quinta-feira, 25 de março de 2010

Mais provas da colaboração entre ETA e FARC com Chávez no meio

Conforme eu havia prometido, segue a segunda parte de informações sobre os nexos do ETA com as FARC e a Venezuela. Como o assunto é muito rico em detalhes, preferi traduzir toda a matéria publicada pelo site Urgente24 da Argentina, para que não se perca nada. Ainda nesta edição há outro vídeo inédito, onde um desmobilizado das FARC conta sobre a experiência vivida em treinamentos com membros do ETA. Recordo que no ataque ao Clube El Nogal, em 2002, a técnica utilizada para provocar a explosão foi através de um celular, técnica que os guerrilheiros aprenderam com seus comparsas do ETA.

E amanhã haverá outra edição, desta vez para falar sobre o circo macabro da libertação dos militares Pablo Emilio Moncayo e Josué Daniel Calvo, prometida desde abril do ano passado e que arrastou-se até depois das eleições parlamentares, provando que não há qualquer boa vontade ou “interesse humanitário” mas um escambo vil, miserável e criminoso. A libertação finalmente está anunciada para ocorrer sábado e domingo próximos mas só amanhã comento este fato. Por hoje fiquem com estas revelações. Fiquem com Deus e até a próxima!

*****

Mais provas da colaboração entre ETA e FARC com Chávez no meio

Agosto de 2007, San Cristóbal (Venezuela), cenário de uma das feiras taurinas mais importantes do mundo. O condutor venezuelano contratado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estacionou sua furgoneta no aeroporto de Santo Domingo e recolheu os viajantes. A ordem era transferi-los à fazenda La Veremos, na região de El Amparo e Guasdualito, uma zona controlada desde há anos pelos terroristas colombianos.

“Levavam bagagem e durante a viagem fizeram camadas de vários celulares. Falavam em espanhol, francês e uma língua desconhecida (basco). Paramos para comprar água, tabaco e repelente para insetos. Após várias horas de viagem chegamos à fazenda onde lhes esperavam um grupo de guerrilheiros das FARC com um responsável chamado Pizarro. Descarregaram os volumes, entre eles um computador portátil, e me disseram que voltasse para apanhá-los cinco ou seis dias depois”, lembra agora o motorista, ao qual se identifica com o nome em código de “Patxo”, em suas declarações a dois policiais espanhóis em Bogotá (Colômbia) no passado mês de outubro.

O comandante das FARC, Nicolás Pizarro, recebeu os dois membros do ETA deslocados à Venezuela para dar um curso sobre armas e explosivos. A relação entre o ETA e as FARC é antiga. Iniciou-se em 1993, porém desde que Hugo Chávez governa a Venezuela se intensificou nesse país. “Camilo”, nome em código de um ex-terrorista das FARC, presenciou a chegada à fazenda La Veremos dos dois membros do ETA. “Os alunos éramos 13 milicianos das FARC e 7 do FBL (Frente Bolivariana de Libertação, da Venezuela). O curso durou 20 dias e estiveram presentes quatro comandantes de maior formação que o resto. Pizarro nos reuniu e apresentou aos instrutores como membros do ETA. Eles eram os encarregados de dar aulas sobre técnicas avançadas no manejo de explosivos”.

“Pizarro os apresentou como ‘camaradas que vêm de longe e experts em novos sistemas’ nos quais havia que atualizar-se. Disse que sua vinda era fruto do intercâmbio derivado de uma luta compartilhada e explicou o problema da constante opressão no qual vivia o povo basco. Eles se identificaram como integrantes do ETA... e disseram que a luta armada era a base de sua atividade”. Camilo e os outros terroristas das FARC observaram seus novos instrutores. O etarra que se fazia chamar Martín Capa aparentava uns 43 anos, vestia moletom, era forte e alto, de tez clara e cabelo castanho curto. De seu acompanhante, Iñaki Dominguez Achalanbadaso, de uns 30 anos, lembra sua magreza, nariz grande e argolas nas orelhas.

