Nicolás Maduro: uma simbiose entre Hitler, Stalin, Castro's e Hugo Chávez |
Ontem comemorou-se (ou “venerou-se”) 1 ano da anunciada morte de Hugo Chávez na Venezuela e o presidente usurpador, Nicolás Maduro, resolveu fazer um mega-evento. Convidou presidentes dos países aliados à ditadura castro-chavista mas só compareceram o ditador Raúl Castro, de Cuba, o índio cocalero Evo Morales, da Bolívia e o presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse. Sob as suspeitas de que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, havia falecido, há dois dias saiu uma publicação dando conta de que ele tinha ido ao aeroporto receber o novo cardeal de Manágua designado pelo Vaticano, e lá teria brincado com o prelado dizendo que este o havia “ressuscitado” e que estava apressado pois ia a Caracas para os festejos em honra de Chávez. Como ele não apareceu nem foi mencionado no referido evento, começo a pensar que a notícia foi plantada pelo próprio governo para dissipar as especulações. Esta é, portanto, uma informação a se verificar posteriormente.
Num discurso histérico no corredor militar Los Próceres, no oeste de Caracas e onde está a tumba de Chávez, Maduro afirmou blasfemamente que “Chávez é o Cristo Redentor dos povos do sul”. Diante dos presentes e aos berros, declarou o rompimento das relações políticas, diplomáticas e comerciais com o Panamá, por este haver solicitado uma reunião de urgência com Conselho Permanente da OEA para tratar da situação caótica e assassinatos que estão ocorrendo na Venezuela desde o dia 12 de fevereiro. Cabe lembrar que os países pertencentes aos braços do Foro de São Paulo (ALBA, UNASUL, MERCOSUL e CELAC) não vêem o Panamá com bons olhos por não ter um presidente comunista, além de no começo do ano passado o embaixador do Panamá ante a OEA, Guillermo Cochez, ter sido destituído de seu cargo por ter denunciado neste mesmo organismo a ilegalidade das eleições usurpadas por Maduro. Posteriormente, no encontro da CELAC em janeiro deste ano, o Panamá se posicionou contra uma proposta feita por Cuba, de que houvesse uma resolução reconhecendo Chávez como um prócer da integração regional.
Maduro vociferou que Ricardo Martinelli, presidente do Panamá, era um “lacaio rasteiro” e o acusou de conspirar para que a OEA e outros organismos intervenham na Venezuela. Martinelli ficou surpreso com a ofensa e disse que o Panamá “só deseja que esse país irmão encontre a paz e fortaleça sua democracia”, mas evitou polemizar, afinal, estava diante de um sujeito rude, histérico e completamente controlado pelos Castro.
Ao final do discurso em que Maduro espumava e esbravejava, completamente descontrolado e sem a compostura que se espera de um governante de um país, disse:
“Depois que não se queixem e não venham posar de vítimas porque por vias diplomáticas fizemos saber a opinião soberana do Governo revolucionário da Venezuela”, afirmando que a política internacional da Venezuela é de “união latino-americanista” e “anti-imperialista” e que “nenhum império controle a América Latina e o Caribe”. E concluiu: “Nosso caminho é o sul, nosso caminho é a CELAC, a UNASUL, a ALBA, a independência, a soberania, a paz. Esse é o nosso caminho. Fora a OEA daqui, agora e para sempre!”. Vejam abaixo o vídeo onde Maduro entra em surto em seu discurso aqui, uma vez que o Blogger se recusa a publicar certos vídeos incômodos. Tentei dezenas de vezes e, como no caso sobre a denúncia de que a juíza que sentenciou Leopoldo López agiu sob coação, esse também “não pode” ser publicado.
Com relação às declarações de José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA, de que seria útil que uma delegação mediadora visitasse a Venezuela, Maduro disparou: “Fique quieto, senhor Insulza! Não se meta com quem não o chamou! A Venezuela não solicitou um debate, estaríamos loucos (se solicitássemos), pois este é um organismo moribundo!”. A reunião solicitada pelo Panamá ocorre hoje e o envio de uma delegação é um dos pontos a ser discutidos. A esse respeito, Maduro disparou: “Se conseguirem determinar, a comissão teria que entrar clandestinamente porque na Venezuela não entra nenhuma delegação sem nossa autorização, nem agora nem nunca mais, para nenhum tipo de política intervencionista!”. Quer dizer, está tomando as mesmas medidas que os Castro tomaram em Cuba há décadas, para que não se conheça a miséria institucionalizada, a violência, os crimes e sobretudo a violação sistemática aos direitos fundamentais da pessoa humana.
No programa Panorama Mundial da CNN em Espanhol ontem à noite, a jornalista Patricia Janiot, que foi recentemente vítima da brutalidade policial na Venezuela, entrevistou Arturo Vallarino, embaixador do Panamá ante a OEA, onde ele explicou que seu país nunca proferiu nenhum insulto contra Venezuela ou os funcionários desse país, e que ao solicitar a reunião só estava exercendo um direito como Estado-membro dessa entidade. Ele disse ainda que o Panamá só tem preocupação com a crise na Venezuela e que se através de uma reunião entre chanceleres não se consegue avançar, “estamos abertos para controlar outros mecanismos para que cesse a violência na Venezuela”. Assistam a entrevista abaixo:
Em entrevista a Juan Carlos López, nesse mesmo programa, Insulza afirmou entre outras coisas que “nesta crise demonstrou-se que a sociedade venezuelana está dividida em dois lados irreconciliáveis, por isso a OEA chamou ao diálogo”. Como era de se esperar, ele foi vaselinado, escorregadio e “muito diplomático” não só nas declarações como na atitude indolente até agora, quando ele poderia ter intervindo desde o começo invocando a Carta Democrática Interamericana, da qual a Venezuela é signatária. Vejam o que ele disse na entrevista:
Bem, mas antes de terminar esta edição, quero fazer uma denúncia que recebi ontem já tarde da noite. Não sei se por conta do chamado veemente que o general Ángel Vivas fez aos militares da ativa dias atrás, mas o fato é que dentro dos quartéis parte da tropa e até militares de alta patente estão se rebelando contra as ordens dos cubanos de reprimir as manifestações. A informação diz que no CORE 2, em Valencia, Carabobo, um general desesperado usa a DIM (Divisão de Inteligência Militar) para tentar controlar a sublevação interna. Já está confirmada a detenção de três coronéis: Coronel Richard Solorzano Barreto G1, coronel Felipe Tovar Bordones G3 e o coronel Elio Malpica G5, e o próprio general Herrera Russo estão fora de si e com muito medo. Estão ocultando toda esta situação e a tropa e oficiais subalternos são os que estão difundindo pela rede, pedindo que se divulgue.
Todas estas informações e outras mais de relevo, serão detalhadas por mim amanhã, no meu programa “Observatorio Latino” na Radio Vox, às 22:00 h. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários e traduções: G. Salgueiro