Ontem a Venezuela realizou o seu “Firmazo”, que na realidade foi uma espécie de plebiscito onde aqueles que desejam eleições imediatas para decidir se Chávez continua presidente, ou não, deram sua assinatura. Infelizmente, o movimento organizado pela Oposição, não ocorreu no clima pacífico que se pretendia, ocasionado por muitas agressões por parte dos vândalos chavistas, mas o saldo em relação às assinaturas foi muito positivo, segundo estimativas do comitê organizador.
É revoltante ver em quais condições tem trabalhado a Polícia Metropolitana de Caracas, tendo que defender o patrimônio e os cidadãos... desarmada! É a total inversão de valores chavistas, que “devolveu” à prefeitura o comando da Polícia Metropolitana, desde que eles não possuam armas. Enquanto isso, faz-se vista grossa e até dá-se cobertura aos deliquentes desses bandos, armam-se os bandidos e deixa-se o cidadão do bem à mercê dessa gente, completamente indefeso.
Entretanto, em seu programa “Alô Presidente” Chávez mostrou todo o seu desespero e ódio, ao perceber que não conta com o apoio internacional que imagina em seus delírios. Algumas partes do seu enfadonho discurso são especialmente interessantes de se analisar, sobretudo porque atestam o caráter ditatorial de suas idéias. Para ele, o fato de o “Referendo” solicitado pela Oposição ter sido rechaçado semana passada, significou sua vitória, mas isso é tão falso quanto uma nota de 30 reais, pois todos os juízes da comissão eleitoral são chavistas e foram nomeados por ele, o que obviamente só poderia redundar nesse resultado.
Vejam trechos da sua falação dominical:
”Derrotamos uma nova intentona desestabilizadora, perversa, malévola, criminosa para destruir a Venezuela e a revolução”.
“Hoje começa o quinto ano da revolução. Vai ser um ano difícil, mas será um ano bonito”, disse ao lembrar que tomou posse em 2 de fevereiro de 1999.
”Os golpistas, fascistas, terroristas que se defendam. Aqui vamos nós ao ataque, em todos os sentidos: a ofensiva do Governo, a ofensiva de política interior, a ofensiva popular, a ofensiva econômica, a ofensiva internacional”, acrescentou.
A fera está enlouquecida e vai mostar toda sua feiúra, aliás, para entender o que está DE FATO ocorrendo na Venzuela, vejam essa semana uma entrevista exclusiva no site Mídia Sem Máscara – www.midiasemmascara.org que a jornalista Eleonora Bruzual concedeu a um dos editores do Mídia, o jornalista Sandro Guidalli. Eu li e afirmo: está imperdivel!
LANÇARAM DETONANTES COM ESTILHAÇOS
Alfredo Peña denunciou ataques contra a sede da Prefeitura da Capital
O prefeito metropolitano, Alfredo Peña denunciou no princípio da tarde de ontem que a sede da Prefeitura havia sido assediada por partidários do oficialismo. “Os vândalos lançaram granadas, bombas molotov, disparos e pedras contra a fachada da sede da Prefeitura”, disse Peña.
O Prefeito manifestou também que a Polícia Metropolitana defendeu como pode o edifício onde funciona seu gabinete, assim como a própria integridade física dos efetivos policiais, que só portam revólveres calibre 38 – correction LD –, chamados de “pitillo”, desde que funcionários da Direção de Armamento da Força Armada levaram todas as armas e equipamento anti-motins da PM em 14 de janeiro, deixando-lhes praticamente desarmados e à mercê dos delinquentes.
”O presidente Chávez é um cínico, quando por um lado fala de paz com os representantes do Grupo de Amigos e por outro, fomenta a violência entre seus seguidores”, disse Peña.
Resgate frustrado
O comissário da PM, Lázaro Foreor, informou que os “círculos violentos” que atacaram a Prefeitura da Capital foram os mesmos protagonistas que atuaram também na Delegacia Modelo de Catia, quando tentaram resgatar três delinquentes que pensavam estarem detidos ali. Estes foram surpreendidos em flagrante contra um cidadão, tentando assaltá-lo e que já haviam dado um golpe no setor de La Pastora. Os sujeitos, que possuem uma ampla ficha policial, foram levados à chefatura desse bairro e ali foram entregues a um fiscal do Ministério Público.
Fonte: La Voz de Cuba Libre – www.lavozdecubalibre.com
ENCAPUZADOS TENTARAM SABOTAR A RE-COLETA DE ASSINATURAS
Sete feridos em ataques à jornada cívica. Brigadas de Ação Bolivarianas queimaram pneus e lixo na avenida Sucre.