Os etarras dormiram na casa da fazeda e o curso iniciou-se na manhã seguinte. “Começava-se o dia fazendo ginástica , depois se realizavam as tarefas próprias e habitualmente na primeira hora da tarde, até às quatro, era quando tínhamos duas horas de aula com instrução Teórica e prática com os professores do ETA. Nos treinaram no manejo do explosivo C-4 que tem um efeito destrutivo superior que a dinamite, usando menores cargas, sendo relativamente fácil de obter por ser muito usada nas perfurações petrolíferas da Venezuela. O uso do C-4 melhoraria o transporte, distribuição e manipulação dos explosivos devido à necessidade de dispor de um menor volume para se assegurar o mesmo resultado”.

Os instrutores etarras ensinaram aos militantes das FARC a utilizar telefones celulares como sistema para iniciar explosões. Camilo lembra assim: “O que se encarregou de dar estas lições foi o membro mais jovem do ETA. Ele realizou uma prova usando cinco gramas de C-4 com um pouco de pólvora negra em cima, para que os efeitos fossem mais visíveis. Após fazer a chamada, produziu-se uma pequena explosão com bastante fumaça preta. Os telefones usados deviam ser de tecnologia BSM e não analógicos”.

A testemunha assegura que o etarra que dizia chamar-se Martín Capa “demonstrou grande domínio na utilização de explosivos... conhecia perfeitamente a Venezuela, sua geografia e a política interna inclusive pessoas do Governo do presidente Chávez, de quem se mostrava fervoroso partidário, além de nomes de partidos políticos na oposição e demais associações. Os dois diziam que as relações ETA-FARC se incrementariam no futuro com mais seminários formativos. Que o ETA ia estar pendente das necessidades das FARC e que a intenção era globalizar a luta”. Queriam assassinar o ex-presidente Andrés Pastrana e outros altos cargos em Madri.

Uma semana mais tarde o chofer venezuelano voltou à fazenda La Veremos com sua furgoneta. No caminho encontrou-se com um pelotão de guerrilheiros e os dois viajantes de San Cristóbal: “Disseram-me que tinha que levá-los até a localidade venezuelana de Coro, no estado Falcón. Disse-lhes que a viagem podia durar umas nove horas. Comentaram que tinha que ir rápido porque iam ver alguém que chamavam “La Negra” (Remedios García Albert, delegada das FARC na Europa)”, lembra agora o motorista.

Pararam para reabastecer e chegaram a Coro por volta das cinco e meia da tarde. Pouco antes um dos etarras recebeu uma chamada de um tal “Fontán” que lhe indicou que deveriam dirigir-se a um posto de gasolina onde estariam lhes esperando. “Lá havia um grupo de pessoas com dois carros. Os dois visitantes desceram do veículo e saudaram efusivamente Arturo Cubillas Fontán (ligação do ETA na Venezuela), La Negra e um homem que respondia pelo nome de Gualdrón”. Também aguardava “um homem com vestimenta de civil, porém que levava um colete com o escudo da DIM (Direção de Inteligência Militar venezuelana) e um grupo de pessoas armadas que, a julgar por suas conversações, pareciam militares venezuelanos que prestavam escolta e segurança ao resto do grupo”.

O chofer observou que Gualdrón entregou a La Negra, La Médica, uns passaportes venezuelanos e esta os entregou aos dois instrutores do ETA, que por sua vez devolveram os documentos que haviam usado para entrar na Venezuela. Fizeram várias chamadas telefônicas nas quais falaram de apressar-se porque deviam “sair por lancha ou zarpar”.

A ligação etarra na Venezuela, Arturo Cubillas Fontán, de 46 anos, chefe de segurança do Instituto Nacional de Terras, inscrito no Ministérios da Agricultura do governo de Chávez, subiu numa Toyota com vidros escuros, junto aos dois etarras, La Negra e “o homem que usava o colete da DIM”. Em outra Toyota subiram os prováveis militares que faziam a escolta. A caravana viahou para a localidade venezuelana de Punto Fijo.

Os instrutores etarras acompanhado por Cubillas viajaram até Maracaibo. “Iam dar outro curso similar (de explosivos) no Bloco Caribe das FARC”, assegura Camilo em seu testemunho aos policiais espanhóis. Cubillas reside na Venezuela desde 1989, quando foi deportado da Argélia e é cidadão venezuelano por ter fixado residência nesse país. Está casado com a jornalista venezuelana Goizeder Odrizola, hoje diretora de informação do Vice-presidente da República, Elías Jaua Milano, um dos políticos mais próximos de Chávez.

