quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Chavismo: fim de uma era maldita?

No domingo passado, depois de acabar de voltar de Havana onde ficou durante 22 dias para exames - e confabulando com os cabeças das FARC -, Chávez anunciou em cadeia de rádio e televisão que deveria voltar a Cuba para submeter-se a uma nova e perigosa cirurgia. No seu discurso de despedida ele pede aos venezuelanos que, caso não possa voltar à presidência, que votem por Nicolás Maduro, o ex-chofer de ônibus alçado a Chanceler da Venezuela, e agora nomeado Vice-Presidente da República nas descaradamente fraudulentas eleições do último pleito em 7 de outubro passado. Tentei publicar o vídeo mas creio que o código para publicação oferecido pelo portal está com defeito, então, segue o link aqui para que possam assistir.

Hoje, Maduro falou desde o Palácio de Miraflores, para informar aos venezuelanos que a cirurgia feita ontem correu bem, embora tenha sido muito difícil e que o pós-operatório será igualmente difícil. Nessa alocução Maduro, visivelmente com voz embargada (porque sabe que se Chávez morrer antes da posse seu próximo posto vai ser o de presidiário), pediu as orações dos venezuelanos, pediu que a oposição pare de odiar a Chávez, reafirmou a excessiva “democracia” do ditador e aproveitou para fazer campanha política a favor do PSUV, conclamando os venezuelanos a votar massivamente no próximo domingo para eleger os governadores dos estados. A propósito dessas eleições, recomendo ler o artigo O pior cenário, traduzido por mim e publicado no site do Heitor De Paola, pois faz uma análise muito boa e realista da situação.

Estes são os fatos. Agora vamos à análise dos mesmos, pois a imprensa nacional e internacional limita-se a isto, a relatar “fatos”, sem sequer pensar nas conseqüências de tudo o que está se passando no vizinho país, tão intimamente ligado ao Brasil através de numerosos convênios, por seu ingresso no MERCOSUL mas, sobretudo, pelas alianças no Foro de São Paulo e nos Movimentos Bolivarianos existentes no nosso país.

Bem, Chávez parece ter finalmente reconhecido - quando já não há mais tempo - que seus dias de déspota sanguinário e mau estão chegando ao fim. Desde que soube da doença e a tornou pública em junho do ano passado, ele, que sempre blasfemou contra Deus e os cristãos, há anos proibiu decoração de Natal e tudo alusivo à sagrada festa, assim como o Papai Noel, insultou com impropérios e amaldiçoou o Cardeal Don Rosalio Castillo Lara (já falecido), passou a pedir a Deus que lhe curasse, que desse mais anos de vida porque “ainda tinha muito o que fazer pelo país”. Simultaneamente, mandava fazer santerías em Cuba e Vodu no Haiti. Mentiu, fraudou,planejou e encomendou assassinatos de desafetos, perseguiu seus opositores encarcerando-os com provas e testemunhos falsos, os quais, muito deles também enfermos de câncer, continuam encarcerados sem sequer ter direito a banho de sol.

Nunca pediu perdão por seus incontáveis crimes, nem ao povo e muito menos a Deus mas agora, de maneira asquerosa e blasfema quando sente o cheiro da morte rondando-o, aparece em público beijando a Cruz e pedindo ao povo que reze por ele. O mesmo faz agora seu cão perdigueiro, o capacho inepto e arrogante Nicolás Maduro, como se o povo venezuelano cuja maioria é cristã, pudesse cair nessa pieguice demagógica barata. Eu não desejo a morte de ninguém, sempre disse isto e reafirmo aqui. Entretanto, se me lembrar dele em minhas orações será tão-somente para pedir a Deus, que é O Juiz Justo, que dê a Chávez o que ele merece, seja isso o que for.

Maduro falou direto do Palácio de Miraflores como se já estivesse em funções mas esta é a primeira aberração que se está cometendo à revelia dos venezuelanos e a imprensa não fala, por ignorância ou conivência. Em primeiro lugar, é preciso compreender como é a eleição presidencial na Venezuela. Diferente da maioria dos países democráticos, o cargo de Vice-Presidente é indicado pelo presidente vencedor, após as eleições, e que só se torna válido após a posse do eleito que, neste caso, será em 10 de janeiro de 2013. Reza a Constituição que, no caso de necessidade de afastamento do mandatário por dois meses consecutivos ou declarada sua incapacidade definitiva de continuar governando, o Vice-Presidente assume interinamente e convocam-se novas eleições

Ocorre que Chávez já está pedindo aos venezuelanos que dêem seu voto a Maduro, significando que ele SABE que não volta a governar! Entretanto, como ainda não foi empossado - e provavelmente não será -, quem deveria estar assumindo as rédeas do país era Elías Jaua, Vice-Presidente do atual mandato - que ainda está vigente até 9 de janeiro de 2013 - e não Maduro que é apenas o “indicado” e ainda não empossado. Percebem a sutileza da patifaria? 

