domingo, 24 de janeiro de 2010

Ditadura chavista pune RCTV e o povo venezuelano pela segunda vez


Em maio de 2007 a ditadura venezuelana começou a mostrar suas garras afiadas e sua perseguição mais feroz aos opositores com o fechamento do canal de TV aberta RCTV. O fechamento se deu sob grande violência e o Notalatina noticiou tudo aqui. Na ocasião Chávez negava ser perseguição política e arranjou dois mil e novecentos argumentos para justificar sua atitude vingativa, sendo o mais salientado que acabara o contrato com aquela emissora e não havia mais interesse em manter no ar uma emissora “da oligarquia”, que “incitava o povo à rebelião” e que “conspirava contra seu governo”. Alegava ainda – mentindo, como sempre – que 90% das emissoras de TV estava nas mãos da iniciativa privada e que era necessário “democratizar” as comunicações, do mesmo modo como se pretende aqui no Brasil. Entretanto, conforme denunciei na ocasião, dos 12 canais, 9 já pertenciam ao Governo.


A RCTV prosseguiu seu trabalho jornalístico, desta vez utilizando TV a cabo. Era assim até ontem, quando Chávez resolveu fechar este canal, à meia-noite do domingo, sob a alegação torpe e ilegal de que a “RCTV descumpria a Lei Resorte” (Lei de Responsabilidade de Rádio e Televisão). Pouco antes da meia-noite a DirecTV e a Intercable desconectaram o sinal da RCTV Internacional, seguidas por Supercable, NetUno e o resto das operadoras do país, dando cumprimento ao requerimento feito pela CONATEL (Comissão Nacional de Telecomunicações). Além da RCTV Internacional, foram suspensos o sinal da TV Chile, American TV e American Network. Minutos depois da suspensão do sinal, Intercable colocou esta mensagem – num quadro preto, tal como aparece na imagem abaixo – no Canal 13 onde habitualmente transmitia a RCTV.


No Brasil a notícia foi divulgada mas de forma “seca”, sem fazer uma análise dos fatos, claro, para não desagradar aquele a quem a imprensa nacional inteira venera, por afinidade de caráter mesmo e para não perder os patrocínios do Governo de quem Chávez é aliado, amigo e cúmplice. Então, vou fazer o que era dever da mídia, analisar os fatos e denunciar mais este crime contra a liberdade de escolha e expressão, cometido contra o povo venezuelano.


A popularidade de Chávez está despencando mais rápido do que água ladeira abaixo, e isto se deve ao seu procedimento anti-democrático explícito; pela dilapidação dos cofres públicos com gastos em armas desnecessárias e maletas de dólares para financiar campanha política de aliados e terroristas; pela exorbitante falta de segurança que elevou a Venezuela, em 2009, ao topo do país mais inseguro da América Latina; pelas suas malquerenças entre a vizinhança, principalmente com o Governo da Colômbia; pela irresponsabilidade na administração das empresas estatais, levando o país a um colapso energético sem precedentes; os juros extorsivos; o fechamento desenfreado da empresa privada; as expropriações (na verdade, roubo descarado) de fazendas produtivas para transformá-las em kolkozes, e mais uma infinidade de outras medidas impopulares até mesmo para seus seguidores.


Pois bem, quando a RCTV transmitia por sinal aberto sua audiência chegava a 60% no país, e sua presença no território nacional era de 80%. Quando foi tirada do ar, uniu-se com a RCTV Internacional e entrou para o mercado da TV por assinatura – que na ocasião só abrangia uns 18% de assinantes – e novamente conseguiu atingir 60% de popularidade, pela qualidade de seus programas e dos profissionais que ali trabalham.


Sua competidora mais próxima, Venevisión, aproveitou a popularidade de RCTV nesse mercado e lançou um canal chamado Venevisión Plus, apesar de não se comparar à qualidade superior de RCTV.


Agora vejam a canalhice de Chávez e a perseguição explícita a quem lhe faz oposição. Desde que a RCTV entrou para a televisão por assinatura o governo imediatamente mudou as regras do jogo, ou seja, criou novas leis para apertar principalmente este canal e com isso conseguir seu fechamento, sabendo que criava leis inconstitucionais uma vez que aplicaram um regulamento retroativamente.