Em janeiro de 2008, no acampamento das FARC do comandante Iván Márquez, levantado na localidade venezuelana de Zulia, apareceu um novo instrutor d ETA que se fazia chamar “Schumacher” e que participou da escola militar Efraín Guzmán.

“Rubén”, ex-membro das FARC o descreveu assim aos policiais espanhóis: “Schumacher tinha uns 27 anos, 1.90 de altura, compleição magra, cabelo negro curto, olhos castanhos fundos, nariz grande e bastante peludo... Permaneceu lá uns 15 dias. No mês de ir embora voltou de novo com outro espanhol que respondia pelo nome de Carlos”. Este último era um tipo de uns 60 anos, gordo, cabelo preto, bigode, óculos e nariz aquilino. “Era muito aficionado à leitura e depois soube que havia estado detido na Espanha”, lembra Rubén.

A escola estava montada para dar instrução aos membros das FARC da frente do Bloco Caribe. Rubén era um dos 60 alunos do curso. “Tratamos do manejo de explosivos e todo tipo de artefatos selecionando-se quatro guerrilheiros para receber as aulas. Em novembro de 2008 saí do acampamento com outros guerrilheiros até Maracaibo e vi chegar uma caminhoneta branca, conduzida por um homem, ao qual lhe acompanhavam duas pessoas que iam ficar, e para levar Carlos e Schumacher. Eram outros dois membros do ETA que vinham substituí-los e desenvolver os mesmos trabalhos”, assegura o ex-membro das FARC.

Schumacher, Carlos e outros etarras já haviam atuado cinco anos antes como instrutores das FARC em outros acampamentos venezuelanos deste grupo terrorista, segundo os testemunhos obtidos em Bogotá pela polícia espanhola. A testemunha Rubén lembra de ter sido treinado por eles durante o último trimestre de 2003. “Eram especialistas no uso do explosivo C4, enquanto que a guerrilha trabalha mais com ANFO e R1... Eles também receberam instrução das FARC em técnicas de combate e tiro. Depois vi em um noticiário que um deles havia sido detido na Espanha”.

César, outro ex-membro das FARC, lembra-se deles, também em 2003, no acampamento Ceniza, situado no estado venezuelano Zulia. “No mesmo dia em que eu cheguei eles se foram... Deram aulas de manejo de explosivos... Um dia, por casualidade, encontrei o caderno de notas de um deles e fiquei com ele porque tinha muitas anotações sobre o manejo de explosivos e seus nomes. Acho que ainda o conservo...”.

Três anos depois, em 2006, coincidiu com outros quatro etarras nos acampamentos das FARC Malanga, El Tigre e Las Pavas, todos na Venezuela. Eram, outra vez, Carlos e Schumacher e outros etarras. “Carlos teve que ir embora por causa do seu estado de saúde. Dois deles de uns 28 e 30 anos, me chamaram a atenção porque acabaram muito fracos desmaiando algumas vezes quando davam instrução. Nos ensinaram as vantagens do uso do C4 (explosivo), a pentrita (explosivo) e o RDX. Como fabricar dispositivos iniciadores de mercúrio dentro de uma seringuinha de metal para ser ativada pelo movimento... como e onde pôr as cargas para fazer carro-bomba e colocar bombas-marisco... Recebemos o curso entre 45 e 55 guerrilheiros”. Em maior de 2007, Schumacher voltou ao acampamento.




Comentários e tradução: G. Salgueiro

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ligações entra FARC, ETA, Al-Qaeda e Chávez. E o Brasil?

Nos primeiros dias do mês de março a Espanha, através do juiz Eloy Velasco, da Audiência Nacional, encaminhou ao governo da Venezuela pedido de explicações acerca do membro do bando terrorista ETA, Arturo Cubillas Fontán, que tinha residência nesse país. A notícia explodiu como uma bomba na Venezuela, sobretudo porque nos autos o juiz acusa Cubillas de ser o elo entre o ETA e as FARC, informações obtidas através de correspondências trocadas entre os dois bandos e que constavam dos computadores apreendidos de Raúl Reyes.

Como era de se esperar, a primeira reação de Chávez foi de insolência, prepotência e arrogância ao dizer em reposta a Zapatero que “não tenho nada a explicar a você e exijo que respeite a soberania do povo e do Governo venezuelano”. Ora, não é “falta de respeito” pedir que alguém esclareça acusações tão graves e essa resposta defensiva só o incrimina mais, como de fato demonstrou-se posteriormente. Não tivesse Chávez nada a temer e prontamente procuraria investigar o caso e colaborar, livrando seu país de um elemento indesejado e procurado por crimes de terrorismo.

Ocorre que muitos anos antes desses fatos virem à tona, o Cel Luis Alberto Villamarín Pulido já denunciava em seu livro (inédito no Brasil) “Narcoterrorismo la guerra del nuevo siglo”, Ediciones Nowtilus España, 2005, que havia nexos entre não somente FARC e ETA como também com a Al-Qaeda. No referido livro, o Cel Villmarín cita o que disse o Gen James Hill, do Exército dos Estados Unidos, comandante do Comando Sul em 3 de março de 2004: “O narco-terrorismo é uma força de destruição penetrante que afeta todos os países da região. Existem nexos entre as guerrilhas latino-americanas e as organizações terroristas transnacionais, incluídas o IRA da Irlanda, o Hezbollah, o Hamas, o Islamiya Al Gama’at da Palestina e o ETA da Espanha, cujos contatos operam em lugares tais como a área da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, e na ilha venezuelana de Margarita. Estes grupos geram centenas de milhões de dólares mediante o tráfico de drogas e armas para financiar ações terroristas em todo o planeta”.

Mais adiante, relata o Cel Villamarín: “As suspeitas dos nexos dos terroristas muçulmanos com seus similares colombianos se incrementaram depois do 11/09, quando o ‘Mono Jojoy’, segundo cabeça das FARC, fez um chamamento público aos guerrilheiros para atacar a Colômbia sem misericórdia, objetivos econômicos dos Estados Unidos, convertidos para as FARC em ‘objetivos militares’”. Thomas Gordon, expert britânico em temas de inteligência e contra-terrorismo de credibilidade internacional, afirmou que “os serviços secretos britânicos têm provas sobre os nexos da Al-Qaeda com as FARC, encontrados em documentos na Arábia Saudita em posse de um militante da Al-Qaeda, mostrando que tiveram contato em maio de 2003. Isto corrobora os nexos da Al-Qaeda com o ETA e o IRA, como pontes das reuniões das FARC com os terroristas muçulmanos”.

“De acordo com os testemunhos dos desertores das FARC, os terroristas foram treinados em técnicas para irromper em residências urbanas, destruição de edificações, preparar e ativar carros-bomba, disparar todo tipo de armas ligeiras e assassinar adversários com faca”. Estas informações foram tomadas do livro acima citado, entre as páginas 100 e 110.

O juiz Eloy Velasco está acusando a Venezuela de ter nexos, ou servir de “ponte” entre as FARC e o ETA, então, o que tem a Al-Qaeda a ver com isso e por que Velasco não citou este bando terrorista no rol dos envolvidos? Acredito que ele ainda vá chegar lá, pois as ligações são muito maiores do que se presume e, inclusive, envolvem o Brasil. No início deste mês, um pouco antes de vir a público as denúncias do juiz espanhol, recebi de um amigo o link para um vídeo em francês que mostrava a expansão do islamismo no Brasil. Nele aparecia uma mesquita com seus membros e entrevistas com os líderes e alguns “convertidos”.

O que se passa, na realidade, é que aquilo é fachada para uma célula terrorista, que pode perfeitamente ter relações com as FARC, com o PCC e o MST. Os “tipos” hoje convertidos em muçulmanos são nitidamente delinqüentes da periferia de São Paulo, que encontraram uma forma de oficializar suas ações sob o manto de uma religião. Curiosamente, depois que estes fatos envolvendo FARC-ETA-Al-Qaeda e Venezuela vieram à tona, o vídeo foi tirado do ar mas vocês podem conferir aqui (para quem entende francês) a advertência feita. Do mesmo modo, neste vídeo inédito, exclusividade do Notalatina, com exposições do Cel Villamarín, expert em terrorismo e contra-terrorismo do Exército da Colômbia (meu mestre e amigo), da líder do Centro Cultural Islâmico da Colômbia, Fanny Ochoa e do Imã da Comunidade Muçulmana na Colômbia, Julián Arturo Zapata, estas alianças são denunciadas claramente, inclusive o imã cita textualmente o Brasil.




