Faltando apenas dois dias para as eleições na Venezuela, onde a esperança de terminar com o período de 14 anos de ditadura castro-comunista é crescente entre a população, o Notalatina, que há 10 anos vem denunciando os crimes cometidos por Chávez, não poderia se furtar a trazer mais informações que não são divulgadas pela mídia, nacional e internacional, sempre rendidas aos ditames da esquerda.
Leio em vários jornais da América Latina (porque há anos não leio nada publicado pela imprensa brasileira sobre os países vizinhos, uma vez que mentem, omitem e torcem os fatos) que há um “empate técnico” entre Chávez e Capriles, que no encerramento de campanha havia “um mar de gente a favor de Chávez” mas, como eles sabem que mentem em prol do bolivariano e não mostram nem fotos nem outra prova disso, com muito gosto provo que a mentira tem as pernas bem curtinhas.
Assistam abaixo a um vídeo do último comício de Chávez, onde o canal Globovisión, que fez a cobertura e esta gravação, afirma que Chávez não encheu “nem a metade da Avenida Bolívar”. Por outro lado, a foto do último comício de Capriles que ilustra essa edição, mostra a multidão que o apóia e essa foto tem uma história. Ela foi tirada de um apartamento do Hotel Alba, pela equipe de fotógrafos da Escola de Fotografia Roberto Mata, coordenada por Rodrigo Diamandi, de Liderazgo y Visión, e fotografada por Andrew Cavaleri, Lina Sabbagh, Kathiana Cardona e Hernán Yánez, em resposta à proibição de se tomar fotos aéreas, certamente para não expor o mico-mandante ao vexame de sua meia-dúzia de gatos pingados contra a multidão de Capriles.
Foto tirada desde o Hotel Alba, pela equipe Andrew Cavaleri, Lina Sabbagh, Kathiana Cardona e Hernán Yánez
Pois bem, essa equipe ousada alugou um apartamento do hotel que pudesse dar uma visão bem ampla da Avenida Bolívar. A gerência do hotel desconfiou, invadiu o quarto e revistou tudo, chegando a pedir que os hóspedes deixassem o hotel. Eles negociaram com o gerente e, escondendo os equipamentos, puderam tirar essa foto histórica. A foto e o vídeo não mentem!
A respeito dessas eleições, as notícias veiculadas são gravíssimas pois, como era de se esperar - e ocorre em todas as eleições na Venezuela -, os seguidores de Chávez já informaram que vão “mandar chumbo” se a oposição “não aceitar a vitória de Chávez”. As pesquisas de opinião dão como certa a vitória de Capriles por mais de 7 pontos de vantagem, daí que temo que depois que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciar a derrota de Chávez, suas milícias vão atacar com fúria e muito sangue vai correr. E isto não é especulação da minha parte, mas afirmações feitas pelo chefe dos “Tupamaros”, Alberto “Chino” Carías, em entrevista ao periódico ABC da Espanha. Traduzo parte dessa entrevista para que vocês possam conhecer o que disse este delinqüente que já tem em sua ficha policial mais de 10 assassinatos, todos impunes, acobertados por Chávez.
“O presidente Hugo Chávez disse que reconhecerá os resultados?
Exatamente, porque Chávez ganhará. Porém, se a oposição desconhece isso e chama as guarimbas a partir das 16:00 horas, vamos enfrentá-las. (Observação minha: na matéria ele afirma que a Guarimba são “focos de violência” mas é exatamente o contrário: é uma resistência pacífica em que as pessoas se concentram nas ruas fechando passagens, SEM O USO DE QUALQUER TIPO DE ARMA OU VIOLÊNCIA).
Como farão?
Com chumbo. Será um formigueiro. Estamos preparados e bem armados. Vamos em moto, carro ou a pé. E se vemos agitação na rua, colocamos o capuz e tiramos as armas.
O que vocês vão fazer se a autoridade eleitoral declarar Capriles ganhador?