De acordo com a nova lei, a tal “responsabilidade social” significa que todos os canais de televisão do país, mesmo os fechados e pagos, têm que retransmitir seus pronunciamentos delirantes, quer seja o tal “Alô, presidente” ou qualquer outro tipo de pronunciamento que ele resolva fazer em cadeia nacional, não importando se vão interromper algum programa ou filme que os canais privados estejam exibindo no momento. Também estão proibidos de se exibir no país programas como “Os Simpsons” ou desenhos da Disney, porque, segundo este demente psicopata, “tudo o que vem do ‘império’ faz mal à formação socialista dos jovens bolivarianos”.


Quer dizer: é o fim da liberdade em todas as suas expressões, e a instalação de uma ditadura autoritária sem mais nenhum disfarce, uma vez que até o direito de escolher o que quer assistir na televisão – no caso de quem fez assinatura por TV a cabo – foi para o esgoto! Alerto para este ponto, pois há mais de 2 anos se tenta isto aqui no Brasil, e as próprias TVs a cabo têm anunciado isto em seus intervalos. O governo já conseguiu impor a obrigatoriedade a todas as operadoras de canais a terem em suas grades de programação programas e filmes nacionais, além de canais exclusivamente brasileiros.


Mas este não é o único tema de hoje, aliás, o tema mesmo, que é sobre o cocalero índio boliviano investido do cargo de presidente por duas vezes, ficou para segundo plano diante de mais esta barbaridade chavista. No Brasil – como é de costume – a imprensa nunca falou das ligações das FARC com Evo Morales, do mesmo modo que nunca se comentou por aqui o monstro que se esconde naquele infeliz ignorante.


Quando o governo colombiano apreendeu os computadores de Raúl Reyes as ligações mais alarmantes, pela quantidade de mensagens e informações ali contidas, denunciavam as ligações das FARC com Chávez e Correa do Equador, embora haja substanciais informações das ligações deste bando terrorista com o Governo brasileiro e o PT que logo foram cirurgicamente desqualificadas e abafadas pela mídia nacional. De Evo não se falou na ocasião mas, aos poucos, vão aparecendo coisas, como era de se esperar.


E dentre essas coisas está um comunicado de Núbia Caderón, cognome “Amparo” (ou “Esperanza”) para Raúl Reyes em 2004, informando acerca do II Congresso Bolivariano dos Povos (CBP) ocorrido na Venezuela entre os dias 6 e 9 de dezembro desse ano, e que contou com a participação do presidente da Bolívia Evo Morales. O Congresso Bolivariano dos Povos foi uma espécie de embrião da Coordenadora Continental Bolivariana e que hoje chama-se Movimento Continental Bolivariano. Em 2007 houve outro desses encontros e aqui vocês podem ver um vídeo da mensagem que Raúl Reyes enviou aos participantes, como sempre fazia em sua qualidade de chefe da comissão de relações internacionais; as FARC SEMPRE participaram desses eventos pois eram – e são – membros, como nos encontros do Foro de São Paulo. E Evo Morales estava lá, fez pronunciamento e foi citado como “um deles” para o Secretariado das FARC.


Mas a coisa mais hedionda a respeito do caráter deste ser desprezível diz respeito à sua própria família. Há já algum tempo um leitor do Notalatina indicou um vídeo extraído do site do jornalista boliviano – um dos perseguidos por Morales no massacre de Pando – Ernesto Justiniano, em que ele conta a história do filho não reconhecido de Morales. O que vocês vão ver é deprimente, chocante e revoltante. Enquanto este índio miserável gasta fortunas comprando armamento russo (por ordem de seu amo Chávez), aviões presidenciais e em viagens ao redor do mundo, sua ex-mulher e seu filho vivem na mais absoluta miséria.


O menino diz não entender como o pai pode prometer ao povo tantas coisas, se nega tudo para ele que é seu próprio sangue. “Como pode ser um bom governante se não é um bom pai?”, se pergunta Álvaro Morales Pereda, e chora, ao contar que a mãe necessita de tratamento médico mas não faz porque não tem condições financeiras e o pai nega ajuda.


Assistam ao vídeo e conheçam o lado imundo, inumano e criminoso deste miserável, a quem Lula trata como se fosse “um irmão” e a quem cede os nossos recursos como se tivessem saído de seu próprio bolso.


Vejam só os tipinhos reles, criminosos, psicopatas que estão governando nosso hemisfério. Honduras deu um basta, o Panamá idem e agora foi a vez do Chile. Não vamos permitir que esta desgraça comunista se abata sobre nós outra vez!


Antes de encerrar, quero agradecer de coração a generosidade daqueles que ouviram e atenderam o pedido do Olavo sobre as doações; que Deus os recompense infinitamente e os cumule com Sua Graça. Fiquem com Deus e até a próxima!


Comentários e traduções: G. Salgueiro