Ao contrário do que leio na mídia brasileira, Maduro é a pessoa mais forte da Venezuela atualmente e foi a pessoa indicada por Fidel Castro por vários motivos: 1. É jovem e saudável, o que pode garantir muitas décadas de governança ditatorial, garantindo não somente os 100 mil barris de petróleo diário a Cuba, mas tudo o mais que o ditador ordenar, como a alcovitagem às FARC. 2. É o amigo mais fiel a Chávez, que nunca o trairá e que vem acompanhando-o desde o anúncio da doença. 3. É “maleável” e “obediente” a tudo o que os Castro ordenarem e, para se manter no tão ambicionado cargo de Presidente da Venezuela, fará tudo o que o senhor rei mandar. 

Os venezuelanos NÃO PODEM deixar isto passar como se fosse normal, NÃO PODEM permitir que este desqualificado delinqüente usurpe um cargo que NÃO lhe pertence e devem estar atentos e alertas ao que vai acontecer nos próximos dias. Domingo que vem (16) vão ocorrer eleições para Governador, onde o PSUV está apostando todas as suas fichas por questão de sobrevivência. É imprescindível que os venezuelanos elejam o maior número possível de candidatos opositores porque isso irá facilitar a assepsia que o país tanto necessita e abrirá as portas para uma eleição à Presidência que ponha o país nos trilhos do desenvolvimento e da verdadeira democracia. E com isso eles podem começar a sonhar com o fim de uma era maldita e amaldiçoada, que destruiu as riquezas  nacionais financiando países fracassados, como Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua, além de proteger a apoiar bandos terroristas como as FARC, o ELN, o Hizbolah, o Hamas, a Al-Qaeda e ditadores sanguinários do Irã, China, Rússia.

É hora de Chávez pedir perdão ao povo venezuelano e sobretudo a Deus pelos incontáveis crimes cometidos, pois tem as mãos manchadas do sangue inocente de seus compatriotas, e fazer uma verdadeira metanóia antes que seja tarde. Abaixo o vídeo do pronunciamento do pseudo Vice-Presidente Nicolás Maduro. O Notalatina vai ficar atento aos próximos pronunciamentos sobre este episódio tão grotesco e misterioso, quanto personagem principal da trama. Fiquem com Deus e até a próxima!


Comentários: G. Salgueiro

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"Cacerolazo pa Santos"



Se o ex-presidente Álvaro Uribe tivesse uma bola de cristal e pudesse nela ver o futuro de seu país, seguramente não teria indicado Juan Manuel Santos como seu candidato, nem teria ajudado a elegê-lo. Desde os primeiros dias do governo de Santos venho denunciando a traição monumental que ele fez, não só a Uribe, mas sobretudo ao país e aos mais de 9 milhões de colombianos que o elegeram acreditando que ele iria cumprir o prometido em campanha, ou seja: dar continuidade ao Plano de Segurança Democrática implantado por Uribe, acabar com as FARC e os outros bandos terroristas, e dar continuidade ao desenvolvimento econômico. 

Nada disso foi feito, ao contrário. No dia seguinte à posse, sua primeira providência foi fazer as pazes com o ditador venezuelano Chávez, a quem o apelidou de seu “mais novo melhor amigo”, retirou as denúncias que pesavam contra ele na OEA, com fartas e fidedignas provas documentais de acampamentos das FARC na Venezuela, com o conhecimento e apoio de Chávez, cancelou o convênio de cooperação militar que mantinha com os Estados Unidos, e montou seu ministério inteiro com sabidos opositores e inimigos declarados de Uribe.



A indignação dos eleitores não tardou e as reações começaram a aparecer através das redes sociais, sobretudo Twitter e Facebook. A mídia toda tornou-se “anti-uribista” e “santista”, e a perseguição e censura aos que se opunham aos desatinos do novo presidente calou a voz de muitos comentaristas vinculados a Uribe, como José Obdulio Gaviria e o ex vice-presidente Francisco Santos, primo de Juanma que, no entanto, não apoiava a mudança de rumo que nitidamente estava levando o país aos caos.

