O Notalatina de hoje é dedicado exclusivamente às vítimas do rebocador “13 de Março”, cruelmente, sadicamente, premeditadamente assassinadas pelo mega-criminoso-comunista Fidel Castro. Dez anos depois, os assassinos continuam impunes e gozando de poder e prestígio no mundo inteiro, inclusive, para nossa extrema vergonha, aqui no Brasil.
O que expomos abaixo são relatos do ocorrido, iniciando pelo depoimento de Sergio Perodin, um dos sobreviventes do massacre. A crueldade e inumanidade deste monstro abjeto chegou ao cúmulo de sequer permitir que os parentes pudessesm resgatar do fundo do mar os restos mortais de seus entes queridos e sepultá-los dignamente!
Hoje, em várias partes dos Estados Unidos, Europa e países da América Latina, a data está sendo lembrada com atividades no mar, manifestações em terra, missas e orações por essas pobres almas insepultas. Pouco tenho a acrescentar aos relatos de quem viveu este drama, mas denuncio aqui, perante o Brasil e o mundo, esta impunidade vergonhosa.
NÃO PODEMOS ESQUECER ESTE DIA 13 DE JULHO DE 1994! SUAS VÍTIMAS RECLAMAM POR JUSTIÇA!
RELATO DO AFUNDAMENTO DO REBOCADOR “13 DE MARÇO”
Por Sergio Perodin
As embarcações do Serviço de Guarda-fronteiras cubano que haviam observado a tragédia sem impedí-la, preveniram-se da presença de um navio grego que se dirigia à baía de Havana. Então, com a intenção de apagar a imagem do massacre que se cometia, iniciaram as manobras de resgate.
O rebocador 13 de Março, no qual havíamos tentado fugir de Cuba na madrugada de 13 de julho de 1994, estava afundando. Os que havíamos tido a oportunidade de nos agarrarmos a uma geladeira que permaneceu flutuando na água, conseguimos salvar nossas vidas. Quando tudo terminou, havíamos sobrevivido 31 pessoas. Haviam morrido 41, dentre elas várias crianças. Minha esposa Pilar e meu filho Yasser, de 11 anos, estavam entre os mortos.
Preparativos
Desde muito antes havíamos planejado a fuga. No princípio, durante minhas férias desse ano, fiz contato com um amigo próximo. Com ele tive a primeira conversa sobre o tema. Ambos fomos ver Raúl Muñoz, ex-capitão do rebocador 13 de Março que naquele momento capitaneava outra embarcação da Empresa de Navegação Mambisa. Produziu-se então outro laço importante para nossos planos. Depois de nosso frutífero encontro com Muñoz, nos reunimos com Fidencio Ramel Prieto, chefe de operações do porto de Havana e secretário do Partido Comunista de Cuba naquele lugar. Havia confiança. Muñoz e Ramel Prieto tinham o mesmo desejo nosso de fugir de Cuba.
Assim, entre todos, planejamos os pormenores da fuga. Antes de 13 de julho houve três tentativas de abandonar o país, porém por diversas razões tivemos que suspendê-las.
Finalmente, no dia 13 de julho conseguimos abordar o rebocador 13 de março. Ramel Prieto tinha a embarcação sob seu controle, inclusive a chave do motor e o timão. É costume desativar o timão destas embarcações quando encontram-se no porto. E foi só pôr a proa rumo ao Estreito da Flórida, ainda dentro da baía de Havana, soubemos que a Direção da Segurança do Estado conhecia nossos planos.
Cronologia dos fatos
Zarpamos a uns 300 metros da capitania do porto, que está no meio da baía. Bordeamos muito devagar a área de Regla, distanciando-nos o máximo possível da capitania. Ao passar pela área da capitania, um rebocador, do tipo conhecido como Polargo, nos veio em cima a uns 200 metros da fortaleza de El Morro e nos lançou os primeiros jatos de água com mangueiras de alta pressão.
Havia gente no Malecón havanero, casais de namorados e começaram a gritar ao ver que o Polargo tratava de nos afundar. As mulheres e as crianças subiram na coberta para que os tripulantes do outro barco se dessem conta de que iam cometer um assassinato. Eles não se detiveram. Em meio a várias manobras, o 13 de Março chocou-se com o Polargo e no incidente conseguimos pôr a proa para fora. Ao sair da baía em mar aberto, todavia, havia outras duas embarcações Polargo esperando-nos, escondidas atrás de El Morro. As três embarcações fazem um cerco ao 13 de Março, e dois deles nos lançam potentes jatos de água. Começam então a distanciar-nos da costa. Nos investiam e golpeavam, uma e outra vez tratando de nos tombar. A manobra não surtiu efeito porque o 13 de Março era potente.
Então, um Polargo se colocou diante de nós e outro atrás; este último era o que nos golepava. Assim conseguiram quebrar a estrutura do 13 de Março, o qual começou a afundar pela popa. Nesse momento, o Polargo de trás nos “escorou”, quer dizer, montou em cima de nossa embarcação, a qual afundou até a metade. Umas 30 pessoas ficaram presas na adega do 13 de Março. Os que conseguimos sair para a superfície, vimos que as três naves Polargo giravam ao redor de nós em alta velocidade, tratando de nos afundar. Mantiveram-se fazendo redemoinhos durante 40 minutos. Era evidente que tinham o propósito de não deixar sobrevivente algum, que em seguida se convertesse em uma perigosa testemunha. Entre as 15 e 18 pessoas que saímos à superfície, nos agarramos a uma geladeira que flutuava e assim pudemos nos salvar. Meu pequeno filho Sergio estava aferrado a mim; não sabíamos nada do resto da família.
Resgate “de má vontade”
Para nossa surpresa, vimos que os três Polargos ficaram quietos e uma lancha torpedeira da Guarda-fronteiras entrou até onde flutuávamos. Nos recolheram. Ao subir na lancha nos demos conta de que um navio de bandeira grega, que se encontrava a uns 800 ou mil metros de distância, tratava de entrar na baía de Havana. Compreendemos então porquê haviam detido o massacre e nos haviam recolhido. A lancha torpedeira sabia, desde o princípio, o que estava ocorrendo. Nos havia seguido e seus tripulantes haviam sido testemunhas do afundamento do 13 de Março. Nos recolheram às 4 da madrugada e nos mantiveram dando voltas no mar até às 11:30 a.m., quando receberam a ordem de nos conduzir a Jaimanitas. Quando chegamos a uma base naval daquele lugar, havia coronéis e generais. Nos prenderam em calabouços até às 6 da tarde. A essa hora, seis crianças e cinco mulheres que haviam entre os sobreviventes, foram levados para suas casas. Os homens, nos transferiram para Villa Maristas, a sede da Direção de Segurança do Estado. Lá permanecemos por espaço de 20 dias, após os quais nos impuseram prisão domiciliar.
Uma nova tentativa
Com muito esforço, em tão difícil situação, fabricamos uma balsa escondidos, e em 23 de agosto nos lançamos de novo ao mar. A umas 50 milhas de Cuba fomos resgatados por embarcações do Serviço de Guarda-costas dos Estados Unidos e enviados à Base Naval de Guantánamo. Por razões humanitárias, especialmente por meu filho Sergio, que fugiu comigo, em 24 de janeiro de 1995, quatro membros de nossa família, todos sobreviventes do afundamento do 13 de Março recebemos uma permissão “sob palavra” do governo dos Estados Unidos para viajar para Miami. Vou lutar, até aonde me alcancem minhas forças, para que o crie que se cometeu com o 13 de Março não fique impune!.
Nota de CONTACTO Magazine: Este artigo foi publicado originalmente em CONTATO Magazine, no verão de 1995. Perodin narrou a tragédia do 13 de Março ante um comitê do Congresso dos Estados Unidos, em fevereiro de 1995, ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU nesse ano e ante duas sub-comissões do Congresso da Venezuela, em abril de 1995. Seu relato foi compilado também em documentários, noticiários e livros. DEZ ANOS DEPOIS DA TRAGÉDIA, O GOVERNO CUBANO CULPA AS VÍTIMAS E NÃO CASTIGOU NENHUM DOS VERDUGOS!
Fonte: lavozdecubalibre.com
NÃO ESQUEÇAMOS ISTO! TEMOS QUE EVITAR QUE ISTO CONTINUE SUCEDENDO. É NECESSÁRIO QUE O POVO DE CUBA TENHA LIBERDADE E DEMOCRACIA!
Este é um mês de luto para todo o povo de Cuba. Há dez anos o governante de Cuba, Fidel Castro, ordenou o afundamento do rebocador “13 de Março”, apesar de que os tripulantes das lanchas de sua Marinha de Guerra insistiam na presença de muitas crianças em tal nave. Castro insistiu pessoalmente no afundamento, para que servisse “de exemplo e não roubassem mais embarcações para fugir do país”. Confirmou esta ordem, apesar de que repetidamente lhe comunicavam que iam muitas crianças no rebocador. Este é um breve relato do sucedido.