Passamos à resistência ativa. Ativaremos todas as células para denunciar a extrema direita. Um governo de Capriles teria o povo agitado e mobilizado. Isso Chávez nos ensinou.
Qual é o seu vínculo com o terrorista venezuelano “Carlos” Ilich Ramírez “o Chacal”, preso na França?
Temos contato telefônico.
E seus vínculos com o ETA?
Somos aliados políticos do ETA e das FARC, mas não vou dar mais detalhes pelo mal antecedente que tivemos com o espanhol “El Palestino”, que se infiltrou em nossa organização e gravou nossas atividades com câmera escondida sem dizer que era um jornalista. (Obs. O jornalista espanhol que usa o cognome “Antonio Salas” infiltrou-se não só entre os “Tupamaros” mas também com os “Carapaica” e fez-se amigo de Carlos “o Chacal”, para escrever seu magnífico livro “O Palestino”).
Quem lhes financia”?
Isso é um segredo militar.
Quantos membros têm os “Tupamaros”?
É um segredo militar. Temos células em toda a Venezuela.
Como você se define?
Como um guerrilheiro marxista-leninista. Somos vigilantes revolucionários armados. Se houver alguma tentativa de golpe os tiraremos a fogo e chumbo, como o fizemos em abril de 2002”.
Bem, aí estão as declarações de “Chino” Carías e a confissão daquilo que a Venezuela inteira sabe: que foram os sicários de Chávez que promoveram a chacina de Puente Llaguno e da praça Francia de Altamira, que resultou em uma centena de feridos e alguns mortos. Por este crime do qual ninguém esquece, estão apodrecendo na cadeia os que tentaram impedir a barbárie: os delegados de Polícia Vivas, Forero e Simonovis.
Esta edição traz outro fato que não se comenta em nenhum lugar no Brasil, e que revela mais um pouco das atitudes de Chávez quando alguém começa a servir de estorvo a seus planos, embora tenha sido durante anos nada mais que seu capacho. É verdade que o defunto não merecia esse fim, pois sou totalmente contrária a qualquer tipo de tortura e morte como forma de vingança ou queima de arquivo, mas essa é a única maneira que Chávez e seus mentores cubanos conhecem para “eliminar da foto” alguém que pode pôr seus planos em perigo. O fato aconteceu no sábado 09 de setembro e foi cuidadosamente abafado, alegando-se que a vítima “caiu do teto” do Fuerte Tiuna, onde funciona o Ministério da Defesa e servia de residência ao Sargento da Guarda Nacional Antonio José Canchica. Leiam a tradução dessa história macabra, que só teve uma repercussão rasteira na Argentina, pois diz respeito àquela maleta com 800 mil dólares que Chávez deu à Cristina Kirchner para compra de votos de sua re-eleição.
Assassinado o Sargento Técnico de 1ª (GN) Antonio José Canchica
Carlos Arosemena
Antonini e Canchica em Miami
“No sábado passado (09.09), às três horas da manhã, foi assassinado o Sargento Técnico de Primeira (GN) Antonio José Canchica no Fuerte Tiuna. O sargento era Diretor do gabinete do atual Ministro da Defesa, General-em-Chefe (Ex) Henry de Jesús Rangel Silva. Canchica era um expert em inteligência e agente de confiança do ministro Rangel que, quando era Diretor da DISIP (polícia política chavista), o enviou a Miami para tratar de negociar com Antonini Wilson a famosa maleta para a campanha presidencial argentina, capturado por agentes da aduana de Buenos Aires com 800.000 dólares, ilegalmente enviados pelo Presidente Chávez para a campanha eleitoral de Néstor Kirchner e sua mulher Cristina.
