No próximo domingo estarei viajando para a Colômbia com uma agenda bem cheia, e que vai culminar com o curso “Mentalidade Revolucionária” proferido pelo filósofo e professor Olavo de Carvalho. Mas o principal de minha volta àquele país tão querido é a visita que farei ao coronel Luis Alfonso Plazas Vega, que está encarcerado na Escola de Infantaria do Exército Colombiano, aguardando a apelação feita por seus advogados à condenação de 30 anos de prisão, pelo “desaparecimento” de 11 pessoas no massacre perpetrado no Palácio da Justiça pelo bando terrorista M-19. Como estas pessoas não estão desaparecidas mas muito bem achadas e ele não cometeu nenhum crime, espero em Deus que muito em breve sua libertação seja anunciada. Oxalá fosse enquanto eu estivesse lá...
Em decorrência desta viagem meu tempo, que já é muito espremido para tantas coisas, ficou um pouco mais apertado. Daí que não queria viajar sem deixar registrado um fato notável ocorrido ontem em Bogotá, que deveria servir de exemplo para os brasileiros, sobretudo militares. Diante de tantas injustiças que se vêm cometendo contra as Forças de Segurança (militares e policiais), com julgamentos fraudulentos e criminosos numa verdadeira perseguição desenfreada contra os que, cumprindo a lei e seu dever de defender a pátria, tiveram que abater terroristas; com um ministro da Defesa irresponsável, ignorante e boçal que em vez de defender aqueles a quem representa debocha de suas misérias; com uma Corte Suprema de Justiça que opera a favor de terroristas, os militares e policiais da reserva ativa resolveram fazer ontem uma manifestação pacífica, exigindo respeito, dignidade e que se cumpram as leis de reajustes salariais para aqueles que oferecem até a própria vida para que todos os colombianos, inclusive e principalmente o presidente e seus ministros, possam ter liberdade e sua integridade física preservada.
A Colômbia trava uma guerra contra o narco-terrorismo há 47 anos, onde os militares e policiais são mutilados por minas terrestres, mortos ou lesionados em combate, se embrenhando nas matas fechadas e enfrentando as intempéries para salvar os colombianos seqüestrados pelas FARC e o ELN, perdendo muitos Natais, Páscoas e festas de família e o que recebem em troca do Governo? Palavrinhas amistosas e medalhas de reconhecimento, mas eles também são gente, com famílias, com sonhos, com necessidades como todo ser humano. E foi para exigir que se respeitem esses direitos elementares, como um salário digno da envergadura do seu dia-a-dia que eles lotaram a Praça de Bolívar, bem no centro da capital e muito próxima ao Palácio Presidencial, a Casa de Nariño.
As fotos que ilustram esta breve edição de hoje muito me comoveram porque conheço o lugar, conheço as histórias dos que estão pagando na prisão por uma sentença fraudulenta, e porque sei que aqueles homens fardados merecem, mais que qualquer outros do nosso continente, uma remuneração e reconhecimento dignos do trabalho que fazem há anos: combater o narco-terrorismo das FARC que nos assola diretamente, mas que muitos brasileiros sequer pensam que eles existem e estão lá, combatendo também por nós.
E em razão desta viagem, que estou indo a convite, gostaria de solicitar aos leitores que apreciam meu trabalho que me ajudem financeiramente, porque o convite veio num momento especialmente difícil e evidentemente que terei despesas, além de muitos livros importantíssimos para o meu trabalho que pretendo comprar lá, porque custam um terço do que custariam se eu mandasse buscá-los. Queria que vocês compreendessem que informação custa caro e eu a ofereço a quem quiser me ler, de graça, daí a necessidade dessa colaboração financeira. Imaginem que o livro sobre as FARC lançado na Inglaterra no dia 10 de maio eu comprei, e paguei por ele £ 47, que convertido para o Real me custou R$ 143,00. Quem aqui no Brasil se aventurou a comprar este livro? Não conheço ninguém que o tenha comprado mas todo mundo quer saber o que ele contém, embora muitos jornais tivessem publicado informações que não tinham NADA de novo, pois escrevi sobre o assunto em 2007! E como meu livro ainda não chegou, me reservo o direito de só comentá-lo quando o tiver em mãos.
Bem, está feito o apelo que ficarei muito agradecida aos que puderem atendê-lo, cujos dados encontram-se do lado direito, pelo PayPal ou via depósito bancário. Lá pretendo fazer outras atualizações do Notalatina, que não foi possível da outra vez porque não levei um adaptador de tomadas, mas agora vou devidamente equipada. Então, fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro