Àqueles que vivem de condenar “as torturas” cometidas contra os presos iraquianos, pelos soldados da coalizão na prisão de Abu-Gharib; aos que bradam aos quatro ventos “os indignantes maus tratos” aos terroristas muçulmanos na base militar americana de Guantánamo, Cuba, trago uma pequena mostra do que passam os presos de consciência nas mãos do regime ditatorial de Fidel Castro.
Diariamente recebo, através de valorosos correspondentes cubanos exilados em várias partes do mundo, denúncias escabrosas de que são vítimas esses presos políticos, todos pacíficos e sem nenhuma alegação de violência, atentado ou ato terrorista em suas folhas corridas, e cujo único delito foi pedir liberdade e respeito aos mais elementares direitos humanos. A diferença de tratamento oferecida a uns e outros pela mídia nacional e estrangeira, que exacerba no caso dos iraquianos e omite-se absolutamente num silêncio cúmplice sobre o que padecem os cubanos, é algo que merecia um estudo psicológico aprofundado, pois beira a esquizofrenia.
Hoje temos informação sobre o reparo na Venezuela, extraída de um jornal da cidade de Carabobo e uma denúcia de que os atentados ocorridos em Madri, em 11 de março passado, partiram de uma provável combinação entre os bandos terroristas Al-Qaeda e ETA basca.
Mas hoje eu quero encerrar com uma frase que quase soa como uma sentença, que recolhi do rodapé de uma mensagem de um querido amigo; deixo-a para reflexão de todos. O que estamos fazendo de nossas vidas? Até amanhã.
"Devemos nos arrepender, nessa geração, não tanto pelas más ações das pessoas más, mas pelo silêncio assustador das pessoas boas" (Martin Luther King Jr)
Raúl Arencibia doente e sem cama na prisão 1580
Eu, Olga Ibáñez Echeverría, esposa do prisioneiro de consiência Raúl Arencibia Fajardo, que se encontra na prisão 1580, destacamento 5, cidade de Havana, cumprindo uma condenação de três anos, denuncio que meu esposo neste momento está dormindo no chão, já que não há uma cama para ele.
Arencibia encontra-se doente, tem problemas no sistema pulmonar. Está operado de um pulmão, do estômago e padece de bronquite asmática. No dia de hoje (29 de maio) fui à Vila Marista e acabo de chegar; eles me disseram que não me podem dar resposta, que tem que ser em 15 e K (Direção Nacional de Cárceres e Prisões), para que faça uma carta e relate os detalhes. Lhes disse que se eles querem que alguém grite pelos cinco heróis presos nos Estados Unidos, eu tinha que gritar aqui por meu herói, já que ele só tem à sua mãe, sua esposa e sua filha. Aí me explicaram que Vila Marista era independente da prisão 1580.
Falei com os oficiais da penitenciária, onde ele se encontra atualmente, reclamando ante a situação e lhes disse que iria colocar-me em frente à penitenciária e não iria dormir até enquanto não dessem uma cama ao meu esposo, já que de todo modo não posso dormir em minha casa, com esta preocupação. O chefe da unidade me deixou esperando-o por quatro horas, sob um intenso sol e não me deu resposta, nem uma possível solução.
Realmente, creio que uma pessoa em seu estado de saúde, o mínimo que pode ter é uma cama onde descançar; ali há entre 200 e 300 presos que não têm onde dormir. Lhes propus a possibilidade de levar um colchão de nossa casa e tampouco o aceitaram. Quando o vi, no dia de ontem, o encontrei muito mal; Raúl Arencibia não poderá resistir nessas péssimas condições.
Conclusão: enquanto me mandam de prisão em prisão, inclusive a 15 e K, meu esposo continua sem colchão e sua saúde já precária se deteriora cada dia mais.
Fonte: http://www.payolibre.com/presos.htm
ETA e Al-Qaeda teriam planejado atentado conjunto, segundo imprensa espanhola
O diário “El Mundo” publica em sua edição de hoje que um líder islâmico preso na França porpôs ao grupo armado basco, perpetrar ataques terroristas após os atentados de 11 de setembro de 2001.
MADRI – Um líder islâmico preso na França propôs ao bando armado basco ETA, perpetrar atentados conjuntos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, informa hoje o diário madrilenho “El Mundo”, citando informes confidenciais do governo espanhol anterior.
Segundo o jornal, os indícios que sustentam essa possível colaboração, denominada “Sabre Samurai”, baseiam-se em conversações e cartas de etarras captadas pelos serviços de segurança. O documento mais significativo consiste em uma carta enviada em 12 de setembro de 2001 – um dia depois dos atentados da Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas e o Pentágono – por um islamita conhecido como Ismail, preso no cárcere francês de Fresnes, ao dirigente histórico da ETA José Luis Urrusolo Sistiaga, aliás “Joseba”, que nesse momento se encontrava na prisão madrilenha de Soto del Real.
Nesse escrito, o islamita diz: “Viste o que aconteceu em Nova York? Ha ha ha! Em uma palavra, magnífico! A teoria do terror aplicado em sua pureza... A nada. Foi um presente magnífico para mim. Vi o coroamento de minhas idéias teóricas. Lembras-te, Joseba, há quatro anos, quanto te falava da teoria das cargas?”