Santos passou a agredir publicamente aqueles que se sentiam traídos em seu voto, chamando-os de “mão negra”, “tubarões” e, finalmente, no discurso que fez na Convenção Nacional do Partido da U, referiu-se ao ex-presidente Uribe - que foi ovacionado quando chegou, várias vezes durante seu discurso e na saída - de “rufião de esquina” que traz “um punhal debaixo do poncho” (referindo-se a traição). Aí ele extrapolou todos os limites porque, além de rotular um ex-presidente digno com tamanha baixeza, para os colombianos o “poncho” é um símbolo quase sagrado daqueles que trabalham duramente nos campos e que Uribe sempre o trouxe dobrado no ombro para reafirmar suas origens.

Finalmente, quando começou a farsa das “negociações de paz” com as FARC, onde os terroristas estão lavando a burra às custas do erário público com passeios entre Oslo e Havana, fazendo exigências descabidas e sendo indultados de seus incontáveis crimes de lesa-humanidade, enquanto os militares estão sendo encarcerados e condenados a longuíssimas penas com base em testemunhos falsos, os colombianos resolveram dar um basta a tudo isto e mostrar seu descontentamento através de um “cacerolazo” (panelaço) que ocorre hoje à noite em todo o país.



A idéia foi inspirada no “cacerolazo” que houve em princípios de novembro na Argentina e que inundou as ruas de Buenos Aires, deixando a presidente Cristina Kirchner de cabelos em pé. O mesmo ocorre na Colômbia, onde, “curiosamente”, num só dia 15 pessoas, das mais atuantes, tiveram suas contas de Facebook e Twitter bloqueadas.

Eu havia feito entrevista com dois amigos colombianos que estão liderando o cacerolazo em suas respectivas cidades, mas lamentavelmente não disponho de tecnologia ou assessores para trabalhar a parte técnica do blog e, mesmo contando com a abnegada generosidade de dois amigos brasileiros, o canal de vídeo onde se colocou as entrevistas não permitiu que as mesmas saíssem como deveria ser, isto é, com entrevistador e entrevistados, em imagem e som. Apenas minhas perguntas se ouvem, enquanto a imagem do entrevistado aparece sem som algum. Diante disso, e com um profundo desgosto, essas magníficas entrevistas não vão constar da edição de hoje. 



Entretanto, para que se conheça algo dessa manifestação, publico o editorial do Dr. Fernando Londoño de ontem, em seu programa “La Hora de la Verdad”, em que ele justifica os motivos para que se faça tal evento, e uma entrevista de Angela Zuluaga, praticamente a “mãe” do “cacerolazo”, grande líder colombiana, a um canal argentino, para substituir a entrevista que fiz a ela e que, lamentavelmente, não foi possível publicar. Abaixo a entrevista com Angela Zuluaga, “Dama Verde-Oliva” de Manizales.  
Os motivos básicos desta manifestação são esses: recrudescimento das ações terroristas, reforma da Justiça, vítimas das FARC, reforma da educação, política agrária, a sentença de Haya sobre o arquipélago San Andrés, o abandono das denúncias de presença das FARC em território venezuelano, o tal “acordo de paz” com as FARC e muitas outras mais. Sobre este acordo e a sentença de Haya posteriormente farei um artigo que será publicado aqui no Notalatina, pois há muitos detalhes (sórdidos) que tornariam a edição de hoje demasiado extensa. 

E aqui, o editorial de Fernando Londoño..

As ilustrações desta edição foram todas elaboradas pelos “caceroleros” colombianos, a quem agradeço mas não posso nomeá-los, porque foram se espalhando pelo Facebook sem que soubéssemos a autoria. Em breve falarei de como foi o evento, tão logo receba fotos e/ou vídeos das diversas cidades onde a manifestação ocorreu. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários: G. Salgueiro

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Censura castro-comunista chega à Colômbia!

A terrorista holandesa das FART, Tanja Nijmeijer, chega a Havana para se reunir com seu amante, o terrorista "Iván Márquez", uma semana antes de começarem as conversações,  e hospedam-se confortavelmente no Hotel Nacional, às custas do dinheiro dos impostos de suas vítimas colombianas. Enquanto paparica as FART, Santos castiga os que se opõem a isso.



