domingo, 3 de janeiro de 2010

Rezemos por nossos Militares e Forças Armadas!

Antes de mais nada, quero desejar aos meus amigos e leitores que este ano seja abençoado e que Deus nos cumule de força para combater o inimigo, serenidade para discernir, e sabedoria para encontrar a verdade quando tantos se esforçam para ocultá-la por meio de falsos argumentos, maquiagens e discursos enganosamente adocicados. Que a nossa visão seja clara e limpa e não falte a coragem suficiente para trazer a verdade à luz, mesmo à custa de algum sacrifício ou calúnia como já estamos acostumados há tempo.

Quero agradecer às mensagens de bons augúrios e bênçãos que alguns leitores me desejaram e que não pude responder, mas que publiquei comovida. Acrescento apenas que este blog é feito totalmente por mim; não tenho colaboradores, assistentes, pesquisadores, patrocinadores, nada. Daí porque às vezes demoro tanto para fazer uma publicação, pois também tenho minha vida pessoal para cuidar, motivo pelo qual pretendi – mas não foi possível – fazer outras edições antes do ano acabar.

Informo, ainda, que atendendo a pedidos, dispus um banner permanente para doações, visível na coluna do lado direito com meus dados para depósito. Antes eu tinha alguns escrúpulos em fazer isto mas, depois de ouvir o que Olavo falou num dos últimos programas “True Outspeak” acerca de doações, entendi que não há nada de errado em aceitar que pessoas de boa-vontade, que reconhecem o valor do trabalho que realizo como um “serviço de utilidade pública” sem qualquer apoio financeiro, queiram ajudar-me a manter o blog em dia. É verdade que não pago nada para utilizar este espaço mas minhas despesas com relação a ele se devem às incontáveis compras de livros que faço no exterior para estudos e pesquisas, pagando em dólares e que me custam caro, sobretudo pelo valor do transporte que muitas vezes – no caso da Colômbia, sobretudo – custam o dobro do preço do livro. Então, quem puder fazer alguma doação para ajudar-me nesse sentido, fico agradecida de coração.

Embora tenha prometido na penúltima edição falar sobre a violência em Cuba, tenho que adiar este tema para abordar outro, mais urgente e próximo de nós, que se refere aos últimos ataques comunistas às nossas Forças Armadas e aos nossos briosos Militares, especialmente os “Velhos Soldados”. Creio que todo mundo já tomou conhecimento de mais um ataque sorrateiro feito na calada da noite pelo “ministro da verdade”, o “ex-terrorista” Paulo Vanuchi, com o aval (ou elaboração) dos outros terroristas incrustados no poder como Dilma, Franklin Martins, Tarso Genro e, obviamente, Lula, da criação da tal “Comissão da Verdade e Reconciliação”. A esse respeito, sugiro a leitura do artigo “Embrião do Ministério da Verdade?” do meu amigo Heitor De Paola, pois, conhecedor do monstro por dentro, ele faz reflexões acertadíssimas acerca desta patifaria.

Revogar a Lei de Anistia é projeto antigo do Foro de São Paulo, do qual insisto em lembrar que Lula é fundador e participante até hoje – embora negue – e que o PT é uma espécie de “sócio majoritário”, pois nada, absolutamente NADA que se decide em seus Encontros anuais e reuniões do Grupo de Trabalho (que é quem de fato elabora a pauta para os Encontros e traça as diretrizes a seguir durante o ano) acontece sem que o PT, através do seu secretário de Relações Internacionais, Valter Pomar, esteja à frente. Portanto, se esta revogação e o engendro que hoje Vanuchi apresenta como a representação da “vontade popular” for mais tarde aprovada, saibam que, embora Lula diga que “não sabia de nada”, que tudo foi feito “pelas suas costas”, é a mais deslavada e asquerosa MENTIRA, pois ele está por trás desta imundície toda.

Desde 2004 eu alerto os brasileiros, sobretudo os militares, de que estava sendo gestado na Argentina um projeto comunista para destruir as Forças Armadas começando pela revogação da Lei de Anistia de modo que, apenas os terroristas se beneficiassem dela, sendo excluídos da mesma os militares e Forças de Segurança que combateram contra a implantação do comunismo em seu país. Poucos creram em mim. Depois, apareceu um estudo com o mesmo objetivo e a criação de um “Bloco Regional de Poder Militar”, idéia concebida pelo ideólogo marxista Heinz Dieterich, para substituir as Forças Armadas Nacionais. Este projeto continua em curso, como também está em curso a criação das “Forças Armadas do MERCOSUL”, que há muito deixou de ser um bloco comercial aduaneiro para se transformar numa sucursal do Foro de São Paulo. Tudo isto eu denunciei em artigos e traduções que, infelizmente, não foram recuperados dos arquivos do antigo Mídia Sem Máscara.

Então, eu recebi ontem um artigo do Coronel da reserva do Exército Argentino, Emilio Guillermo Nani, outrora um herói nacional e hoje caluniado como “violador dos direitos humanos” dos terroristas que resolvi traduzir e publicar, porque retrata uma verdade tão amarga e cruel que vale como reflexão, não só para os militares como para nós mesmos, civis, que tanto nos beneficiamos com o excelente serviço prestado pelos “Velhos Soldados” e que hoje estão sendo ameaçados de ter o mesmo destino dos militares argentinos.

Obviamente que o Cel Nani faz um desabafo irônico, pois ele não é capaz de se acovardar e renegar seu passado glorioso num momento tão grave. Entretanto, observem que, se trocarmos os nomes dos personagens, todas as denúncias que ele faz se encaixam como uma luva no Brasil. Os terroristas posando de anjos amantes da liberdade e democracia, as mortes políticas, as falcatruas, o enriquecimento ilícito dos que se adonaram do poder, tudo, absolutamente tudo o que ele fala estamos vivendo igualmente!

Por isso conclamo os estimados leitores a não se calar e abandonar nossos Militares entregues à própria sorte, pois isto tem a ver conosco SIM! Nós somos os beneficiários do sangue e suor derramado por tantos desses destemidos Soldados de outrora porque, se hoje até crápulas como um Vanuchi, um Alípio Freire, um José Dirceu e tantos outros podem escrever suas mentiras e deturpar a História, é graças a esses abnegados que não permitiram que Fidel Castro instalasse em nosso país uma ditadura igual a implantada em Cuba e que vige há malditos 51 anos. Rezemos pelos Comandantes Gerais para que não fraquejem e honrem a farda que vestem, sobretudo para que honrem o juramento feito de defender a Pátria até com o sacrifício da própria vida.

Esta é a minha mensagem de Ano Novo a cada um que me lê, e que Deus não nos permita ver nosso país transformado numa imensa Cuba. Que Deus nos abençoe a todos e até a próxima!

*****

Me arrependi


Hoje é o Dia dos Inocentes, por isso que o elegi para escrever estas linhas, porque, embora tarde, me dei conta de que fui um estúpido inocente.

O amor à Pátria me impulsionou a seguir a carreira militar, a combater o terrorismo subversivo e a participar na recuperação das Ilhas Malvinas.

Em ambas as guerras fui gravemente ferido e por ambas as guerras terminei convertido em genocida violador dos direitos humanos, sendo merecedor do repúdio por parte da mesma sociedade que me pedia aos gritos que fizesse algo para erradicar o perigo das bombas, dos seqüestros, dos assassinatos e me alentava a lutar contra o usurpador inglês.

Desaparecido o perigo terrorista e tendo sido derrotado nas Malvinas, apareceu o repúdio social. Aqueles aos quais nada lhes importou, conquanto lhes devolvêssemos sua tranqüilidade e a glória, foram os primeiros a pedir as cabeças dos que deram tudo de si para consegui-lo somando-se à chusma rancorosa. E hoje esperam que algum juiz decida montar uma causa para privá-los de sua liberdade, tal como sucedeu e sucede com quase 700 camaradas que se encontram ilegal e ilegitimamente privados das suas, por decisões de um poder político corrupto e violento e de juízes federais que, renegando o sagrado cumprimento do dever, cometem nada menos que 31 aberrações jurídicas para mantê-los nas masmorras do regime.

Outros 88 morreram em cativeiro como conseqüência do abandono, da indiferença e da ausência absoluta de um sistema de saúde adequado.

Depois de esperar em vão algum tipo de apoio ou reação por parte desta sociedade apática e hipócrita que, graças ao sacrifício de milhares de argentinos, hoje goza de uma imerecida liberdade, cheguei ao triste momento do arrependimento.

