde se encontram acorreram vários opositores para demonstrar apoio a estes ativistas, destacando a presença de René Montes de Oca Martija com vários membros do Partido Pró Direitos Humanos de Cuba, filiado à Fundação Andrei Sakarov, jornalistas independentes e ativistas de outras organizações.
Esta informação foi dada por Marta Martínez Barrinat à Ação Democrática Cubana – www.adcuba.org.
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DESAPARECIDOS GREVISTAS DA VIA PÚBLICA
Segundo se pode tomar conhecimento, os promotores da Corrente Martiana, Moisés Leonardo Rodríguez Valdés e Roberto de Jesús Guerra Pérez estão desaparecidos desde entre as 2 e as 4 da tarde de hoje, 13 de julho, segundo informe de José Ábalos e do pastor Ibrahin Pina. “Se está chamando a todas as unidades de Polícia, o Departamento de Segurança do Estado, os estamos dando por desaparecidos”, asseverou o pastor Ibrahin Pina, que também disse ter escutado que há um grupo de pessoas detidas, porém que não se sabe quais são.
Há a possibilidade de que René de Oca Martija, Secretário Geral do Partido Pró Direitos Humanos filiado à Fundação Andrei Sakarov seja um dos detidos.
Esta informação foi recebida entre as 10 e 10 e meia da noite por Ramón Saúl Sánchez www.democracia.org e um servidor, Pablo Rodríguez Carvajal www.PayoLibre.com.
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Na madrugada do dia 14 de julho, Vivian Santana Barreto e Esther Germán Valdés, esposas dos defensores dos direitos humanos Modesto Leopoldo Valdivia Varela e René de Montes Oca Martija, ficaram sabendo que seus maridos foram presos nas imediações da Praça da Revolução quando apoiavam os amigos que jejuavam em greve, e que foram levados para as prisões 100 e Aldabó.
Ainda se desconhece a situação dos opositores Maura de la Caridad Pereida Raiz e Luis Roberto Vidal Abreu, ambos ativistas do Partido Pró Direitos Humanos filiado à Fundação Andrei Sakarov.
Os seguintes opositores também se encontram na unidade policial de 100 e Aldabó: Moisés Leonardo Rodríguez Valdés, Roberto de Jesús Guerra Pérez, Camilo Cairos Falcón, Maritza Sarmiento Fernández e Carlos Alfonso Graverán. Até o momento estima-se que há uns vinte ativistas detidos, porém ainda não se pôde verificar seus nomes.
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INFORMAÇÃO PARCIAL DA REPRESSÃO ATUAL EM CUBA
Havana – 23 de julho de 2005 – Segundo se pode tomar conhecimento, por fontes confiáveis, desde a tarde e noite do dia 21 foram convocados membros dos CDR (Comitê de Defesa da Revolução), da Associação de Combatentes, trabalhadores dos centros operários agrupados nas BRR (Brigadas de Respostas Rápidas) e outros pró-oficialistas para deter a ação de grupos contra-revolucionários, como eles chamam, que ia efetuar-se no dia 22 de julho de manhã cedo.
Desde a madrugada do dia 22, pudemos tomar conhecimento pela boca dos próprios reprimidos que montaram-se operações dirigidas por oficiais da Segurança do Estado aos domicílios de muitos opositores. Muitos foram visitados indistintamente por delegados do Poder Popular, Cederistas e representantes de centros operários, entre outros, para advertir-lhes de que não podiam sair de suas casas durante todo o dia.
Em vários casos gritaram palavras de ordem revolucionárias, pegaram cartazes alegóricos ao 26 de julho nas quadras e interceptaram os que tentaram sair para providências próprias de um lar.
Nervosismo e confusão por não conhecer as causas da repressão, em muitos casos, foi o que transmitiram os próprios reprimidos ao notificar suas situações a este repórter. Outros tiveram menos sorte, pois foram detidos em suas casas ou outros pontos da cidade. Em alguns casos, de forma violenta e na presença de seus filhos, como aconteceu com José Renier Fleitas, na presença de suas filhinhas de 6 e 8 anos, segundo explicou sua esposa Ilian Novis.