Quem acompanha o Notalatina com regularidade deve estar a par de que, desde agosto, venho denunciando e analisando a situação da Colômbia após o anúncio público do presidente Santos de sentar-se com as FART para selarem um “acordo de paz”. Todos os estudiosos desse bando terrorista são unânimes em afirmar que isto é mais uma estratégia para ganhar espaço publicitário perante o mundo para que lhes retirem o rótulo de terroristas, e eles sigam delinqüindo e traficando armas e cocaína sossegadamente. Não vou nesta edição repetir tudo o que eu e os analistas colombianos que tenho traduzido já dissemos tantas vezes.

Entretanto, interrompi a edição que estava fazendo para escrever esta nota de REPÚDIO ABSOLUTO à CENSURA e PERSEGUIÇÃO que está sendo feita a todos os uribistas autênticos após o início de tais conversações, onde as FARC já estão mandando na Colômbia, embrutecendo e intensificando seus ataques - que NUNCA são notícia no Brasil -, inclusive o último deles que assassinou uma criança, seis policiais, dois soldados e deixou não sei quantos mais feridos graves.

Santos está enfurecido desde a última Convenção Nacional do Partido de la U, em 28 de outubro último, roído pela inveja ao ver Uribe ser ovacionado por uma multidão enquanto ele era vaiado pelo pequeno público que ainda estava no Centro de Convenções, assunto que tratei na edição anterior. Desde então, a perseguição aos uribistas e os afagos aos terroristas das FARC têm se mostrado com toda a sua feiúra e depravação.

A edição de hoje seria dedicada ao Coronel Plazas Vega e os 27 anos do holocausto do Palácio da Justiça, mas acabei de tomar conhecimento de um ato brutal de censura à liberdade de expressão, então resolvi fazer esta denúncia imediatamente porque - ALERTO!!! - isto é que estão planejando o partido governante e seus bajuladores servis, com a tal da “regulação das comunicações”.

Há mais ou menos uns três dias Aida Paez, uma de minhas amigas colombianas, uma mulher valente e aguerrida, teve suas contas de Twitter e FaceBook bloqueadas. Aida costumava escrever no mural de Santos e em sua conta de Twitter toda vez que as FARC cometiam mais um crime contra a população civil ou as Forças da ordem. Nunca foi desrespeitosa mas sempre o responsabilizou por estas barbáries, em decorrência desta farsa de “acordo de paz”. Hoje, acabo de tomar conhecimento de mais três amigas - Angela Zuluaga, Carolina Arévalo e Patricia Obando -, que tiveram não só bloqueadas mas ENCERRADAS suas contas nos mesmos sites de relacionamento pelos mesmos motivos de Aida. De Aida ainda lhe cortaram a internet, deixando-a incomunicável com o mundo. Das outras três não sei se fizeram o mesmo mas é provável que sim, pois além de serem verdadeiras guerreiras uribistas, pertencem a um grupo de mulheres que oferecem apoio aos militares presos-políticos, vítimas da justiça politizada e manipulada pelo narco-terrorismo e advogados ex-membros do “extinto” M-19, intitulado “Damas Verde-Oliva”.

Angela é uma de minhas mais íntimas amigas, uma mulher inquieta que não se cala diante dos descalabros que Santos vem cometendo contra seu próprio povo. Recentemente escreveu este contundente artigo “El Proceso de Paz de Juan Manuel Santos nació muerto” que publiquei no meu outro blog, Observatorio brasileño. Ela é dura e ataca com uma precisão cirúrgica esta farsa que está sendo montada contra o povo colombiano, que representa uma afronta e extrema humilhação aos militares e policiais, sobretudo porque tudo isto está sendo bancado com o dinheiro de milhares de colombianos que rejeitam e odeiam as FART.

Alerto os brasileiros - mais uma vez! - que esses fatos não são alheios a nós porque tudo é orquestrado pelo Foro de São Paulo, e muito em breve seremos nós os censurados. Os ataques a policiais que estão acontecendo em São Paulo também não são eventos isolados de traficantes enfurecidos para desestabilizar o governo estadual. Não. Obedecem a uma estratégia, que inclusive denunciei há dois anos e que tende a piorar, na medida em que o tal “acordo de paz” entre o governo colombiano e os terroristas das FART e ELN (que já disseram estar “interessados”) forem progredindo e eles conseguirem indulto a todos os seus crimes e possam disputar cargos políticos. O PCC já tem site, estatuto e falta pouco para se “oficializar” como um partido legal. Está recebendo apoio para isso de seus cúmplices colombianos sob as bênção, aplausos e submissão do Foro de São Paulo.

