terça-feira, 3 de dezembro de 2002

Dezembro começa com grandes tensões na América Latina. Hoje foi a abertura do XI Foro de São Paulo e o início da greve geral na Venezuela, convocada por aqueles que fazem oposição ao delinquente presidente Hugo Chávez e que se constitui, hoje, uma parcela de quase 70% da população.



É interessante notar a trajetória dessa criatura, cujo discurso e métodos populistas nos fazem lembrar em muitas coisas o nosso eleito. Chávez teve 56% nas urnas, cujo percentual é composto, em grande parte, de eleitores que apenas votaram nele como revide ao descontentamento com o governante que lhe antecedeu. Porém, após a sua reeleição em 2000, suas medidas impopulares e socialistas começaram a aparecer, levando o país ao fundo do poço, onde o único crescimento real se deu na miséria e no desemprego, como é normal em regimes socialistas/comunistas. Aliás, se tem uma coisa eles sabem fazer bem, é distribuir a miséria. Alheia, porque eles passam muitíssimo bem, obrigada.



Apesar disso, Chávez continua fingindo que a história não é com ele. Viaja a tudo que é evento: esteve há pouco tempo na República Dominicana, para a Cúpula Iberoamericana, e nesse fim de semana esteve em Quito, onde conferenciou e tirou fotos com o ditador assassino Fidel Castro. Antes esteve com o presidente Uribe, da Colômbia, tentando encontrar uma saída para a questão das guerrilhas que estão acabando com aquele país. Isso parece piada, pois ele não só é amigo das FARC e ELN, como lhes fornece apoio bélico e logístico. E hoje, certamente, deve ter ido à Guatemala para participar do Foro de São Paulo, donde é membro desde 1992, após ser liberado da prisão, e de onde foi agraciado com o apoio do ditador Castro que o levou ao poder por dois mandatos sucessivos em seu país.



E o PT recorre a uma estratégia tola, de tentar tapar o sol com a peneira, “evitando” a presença do “ungido” na reunião da organização do qual é fundador e membro ativíssimo, o Foro de São Paulo. Eles costumam fazer jogo de palavras e disseram que por “cautela”, o “presidente das multidões” não iria participar desse encontro. Mentira, mais uma vez. Isso eu chamo de estratégia, para esticar o máximo possível a conversa fiada de que não há relação alguma entre o sr. da Silva e a tal organização. Foi assim durante a campanha que lhe entregou o Poder que tanto almejava. Cautela com o quê? Mandaram o homem para a Argentina, para tratar de assuntos do Mercosul.



Tudo bem; o Mercosul existe, é concreto e é de interesse real desse novo governo que gosta de acreditar que ressuscita defuntos, afinal, o eleito também já é visto como “o messias prometido”, o “salvador da pátria”. Mas eles continuam tentando enganar o povo. O Mercosul podia esperar, ora! Mas ocorre que o turvamento de visão do povo idiota que o elegeu tem que ser mantido, pois ainda é muito cedo para mostrar, de fato, a que veio e a quem serve. Então, vamos pôr mais areia nos olhos do povo que além de cego, continua drogado e em transe.



Amanhã espero ter notícia desses dois eventos, pois hoje os jornais apenas anunciavam que iriam acontecer, sem maiores detalhes.



Mas hoje o Notalatina traz mais uma denúncia da exploração do monstro do Caribe, com seus concidadãos, só que dessa vez exportando mão-de-obra escrava, para a Espanha. Dentre o débito de crimes desse inominável e desqualificado ditador, pesa mais esse em seu currículo, manchado de sangue e desumanidade. Vejam a matéria do Libertad Digital.