.“Ainda ficarei na França ano e meio. Durante esse período posso ajudá-los. Depois de dois meses e seis dias de trabalho nos preparativos da operção “Sabre Samurai” vamos fazer essa operação e lhes demonstrarei. (...) Esperemos que uma hipotética colaboração de grupos islamitas-ETA não inclua o empenho de um terrorista suicida”, diz a missiva, segundo o “El Mundo.
Um segundo documento ao qual teve acesso o governo do então Presidente José María Aznar, incorpora uma conversação que mantiveram o etarra encarcerado José Ignacio de Juana Chaos e uma amiga, em fevereiro de 1998.
Na conversa, De Juana Chaos diz à sua interlocutora: “Se os integristas quiserem, os espanhóis se põem a correr daqui (do País Basco) em uma semana, do mesmo modo que puseram a correr do Sahara (território do norte da África que um dia foi colônia espanhola)”.
Segundo publica “El Mundo”, o governo de Aznar não dispôs destas informações até o dia seguinte aos atentados de 11 de março passado, em Madri, que o Executivo nessa ocasião atribuiu erroneamente à ETA.
O coordenador geral da Izquierda Unida (IU), Gaspar Llamazares, considerou que a informação do periódico espanhol não tem credibilidade. Em suas palavras, uma possível conexão entre Al-Qaeda e ETA é um argumento que surgiu quando se provaram “as mentiras da guerra do Iraque” e é uma hipótese que se tem empregado para “ocultar as responsabilidades que têm os governos de Bush e Aznar”.
Na opinião de Llamazares, essa premissa surgiu “quando agonizavam os argumentos sobre a guerra do Iraque, quando ninguém acreditava mais que houvesse uma conexão entre o governo iraquiano e o terrorismo internacional, e quando provou-se que era mentira também a relação entre o governo iraquiano e as armas de destruição massiva”. “Creio que não tem nenhuma credibilidade”, disse o líder da IU sobre esta conexão, para acrescentar que embora tanto o terrorismo da ETA como o islâmico sejam “repugnantes”, em seu julgamento “não têm nada a ver”, por mais que Aznar insistisse sempre que o terrorismo é sempre igual.
Fonte: www.seprin.com
Coordenadora Democrática: “Conseguimos reparar as assinaturas necessárias em Carabobo”
Valencia – reportou Marlene Piña Acosta
Nesta segunda-feira respirou-se um ambiente de celebração na sede da Coordenadora Democrática (CD) de Carabobo, onde os representantes dos procuradores aglutinados neste bloco, asseguraram que conseguiram reparar as assinaturas necessárias nesta entidade.
Embora não tivessem dado projeções em respeito às normas do ente eleitoral, a coalizão deu mostras de satisfação, durante uma coletiva de imprensa, à qual esteve presidida por Blanca de Domínguez (Projeto Venezuela), Lenny Green (Primero Justicia), Douglas Fernández (Gente del Petróleo), Douglas Surga (AD), Manuel Barreto (Gente del Petróleo), Luis Fernández (ABP), entre outros.
Douglas Fernández manifestou que concluiu a etapa de recoleta de reparo, porém que o revocatório não terminou com este passo, pois agora está na etapa de incerteza e à espera de que o CNE reconheça os resultados.
Por sua parte, Douglas Surga, que foi credenciado como representante da Coordenadora Democrática ante o CNE, porém, apesar disso não lhe foi permitido o acesso às suas instalações, anunciou que solicitarão a destituição de Mario Vargas, adjunto à direção do CNE do estado de Carabobo, devido à possível série de irregularidades que cometeu durante a jornada.
Blanca de Domínguez alertou aos carabobenhos sobre as intenções do oficialismo, desde sua mais alta expressão, por desconhecer os resultados da jornada de reparo. Mostrou cópia de uma das “Atas de Observações de Testemunhas”, mecanismo através do qual advogados do Comando Ayacucho tentavam ivalidar um volume importante de assinaturas, sob o argumento de fatos irregulares na mesa eleitoral, cujo material já se havia preparado para sua distribuição nos centros de reparo.
Domínguez negou que a aliança opositora tenha utilizado a clonagem de cédulas: “todos os venezuelanos estão conscientes que essa trampa estava preparada pelo oficialismo, que procedeu à clonagem do documento no Ince, nas praças e em qualquer lugar”.
“Aqui não cabe trampa e o oficialismo sabe disso. Todavia, as tentativas vão continuar. A repressão aumentará, porém nós temos que estar preparados para combater com nossa vontade férrea de continuar defendendo a saída pacífica e que o país volte a se encontrar como irmãos, sublinhou a dirigente do Projeto Venezuela.
Luis Felipe Medina, coordenador do MVR, denunciou a clonagem de cédulas por parte da oposição e assegurou que não conseguiram reparar as assinaturas necessárias.
Quem tem razão?
Fonte: www.notitarde.com
Traduções: G. Salgueiro
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