Às minhas queridas amigas colombianas, minha irrestrita solidariedade. Ao governo colombiano, meu total repúdio e asco. Aos brasileiros, deixo meu alerta. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários: G. Salgueiro

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Na queda de braço da paz na Colombia, perdem as vítimas das FART

Nessa edição do Notalatina reproduzo o artigo que escrevi para o Jornal Inconfidência de Minas Gerais, mas antes quero denunciar um fato que está ocorrendo na Colômbia, que demonstra claramente quem é e o que está fazendo Juan Manuel Santos contra seu próprio povo.

Os colombianos estão fartos das traições de Santos e não escondem sua insatisfação com os rumos que o país está tomando, uma vez que, enquanto o presidente afirma em seus discursos que “as FART estão acuadas e rendidas”, os ataques à Força Pública se acentuam exponencialmente. Não há dia em que não se tenha notícia de atentados terroristas, de mortes de policiais e militares, atentados contra crianças, seqüestros, explosões de minas terrestres. 

Desde há duas semanas que os colombianos vêm sendo vítimas de censura, tendo suas contas de Facebook e Twitter bloqueadas, porque reclamam e cobram do presidente que fale a verdade, que cuide da segurança e que não desejam impunidade para os terroristas. Hoje, soube de uma combativa amiga colombiana que, além de ter suas contas bloqueadas, também está sem internet, porque criticava Santos através de suas contas de Twitter e Facebook

Quero, portanto, denunciar este abuso de autoridade, esta CENSURA indevida do presidente Juan Manuel Santos contra seu próprio povo, um povo que o elegeu para dar continuidade ao exitoso trabalho do presidente Uribe e que desde que assumiu não faz outra coisa senão servir aos caprichos das FART e de Chávez. Não é amordaçando um povo que se lhe conquista, mas trabalhando em prol do bem-estar, da segurança e da prosperidade de toda a nação. Fiquem com Deus e até a próxima!

Na queda de braço da paz na Colombia, perdem as vítimas das FART

Devo, antes de tudo, explicar porque uso um “T” em vez do conhecido “C” para designar a guerrilha narco-terrorista colombiana. É que lá as pessoas de bem entenderam que é mais justo e adequado chamá-las pelo que de fato são: “Forças Armadas Revolucionárias Terroristas”, e não “da Colômbia”, pois isto é uma indignidade para com o país e suas incontáveis vítimas. 

No dia 7 de outubro houve eleições presidenciais cujo resultado, como já estava acordado desde o último Encontro do Foro de São Paulo, deu vitória a Chávez e a oposição nada fez, embora as fraudes tenham sido tão gritantes que até no exterior foi comentado e provado. Se o fraudador fosse o candidato da oposição o mundo inteiro viria abaixo e de imediato se pediria a anulação ou, pelo menos, uma auditoria. Mas nada se fez porque disto dependiam as negociações com as FARC, da qual Chávez foi o mentor principal.

No dia seguinte haveria a primeira rodada de “negociações” em Oslo, onde os terroristas já se encontravam há alguns dias gozando das delícias do capitalismo - que abominam da boca para fora - mas foi adiada porque um de seus membros teve dificuldades para chegar. Foi precisamente Iván Márquez, que substituiu Raúl Reyes nas Relações Internacionais. Uma das exigências das FART é que participassem da mesa de negociações a terrorista holandesa, Tanja Niemeijer, e Simón Trinidad que está preso nos Estados Unidos condenado a 60 anos de prisão. Era necessário mostrar ao mundo por um lado, que até uma linda estrangeira vive feliz nas selvas e por outro, que podem dobrar até os Estados Unidos com seus caprichos.

Na coletiva de imprensa dada no dia 17, Iván Márquez abusou do direito que se lhe outorgou de ser tratado como gente e afrontou não só aos colombianos como a todos que conhecem o drama de suas vítimas. Em sua mensagem Márquez negou que as FART tenham em seu poder seqüestrados, que continuam cometendo seqüestros, que cultivam, processam e comercializam coca, que praticam atos de terrorismo, etc. Entretanto, desde que começaram as negociações os atos de terrorismo aumentaram consideravelmente, com destruição de redes de energia elétrica, oleodutos, carros-bomba, assassinatos de policiais e militares e seqüestros de pessoas inocentes. Há três chineses de uma empresa que desde janeiro foram seqüestrados e não se tem qualquer notícia deles.