CASTRO JÁ NÃO EXPLORARÁ SEUS ESCRAVOS NA ESPANHA



Por Víctor Llano – Libertad Digital – Madri



Depois que Libertad Digital revelou as deploráveis condições laborativas dos trabalhadores de Castro em nosso país, fontes diplomáticas confirmaram a este periódico que, uma vez ivestigada a empresa cubana UNECA pela Inspeção de Trabalho e Seguridade Social, foram feitas as atas correspondentes e foram recusadas todas as solicitações de permissão de trabalho, tramitadas por aquela empresa.



A máfia castrista terá que imaginar outro ardil para explorar seus trabalhadores na Espanha. Talvez não lhe seja difícil, porém, não será mais na UNECA. Já não poderá utilizar esta empresa de construção para financiar sua tirania, servindo-se do esforço de centenas de pedreiros qualificados que enviava à Espanha para trabalhar por um salário que, no melhor dos casos, não chegava a 50.000 pesetas.



Apesar de estes trabalhadores temerem que o regime comunista cubano faça represálias contra seus familiares – reféns de Castro no que eles chamam de “a prisão grande” –, Libertad Digital pode falar com alguns deles que pediram asilo humanitário em Madri e que jamais se atreveram a revelar sua situação às autoridades espanholas. Não podiam permitir-se o luxo de que o governo que os explorava lesse seus nomes em uma denúncia, porém nos relataram sua experiência: ”Aterrizamos no aeroporto de Barajas um sábado às oito da manhã. Nos colocaram em um furgão e nos levaram à Alicante. Sete de nós fomos deixado em um andar de um prédio e nos informaram que o aluguel corria por nossa conta e que, no dia seguinte – domingo – nos incorporaríamos ao trabalho. Às sete da manhã vieram nos buscar e nos fizeram trabalhar doze horas sem descanso. Depois da viagem estávamos mortos de cansaço, porém pareciam ter muita pressa em que terminássemos o chalé que construímos”. Quem nos contava isso era, segundo o contrato que assinou em Havana com a UNECA, um pedreiro A, todavia, em nosso país seu salário não chegava a 50.000 pesetas mensais. O regime comunista ficava com três quartas partes do que devia ser seu salário. Outros compatriotas seus – por volta de uns 80 – trabalharam nas ilhas Canárias doze horas diárias, perceberam por seu esforço 30.000 pesetas e viveram em barracões constantemente vigiados pelos capatazes da empresa que lhe havia enviado à ilha.



Quando denunciamos estes absrudos aos sindicatos espanhóis, vários de seus responsáveis nos asseguraram que tinham ouvido falar dos “cubanos da UNECA”, porém tinham que ser eles os que denunciassem seu empregador ante as autoridades espanholas. Algum dos sindicalistas nos chegou a dizer que os trabalhadores de Cuba tinham sorte por trabalhar no estrangeiro.



Não quiseram saber do seu medo. Ao suposto progresso espanhol custa muito admitir que Fidel Castro é, não só um tirano da pior espécie, como também um vulgar explorador que necessita de milhares de milhões de dólares para financiar a repressão que lhe permite permanecer no poder, e não hesita em explorar seus súditos naqueles países que assim lho permitam.



Segundo sua web page, a Unión de Empresas Constructoras del Caribe (UNECA) foi criada em Cuba no ano de 1978 e desde 1984 opera em mais de vinte países, entre eles Líbia, Iraque, Tanzânia, Angola, Ghana, Congo, Portugal, México, República Tcheca, Argélia, Peru e Moçambique. Na Espanha uniu-se temporariamente ao menos com duas empresas IMASA e CONECA S.A



Os responsáveis pela UNECA asseguram em sua página da Internet que contam com mais de 50.000 “construtores”. Os irmãos Castro e seus cúmplices não podem conformar-se com menos. Cuba se lhes ficou pequena e a oinipresente ruína de sua economia lhes obrigou a explorar a escravidão. Porém não são eles os únicos responsáveis por esta canalhice; também teriam que responder ante a justiça, os governos que são tidos por democráticos e permitem que em seu território se expolre centenas de cubanos em benfício de um sátrapa e de uma máfia que lhe assiste.



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