Grupos ligados ao oficialismo tentaram sabotar a jornada de re-coleta de assinaturas em rechaço à gestão do presidente Hugo Chávez, que se realizava em vários setores do oeste da cidade. A violência que empreenderam deixou sete pessoas feridas, uma delas um estudante universitário que foi exercer seu direito em um centro de recoleção de assinaturas localizado em frente ao Parque del Oeste, em Catia, perdeu um olho.
A agressão contra as atividades organizadas pelos opositores ao Governo somou outro capítulo lamentável. Os fatos violentos no centro de re-coleta do Parque del Oeste começaram às 11:00 AM, quando um grupo de oficialistas se apresentou insultando os organizadores da jornada e os assinantes. Os simpatizantes do Governo repetiam que não permitiriam que a oposição tomasse “os territórios chavistas do oeste”.
Os agressores tentaram apoderar-se das planilhas já assinadas. Todavia, os representantes da oposição conseguiram resguardá-las em uma casa. Em plena confusão os agressores lançaram um explosivo Bin Laden, o qual explodiu muito perto de Angela Sánchez (55) e seu filho Osmar Arturo Duran Sánchez (26). O potente pirotécnico causou severas queimaduras à senhora e fez com que seu filho perdesse o olho direito. Segundos mais tarde se escutaram várias detonações de armas de fogo. Uma bala feriu na axila um cidadão não identificado, de 32 anos. As três pessoas feridas foram transferidas ao hospital Periférico de Catia, onde encontram-se fora de perigo.
Licença encapuzada
Também cedo da manhã, uns 50 sujeitos, entre motorizados e encapuzados a pé, empreenderam a pedradas e bombas lacrimogênias contra um centro de re-coleta de assinaturas localizado no bulevar Panteón. Incendiaram um carro do canal de notícias CMT, no qual trabalhava a equipe integrada por Rafael Fuenmayor, Carlos Delgado e Vladimir Battaglini. Os agressores foram repelidos por um piquete da Polícia Metropolitana cujos efetivos, ante a escassez de equipamentos anti-motim e gases lacrimogênios, tiveram que utilizar pedras. Os agentes da PM José Garcíz e Wildin Parica foram feridos por objetos contundentes na perna e na mão. Os funcionários foram ajudados por integrantes do centro de re-coleta e assinantes presentes.
Quase ao mesmo tempo outros encapuzados arremeteram contra o centro de recoleta localizado no colégio La Salle de Tienda Honda, e após dispersar os presentes com o uso de pedras e paus, prosseguiram sua agressão contra os jornalistas que reportavam os fatos. Na ação dos encapuzados resultou avariado um veículo jeep Cherokee, utilizado pelo diário Así es la Notícia com o vidro posterior quebrado, produzido por uma pedrada. O mesmo grupo manteve sua atitude violenta contra os centros de re-coleta de assinaturas localizados no centro de Caracas e recuaram para outras zonas como a igreja Santa Tereza.
Matéria atrasada
No princípio da tarde se realizava a re-coleta de assinaturas em frente ao liceu José Angel Alamo, localizado diagonalmente à antiga sede do Ministério Público, de Ferrequín a Manduca, em Candelaria. Os motorizados novamente apareceram e mantiveram em xeque os locais do “El Firmazo” da zona, entraram na rua brandindo paus e lançando metralhadas de seixos; ao chegar às mesas lançaram um detonante contra uma Explorer de cor verde, de propriedade de Alejandro Goiri. Na caminhoneta romperam os vidros e Oscar Grossmann, outro organizador, ficou ferido na boca ao lutar com os motorizados que tentaram roubar parte do material.
MAIS DE 4 MILHÕES DE VENEZUELANOS SE EXPRESSARAM COM “EL FIRMAZO”
A jornada cívica ultrapassou as expectativas dos organizadores
Representantes da Coordenadora Democrática e da organização Súmate ofereceram as cifras preliminares e asseguraram que a paricipação dos cidadãos ultrapassou as previsões que se haviam feito, inclusive, para o suspenso referendo cunsultivo. A recepção de assinaturas continuará hoje e os resultados definitivos se conhecerão quando se tenha verificado todas as assinaturas no país e no exterior.
Grupos chavistas criaram isolados focos de violência em Caracas e cidades do interior. Em Catia, o estudante Arturo Durán, que se dispunha a assinar, sofreu a perda do olho direito quando lhe lançaram um rojão. Com pedras e explosivos causaram cinco feridos mais na capital.
Todavia, os habitantes das principais zonas populares se impuseram e expressaram sua opnião. A sede da Prefeitura da Capital foi atacada por paridários do Governo. O prefeito Alfredo Peña denunciou que eles acionaram armas de fogo, lançaram explosivos, bombas molotov, pedras e tentaram tomar as instalações. Os distúrbios não conseguiram ofuscar a jornada, que se cumpriu com civismo e em um ambiente de alegria.
Todas as informações foram obtidas através do jornal El Nacional.
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