Nesse discurso Márquez usou da retórica leninista de acusar os outros do que eles fazem, afirmou para o mundo inteiro que “eles” sim, são as grandes vítimas do Estado e que os colombianos é que têm uma dívida com eles. Como se insistiu em que entregassem os seqüestrados, Márquez afirmou numa carta: “É necessário que (...) optemos por não descontextualizar e não delimitar inserindo visões pessoais do assunto. (...) Está estabelecido no Acordo a possibilidade de que outros atores da confrontação política e social possam confluir ao processo, (...) e é claro também que assunto sem importância com o das vítimas não pode deixar de lado a literalidade mesma do compromisso assumido em Cuba”.

Segundo cifras oficiais, 1.258 seqüestrados entre policiais, militares e civis encontram-se em poder das FART, alguns há mais de 10 anos. Entretanto, Santos disse publicamente acreditar na palavra dos terroristas. Embora a mídia internacional venha dando apoio total a essa insensatez, 90% dos colombianos estão entre revoltados e desesperados com a traição de Santos e o rechaço a seu governo é cada dia mais patente e claro.

No domingo 28 houve a convenção nacional do Partido da U, fundado por Álvaro Uribe, e do qual Santos se serviu sem qualquer escrúpulo para se eleger. Tive o prazer de assistir ao vivo e sou testemunha ocular disto que falo. Quando se anunciou a chegada de Uribe este foi aplaudido de pé aos gritos de “A U é de Uribe!” durante vários minutos. E ele começou o discurso dizendo exatamente isso: “Diego Piñeros foi seqüestrado no dia 17 de outubro no Meta, pelas FARC. ‘Paguem a extorsão que depois será pior’, é a ameaça das FART”, quer dizer, no mesmo dia em que Márquez anunciava para o mundo que não seqüestravam nem tinham mais ninguém em seu poder. Todo o seu discurso foi interrompido pelos aplausos, do mesmo modo de quando se retirou e que compartilho ao final do artigo com exclusividade para meus leitores brasileiros.

Santos só apareceu muito depois, com um discurso agressivo, rancoroso, febril de inveja. E como foi vaiado em várias oportunidades e a platéia que o ouvia era ínfima em relação à multidão que aplaudiu Uribe, não se sabe que destino tomou o vídeo de sua alocução pois nem na página da Presidência foi publicado. Todavia, ao contrário de Uribe que demonstrou seu amor e preocupação pelos rumos do país, o discurso de Santos foi raivoso, invejoso e auto-referente. Incontáveis vezes ele começa a frase com “eu”, e nessa sua ira contra o sucesso de Uribe soltou esta pérola: “É de dupla moral vir preparar uma punhalada contra a coletividade debaixo do poncho. Eu não venho a um pugilato, como um rufião de esquina, para demonstrar quem é que manda no bairro”. Não havia quem o aplaudisse, pelo contrário, foi vaiado e a platéia havia se esvaziado consideravelmente. 

Com este desrespeito monumental, o que Santos conseguiu com toda sua baixeza moral e de caráter foi ampliar ainda mais o abismo que separa os verdadeiros uribistas daqueles oportunistas, como ele, que se elegeram com os votos e a plataforma de quem hoje ele vilmente chama de “rufião de esquina”. 

Em resumo: enquanto Uribe mesmo sem um cargo público continua lutando pela liberdade e democracia da Colômbia, Santos só pensa em fazer algo para “deixar sua marca”, mesmo que isto signifique vender o país ao mais sanguinário e cruel bando terrorista do continente. E o povo que o elegeu, confiando que iria ver-se livre deste flagelo, vê-se agora completamente a mercê de seus algozes que são os verdadeiros mandantes do país.

Comentários e tradução: G. Salgueiro 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Graça Salgueiro entrevistada em "La Hora de la Verdad" sobre o "Mensalão"

Hoje fui novamente entrevistada por Dr. Fernando Londoño, condutor do programa radial “La Hora de la Verdad” que vai ao ar todos os dias pela Cadena Radio Súper de Bogotá.

Quando recebi o convite, me foi dito que era para falar sobre o “mensalão” e a imagem do Lula. Entretanto, no desenrolar da entrevista ele tocou em um tema que não é de meu conhecimento porque é um assunto muito específico e tive que dizer que não dominava. Ele quis saber coisas relativas à queda do PIB brasileiro e falei rapidamente do que os jornais comentam.

Infelizmente não tive a chance de falar mais detidamente sobre os julgamentos, pois iria dizer-lhe o que tenho dito pela rede e que o Olavo descreveu com a maestria que lhe é peculiar. Refiro-me ao principal destes julgamentos e as condenações de três dos mais importantes quadros do PT, que apenas Olavo analisa em um artigo que em breve será publicado em seu site, cujo título é “Depois do Mensalão”.

A parte visível dos julgamentos é a questão dos crimes de corrupção. Entretanto, isto é apenas o acessório, pois a raiz de toda esta patifaria continua incólume. Dirceu, Genoíno e Delúbio agiram da forma que o partido esperava deles, pois quem estuda o Movimento Comunista Internacional sabe que, para salvar o Partido e seus projetos revolucionários, vale qualquer sacrifício. Assim fizeram os kamaradas de Stalin nos grandes julgamentos em que os réus, mesmo sabendo-se inocentes, admitiam crimes que não haviam cometido para salvar o líder e a revolução, do mesmo modo que admitiram crimes de tráfico de droga, o general Arnaldo Ochoa e Tony de La Guardia, sendo todos estes personagens fuzilados sem qualquer escrúpulo por parte de seus líderes. Isto não quer dizer que eles fossem anjos imaculados, mas naqueles julgamentos eles se deixaram acusar por crimes que não cometeram.

No caso dos petistas se dá fato semelhante, pois mesmo sabendo que o chefe do Mensalão é Lula, nenhum desses três personagens o entregou, preferindo levar toda a culpa em vez de denunciá-lo como chefe de todos e com isso destruir o projeto de poder idealizado há décadas. Lula tem de ser preservado para poder preservar o Foro de São Paulo e seus planos, pois se não fosse dessa maneira, nem Hugo Chávez teria se re-re-re-elegido, mesmo de forma fraudulenta, nem as FARC estariam hoje a um passo de se tornarem um partido político legal com todos os seus crimes perdoados.

Esta não foi minha melhor entrevista a Dr Londoño mas, de toda forma, pude desfazer alguns mitos sobre a “austeridade” da atual presidente do Brasil e o “conservadorismo” do candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra. Desfrutem, pois. Fiquem com Deus e até a próxima!

   

Comentários: G. Salgueiro

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Choro por ti, Venezuela...




Nós já vimos esse filme. Uma vez, duas, mil vezes... Mesmo assim, o gosto amargo da derrota que não devia surpreender a ninguém, está grudado no céu da boca. Sem estrelas. Numa noite escura e tenebrosa que insiste em permanecer. É mais uma crônica de uma morte anunciada tantas e tantas vezes. Porém, desta vez há desdobramentos graves e talvez irreversíveis para o continente.

Amanhã (08.10) começam em Oslo as “negociações” entre o governo Santos e os terroristas das FARC. Essa data, em que toda a comunalha celebra a morte do assassino Guevara, não foi escolhida por acaso. Na Colômbia os parlamentares, que agora estão criando até leis para garantir todos os direitos e a total impunidade aos crimes de lesa-humanidade das FARC, resolveram decretar o 8 de Outubro o “dia do guerrilheiro”. Em homenagem a quem? Tirofijo? Mono Jojoy? Alfonso Cano ou Guevara mesmo?. 

O presidente Uribe havia anunciado que incluir a Venezuela como mediador desse processo era dar oxigênio e protagonismo a Chávez na reta final de sua campanha. Isso era evidente para quem conhece os métodos e as práticas dos comunistas desde sempre. Além disso, no encerramento do último Encontro do Foro de São Paulo (FSP) Chávez anunciou, muito seguro, que “ia tomar [o governo] por nocaute”. Em outras oportunidades e discursos, e nesse mesmo do FSP, ele anunciou que sua vitória seria de 10 milhões de votos. Ao ser anunciada sua vitória, quando o escrutínio já estava com 90% das urnas apuradas, ele estava com mais 8 milhões de votos. Coincidência? Leiam as edições anteriores a essa eleição que tudo já havia sido dito.

Após o anúncio do CNE os candidatos fizeram seus discursos. Capriles não hesitou em acatar os resultados, elogiou a lisura do processo eleitoral, disse que “não houve derrota” e aceitou pacificamente o que a olhos vistos foi uma fraude monumental. Lembrei de outro candidato que concorreu às eleições presidenciais, também jovem, também fraudado e que do mesmo modo baixou a cabeça e se rendeu: Manuel Rosales que, como prêmio, foi perseguido por Chávez a ponto de ter de fugir do país e exilar-se no Peru. Não trago esse cálice amargo. Sobretudo porque recebi de um amigo a verdadeira apuração, estado a estado, e que mostra o esperado e as pesquisas mais sérias apontavam. Leiam no final.