Depois de ver sistematicamente cerceado o direito à liberdade daqueles que combateram o terrorismo em defesa da Nação e do seu povo, enquanto os que os atacaram, como os reconhecidos criminosos terroristas Rodolfo Walsh, Juan Gelman, Carlos Bettini, Luis Eduardo Duhalde, Rodolfo Matarollo, Esteban Righi, Horacio Verbitsky, Eduardo Anguita, Hernán Invernizzi, Mario Kestelboim, Luis Mattini, Gustavo Plis Steremberg, Jorge Taiana e tantíssimos outros, gozam de adocicados tratamentos, ao arrependimento lhe somei o asco.

Me arrependo de tudo o que fiz em defesa de minha Pátria.

Me arrependo do pouco ou muito que fiz para impedir que o projeto castro-comunista, que as organizações terroristas tentaram nos impor por meio da violência, imperasse em nossa Pátria.

Me arrependo de ter contribuído para que os argentinos hoje desfrutem de uma liberdade que não merecem, porquanto muitos deles, assumindo uma atitude canalhescamente miserável, desde essa liberdade ganhada à custa de sangue, se façam de distraídos ante os sucessivos ataques às Forças Armadas, de Segurança e Policiais que tiveram a responsabilidade de nos libertar do flagelo do terrorismo.

Com muitíssima tristeza cheguei à conclusão que esta sociedade não merece uma só gota de sangue derramado para conquistar esta liberdade, impedindo que o projeto montonero-erpiano-emetepista [1] se adonasse de nossa Pátria; não merece uma só lágrima dos familiares e amigos daqueles que deram sua vida em sua defesa; não merece um só segundo da angústia dos seres queridos daqueles que hoje padecem injusta privação da liberdade.

É por isso que, sendo consciente de que é pouco menos que impossível a instauração em nosso país de um regime estilo Cuba, Nicarágua ou do Leste Europeu, que afundaram seus povos no atraso, na miséria e na desesperança, enquanto seus hierarcas se enriqueciam à custa de seu sofrimento, decidi apoiar qualquer projeto que, embora de longe, se lhes pareça.

Por todo o exposto, desejo que o atual governo consiga “aprofundar seu modelo”, para que:

- Possa acabar de arrasar com a propriedade privada;

- O sistema de saúde continue levando à morte segura a milhares de argentinos;

- A insegurança continue se desenvolvendo até seu máximo esplendor;

- A droga, o desenfreio e o álcool continuem descerebrando crianças e adolescentes;

- Os empresários amigos do poder, com os Eskenazi, os Lázaro Báez, os Cristóbal López, os Wertheim, os Ferreyra, os Sergio Tasselli, os Aldo Ducler, os Rudy Ulloa Igor, os Albistur, etc., e os integrantes dos poderes do Estado, possam continuar se enriquecendo à custa da fome, do desespero e da morte do povo argentino;

- O narcotráfico continue financiando as campanhas políticas do oficialismo;

- De uma vez por todas desapareçam as liberdades de imprensa e de expressão;

- Os acidente de trânsito continuem cobrando milhares de vítimas;

- Centenas de idiotas escondidos detrás de seus computadores e “nicks” possam continuar insultando, sabendo que dificilmente os destinatários de seus agravos se inteiram disso, e continuar conduzindo seus “gloriosos” combates virtuais, exigindo dos outros o que não são capazes de fazer;

- O jogo de Cristóbal López continue levando à pobreza àqueles que, em sua desesperança, busquem uma “salvação” econômica que nunca chegará;

- O sistema educacional siga embrutecendo nossas crianças e jovens;

- As constantes violações à Constituição Nacional continuem o longo crescimento dos perjúrios que, ano após ano, declamam defendê-la e nada fazem para consegui-lo;

- Os medicamentos falsos matem os sobreviventes da insegurança, dos acidentes de trânsito e das drogas;

- Os sindicalistas possam comprar campos e empresas à custa da desocupação, indigência e pobreza dos representados;

- Os De Vido, Jaime, Uberti e seus empresários amigos continuem fazendo copiosos negócios à custa da pilhagem e desperdício dos recursos da ANSESS;

- Os desaparecidos fundos de Santa Cruz continuem em poder do casal K;

- Acabem de destruir o Sistema de Defesa Nacional e as Forças Armadas;