A filha de 14 anos de idade, de Luis César Guerra, de Santiago de las Vegas, explicou sua esposa Iris César Viryes, teve que ser levada ao hospital onde a internaram para terapia, por causa da subida de sua pressão arterial depois de presenciar a atuação das forças repressivas e a detenção de seu pai.
O domicílio de Leonardo Miguel Bruzón Ávila, presidente do movimento “24 de Fevereiro”, este sob forte operativo com vários carros e motos do Ministério do Interior e dezenas de pessoas; sua esposa teve uma forte crise nervosa. Ramona Rivero, de mais de 60 anos de idade, presidenta de um movimento sindical ortodoxo no país, foi controlada por 12 homens, o que provocou a indignação de vizinhos que o manifestaram de viva voz.
Os detidos em seus domicílios pelas Brigadas de Resposta Rápida e da Segurança do Estado incluem: Mariana Carballo, Ramona Rivero, Iris César Viryes, Albertino Fonseca, Alfredo Leandro, Luz Maria Hernández, Raimundo Carpio Cruz, Georgina Marcelina González Contreras, Leonardo Miguel Bruzón Ávila, Minaldo Ramos Salgado, Ángel Henrique Fernández Rivero, León Padrón Azcuy, Carlos Raúl Jiménez, Ileana Tamayo Reyes, Leonel Trenal Sánchez, Carlos Solia Orreli, Daivy Luis Rodríguez Cordero, Luis Lázaro Hernández Ortiz, Huyen Gante Marín, Daisy Cigarra Suárez Martínez, Maria Eustaquia Predinez Muñoz, Ceria Moya Lezcano, Jesús Wilfredo Chávez, Caira Rojas Fernández, Tania Mancha Betancourt, Jorge Torres García e Nelson Rodrígues Hernández, 27 no total.
A lista de presos pela Polícia Política inclui: Noa Montes, Maria Cristina Rodríguez González, José Renier Fleitas Fernández, Josbel Cuellar, Modesto Leopoldo Valdivia Varela, Jesús Alejandro Victore Molina, José Junios Baeza Díaz, Luis César Guerra, Julio César López Rodríguez, Maria de los Ángeles Borrego Mir, Jesús Adolfo Reyes Sánchez, Miguel López Santos e Francisco Moure, 13 no total.
Por outro lado, cinco opositores que se dirigiam de San José de las Lajas rumo à Embaixada Francesa, neste dia 22 à 9:05 da manhã, foram detidos por uns cavalinhos (policiais da motorizada) que disseram ao motorista, Mario Servando Pérez Rodríguez, que o carro apresentava problemas na direção, motivo pelo qual lhe foi retirada a placa. Isto ocorreu na estrada Ocho Vías, a uns 3 kilômetros e meio de San José de las Lajas; isto impossibilitou que continuassem a viagem.
Entre os opositores que se dirigiam à atividade convocada e que foi abortada estavam: Luis González Medina, Delfin Rodríguez Hernández, Félix Manuel Camero Hernández, Jesús Valle Coello e Mario Servando Pérez Rodríguez.
Esta é a situação que de forma parcial pudemos tomar conhecimento. Sabemos que é muito grande o número de pessoas que foram reprimidas em seus lares, ou detidas e que neste momento ainda se econtram em diferentes pontos policiais ou no Quartel General da Polícia Política conhecida como Villa Marista.
Informou Moisés Leonardo Rodríguez Valdés, promotor inicial da Corrente Martiana.
CAMPAÑA CUBANA POR LA LIBERTAD DE LOS PRISIONEROS POLÍTICOS
Fonte: www.PayoLibre.com
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Nota: Enquanto escrevia este novo informe, tomei conhecimento de que dentre os detidos encontrava-se a opositora e economista Martha Beatriz Roque Cabello, que cumpria “liberdade extra-penal”, mais um engodo do criminoso regime castrista. Entretanto, ao fechar a edição recebi novo informe dando conta de que a mesma fora liberada ontem, sábado, 23 de julho. Nas próximas edições darei mais detalhes sobre esta recente onda de crimes impostos pelos “fora da Lei” cubanos..
Traduções e comentários: G. Salgueiro
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