quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A "excelência" da medicina cubana e o "humanismo" das FARC

Recebi dias atrás um comentário do professor de medicina da UnB, Marcelo Hermes de Lima que publiquei, mas resolvi visitar seu blog para conhecer melhor seu trabalho. É muito bom, dentro de sua área específica, mas lá para as tantas dei de cara com um comentário que ele fazia sobre a famosa “medicina cubana”, contando a história repassada por uma amiga que tem parentes cubanos. A moça conta que um priminho seu tem problemas de deficiência mental, causados pela negligência médica cubana por não realizar o simples teste do pezinho. Pior do que a negligência foi a mentira descarada em afirmar e reafirmar que haviam realizado o teste e, depois que os pais desse bebê deixaram o maravilhoso “paraíso”, os médicos da Ilha não lhes forneceram o prontuário do bebê para que seus colegas do outro país pudessem avaliar o quadro clínico com mais subsídios. Além de incompetentes, são desonestos na hora de provar a tal “excelência” da medicina cubana.

Fiz este comentário, aparentemente unusual neste blog, porque hoje volto a tocar nesse tema que é propagandeado como um dos “logros da revolução” comunista dos Castro e que tem-se provado mais e mais ser antes um embuste, um crime, uma farsa que tem suas versões pioradas com as mal chamadas “missões”. Uma amiga venezuelana enviou-me ontem o relato de um crime – não de morte – cometido a uma venezuelana pelos tais “médicos” dessas pavorosas missões, que a ditadura da Venezuela importou de Cuba APENAS para manter o regime e ajudar na disseminação da doutrina marxista. Embora tenha voltado a circular hoje, o relato foi feito em 2006 e o fato ocorrido em 2005 mas permanece atualíssimo, uma vez que ocorrências degradantes como esta são recorrentes, em todos os países onde as malditas “missões” cubanas são implantadas.


E o outro monumental desmascaramento de hoje não podia deixar de ser o “humanismo das FARC”. Nos vídeos repassados na última edição os terroristas afirmam com a maior candura e com a “dignidade de uma cristaleira” (magnífica expressão cunhada pelo meu amigo Cel Villamarín!) que querem a “paz” na Colômbia e que, se isto não ocorreu até hoje, é por culpa do malvado e egoísta presidente Uribe que é um belicista, ditador e terrorista de Estado (sic). Bem, leiam os dois textos que traduzi porque não há nada que me dê maior prazer do que trazer à luz as mentiras de comunistas e terroristas, e mais ainda daqueles que os apóiam e fingem ser “democratas”. Não passam todos de reles vigaristas, mentirosos que não merecem qualquer manifestação de respeito ou apoio por parte de quem preza o bem e a verdade. Os créditos das fotos são do site “Cubalsero”. Fiquem com Deus e até a próxima!

Traduções e comentários: G. Salgueiro

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Seqüestro médico em Cuba


Esta história que vou lhes contar conheço-a de primeira mão, pois trata-se de uma mulher que tem trabalhado com minha família há mais de 25 anos. Para protegê-la vou omitir seu nome, idade e alguns dados do seu caso, pois ela vive em um bairro deste país no qual o chavismo mantém muita pressão sobre a população.

Há aproximadamente um ano esta amiga foi consultar-se em um módulo de “Barrio Adentro” para fazer um check up rotineiro e por sentir algumas dores na zona abdominal. O profissional de saúde cubano que a atendeu indicou que devia optar por uma cirurgia de extração do útero, operação que é rotineira em qualquer hospital deste país. Entretanto, o médico a inscreveu no programa de cirurgias “especializadas” que se fazem em Cuba.

Feitos alguns trâmites, esta senhora é notificada de que seu caso será tratado em Cuba, que deverá partir para Havana para fazer a operação, e que estima-se um tempo de duas semanas entre o pré-operatório, a cirurgia e a recuperação antes de receber alta (primeira suspeita: em qualquer hospital ou clínica venezuelana esta é uma operação que não requer mais de 4 ou 5 dias de hospitalização, em alguns casos menos ainda). A senhora pega o vôo para Havana em companhia de uma irmã, pois o programa permite (e certamente se cobra) um acompanhante.


Nos exames pré-operatórios o governo cubano tardou aproximadamente seis (6) semanas, em toda a avaliação cardiovascular e exames de laboratório, pois o laboratório tinha problemas de dotação e equipamentos. Transcorridas as seis (6) semanas, o médico que estava designado para fazer a intervenção se encontrava de férias por duas (2) semanas, assim que teve de esperar que este chegasse.


Uma vez chegado o médico, a operação não pôde ser feita porque o pavilhão onde esta ia se realizar estava com a máquina de anestesia quebrada, e era necessário solicitar a permissão do Ministério da Saúde para poder usar a máquina do centro cirúrgico ao lado. Nisso se passaram três (3) semanas.


Posteriormente, já havendo transcorrido onze (11) semanas sem que se levasse a cabo a operação, a paciente apresentou um quadro de bronquite decorrente das condições de umidade e frio da ilha na época, e teve que adiar a operação por umas quatro (4) semanas mais. Em todas estas quinze (15) semanas transcorridas, a paciente e sua acompanhante estiveram alojadas em um hotel caindo aos pedaços, que serve de depósito de pacientes venezuelanos enquanto esperam sua vez para operar-se, custando o quarto ao Estado venezuelano oitenta dólares diários (US$ 80). Façam as contas: só no hotel vão OITO MIL E QUATROCENTOS DÓLARES (US$ 8.400,00) ou algo assim como CENTO E SESSENTA E OITO BARRIS DE PETRÓLEO.


Estas duas pessoas já estavam à beira de um ataque de nervos pelas carências e confusões, e a paciente decide voluntariamente renunciar à operação e voltar à Venezuela. Aí é onde começa o calvário. O médico suspende as permissões de saída nos fins de semana porque a paciente desde que chegou ao hotel-depósito de pacientes necessita permissão médica para poder sair. O médico não assina a solicitação de não realizar a operação e a faz esperar por mais quatro (4) semanas, sob a desculpa de que “a missão não foi cumprida”.


Passadas as quatro (4) semanas a paciente é levada a um hospital para “fazer uns exames” e no dia seguinte acorda “operada” - contra sua vontade - em uma sala de recuperação. Em poucos dias lhe dão alta e a mandam de volta à Venezuela, mas dizem que deve voltar a Cuba em oito (8) semanas para fazer uma checagem porque o histórico médico para controlá-la fica com eles, e não dão à paciente sequer uma cópia do laudo para esta poder entregá-lo a um médico venezuelano que possa acompanhá-la aqui.


Este é só um caso de seqüestro médico. Ante esta situação eu me pergunto: em quanto tempo e por qual preço teria saído a mesma operação em nossos destruídos hospitais? O governo cubano vai cobrar todos os dias que se consumiram em hotel, alimentação e medicamentos por culpa deles? O governo venezuelano reclamará o histórico médico desses pacientes?


Muita gente vai a Cuba acreditando em uma esperança que este governo sádico lhes vende, e outros intimidados por suas próprias famílias e amigos. Em Cuba há mais de 10.000 pacientes venezuelanos e mais de 4.000 estudantes venezuelanos, seqüestrados pelos governos de Cuba e Venezuela, por meio de engano e promessa. Alguns dirão que eles merecem por crer em Cuba, Fidel e Chávez, porém não esqueçamos que se trata de gente com baixos recursos e poucos conhecimentos, que estão necessitados de alguma esperança.


O que acontecerá se algum dia a Venezuela conseguir se livrar de Chávez? Cuba manterá estas pessoas seqüestradas? Esqueci de comentar que, enquanto estavam no aguardo – que foi longo -, todos os pacientes venezuelanos eram levados para “eventos culturais” de doutrinação e conhecimento da revolução cubana. E cada vez que algum funcionário de alto grau venezuelano, incluindo o malandro de Sabaneta, vai a Cuba, levam estes pacientes ao aeroporto, a teatros e conferências para dar-lhes as boas-vindas com as típicas bandeirinhas de papel. E tem mais: não permitem que tenham contato com os cubanos nas ruas e só podem ver a televisão oficial.

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Encontram covas na Colômbia que podem abrigar até 1.150 cadáveres

A Procuradoria da Colômbia encontrou covas em uma zona do sul do país que abrigam, segundo moradores do local, os cadáveres de até 1.150 civis e combatentes, supostamente enterrados ali por guerrilheiros das FARC, informou hoje à EFE uma fonte desse órgão.


O diretor da Unidade de Exumações da Procuradoria na cidade de Villavicencio, Nolberto Suárez, assegurou que após o macabro achado se deslocarão nos primeiros dias de março ao município de La Macarena para investigar as denúncias que os moradores fizeram a uma ONG defensora de direitos humanos. “Não sabemos se são somente 20, 100 ou os 1.150 corpos que um dos coveiros nos diz que viu enterrar entre 2002 e 2005”, explicou Suárez.


“Pessoas da população também nos reiteraram que há muitos corpos em La Macarena que foram enterrados entre 2002 e 2005”, disse o funcionário ao assinalar que, ao que tudo indica, trata-se de muitos combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).


Suárez explicou que podem ser combatentes de grupos armados que se enfrentaram quando se pôs fim à desmilitarização de algumas zonas do sul da Colômbia, como La Macarena, em razão do fracasso dos diálogos de paz do Governo com os rebeldes entre 1999 e 2002.


Em 2005 os organismos estatais e a Procuradoria puderam entrar de novo em La Macarena, após haverem sido retirados dela por tratar-se de uma “zona desmilitarizada” e depois pela forte presença rebelde no local. Segundo Suárez, se ficar comprovada a veracidade das denúncias, seria o maior achado de cadáveres da história da Colômbia. A ONG que trabalha na conflitiva região de Ariari denunciou ante a Procuradoria a existência das covas.


Depois, uma comissão do Corpo Técnico de Investigações (CTI) da Procuradoria se deslocou até a região e encontrou perto do cemitério de La Macarena “um grande número de restos ósseos”. O procurador acrescentou que, entre os dias 9 e 21 de março próximo se deslocará também outra missão ao local, que verificará as denúncias e depois será feito o processo de identificação dos cadáveres que se consigam recuperar.


Do mesmo modo, indicou que a recuperação dos corpos será complicada pela grande quantidade deles e porque na zona ainda operam alguns comandos da guerrilha. A Procuradoria realiza desde 2005 uma tarefa de exumação de restos de vítimas do conflito colombiano, o que permitiu a recuperação de uns 1.903 cadáveres.


Fonte: Telecinco

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Os crimes das FARC sob o embuste de "acordo humanitário"

Quero abrir esta edição de hoje agradecendo sensibilizada a solidariedade e apoio que recebi de leitores e amigos, não só do Brasil como de cubanos, venezuelanos, colombianos e argentinos espalhados pelo mundo, e que se manifestaram através de comentários no Notalatina, por e-mails e telefonemas, além de denúncia em seus blogs e sites à tentativa de intimidação que denunciei na edição anterior. Não teria condições de agradecer individualmente como cada um merece, pelo volume e minha eterna falta de tempo, por isso o faço publicamente através deste blog. Muito obrigada e que Deus os abençoe a todos!

E hoje recebi mais um prêmio do meu amigo Clausewitz, proprietário do Blog do Clausewitz, que muito me honrou pelo objetivo do mesmo. Diz ele:

"Com o Prêmio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras".

E como uma das condições do Prêmio Dardos é premiar outros que o agraciado considere possuir tais características, escolhi dentre os tantos sites e blogs que conheço aqueles que fazem um magnífico trabalho calcado no conservadorismo e anticomunismo. Dei preferência a estes não só pela sua qualidade mas porque percebo, visitando outros blogs, que eles não são citados e, quiçá, sequer conhecidos, excetuando-se o de Olavo de Carvalho que muita gente indica mas nunca premiou, embora muitos bebam da água de sua fonte. São eles:

- Marcelo Motta contra communismum

- Escola Sem Partido

- Libertatum

- Anatoli Povist Liet

- Ubiratan Iorio

- Olavo de Carvalho

Bem, e hoje o Notalatina volta a falar sobre as FARC porque a mídia que TEM obrigação de noticiar fatos e acontecimentos, e não apenas opiniões (muitas vezes distorcidas e desinformadoras), só fala neste bando terrorista quando surge mais uma palhaçada que chamam de “acordo humanitário” e que visa tão-somente promover este bando, ao tempo em que encobre seus mais hediondos crimes. O primeiro texto, muito auspicioso, dá conta de que o Tribunal Penal Internacional de Haya solicitou e foi concedido, o acesso total ao material encontrado nos computadores de Raúl Reyes e que, segundo a nota, este tribunal pretende chamar para depor TODOS os citados não-colombianos. Ou seja, vamos ver Chávez, Ortega, Correa e Lula sendo intimados a explicar – se é que vão conseguir ser convincentes – por que seus nomes, de seus ministros e colaboradores aparecem nos correios eletrônicos do número 2 das FARC. Não vai ser bonito assistir isso?

E a outra notícia demonstra com clareza meridiana que esse bando de monstros assassinos não quer paz coisa nenhuma, ao contrário; por ordens de Alfonso Cano, o atual substituto de Marulanda, as FARC devem intensificar os ataques. E no dia seguinte ao hipócrita “acordo humanitário” descobriu-se e eles confessaram ter “justiçado” pelo menos 15 indígenas que não quiseram fazer parte da guerrilha. Leiam este excelente artigo do Cel Luis Alberto Villamarín Pulido, intitulado Massacre de indígenas Awá, DIH e montagem de novo acordo humanitário” onde ele explica o que há por trás desta farsa.

Antes porém, quero fazer algumas observações pertinentes aos textos aqui apresentados, bem como o do Cel Villamarín (que insisto que leiam!). Teodora Bolívar, vulgo Piedad Córdoba e seu bando de propagandistas das FARC insistem em dizer que querem a “paz” da Colômbia; Chávez insiste que suas relações com este bando são apenas de cunho “humanitário” e o ex-governador de Meta, Alan Jara se esmera em falar mal de Uribe afirmando que a paz na Colômbia e a libertação dos seqüestrados não acontecem por má vontade de Uribe. Pois bem. Então me respondam: por que a TV Telesur, do governo venezuelano, tem acesso direto e constante às FARC, onde filma todos os shows de libertação e entrevista, amistosamente, os cabeças do bando terrorista? Por que Alan Jara e Piedad Córdoba participaram de uma gravação – feita pela Telesur, sob o comando do jornalista Enrique Botero –, onde uma guerrilheira diz que “só o acordo humanitário com troca de ‘reféns’ pode trazer a tão sonhada paz”? Vejam neste vídeo intitulado “Documental Caminos de Paz Habla las FARC: Canje humanitário como única via” Teodora abraçada à guerrilheira e como Jara assente com a cabeça o que diz a terrorista, que tudo fica claro como a luz do dia. Por que eles não divulgaram isto para as televisões do mundo todo? Porque aí cairia por terra a farsa de que não há estreitíssimos laços de amizade e cumplicidade entre estes personagens e as FARC!

Esta gente não quer paz mas tomar o poder “na marra” e continua com seus métodos sanguinários e cruéis, pois não passam de monstros comunistas, cheios de ódio, inveja e desprezo pela vida humana. Para assistir ao vídeo cliquem no link indicado no título do documentário e lá procurem a página 4. Não consegui descobrir o link que leve direto ao vídeo, então, esta é a única forma possível. Pode ser que daqui a alguns dias este vídeo vá passando para as páginas seguintes mas é só procurar pelo título que se encontra. Não deixem de ver porque é muito revelador. Agora aos textos. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro

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O super segredo: A Corte Penal Internacional de Haya acaba de pedir ao Governo da Colômbia o computador de Raúl Reyes


CM& La Noticia


A Corte Penal Internacional de Haya acaba de pedir ao Governo da Colômbia o computador de Raúl Reyes com todos os seus discos e os documentos encontrados em seu acampamento no Equador. O embaixador em Haya, Francisco Kiko Lloreda, esteve na semana passada em Bogotá e transmitiu ao chanceler Bermúdez e ao alto Governo essa inquietação.

O Governo autorizou a entrega do computador, dos discos, de todos os arquivos e dos documentos encontrados no acampamento bombardeado. Todo esse material acaba de ser entregue na secretaria da corte pelo embaixador Lloreda. Foi testemunha o procurador da corte, Luis Moreno. A corte anunciou que revisará todos os documentos, arquivos e discos aduzidos para chamar a depor as personalidades não-colombianas aos quais Reyes, aparentemente, menciona e compromete.

Autor: unvenezolanomas

Fonte: Venezuela Noticia

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Concentrar ataques no ocidente do país, ordem de “Alfonso Cano após a morte de “Tirofijo”

O massacre dos indígenas Awá, pelas mãos da coluna móvel “Mariscal Sucre” das FARC, faria parte da estratégia que as FARC puseram em marcha em Putumayo, Nariño, Cauca, Valle, Tolima e Huila.


El Tiempo teve acesso aos correios e comunicações que o novo chefe das FARC enviou aos comandantes de todas as frentes em abril do ano passado, e que antecederam a notícia da morte de “Tirofijo”.

Em uma das ordens exige a vários guerrilheiros “recuperar o território indígena e fazer um chamado para que se solidarizem e respaldem a causa das FARC-EP, e entrem para fortalecer as estruturas armadas”. Também lhes ordena que a “plataforma para a tomada do poder”, que se havia tentado fazer no centro e oriente do país através “da tomada militar em Bogotá, com os resultados já conhecidos (que fracassou por causa da operação Liberdade Um)”, devia transferir-se para o ocidente. “A tomada do poder deve virar, ante as ações do governo ditador e paramilitar de Uribe. O ideal da tomada do poder deve se tornar realidade (...) Agora devemos concentrar esforços no comando conjunto do ocidente (...) os pontos estratégicos têm que se concentrar em Cali e Buenaventura, que é onde temos maior impacto...”, assinala a comunicação.

Na ordem “Cano” menciona, como prioridade, infiltrar e “controlar” os corredores que atravessam Nariño, Cauca e Valle; as saídas para o canion de Las Hermosas por Cauca e Tolima; e o corredor que leva a Huila. “Todas as zonas têm a fortaleza das represas (Anchicayá e Salvajina); e as comunidades indígenas, têm que trabalhar nelas para que estejam do nosso lado...”, assinala um dos apartes.

Nos documentos em poder da Inteligência Militar, “Cano” indica a seus homens (“Sargento Pascuas”, “Pacho Chino”, “El Grillo”, “Caliche”, “Rambo”, “Aldemar” e “Edgar Tovar”) que o reforço nas filas tem que sair das comunidades indígenas, já que estão assentadas nos lugares onde estão os “acampamentos farianos” e os cultivos de coca. Precisamente sobre os cultivos ilícitos, “Cano” lhes recorda a diretriz de outubro de 2006, na qual o secretariado pedia para defender a produção:

“Temos que defender a qualquer custo o mercado de coca, conquistado no império norte-americano, para destruir a juventude burguesa consumidora e eliminar o inimigo natural de nossa Revolução Bolivariana”. ("Revolução Bolivariana" lembra quem? Bingo!)

Os documentos que foram apreendidos pelo Exército em uma operação no sul de Tolima contra um dos acampamentos de “Cano”, também têm uma relação dos indígenas que os homens de “Pablo Catatumbo” (novo integrante do secretariado) recrutaram desde 2006. Em um arquivo estão as fotos, a idade, o codinome e a comunidade à qual pertencem 55 indígenas de Cauca e Nariño. No grupo se destacam as imagens de pelo menos 12 menores de idade, em que pese o uniforme, usam contas (braceletes) próprias de sua cultura.

Esta informação se conhece em meio ao achado do primeiro corpo de um dos indígenas Awás que foram torturados e massacrados pelas FARC, fato que foi admitido pela guerrilha em um comunicado, no qual aceitam “a morte de 8 indígenas por serem colaboradores do Exército. O cadáver, localizado pelas tropas da Brigada Contra o Narcotráfico na zona rural de Barbacoas (Nariño), está em avançado estado de decomposição e rodeado de mais sete minas interconectadas. Do mesmo modo, os soldados encontraram uma fossa comum perto do cadáver onde se presume haja mais de 8 corpos. Entretanto, pelo mau clima, a comissão CTI não pôde entrar para fazer a inspeção.

Fonte: El Tiempo