Há algum tempo eu vinha mostrando o andar da carruagem e o tamanho do rombo que essas eleições deixariam nas esperanças dos venezuelanos que “ainda” se iludem, acreditando que comunistas jogam o jogo legítimo da democracia. E eis aí a vitória das FARC, do Foro de São Paulo, da ditadura cubana - que garantiu por mais algum tempo o sustento dos irmãos Castro -, e de todos os governos comunistas da região. Em seu discurso da vitória Chávez afirmou: “Que o candidato da direita tenha aceitado nosso triunfo é um grande passo para a construção da pátria bolivariana”. O mesmo ele disse a Rosales...

Embora eu tenha sempre afirmado que não admirava Capriles, por ele haver desprezado e tratado grosseiramente o presidente Uribe quando quis apoiá-lo, e por declarar que Lula era “seu modelo”, eu apostava minhas fichas como uma primeira opção para tirar Chávez do poder. Não posso esconder minha decepção. Não por Capriles mas porque Chávez vai permanecer. E vai apertar os torniquetes com os presos políticos. Pensei em meu amigo Alejandro Peña Esclusa, na juíza Maria Lourdes Afiune, dos delegados Vivas, Forero e Simonovis e tantos outros cujos nomes não recordo agora. E na imprensa, e nas empresas, nas propriedades privadas obscenamente expropriadas, nas centenas de vítimas do incêndio da petroleira, dos assassinados pelo regime, na miséria, na falta de comida, liberdade e segurança. Não resisti e chorei...

E porque me sinto de luto fechado esta edição não tem cor, nem fotos, nem vídeos. Só a tarja preta. E minha tristeza pelos venezuelanos que apostaram tudo em nome de sua liberdade e que foi surrupiada descaradamente, conforme os dados que seguem abaixo. Que fique registrado. Fiquem com Deus até a próxima!

AMAZONAS 
CHAVEZ: 42%
CAPRILES: 39%
N/S.N/C 19%

ANZOATEGUI
CHAVEZ: 28%
CAPRILES: 59%
N/S.N/C 12%

APURE
CHAVEZ: 44%
CAPRILES: 43%
N/S.N/C 13%

BARINAS
CHAVEZ: 44%
CAPRILES: 45%
N/S.N/C 11%

BOLIVAR
CHAVEZ: 41%
CAPRILES: 45%
N/S.N/C 14%

CARABOBO
CHAVEZ: 24%
CAPRILES: 63%
N/S.N/C 13%

COJEDES
CHAVEZ: 45%
CAPRILES: 41%
N/S.N/C 14%

DELTA AMACURO
CHAVEZ: 42%
CAPRILES: 37%
N/S.N/C 21%

FALCON
CHAVEZ: 34%
CAPRILES: 55%
N/S.N/C 11%

GUARICO
CHAVEZ: 37%
CAPRILES: 41%
N/S.N/C 22%

LARA
CHAVEZ: 33%
CAPRILES: 54%
N/S.N/C 13%

LIBERTADOR-CARACAS
CHAVEZ: 38%
CAPRILES: 50%
N/S.N/C 12%

MERIDA
CHAVEZ: 34%
CAPRILES: 53%
N/S.N/C 14%

MIRANDA
CHAVEZ: 23%
CAPRILES: 66%
N/S.N/C 11%

MONAGAS
CHAVEZ: 36%
CAPRILES: 49%
N/S.N/C 15%

NUEVA ESPARTA
CHAVEZ: 33%
CAPRILES: 54%
N/S.N/C 13%

PORTUGUESA
CHAVEZ: 38%
CAPRILES: 57%
N/S.N/C 15%

SUCRE
CHAVEZ: 31%
CAPRILES: 44%
N/S.N/C 15%

TACHIRA
CHAVEZ: 28%
CAPRILES: 59%
N/S.N/C 13%

TRUJILLO
CHAVEZ: 31%
CAPRILES: 44%
N/S.N/C 16%

VARGAS
CHAVEZ: 37%
CAPRILES: 41%
N/S.N/C 12%

YARACUY
CHAVEZ: 27%
CAPRILES: 55%
N/S.N/C 18%

ZULIA
CHAVEZ: 25%
CAPRILES: 62%
N/S.N/C 13%

EN EL EXTERIOR
CHAVEZ: 14%
CAPRILES: 79%
N/S.N/C 7%

TOTAL GENERAL VENEZUELA
CHAVEZ: 31%
CAPRILES: 56%

Comentários e traduções: G. Salgueiro