Há poucos dias o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Tarek El Aissami, tentou desmerecer as denúncias da Espanha contra a Venezuela, afirmando que existe “uma campanha permanente de agressão e desprestígio midiático” e que “nos atacam sobre a base de puras mentiras e manipulações midiáticas com as quais querem vincular nosso governo com a ETA e as FARC”. Irado, disse que “essa mentira não pode se sustentar”. Entretanto, “quem” é El Aissami? Que moral tem este sujeito para rotular provas de “campanha midiática mentirosa”? Vejamos um pouco de sua biografia.

O senhor El Aissami é um venezuelano descendente de sírios que antes de ser nomeado ministro do Interior e Justiça ocupava o cargo de Vice-Ministro de Segurança Pública. Seu pai, Carlos Aissami, é o chefe da sessão venezuelana do partido político Baath do Iraque. Antes da invasão do Iraque disse em uma entrevista na imprensa que era um talibã e referiu-se a Bin Laden como “o grande Mujahidin, o Sheik”. Em 2003 El Aissami foi encarregado, junto com outro líder estudantil radical – Hugo Cabezas, hoje governador do estado Trujillo - na Universidade de Los Andes (ULA), em Mérida, da direção da ONIDEX (Escritório Nacional de Identificação e Estrangeiria – nas siglas em espanhol).

Na ocasião houve estranhamento pela nomeação, pois eram conhecidas suas conexões com guerrilheiros na ULA. Nessa ocasião surgiram evidências de que durante este tempo Aissami e Cabezas emitiram passaportes e documentos de identidade venezuelanos a membros do Hezbollah e do Hamas. Como líder estudantil da ULA, Aissami tinha o controle também dos dormitórios, que utilizava para esconder carros roubados, tráfico de drogas e os próprios guerrilheiros. Segundo esses informes, das 1.122 pessoas que habitavam os alojamentos universitários apenas 387 eram estudantes, e mais de 500 não tinham nada a ver com a universidade.

Segundo a jornalista Patricia Poleo, Aissami, junto com outros filiados ao Hezbollah, tais como Gahzl Nasserddi, atualmente Encarregado de Negócios na Embaixada da Venezuela em Damasco, e seu irmão, Ghasan Nasserddi, estão encarregados de recrutar árabes-venezuelanos filiados ao PSUV (Partido de Chávez) para ser enviados ao sul do Líbano para receber treinamento de combate nos campos do Hezbollah. De volta à Venezuela, são recebidos pelos membros radicais do PSUV filiados à UNEFA (universidade das Forças Armadas) e à Universidade Bolivariana da Venezuela, para continuar o treinamento em armamento, explosivos e munições. Os campos de treinamento estão localizados nos estados Monagas, Miranda, Falcón, Yaracuy e Trujillo. Estas pessoas são supervisionadas pela Organização do Hezbollah na Venezuela, junto com os iraquianos da Al-Qaeda que vivem atualmente no país, e pela Frente Democrática da Palestina, encabeçado por Salid Ahmed Rahman que tem escritório no Parque Central de Caracas.

Há ainda um extenso material comprobatório das relações do governo venezuelano com as FARC e o ETA que não pude documentar, porque precisei me afastar de minhas atividades em decorrência de um grave problema na coluna, mas para não ficar muito cansativo, deixo para uma próxima edição que pretendo fazer amanhã.

E há ainda a novela sobre a entrega dos seqüestrados das FARC, anunciados desde abril do ano passado, e que se arrasta miseravelmente como se a vida das pessoas – familiares e cativos – valesse tanto ou quanto um papel higiênico usado. Por hoje, assistam ao vídeo e tentem digerir estas informações que nos afetam diretamente, embora a mídia nacional só esteja preocupada em falar do caso “Arruda” porque é absolutamente inofensivo e não envolve seu patrão. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro