sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Mais uma vez eu volto a abordar a questão da compra de armas e equipamentos militares russos, por parte de Chávez, assunto que repisei durante toda a semana por julgar de extrema gravidade. Hoje trago uma análise lúcida, realista e que nos deve levar a todos, sobretudo os militares que lêem o Notalatina, a uma séria reflexão sobre esta questão, escrita pela pena de Aníbal Romero

.

Insisto em que se preste MUITA ATENÇÃO neste fato porque diz respeito a nós brasileiros, por sermos não apenas vizinhos da Venezuela de Chávez mas, principalmente, pelas alianças sinistras entre este mandatário, o sr. Lula e a subordinação de ambos ao Foro de São Paulo que abriga, dentre outros partidos comunistas, os piores bandos de terroristas do planeta, dentre os quais, as FARC.



E por falar em FARC, a segunda notícia, vinda também da Venezuela através da nota da destemida e grande guerreira jornalista Marianella Salazar, nos dá conta de informes recebidos da Inteligência venezuelana que mostra planos de acordo entre Chávez e este bando criminoso, cujo orçamento anual ultrapassa o de todas as Forças Armadas da América Latina juntas. Parece exagero mas não é; tempos atrás já denunciamos isto. Eles têm muito poder, muito dinheiro e muito sangue inocente derramado em seus haveres.



As duas últimas notícias finais vêm de Cuba e, para variar um pouco o “tom” da cantiga, fala de perseguições a presos políticos e de consciência. Não deixem de conferir.



E para encerrar as notícias da semana, quero informá-los de um artigo que será divulgado com exclusividade na próxima segunda-feira pelo Mídia Sem Máscara (www.midiasemmascara.org) que expõe as chagas pútridas, literalmente, de um “abrigo de velhos” em Cuba. Para aqueles que ainda têm a pachorra de “clamar pelas torturas que sofrem os presos na base americana de Guatánamo” numa total falta de senso das proporções, convido-os a lerem a matéria escrita originalmente por uma revista sueca e que, com num verdadeiro trabalho de “formiguinhas” obstinadas, uma abnegada equipe conseguiu resgatar, traduzir e tem o privilégio de oferecer aos seus leitores. Esta matéria não poderia ser revelada ao mundo sem a valiosíssima colaboração na tradução do sueco para o português, do grande jornalista Janer Cristaldo a quem serei eternamente grata.



Fiquem com Deus, tenham um bom final de semana e até segunda!



ARMAS RUSSAS PARA AS FAN

Aníbal Romero



O governo venezuelano anunciou a compra de dezenas de helicópteros de combate russos, provavelmente para serem utilizados nas zonas fronteiriças do país. Também correm rumores que revelam supostas negociações para a aquisição de vários esquadrões de aviões de guerra MIG-29, talvez os mais avançados no arsenal russo, assim como de armas ligeiras e artilharia de origem ucraniana.



Estas transações têm enorme importância e um significado que transborda decisivamente nos aspectos comerciais, e nos inevitáveis comentários acerca de possíveis comissões e corrupções, sempre associadas a este tipo de negócios. Na realidade, a compra destes armamentos indica a firme decisão do regime chavista e, em particular, de seu principal condutor, de tirar a FAN definitivamente da órbita tradicional da segurança hemisférica sob hegemonia norte-americana, e de vinculá-la – gradualmente, porém com perseverança – a um marco geopolítico distinto, enfrentando os Estados Unidos.



Cabe esclarecer dois assuntos: em primeiro lugar, trata-se de um projeto a longo prazo; não é questão de um dia para o outro, e forma parte do propósito revolucionário de perdurar no poder por muito tempo, em função de uma reacomodação geopolítica em escala planetária. Em segundo lugar, tal projeto não contempla rupturas imediatas com os Estados Unidos em temas tais como o petróleo, em torno do qual o regime prepara-se para prosseguir e fortalecer seu atual “casamento de conveniência” com Washington.



Hugo Chávez tem sido sistematicamente subestimado por aliados e adversários por igual. Porém, suas apostas não são coisa de jogo. Com os movimentos orientados a transformar paulatinamente a medula espinal operativa da FAN, Chávez consegue três metas: por um lado, como já disse, separa o estamento militar venezuelano da influência norte-americana. Em segundo lugar, e já que se trata de armas russas, Chávez necessariamente aproximará ainda mais os cubanos da Venezuela. Não creio que nossos oficiais aprendam o russo rápido o suficiente para ler os manuais e treinar com suas novas armas: essa tarefa a realizarão os cubanos que, passo a passo, penetrarão ainda mais fundamente na estrutura militar venezuelana. Por último, estas mobilizações servirão para intensificar o processo de doutrinação ideológica marxistóide que já começou a se manifestar nas instituições educacionais da FAN, com a indispensável assessoria cubana.



O mais lamentável de tudo isto tem a ver com a dissolução das hipóteses de guerra do país, e a novidade de identificação de amigos e inimigos que o governo chavista está em vias de realizar. Já as FARC deixaram de ser inimigas da Venezuela e são consideradas pelo Chefe do Estado como um segmento a mais do chamado “Exército Bolivariano de Libertação”, em nível continental, que vislumbra em seus sonhos mais febris. Os inimigos são as “oligarquias” latino-americanas, em especial a colombiana, em guerra de morte contra as FARC. Fidel Castro é agora um estreito aliado da Venzuela e os Estados Unidos um inimigo fundamental aos quais se aspira rechaçar radicalmente quando o momento e as circunstâncias o permitam. Entretanto, o regime serve-se da miopia ianque e de seu insaciável apetite petroleiro, enquanto constrói os cimentos de um enfrentamento a longo prazo, em união com múltiplos fatores em outras latitudes.



O fato de que o armamento russo seja de terceira categoria é de pouca importância. No momento, a verdadeira batalha é pelo controle dos corações e das mentes de um estamento militar que é concebido, melhor, como suporte da perdurabilidade do regime e de seu caudilho no poder. Só posteriormente, quando já for tarde, Washington e os timoratos democratas do resto da América Latina entenderão a verdadeira magnitude das ambições da Revolução Bolivariana, que em meio a suas delirantes e rocambolescas idas e vindas se afiançou no poder em uma nação repleta de petróleo e gás natural, os bens mais apreciados pelo capitalismo mundial.



A extraordinária importância da aproximação militar entre Rússia e Cuba é, desde já, matéria de escasso interesse para a direção opositora na Venezuela, dedicada a uma derradeira tentativa de salvação própria em umas eleições regionais que, provavelmente, lhe varrerão da face da terra, destino que, ademais, tem merecido. O fato de que alguns articulistas, em razão de não se sabe bem o quê, saiam por aí a defender essa direção obstinada, frívola, sectária e fracassada, já é a estas alturas algo banal e inútil. Depois da debacle que se avizinha, começará o esforço de reconstruir a oposição. Não será nada fácil e levará tempo.



Fonte: NetforCuba Internacional - www.netforcuba.org



ARTILHARIA DE OFÍCIO DE MARIANELLA SALAZAR



Fontes de Inteligência assinalam que o massacre da passada sexta-feira 17 de setembro em Apure, atende a um plano sinistro para criar problemas fronteiriços com o propósito de minimizar o terrorismo judicial desatado contra figuras da oposição e desviar a atenção da próxima fraude nas eleições regionais do 31 de outubro. As fontes indicam que os próximos ataques se realizarão em Betania, no estado de Táchira e na zona do Catatumbo, em Zulia.



Os ataques são parte do chamado “Plano Páez”, referido nesta coluna em 29 de janeiro de 2003, com o título “O último cartucho”, onde revelei a intenção do governo ao provocar esse tipo de incidentes com seus aliados políticos da guerrilha colombiana. “Trata-se de gerar um incidente militar que obrigue à ruptura de relações com a Colômbia e desvie a atenção dos graves problemas internos; então, porá em ação o plano militar de guerra ‘José Antonio Páez’, o mais alto planejamento estratégico da Força Armada que assim obrigará a todos os setores a apoiá-lo e neutralizará seus adversários nas Forças Armadas.



A ação é criminosa se se toma em conta a situação de desmantelamento e precariedade em que se encontram as Forças Armadas e que os documentos classificados como secretos do Plano Páez – segundo nossas fontes – pode ser filtrado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, que teriam um papel de protagonistas”. Posteriormente, na coluna de 12 de maio deste ano, depois do aparecimento dos supostos paramilitares em El Hatillo, me referi ao próximo plano governamental: “o governo com o apoio das FARC – segundo fontes militares – contemplaria atacar alguns postos fronteiriços com elementos que portariam o uniforme do Exército colombiano e assim criar um conflito com o país vizinho”. Ontem, na coluna editorial “Pedra de Tranca”, do diário oficialista VEA, perguntam-se: “Por que não levar em conta a versão de que o ocorrido foi obra do Exército colombiano?”.



Fonte: www.gentiuno.com



PERSEGUIÇÃO CONTRA O PRESIDENTE DO PARTIDO LIBERAL DEMOCRÁTICO DE CUBA (PLDC)



Julia Cecilia Delgado, presidenta em funções do Partido Liberal Democrático de Cuba (PLDC), denuncia desde Havana que os agentes da Segurança do Estado e as autoridades carcerárias mantêm a perseguição contra o preso político e presidente do PLDC Héctor Maseda Gutiérrez, na prisão “La Pendiente”, na cidade de Villa Clara.



Héctor Maseda, de 61 anos, cientista e acadêmico, é além disso um destacado jornalista independente, condenado a 20 anos de prisão pelo “delito” de expressar publicamente seu pensamento não alinhado ao oficial.



Maseda foi mantido por 17 meses em uma cela solitária e posterirmente transferido para o destacamento onde encontram-se os mais perigosos presos por delitos comuns da penitenciária. Sua esposa, Laura Inés Pollan Toledo, deu a conhecer que o oficial da segurança do Estado nomeou “Yaikel” e outro oficial penal e em repetidas ocasiões levaram Maseda para “conversar”. Posteriormente, o retornaram ao destacamento e imediatamente enviam um ou vários dos presos comuns a celas de castigo. Este sinistro padrão de comportamento seguido pelos agentes repressivos, tem a deliberada intenção de criar nos presos uma imagem de delator na figura de Maseda e o convertido em objeto de agressões físicas por parte de outros reclusos.



Ante esta situação, Laura viajou à cidade de Villa Clara e entrevistou-se com o oficial “Vladimir” da Direção Provincial da Segurança do Estado, que lhe manifestou que “as condições de seu esposo não são adequadas, como conseqüência das atividades que ela realiza”. Laura Pollán, junto ao resto das “Damas de Branco”, esposas dos opositores pacíficos injusta e arbitrariamente encarcerados durante a primavera de 2003, somam-se à desobediência civil em ações como vigílias e jejuns em reclamo pela liberação dos presos de consciência.



Héctor Maseda em conversação telefônica com sua esposa, lhe pediu que não ceda às pressões e chantagens do Regime. Ele declarou-se como “preso plantado” e negou-se a receber as visitas conjugais e os alimentos enviados pela esposa, em reclamo pela tranferência à sua cidade de residência (Havana) e de um tratamento de acordo com sua condição de preso político e de consciência.



O Partido Liberal Democrático de Cuba denuncia a manipulação da qual é objeto seu presidente e torna responsável o Governo cubano pela sua integridade física.



Sergio Hernádez

Porta-voz do PLDC no exterior



Fonte: www.payolibre.com



MONTES DE OCA RATIFICA SUA POSTURA NA PRISÃO



www.adcuba.org – Havana – Na terça-feira passada, recebi uma chamada telefônica de René Montes de Oca desde a prisão “La Pendiente”, onde cumpre uma injusta condenação de oito meses.



Ele nos informa que reclamou seu direito ante a oficial que o atendeu e explica que pode ter havido uma pequena exaltação, porém que não houve o clima que se quer fazer ver. Denuncia a presença de oficiais da Segurança do Estado em seu caso, o que põe de manifesto que houve manipulação uma vez em Cuba, em um processo legal, pela não separação de poderes em todos os aspectos da vida social.



Expressa que encontra-se em uma cela junto a um preso comun, com o qual não tem tido problemas, e que recebeu o material de higiene que lhe fez chegar a família através da esposa e da irmã



René mantém uma posição muito firme: ele vai continuar a luta, ratifica que suas idéias não há forma de fazê-lo mudar e ainda da prisão mentém-se informado de todas as violações de direitos humanos e ratificando sua posição de Dirigente do Partido Pró-Direito Humanos de Cuba, filiado à Fundação Sakarov.





A informação foi dada pela Ação Democrática Cubana, por Moisés Leonardo Rodríguez, Promotor da Corrente Matiana.



Fonte: NetforCuba International - www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente este post. Insultos, baixarias ou agressões à proprietária serão solenemente ignorados.