Informam-nos que Canchica foi torturado e jogado desde o 4º andar, edifício 8-1 em Fuerte Tiuna. A razão: medo de que ele falasse antes do iminente final do regime castro-comunista na Venezuela. Aparentemente, Canchica sabia muito e clamava que, enquanto seus chefes estavam todos gordos, ricos e poderosos, ele havia arriscado o couro durante as ações dignas de filmes de espionagem, quando escapou em uma lancha rápida desde Miami para não ser capturado pelo FBI e a CIA que estavam em seus calcanhares, e foi recolhido em águas internacionais por uma lancha do G2 cubano e conduzido até a Embaixada venezuelana em Havana.
Canchica, o espião venezuelano em missão oficial com poder para negociar o silêncio de um delito cometido em quatro nações, o James Bond dessa trama, não tinha nem um bolívar para garantir seu futuro. O pobre agente de inteligência tinha que se conformar em viver em uma residência da guarnição alugada no Fuerte Tiuna e com o tanto que sabia sobre as andanças dos narco-generais, considerava que deveria receber sua parte do botim ou se veria obrigado a falar. Mantiveram Canchica por um longo tempo na Embaixada da Venezuela em Cuba, enquanto esfriava o escândalo da maleta argentina de Antonini Wilson.
Este crime forma parte do canibalismo castro-chavista que se desatou nos últimos meses. Dessa maneira, fizeram desaparecer uma testemunha-chave nas aventuras de um General-em-Chefe solicitado por narco-tráfico pelas autoridades norte-americanas. Segundo Pablo Medina, o sargento foi enterrado no cemitério da Guairita no setor 22C N72. “Henry Rangel Silva me disse que estava mandando um homem de sua inteira confiança para me ver, que vão me dar os recibos, o dinheiro, para que eu cale a boca e não fale com ninguém”, explicou Antonini Wilson depois de ter sido detido pelo FBI em 2007.
Recentemente Antonini declarou ante os meios de comunicação que não acreditava na versão do suicídio do Sargento Canchica, fornecida pelo governo do presidente que está de saída. Nestes tempos de escape, quando restam poucos dias ao regime, tudo sai à luz pública. Alguns queimam gabinetes governamentais, outros destroem papéis comprometedores ou transferem propriedades em nome de testas-de-ferro, mas os mais temerosos e com poder, ordenam assassinar testemunhas indesejáveis. É por isso que o Coronel (GN) Eladio Aponte Aponte fugiu para os Estados Unidos para salvar sua vida, já que sua consciência estava a ponto de transbordar por seus crimes cometidos por ordem de Chávez, entre os quais se encontra haver condenado a 30 anos de prisão os delegados e policiais que, cumprindo com o seu dever de defender os cidadãos, salvaram centenas de vidas durante os tiroteios de Puente Llaguno, quando pistoleiros afeitos ao regime massacraram a tiros toda uma população indefesa que marchava pacificamente para Miraflores.
Esse encontro entre Canchica e Antonini, entretanto, ficou imortalizado em um vídeo e umas quantas fotografias. O jornalista do diário venezuelano El Nacional, Javier Mayorca, reportou por Twitter que “faleceu um dos protagonistas centrais do capítulo norte-americano do ‘Caso Antonini’. Trata-se de Antonio José Canchica Gómez, o emissário que o então chefe da Inteligência venezuelana, Henry Rangel Silva enviou aos Estados Unidos. Agora, quase cinco anos depois daquela reunião em Plantation (nos arredores de Fort Lauderdale), ao que parece morreu Canchica”. Segundo o jornalista, o Sargento Técnico de Primeira da Guarda Nacional venezuelana, faleceu aos 41 anos ao cair do teto de uma residência no Fuerte Tiuna. Com o assassinato do Sargento Canchica, encerra-se mais um capítulo do regime de terror castro-comunista encabeçado pelo presidente que vai sair”.
O Notalatina vai ficar atento às eleições da Venezuela e vai informar todos os acontecimentos sobre o evento, além do resultado final. Fiquem com Deus e até a próxima!
Traduções e comentários: G. Salgueiro