No dia 13 de julho de 1994, em hora avançada da noite, uns 80 cubanos incluindo mulheres e crianças, desde o cais de Atarés, localizado na baída da cidade de Havana, partiram em um velho rebocador em busca de LIBERDADE. Ao ser avistada sua saída pelas autoridades do porto, enviaram outros dois rebocadores para impedir-lhes a passagem pela baía. O velho rebocador carregado de famílias cubanas com ânsias de liberdade, conseguiu burlar os dois rebocadores do governo marxista e sair em mar aberto.
Com efeito, - segundo consta em documentos apresentados ante a Organização dos Estados Americanos (OEA) e em diversas publicações fidedignas - em 13 de julho de 1994 um grupo de famílias fugia da ilha-cárcere de Cuba em um pequeno rebocador, buscando a ansiada liberdade. A sete milhas da costa, a embarcação foi interceptada e investida reiteradas vezes por naves castristas, em uma ação claramente premeditada. Enquanto o rebocador, partido em dois, começava a naufragar, seus passageiros eram arrastados da cobertura e atirados ao mar por potentes jatos de mangueira de pressão. Os jorros se enfureciam com as crianças, apontados diretamente em seus rostos e impedindo-os de respirar.
Quando o rebocador afundou, as embarcações castristas começaram a girar em círculo, criando um enorme redemoinho que tragava os náufragos. De 72 pessoas, 41 morreram afogadas, dentre elas 23 crianças. Janet Hernández, uma sobrevivente, narrou: “Às vezes penso que tudo foi um pesadelo. Porém, os gritos de súplica e mais tarde o horror das mães que perderam seus filhos, as mãozinhas das crianças afundando para sempre no fundo do mar e o pranto que compartimos, é real”.
Ante esse massacre, o ditador comunista Fidel Castro declarou: “Os guarda-fronteiras não tiveram nada a ver com isso; chegaram lá minutos depois que se produziu o acidente”... Todavia, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em sua sessão de 16 de outubro de 1996, depois de examinar documentos e declarações de testemunhas, assinalou a clara responsabilidade do Estado cubano nesse crime, com a violação flagrante dos direitos consagrados na Declaração dos Direitos e Deveres do Homem: o direito à vida e o direito ao trânsito.
O resultado desta ação por parte do Governo Comunista de Cuba, foi a elevação de uma longa seqüência de crimes para manter-se no Poder e constinuar desfrutando dos privilégios que à custa da escravidão do povo tem mantido durante 45 anos de tirania. O assassinato em massa destes indefesos seres humanos, incluindo crianças e mulheres, não pode ser esquecido. Isto é um exemplo do que foi e é capaz o regime marxista cubano para manter-se no Poder e evitar que seus cidadãos escapem para a liberdade. As almas destes cubanos que hoje completam dez anos de assassinados, não poderão descansar em paz, do mesmo modo que os milhares de outros que também foram assassinados pelo único delito de querer viver em paz e liberdade, como os três jovens negros fuzilados no ano passado, pelo mesmo “delito”.
Nossa recordação a estas vitimas do castrismo e seus cúmplices ao redor do mundo. Esperamos que o mundo reconsidere e faça terminar estes assassinatos.
Fonte: lavozdecubalibre.com
PRONTOS OS PREPARATIVOS PARA ATIVIDADES AÉREAS, MARÍTIMAS E EM TERRA, PARA RECORDAR O MASSACRE DO REBOCADOR “13 DE MARÇO”
Miami – De regresso a Miami a Flotilha Democracia, depois de fazê-lo perto de Cuba, prepara-se, em conjunto com uma dúzia de aviões, jetskys e helicópteros, assim como os barcos insígnia do Movimento (o Direitos Humanos e Democracia), para comemorar em Miami o 10º aniversário do massacre do rebocador “13 de Março, nesta terça-feira 13 de julho de 2004, às 5:00 da tarde. No malecom da Ermita de la Caridad del Cobre, localizada na 3609 S Miami Ave., Miami, Flórida. A Jornada de Comemoração do Massacre do Rebocador “13 de Março” culminará com uma missa às 8:00 P.M., oficiada pelo Monsenhor Agustín Roman. Familiares e sobreviventes do massacre do rebocador estarão presentes na cerimônia, assim como personalidades públicas.
Fonte: lavozdecubalibre.com
Traduções: G. Salgueiro
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