sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

“O venezuelano Tarek El Aissami”





Ontem eu prometi fazer atualizações diárias até o final do referendo e aqui estou de novo, com informações que não vejo circular pelo Brasil, nem na mídia convencional, tampouco nos zilhares de blogs espalhados pela rede. Na última edição eu falei que o Ministro de Interior e Justiça da Venezuela se chamava El Aissami, (na nota sobre a repreensão à Lina Ron) mas acredito que pouquíssimas pessoas sabem quem é este elemento de fato. Hoje, com muito gosto, apresento um pouco da ficha criminal deste fulano e tenho certeza que depois que vocês lerem vão compreender o que há anos denuncio e que culminou com o ataque à Sinagoga Tiferet Israel em Caracas.

Antes, porém, quero lhes apresentar um vídeo - que também é muito esclarecedor -, da visita de Fidel Castro à Venezuela logo após o golpe de 1º de janeiro de 1959, quando ele depôs o presidente Fulgencio Batista e desceu da Sierra Maestra aclamado pelas multidões. Este vídeo foi feito por um venezuelano de nome Miguel Torres e hoje é visto como “profético”, pela concretização do que o psicopata cubano disse naquela ocasião. Dentre outras coisas, disse o ditador Castro: “Se Havana estivesse rodeada dessas montanhas a guerra de libertação não teria durado tanto tempo. Estas montanhas que rodeiam Caracas são uma garantia da liberdade”. E, de fato, um rotundo e gigantesco NÃO, símbolo da Liberdade na Venezuela de hoje, foi colocado por um grupo de estudantes nas montanhas que circundam Caracas. Lamentavelmente, mas como era de se esperar, os autores desta maravilha foram detidos, segundo relato da mãe de um deles.

E noutro trecho de seu discurso o assassino do Caribe afirma: “Este é o pensamento bolivariano: a Venezuela deve ser o país líder da unidade dos povos da América”. Sabem quando foi esta visita? Em 23 de janeiro de 1959, daí o nome do bairro onde se homiziou Chávez depois do falido golpe de Estado em 1992. É neste bairro onde vivem e se escondem os bandos mais perigosos de delinqüentes e terroristas que atormentam os venezuelanos, apoiados e mantidos pelo próprio ditador venezuelano. E é este o espírito que alimenta a transtornada alma do psicopata Chávez que em surto permanente tomou a palavra ao pé da letra, por isso insiste nessa aberração jurídica e inconstitucional de uma emenda para perpetuar-se no poder. Confiram o vídeo aqui.

Bem, e agora conheçam “um pouco” sobre o Ministro Popular do Interior e Justiça da República Bolivariana da Venezuela, na tradução do espanhol que fiz do artigo intitulado “O venezuelano Tarek El Aissami”, originalmente publicado em inglês em http://themengesproject.blogspot.com/. Não sei se chame isto de Currículo ou Folha Corrida; escolham! Fiquem com Deus e até a próxima!

“O venezuelano Tarek El Aissami"

O Sr. El Aissami é um venezuelano descendente de sírio, que antes de ser nomeado Ministro de Interior e Justiça, ocupava o cargo de Vice-Ministro de Segurança Pública. Seu pai, Carlos Aissami, é o chefe da seção venezuelana do partido político Baath do Iraque. Antes da invasão do Iraque, ofereceu uma coletiva de imprensa na qual se denominou a si mesmo um Talibã e referiu-se a Osama bin Laden como “o grande Mujahidin, o Sheik Osama bin Laden”. O tio-avô de Shibli El Aissami era um ideólogo destacado e foi o assistente do Secretário Geral do partido em Bagdá, durante o regime de Saddam Hussein.

Verificou-se que em 2003, El Aissami foi encarregado da Direção da Onidex (Departamento Nacional de Identificação e Estrangeiria – nas siglas em espanhol), junto com outro líder estudantil radical da Universidade de los Andes na cidade de Mérida, Hugo Cabezas. A nomeação resultou surpreendente, precisamente devido a suas conexões com os movimentos guerrilheiros da Universidade de los Andes (ULA). Surgiram evidências de que durante esse tempo ambos emitiram ilegalmente passaportes venezuelanos e documentos de identidade a membros do Hezbollah e do Hamas. O Sr. Cabezas é agora candidato a Governador do estado Trujillo nas eleições que se celebrarão em 23 de novembro de 2008, e é membro fundador de Utopia, um grupo armado que tem nexos com a Frente de Libertação Bolivariana. [Hugo Cabezas foi eleito Governador de Trujillo, pelo PSUV, partido socialista criado por Chávez. N. T.].

Sendo um líder estudantil da ULA, Aissami tinha o controle político dos dormitórios da ULA que eram utilizados para esconder veículos roubados e tráfico de drogas, e maquinavam para esconder guerrilheiros nos dormitórios. Segundo esses informes, das 1.122 pessoas que habitavam as residências universitárias em um determinado momento, apenas 387 eram estudantes de fato e mais de 500 não tinham nada a ver com a universidade.

A jornalista venezuelana Patricia Poleo, que se dedica exclusivamente à investigação, declara que o Sr. Aissami junto com outros filiados do Hezbollah, tais como Gahzi Nasserddine, atualmente o Encarregado de Negócios na Embaixada da Venezuela em Damasco, e seu irmão Ghasan Atef Salameh Nasserddine, estão incumbidos de recrutar árabes venezuelanos filiados ao Partido Socialista Unido da Venezuela – PSUV -, o Partido Socialista de Chávez, para serem enviados ao sul do Líbano a fim de receber treinamento de combate nos campos do Hezbollah, e desta forma prepará-los para a guerra assimétrica contra os Estados Unidos. Uma vez de volta à Venezuela, são recebidos pelos membros radicais do PSUV filiados à UNEFA (a universidade dirigida pelas Forças Armadas) e a Universidade Bolivariana da Venezuela, para continuar seu treinamento em armamento, explosivos e munições. Os campos de treinamento estão localizados nos estados Monagas, Miranda, el Páramo, Falcón, Yaracuy, Yumare e Trujillo, assim como nos distritos de Maturín, Los Teques, El Jari, Churuguara e Sierra de San Luis. Estes grupos e indivíduos são supervisionados pela Organização do Hezbollah na Venezuela junto com os iraquianos da al-Qaeda que vivem atualmente no país, e pelos da Frente Democrática da Palestina, encabeçada por Salid Ahmed Rahman, cujos escritórios estão situados no Parque Central de Caracas.

Desde que Chávez assumiu a presidência, o Hezbollah, o Hamas e a al-Qaeda têm utilizado a Venezuela como trampolim para chegar a outros países Latino-Americanos. Há informações de que um grupo de ativistas iraquianos pertencentes à al- Qaeda encontra-se atualmente em Caracas. Trata-se de Mohammed Adnan Yasin, Falh Ami Taha e Muhi Alwan Mohammed Al Qaisi. Todos chegaram a Caracas com vistos temporários outorgados e aprovados pelos chefes da Onidex (Cabezas e Aissami) e se supõe que são extremamente perigosos. Eles supervisionam as atividades destas organizações terroristas na região tri-fronteiriça, assim como na Nicarágua e Argentina.

Outros membros do Hezbollah na Venezuela com este mesmo tipo de visto, são: o libanês expert em explosivos Abdul Ghani Suleiman Wanked, a mão direita de Hassan Nasrallah, Rada Ramel Assad, nascido em Barranquilla, Colômbia e Abouchanab Daichoum Dani, que organiza o grupo. Devemos estar muito alertas sobre o que acontece na Venezuela. Os meios de comunicação independentes têm alertado que o regime de Chávez emitiu documentos de identidade aos radicais islâmicos, os quais lhes permitem operar e deslocar-se com liberdade para outros países. Torna-se sumamente preocupante e perigoso que um radical como é Aissami, seja o encarregado de emitir cédulas de identidades e passaportes, uma vez que com isso se conseguem as metas dos presidentes do Irã e da Venezuela em seu esforço mancomunado para radicalizar e criar redes terroristas na região.

Outros artigos escritos pelo pessoal de “The America’s Report” que se referem a este artigo são: “The Iranian threat already in the US' backyard", de 14 de fevereiro de 2008 por Nicole M. Ferrand; "Latin America's radical grassroots", por Luis Fleischman e Nicole M.Ferrand de 27 de março de 2007; "The Radical Grassroots in Latin America II", por Luis Fleischman e Nicole M. Ferrand de 11 de abril de 2007; "The Latin American Radical Grassroots II", por Luis Fleischman e Nicole M. Ferrand.

* Nicole M. Ferrand é a editora de “The America’s Report” do Menges Hemispheric Securit Project. É economista e graduada em Ciências Políticas pela Universidade de Columbia, com conhecimentos de leis pela Universidade Peruana, UNIFE, e de Finanças Empresariais pela Universidade de Georgetown.

Comentários e Traduções: G. Salgueiro

Haverá fraude em 15 de fevereiro












De hoje até o próximo domingo o Notalatina vai ficar em estado de alerta, em decorrência do referendo na Venezuela, do mesmo modo que ficou no de 2 de dezembro de 2007. O que apresento hoje é uma síntese dos últimos acontecimentos naquele país, com a aproximação da data do inconstitucional e ilegal Referendo que Chávez impôs à nação e que ocorrerá no próximo domingo.

Antes, porém, quero registrar aqui minha alegria e solidariedade aos dois atletas cubanos, Aguelmis Rojas e seu treinador Rafael Díaz, que conseguiram escapar da ditadura castro-comunista da Ilha-Cárcere. Os atletas cubanos fugiram da delegação ontem em Maldonado, Uruguai, onde estavam desde 16 de janeiro participando de um programa de cooperação e intercâmbio entre o Uruguai e Cuba Deportes. Eles deveriam participar de uma aula aberta a treinadores e atletas uruguaios mas não compareceram, e depois soube-se que sumiram com todos os pertences e desligaram os celulares, impedindo uma possível localização. Só espero que eles consigam asilo político e não sejam deportados como faz o Brasil, com quem apenas quer o direito à liberdade.

Bem, desde que Chávez assumiu o poder da Venezuela, há 10 anos, ele foi progressivamente tirando a máscara e mostrando sua aversão a qualquer tipo de religião. Os ataques à Igreja Católica foram sistemáticos, tendo inclusive agredido o Cardeal Dom Rosalio Castillo Lara chamando-o de “diabo de batina” e permitindo que seus bandos de delinqüentes atacassem a Nunciatura Apostólica, as igrejas e os fiéis cristãos incontáveis vezes, conforme relato que apresentei há pouco aqui mesmo neste blog.

Suas alianças com o ditador iraniano Mahmud Ahmadinejad, e o livre trânsito de iranianos na Venezuela através de um vôo diário Teerã-Caracas, fortaleceram este ódio aos judeus até ao ponto de fazer declarações anti-semitas e permitir ataques violentos de seus bandos armados a escolas, clubes e finalmente à principal sinagoga, onde o templo foi profanado e seus artefatos sagrados barbaramente violados.

A poucos dias da consulta eleitoral e vendo que as pesquisas sérias davam a vitória ao NÃO, Chávez resolveu mudar o tom da prosa. Há duas semanas mais ou menos ele mandou atacar os estudantes que se manifestavam contra o referendo e vociferava contra comunidade judaica venezuelana. Há dois dias, entretanto, encontrou os “culpados” pelo ataque à sinagoga e mandou enquadrá-los “na forma da lei”. Isto me lembrou o comportamento do PT no julgamento do Comandante Daniel, vulgo “Zé Dirceu”. Naquela ocasião era interessante que ele fosse punido para aparentar isenção e transparência no trato da questão, e assim se fez.

Agora é Chávez quem age do mesmo modo. Para melhorar sua imagem perante o mundo e temendo a grande derrota domingo, (que se Deus quiser, virá!), o delinqüente de Miraflores através do seu governo deteve 11 pessoas, dentre elas 5 policiais metropolitanos, uma detetive da CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas), um funcionário da Polícia de Caracas e quatro civis, os quais provavelmente estariam envolvidos no vandalismo da sinagoga em 30 de janeiro. Chávez precisava que algumas vítimas se imolassem no altar do sacrifício em nome da causa, e encontrou. Ele também prometeu “endurecer e encontrar os culpados” pelo ataque à Nunciatura Apostólica, utilizando assim, a velha estratégia das tesouras.

Com relação à marcha que levou 600.000 pessoas pacificamente às ruas de Caracas para dizer-lhe um rotundo NÃO, Chávez insiste na velha máxima leninista de “acuse-os do que você faz”, voltou a carregar contra o bando “La Piedrita” acusando-os de agir violentamente “como a oposição” e ordenando a prisão do líder deste bando, Valentín Santana. Vejam o que ele diz: “Chamei o Procurador Geral para que tome medidas; essa pessoa deve ser detida porque é um delito ameaçar alguém. O Estado atuará; que assumam sua responsabilidade e as conseqüências de seus atos. Este senhor é um criminoso, não um revolucionário”. Mas estas duas coisas não são sinônimas? Parece piada que ele esteja falando assim de alguém a quem ele mesmo treinou e armou até os dentes. É patético ouvi-lo dizer isto quando esta é a prática rotineira dos seus bandos de delinqüentes, como a fulana Lina Ron que lidera o “La Piedrita”, uma deputada ordinária e vulgar que mais parece uma prostituta de beira de cais, em seus gestos, atitudes e aparência. Mas Chávez é, antes de tudo, um grande bocudo covardão; quando vê o cerco se apertar pede clemência, bate na lona e entra em surto psicótico.

Vejam só o que ocorreu nos bastidores de Miraflores, enviado por um informante plantado dentro do governo; a “ira” dele contra Lina Ron não vai passar disso, pois é apenas cortina de fumaça para iludir os incautos, principalmente da mídia internacional. Não é que Chávez não concorde com os crimes; o problema é que eles não podem ser cometidos agora, antes do referendo. Diz o informante:

“Chávez havia aceitado o golpe na Sinagoga israelense em Caracas, porém só com bombas lacrimogêneas durante o ato religioso. Seu ministro talibã El Assaime instruiu a Comandante Lina Ron para isto, que estava histérica como uma cadela no cio com seus terroristas e não cumpriu a ordem como foi dada. Ela ordenou a violação e entrada na sinagoga com violência e vingança contra os judeus. Foi repreendida por Chávez e encontra-se agora de orelha murcha com os seus malandros do 23 de janeiro até nova ordem.

Chávez ordenou à DISIP (polícia política) que liquidasse os terroristas de La Piedrita ou Tupamaros se os surpreendessem atacando objetivos sem seu consentimento antes de 16 de fevereiro.

A DISIP está organizando grupos de comando que serão identificados com partidos de oposição, para simular ataques urbanos e acusar e imputar a líderes de oposição depois de 15 de fevereiro, considerando a possível derrota do referendo para a emenda constitucional. Busca mais anarquia para aliviar sua covardia.

A chave é que as pessoas não tenham medo pelo que vem, pois isto é o que Chávez busca e teme não consegui-lo. [Os chavistas] aborrecem os universitários e reconhecem que contra eles não poderão, se se mantêm unidos e na rua, já que são apreciados dentro da Força Armada, em níveis médios e baixos. Se o medo desaparecer, estão ferrados. Cão que ladra não morde, já sabes”.

E a fraude já está rolando solta com a conivência do próprio CNE. Como das outras vezes, pessoas com duzentos anos vão votar – em Chávez, naturalmente! – e outras que são onipresentes, pois votam no mesmo dia, com a mesma cara porém com nomes e endereços diferentes, estarão lá “exercendo seu direito à cidadania bolivariana” de referendar o ditador. Vejam estas cédulas de identidade. A cara é a mesma, porém os dados não. São “milagres” que só acontecem na Venezuela e em breve aqui em Pindorama também...

E para concluir a edição de hoje, o Notalatina apresenta com exclusividade uma entrevista que Alejandro Peña Esclusa concedeu ao repórter Rafael Dominguez no programa “Foro País”, numa TV salvadorenha, onde ele afirma que “haverá fraude em 15 de fevereiro. Está dividida em 3 partes e com a clareza que lhe é peculiar, Alejandro explica todo o processo de ilegalidade desse novo referendo, cuja nação já rechaçou em 2007, como se dará a fraude e o que poderá acontecer com a vitória do oficialismo. Não deixem de assistir: Parte 1, Parte 2 e Parte 3.

Amanhã tem mais. Fiquem com Deus!

Traduções e comentários: G. Salgueiro