- Possam conseguir a obrigatoriedade de todas as mulheres a abortar e o casamento entre homossexuais;

- A violência continue assassinando àqueles que, com seu trabalho fecundo, têm contribuído para que a Argentina subsista, apesar dos esforços da corporação política mais corrupta de nossa história;

- Os organismos públicos continuem sendo povoados com familiares, amigos e amantes dos detentores do poder, enquanto que se negue a milhões de argentinos o acesso a um trabalho digno;

- Os funcionários possam continuar utilizando os bens do Estado em benefício próprio;

- Os terrenos que restam em El Calafate continuem sendo vendidos a preço vil;

- Os subsídios, os fideicomissos e os fundos fiduciários continuem sendo dilapidados e indo parar nos bolsos de funcionários corruptos;

- As bolsas com dinheiro que apareçam nos banheiros ministeriais deixem de preocupar os ministros [2];

- Os dinheiros mal havidos e as faturas falsas possam ser lavados definitivamente;

- As mortes políticas, como a de Cacho Espinosa, Julio López e Vittorio Gotti caiam no esquecimento;

- Os órgãos de controle continuem descontrolados;

- Os Claudio Uberti possam conseguir mais valises com dólares;

- Assim como usaram os vôos de Southern Winds para traficar drogas, agora possam fazer o mesmo com a nossa “recuperada” linha de bandeira;

- Possam continuar fazendo desaparecer pessoas caídas nas redes de prostituição ou no tráfico de órgãos;

- Todo o povo argentino fique excluído de toda a possibilidade de paz social, tranqüilidade e prosperidade;

- Continuem anunciando obras públicas que nunca serão concluídas e se paguem por elas preços super-faturados que continuem engordando as arcas dos detentores do poder;

- Os juízes possam acabar de suspender os ladrões enriquecidos ilicitamente;

- Que se consolidem nossos vínculos bolivariano-inigenistas com Chávez, Morales, Correa, Zelaya e Castro, de modo tal que possa ficar definitivamente fora do mundo desenvolvido;

- Os juízes possam continuar utilizando o delito do prevaricato como metodologia para negar a Justiça;

- Conseguir que a Argentina ocupe o lugar mais elevado em corrupção;

- A juventude K possa continuar voando grátis por Aerolíneas Argentinas para ver eventos desportivos, enquanto o povo continue morrendo de fome;

- Continuem destruindo o aparato produtivo e continuem se adonando de empresas como YPF, Aerolíneas Argentinas, Papel Prensa, Massuh, Banco de Santa Cruz, etc.;

- O ódio, a vingança e a confrontação permanente continuem se assenhoreando em nosso país;

- Enfim, para que a união nacional, o afiançamento da justiça, a consolidação da paz interior, a provisão da defesa comum, a promoção do bem-estar geral e a segurança dos benefícios da liberdade estabelecidos no Preâmbulo de nossa Constituição Nacional e na própria Constituição Nacional, fiquem definitivamente convertidos em letra morta.

Talvez não cheguemos a ser como Cuba, Romênia ou Alemanha Oriental, porém ao menos nos pareceremos.

Talvez seja nesse momento que esta sociedade desperte e tome consciência – embora tarde – do que pudemos ter sido e, por sua hipocrisia, cinismo e indolência, não pudemos ser.

Emilio Guillermo Nani

[1] Aqui o autor refere-se a três bandos terroristas que praticaram incontáveis atos criminosos nos anos 60-80 na Argentina, financiados e mantidos ideológica e logisticamente por Cuba: “Montoneros”, “ERP” (Ejército Revolucionario del Pueblo) e “MTP” (Movimiento Todos por la Pátria). Poderíamos fazer um paralelo entre esses bandos criminosos e os que imperavam no Brasil, na mesma época e condições: ALN, VPR, MR-8, etc., dos quais foram protagonistas Carlos Marighela, Dilma Rousseff, Franklin Martins, dentre outros hoje aboletados no poder.

[2] Este caso refere-se à uma ministra, que depois entregou o cargo, por terem encontrado no banheiro de seu gabinete ministerial uma bolsa de sua propriedade abarrotada de dólares, a qual ela não soube explicar “como fora parar ali” nem sua procedência. Foi um escândalo monumental mas, como nos tantos casos daqui, não deu em absolutamente nada!

Tradução e comentários: G. Salgueiro